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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 2/30
O JB News saúda os Irmãos leitores de Manaus - AM
Belas imagens fornecida pelo Irmão Nonato Sampaio (Grande Secretário de Relações Exteriores
GOA/COMAB) - (Publique aqui a imagem de sua cidade: jbnews@floripa.com.br)
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.320 – Florianópolis (SC) – domingo, 5 de fevereiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – Sânscrito – A Língua Transcendental
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Ku Klux Khan
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves -
Bloco 5-IrHercule Spoladore – A Bíblia de Jefferson
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – A Lógica da Vida
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de fevereiro e hoje com versos do Irmão e Poeta
Sinval Santos da Silveira (Florianópolis - SC)
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5 de fevereiro
 146 — Término da Terceira Guerra Púnica, culminando com a destruição de Cartago
 1204 — Aleixo V Ducas substitui Aleixo IV Ângelo e Isaac II Ângelo como imperador bizantino
 1597 — Os vinte e seis mártires do Japão são crucificados.
 1599 — Invasões holandesas do Brasil: os holandeses são repelidos pela primeira vez, no Rio de Janeiro
 1752 — Forças franco-espanholas derrotam os ingleses e conquistam Menorca
 1777 — Fundação dos condados de Burke, Camden, Chatham, Effingham, Glynn, Liberty e Richmond, no
estado da Geórgia, EUA.
 1788 — Descoberta da galáxia NGC 3877 por William Herschel.
 1864 — Guerra da Dinamarca contra Prússia e Áustria.
 1904 — Incorporação da cidade de Kennewick.
 1908 — Fundação do Condado de Clark, nos EUA.
 1915 — Pancho Villa assume o poder militar e civil no México
 1917 — Criação do estado de Nayarit, no México.
 1917 — O México adota sua atual constituição.
 1920 — Criação da Base Aérea de Sintra.
 1921 — O Congresso da União Soviética anuncia a separação entre a Igreja e o Estado.
 1955 — Cai o governo francês de Pierre Mendès-France devido a situação no norte da África.
 1958 — Nasser assume a presidência da República Árabe Unida.
 1966 — Golpe Militar de 1964 no Brasil: é editado o Ato Institucional AI-3.
 1968 — Começa a batalha de Khe Sahn da Guerra do Vietname.
 1971 — O módulo Antares do Programa Apollo, desenvolvido pela Nasa, pousou no planalto Fra Mauro da
superfície lunar.
 1973 — Os Estados Unidos enterram o último soldado morto na Guerra do Vietnã, conflito que oficialmente
acabou só em abril de 1975.
 1987 — A URSS lança a astronave Soyuz TM-2, com dois astronautas a bordo, para colocar em órbita
uma estação espacial permanente.
Hoje é o 36º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 329 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Quarto Crescente –
Dia do Datiloscopista
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1997 — Os chamados "Grandes Três" bancos na Suíça anunciam a criação de um fundo de ajuda de US$
71 milhões às vítimas do Holocausto.
 1999 — Mike Tyson é condenado a um ano de prisão por ter agredido duas pessoas, em 31 de
agosto do ano anterior.
 2005 — As antigas localidades de Kitano, Jojima, Mizuma e Tanushimaru, no Japão, fundiram-se na cidade
de Kurume.
Eventos culturais e de média/mídia[editar | editar código-fonte]
 1852 — Inauguração do Museu do Hermitage em São Petersburgo, Rússia.
 1919 — Formação da United Artists, distribuidora de filmes de cinema.
 1936 — Lançamento de Tempos Modernos, filme de Charles Chaplin.
 1953 — A Disney lança uma versão animada do personagem da história de Peter Pan.
 1983 — Primeira exibição de Dynaman no Japão.
 2001 — Estreia na Rede Globo a novela Porto dos Milagres.
1775 Chega a Santa Catarina o novo comandante-em-chefe das tropas aqui sediadas, marechal Carlos
Furtado de Mendonça.
1895 O presidente Cleveland, dos Estados Unidos, convocado como árbitro, reconhece os direitos do
Brasil sobre o território das Missões, e que estava sendo questionado pela Argentina. Grande parte
desse território forma hoje o Oeste catarinense.
1752 Laurence Dermott eleito secretário da Grande Loja dos Antigos, criada por Maçons irlandeses em
Londres e rival durante 60 anos da Primeira Grande Loja, à qual apelidou pejorativamente de GL
dos Modernos
1782 04.02.1789 - IrGeorge Washington foi eleito o primeiro Presidente dos EUA e John Adams seu
Vice-Presidente e a cerimônia de juramento de posse do Presidente eleito foi comandada por Robert
Livingston, Grão Mestre da Grande Loja de Nova York; o comandante da tropa da Guarda do dia foi
outro maçom, O General Jacob Morton e um outro maçom, o General Morgan Lewis foi o
Comandante da escolta de Washington. A Bíblia utilizada para o juramento foi a da Loja maçônica
São João, de Nova York; George Washington, quando tomou posse na Presidência, era Venerável da
Loja Maçônica Alexandria, de Virginia.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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O “Templar Bier” nos Ingleses, à rua geral nr. 6040,
é o novo ponto de encontro dos Maçons de Florianópolis.
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O Ir Newton Agrella -
M I Gr 33 escreve aos domingos.
É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
" SÂNSCRITO - A LÍNGUA TRANSCENDENTAL "
=========================================
Antes de iniciarmos uma breve jornada que nos leve até os mistérios transcendentais da língua
Sânscrita cabe fazer uma sutil analogia de nossa Sublime Ordem com o "Budismo" que é uma
das religiões ou código de comportamento que se vale do Sânscrito como sua ferramenta de
expressão.
Assim como a Maçonaria, a essência contida no Budismo igualmente pugna pelos bons
costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia, a liberdade de consciência
do homem, a qual não admite a imposição de dogmas.
Tal qual a Maçonaria o Budismo propõe o desapego às coisas materiais e efêmeras e a busca
da paz espiritual, através das boas obras, da exaltação à virtude, do procedimento correto e
das palavras verdadeiras e como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz,
harmonia e fraternidade com os seus semelhantes.
O conceito de Grande Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria não existe no
budismo, pois, para este, não há começo nem fim, criação ou céu, ao contrário do Hinduísmo e
do Bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da
Índia, ambas originárias da religião védica (baseada nos Vedas, os seus livros sagrados) que
igualmente valem-se do "Sânscrito" como suas formas de expressão oral e escrita.
Para ser maçom, é condição essencial a crença num Ser Supremo Criador do Universo e para
o budista, não existe a figura de um Deus criador.
Após essas breves considerações, podemos empreender nossa curta viagem pelo ambiente
deste Idioma que vai muito além de meros aspectos gramaticais e morfológicos.
O Sânscrito na verdade trata-se de uma linguagem para expressar e transmitir "aquilo" que
transcende as palavras.
2 – “Sânscrito – A Língua Transcendental”
Newton Agrella
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 7/30
Por muitas vezes um único vocábulo pode corresponder a uma idéia complexa como por
exemplo: karma, samsara, nirvana, mantra - dentre tantas outras - que torna nítidas
dificuldades para sua tradução.
Uma característica singular do Sânscrito é que já que suas vogais, quando combinadas às
consoantes, formam novas letras, este idioma não preenche os requisitos de um autentico
alfabeto; porém é amplo e efetivamente utilizado para expressar as idéias mais modernas ou a
filosofia antiga.
A composição léxica básica desta língua é a seguinte: os verbos que são conjugados em
diversas formas que indicam tempo, modo, pessoa e número. O Sânscrito apresenta o número
variando em singular, dual e plural. O dual é uma forma utilizada para representar aquilo que
se revela aos pares (olhos, mãos, pés, orelhas, etc...).
Os verbos são a raiz a partir da qual os nomes (substantivos, adjetivos) são derivados.
Há uma profunda conexão entre o Sânscrito e a expressão de religiosidade e filosofia indiana.
Aliás, vida e religião se confundem como uma só coisa para os indianos, ou seja; é uma
relação indissolúvel na sua forma de existência.
A língua Sânscrita é a língua litúrgica do Hinduísmo, do Budismo, do Bramanismo, do
Janaísmo e do Zoroastrismo.
Trata-se também de uma das 23 línguas oficiais faladas na Índia.
Atualmente cerca de 48.000 pessoas falam o Sânscrito como sua primeira língua.
Além de ser uma das mais antigas línguas indo-européias, sua influência evidencia traços
marcantes nos principais idiomas ocidentais.
Assim como o Latim e o Grego na Europa Ocidental ou o Chinês Clássico (Mandarim) na Ásia
Oriental - o Sânscrito é considerado como a base da maioria das línguas indianas e também
presente em línguas orientais como o Vietnamita, o Tailandês, o Cambojano dentre outras.
O termo "sânscrito" pode significar: "aquilo que foi bem feito" - "refinado" - "consagrado" -
"santificado". E assume popularmente o significado de "A linguagem dos Deuses".
O alfabeto sânscrito chamado de "devanagari" - "a escrita da cidade dos deuses" é uma
escrita alfabeto-silábica utilizada desde o século XII por diversas línguas como o Hindi, o
Kashmire e o Nepali dentre outras.
No entanto, todos os sistemas de escrita do sul da Ásia registram textos antigos datados do
século III A.C. - atribuídos ao imperador Ashok, um dos impulsionadores do Budismo.
Vale ressaltar que o Sânscrito pode ser dividido em Clássico e Védico. E os manuscritos mais
antigos da literatura universal - os Vedas - datam de 1500 A.C.
Esse idioma traz em si um espírito perceptivo e de sons eternos. Seus ensinamentos são
considerados incriados e infinitos - a linguagem da realidade - revelados aos "rishis" -
indivíduos dotados de especial capacidade e dom para a percepção dos sons.
Lembrando sempre que em Sânscrito cada palavra possui um significado inato e eterno -
mostrando seu poder místico quando corretamente pronunciada.
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 8/30
Esse aspecto místico se revela através de um mantra védico conforme segue:
om bhuh, buvah, svah
tat savitur varenyam, bhargo
devasya, dhimadhi, dhiyo yo nah pracodayat
om svah
"meditamos sobre a luz divina do adorável
sol da consciência espiritual que
estimula nosso poder de percepção espiritual"
A capacidade que esta língua mostra para excitar o cérebro é complementada com o poder
revelado para tocar o coração de todos quanto a ouvem e sua fonética invoca uma vibração
espiritual.
Essa ligação linguística com os planos superiores - e esta via dupla - da cabeça e do coração -
é o que a identificam como: "A Língua dos Deuses"
Fraternalmente
Newton Agrella
Fontes de Consulta:
1.Suresh Soni, India’s Glorious Scientific Tradition, Ocean Books Pvt. Ltd., Nova Delhi, 2010,
2. Kamlesh Kapur, Portraits of a Nations: History of India, Sterling Publishers, Private Limited,
2010
3. Suresh Soni, India’s Glorious Scientific Tradition, Ocean Books Pvt. Ltd., Nova Delhi, 2010,
4.Vans Kennedy, Researches into the Origin and Affinity of the Principal Languages of Asia and
Europe, Longman, Londres,
5. Pride of India: A Glimpse into India’s Scientific Heritage, Samskriti Bharati, Nova Delhi, 2006
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 9/30
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
KU KLUX KLAN
“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos,
haverá guerra”. (Bob Marley).
1. Ku Klux Klan: A KKK ainda existe, embora bastante enfraquecida. Ela foi produto da forma de
colonização protestante na América do Norte, assim como das violências posteriores à vitória
Yankee contra o Sul na guerra da Secessão.
Os protestantes que colonizaram os Estados Unidos pertenciam aos grupos mais radicais do
protestantismo europeu daquele tempo: eram extremamente igualitários, e tendentes ao
comunismo (um dos motivos por terem sido expulsos da Inglaterra). Esses puritanos
colonizadores do futuro Estados Unidos consideravam-se o povo eleito, o Novo Israel que,
expulsos pelo novo Faraó (o rei da Inglaterra) atravessaram no novo Mar Vermelho (o Atlântico),
para chegar à nova Terra Prometida (a América). Ora, os israelitas, quando foram para a
Palestina, tiveram ordem de Deus de exterminar os povos pagãos e idólatras que moravam lá.
Da mesma forma, os puritanos ingleses se julgaram no direito de exterminar os povos indígenas.
Repare que, na colonização americana protestante, não houve inicialmente nem missões,
nem mestiçagem. Nasceu aí o espírito WASP (White, Anglo, Saxon, and Protestant). Quando
foram trazidos os escravos negros para as plantações, aplicou-se a eles o mesmo princípio. A
escravidão na América do Norte foi muito racista, o que se manifesta na menor porcentagem de
mulatos. Foi desse espírito puritano que nasceu o racismo nos Estados Unidos.
2. A princípio os fundadores da KKK, queriam divertimento, mas ao perceberem o pavor que
causavam nos negros ex-escravos, a maldade ganhou forças ideológicas. A polícia fez pressão
resultando em prisões e na parcial diluição da Klan, mas a entidade não morreu totalmente. No
início do século XX houve o renascer dessa ideologia. Tudo começou em 1911, quando William
Joseph Simmons criou uma obsessão por uma visão que tivera aos vinte anos de idade a
respeito de uma sociedade secreta que ficou conhecida como Ku Klux Klan. Hoje, ao alvorecer
do século XXI a KKK ainda sobrevive forte e influenciadora e de uma maneira sem fronteiras
através da Internet, arregimentando militantes para sua cruzada de ódio e intolerância. Ainda
hoje para se tornar membro da KKK é preciso: não ser judeu, ser branco, defender a pátria até as
últimas consequências e ser bom cristão (diga-se protestante). Existe um site nos EUA onde eles
se intitulam como a Igreja da KKK.
3. Na Atualidade: Em resposta à questão apresentada pelo jornalista se se deveria ser tolerante
inclusive com a reorganização da Ku Klux Klan, assim se pronunciou o Professor negro norte-
americano, Walter Williams, da Universidade George Manson, na Virgínia: Sim, desde que não
saiam matando e linchando pessoas, tudo bem. O verdadeiro teste sobre nosso grau de adesão
à ideia da liberdade de associação não se dá quando aceitamos que as pessoas se associem em
3 – Ku Klux Klan
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 10/30
torno de ideias com as quais concordamos. O teste real se dá quando aceitamos que se
associem em torno de ideias que julgamos repugnantes. O mesmo vale para a liberdade de
expressão. É fácil defendê-la quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e
sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova
quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas.
(Revista Veja, 09/03/11).
4. Racismo: Segundo a Bíblia, em Gênesis 10:5 estão os progenitores de todas as raças
humanas da atualidade. Desta forma, existe quem defenda que se dividiram da seguinte forma:
Jafé pai dos europeus, (brancos); Cam pai dos africanos, (negros); Sem pai dos semitas, (judeus
e árabes). Os anglo-saxões que participavam da Ku Klux Klan na época, tinham como premissa
o isolamento do negro baseado na Bíblia: Gênesis 9, 27: Que Deus dilate a Jafet; e este habite
nas tendas de Sem, e Canaã seja seu escravo!
MAÇONARIA
1. Curiosamente, o KKK foi fundada na cidade de Polaski, no Tennessee, em 1866, por seis
oficiais Confederados. Um deles, o primeiro mago imperial do KKK, era um ex-general desse
exército e também franco-maçom. Chamava-se Nathan Bedford Forrest. Mais curiosamente
ainda, Forrest foi parar no livro Forrest Gump, de Winston Groom, depois transformado em filme.
O herói do livro é supostamente, um homônimo de Forrest, parente distante. (Do livro: Os
Segredos do Código, de Dan Burstein).
2. Do Livro: Os Segredos Perdidos da Maçonaria, de John J. Robinson. (...) Durante a
Guerra Civil Americana, oficiais e homens maçons serviram enfrentando seus irmãos maçons do
outro lado. Houve muitas lendas da Guerra em que se conta a ajuda prestada em resposta a
Sinais de Aflição maçônicos, mais o acontecimento mais significativo ocorreu logo depois da
guerra terminada. Enraivecido pela erosão do seu modo de vida e pelo poder político crescente
de homens que haviam sido seus escravos da guerra ter sido perdida, um grupo de sulistas
decidiu reagir por meio de uma sociedade secreta. Muitos deles eram maçons e utilizaram-se do
conhecimento do ritual maçônico para desenvolver uma infra-estrutura ritualística para a
sociedade que deveria salvar o sul por meio da manutenção da supremacia branca. Eles
adotaram o círculo da Loja como sua organização formal de encontro dos membros, nomearam
sua sociedade a partir dele e demonstraram seu nível de educação utilizando-se a palavra grega
para círculo, que é kuklos. A pronúncia rápida se torna Ku Klux, e eles de denominavam
Cavaleiros da Ku Klux Klan, uma vez que introduziram alguns termos de cavalaria no ritual. O
próprio Olho Que Tudo Vê da Maçonaria se tornou o Grande Ciclope. Havia sinais de mão,
palavras de passe secretas, apertos de mãos secretos e sinais de reconhecimento, e mesmo um
juramento sagrado, todos adaptados da experiência maçônica.
Alguns membros do Klan chegaram a se jactar de conexões oficiais entre o Klan e a
Maçonaria. Uma sociedade que começara com o único recurso dos sulistas contra a invasão
pós-guerra do sul se degenerou rapidamente em algo diferente. A violência tomou a dianteira,
com surras, linchamentos e mesmo torturas, de forma que se decidiu que o Klan deveria ser
desmantelado. Em 1869, o Grão-Mestre e antigo General Confederado da Cavalaria Nathan
Bedford Forrest publicou sua única ordem geral, que mandava todos os Klans se separarem e
dispersarem. Era tarde demais. A ordem do general foi ignorada por muitos que ainda se
aborreciam com a humilhação da derrota da guerra e por aquilo que achavam ser a maior
humilhação de todas. Conforme a violência crescia, e o alvo do ódio do Klan se expandiu dos
negros para os judeus, católicos e todos os estrangeiros, a história da ligação com os maçons
continuava. Finalmente, as Grandes Lojas estaduais, tanto no norte quanto no sul, sentiram-se
obrigadas a declarar publicamente sua total rejeição pela filosofia, motivos e ações da Ku Klux
Klan.
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 11/30
3. Albert Pike e a Ku Klux Klan: No interior da Casa do Templo, em Washington, encontra-se o
corpo do general confederado Albert Pike. Esta grande honraria dá testemunho da contribuição
de Pike ao rito escocês, na Jurisdição do Sul - ele concebeu o ritual, tendo sido o grande
comendador soberano do grupo de 1859 até morrer, em 1891. Advogado e editor de jornais, Pike
também escreveu alguns livros sobre a Maçonaria.
O mais conhecido deles é Moral e Dogma, que se destinava a servir de complemento aos
rituais por ele concebidos para a jurisdição do sul do Rito Escocês. O conteúdo consiste em
comentários e digressões sobre culturas antigas e religiões comparadas, e o livro foi dado a
cada iniciado que entrava para o 14° Grau. Cabe notar que uma das seções do livro de Pike
diz respeito às semelhanças entre os mitos e a iconografia da deusa egípcia Ísis e a posterior
tradição mariana do cristianismo. Moral e Dogma conquistou grande reputação entre os adeptos
da teoria da conspiração e os adversários da Maçonaria, em grande parte devido ao escritos
fraudulentos de um francês que adotou o pseudônimo de Léo Taxil (seu verdadeiro nome era
Gabriel Pagès).
Depois de escrever uma série de panfletos contra o catolicismo, Taxil voltou-se para a
Maçonaria, interessando-se em especial por Albert Pike. Ele sustentava, fraudulentamente, que
Pike era cultor de Lúcifer, chamando-o de sumo pontífice da Maçonaria universal. Taxil
alegava que existia uma seita ultra-secreta de maçons chamada Palladium. Em 1897, todavia,
ele revelou que seus escritos eram mistificações. Talvez não seja irrelevante o fato de Taxil ter
sido formado pelos jesuítas. Em muitas partes de Moral e Dogma, contudo, fica evidente que
Pike tinha grande interesse no ocultismo, e seus escritos sobre a filosofia luciferiana certamente
terão contribuído muito para alimentar as teses dos adversários da Maçonaria.
É importante observar, entretanto, que a reverência de Pike pela idéia de Lúcifer não
remetia ao conceito cristão de diabo, e sim à definição clássica de busca da luz, ou do
conhecimento. Os romanos antigos davam à estrela matutina, Vênus, o nome de Lúcifer:
literalmente, aquela que reluz. Pike aparentemente também acreditava numa hierarquia do
conhecimento, tendo escrito com desdém sobre a Maçonaria azul (os três primeiros
graus). Por exemplo: Os graus azuis não passam do pátio ou pórtico externo do templo. Ali estão
exibidos alguns dos símbolos para o iniciado, mas ele é intencionalmente desorientado através
de interpretações falsas, (...) a explicação autêntica é reservada aos adeptos, os Príncipes da
Maçonaria. (...) A Maçonaria é a verdadeira esfinge, enterrada até a cabeça nas areias
acumuladas ao seu redor pelos séculos. Os escritos de Pike deixam claro que ele se interessava
profundamente pela cabala e outras correntes do pensamento hermético.
Como observamos anteriormente, o historiador da jurisdição sul do rito escocês considera
que os 32 graus do ritual da ordem baseiam-se nos ’32 caminhos da sabedoria’ da cabala.
Pike também se alinhava com as idéias anticatólicas de muitos dos ocultistas e cientistas
medievais: A Maçonaria é a busca da luz. Esta busca conduz-nos diretamente de volta à cabala,
como podem ver. Nesta antiga e pouco compreendida mistura de absurdo e filosofia, o iniciado
encontra a origem das doutrinas; e pode, com o tempo, chegar a entender os filósofos
herméticos, o alquimista, todos os pensadores antipapistas da Idade Média... Além dessas
filosofias controvertidas, contudo, Albert Pike também se envolveu em outro debate muito mais
estranho.
Em 1993, um grupo solicitou ao conselho do distrito de Colúmbia que removesse a estátua de
Albert Pike que se encontra na praça do Judiciário, em Washington. A solicitação baseava-se
no fato de Albert Pike ser um dos fundadores da famigerada Ku Klux Klan. A Ku Klux Klan
que hoje conhecemos, com suas imagens de cruzes em chamas, capuzes brancos e turbas
mobilizadas para linchar, é na realidade a terceira manifestação de um grupo fundado
inicialmente no Tennessee, em 1865, depois do fim da Guerra Civil norte-americana.
Os veteranos confederados que criaram originalmente a organização tinham objetivos
específicos: assistir as viúvas e os órfãos de confederados da guerra, opor-se à concessão de
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 12/30
direitos eleitorais aos negros e resistir a outras imposições a estados do sul durante a
Reconstrução. Mas o grupo acabou ficando conhecido pelo emprego da violência para alcançar
certos objetivos, e em 187, o presidente Ulysses S. Grant assinou a Lei do Klan, autorizando o
uso da força para pôr fim aos atos terroristas da organização. Esta lei assinalou o fim do Klan
original, que, no entanto voltaria a surgir em meio à insatisfação que fermentava no início do
século XX.
A segunda encarnação da KKK manifestou-se durante a Primeira Guerra Mundial, tendo
alcançado êxito muito maior. Muitos brancos que viviam em condições de pobreza foram atraídos
para o grupo pela propaganda sustentando que suas condições de vida eram causadas pelos
negros, judeus, católicos e estrangeiros. A organização se dizia influente nos mais altos círculos
do governo, tendo supostamente arregimentado o ex-presidente Warren Harding e quase atraído
também o ex-presidente Harry Truman (um maçom do 33° Grau). Em seu apogeu, a KKK chegou
a reunir cerca de quatro milhões de membros.
A mais recente organização a usar o nome de Ku Klux Klan só seria fundada depois da
Segunda Guerra Mundial, tendo sido criada basicamente em resposta ao movimento de
promoção e defesa dos direitos civis que surgia na época. Embora tenha pontos em comum com
a KKK original, como o desejo de segregar as raças, trata-se na realidade de um grupo muito
diferente.
Desse modo, qualquer tentativa de desacreditar Pike por seu suposto envolvimento na
KKK original não merece ser levada a sério, pois devemos ter em mente que suas idéias eram
compartilhadas na época pela maioria dos habitantes dos estados do sul (o que certamente não
justifica esta filosofia). Vale notar também que Pike foi um dos primeiros defensores dos direitos
dos norte-americanos nativos. Mas será que ele sequer chegou a se envolver com a Ku Klux
Klan original? O único elo entre ele e o grupo é estabelecido pelos escritos de certos
historiadores adeptos da confederação na virada do século. Não existe qualquer prova direta de
que ele tenha participado da fundação do grupo, e devemos lembrar que esses historiadores
tendiam a glorificar o papel da confederação, inclusive no que dizia respeito à Ku Klux Klan.
[...] Em 1960, o soberano grande comendador do rito escocês, na jurisdição do sul, escreveu um
artigo sobre a possível eleição de John Fitzgerald Kennedy, um católico, para a presidência dos
Estados Unidos. O artigo foi publicado na edição de fevereiro de 1960 da publicação maçônica
New Age. A hierarquia da Igreja Católica romana é a única responsável por eventuais
manifestações de intolerância nos Estados Unidos. (...) a dupla lealdade dos católicos norte-
americanos constitui atualmente um perigo para nossas instituições livres. (...) Não deveria
haver, entre cidadãos norte-americanos, qualquer hipótese ou suspeita de lealdade a uma
potência estrangeira, mas, no caso do cidadão católico romano, esta Igreja é a guardiã de sua
consciência, afirmando que deve obedecer a suas leis e decretos, ainda que estejam em conflito
com a Constituição e as leis dos Estados Unidos. Os adeptos mais fervorosos da teoria da
conspiração aproveitaram esta declaração, juntamente com o número relativamente grande
de maçons envolvidos nas investigações sobre o assassinato de John Kennedy, para elaborar
a teoria de que a Maçonaria (ou, melhor ainda, os Illuminati) foi responsável pela morte do
presidente norte-americano. Devemos lembrar, contudo, que os sentimentos anticatólicos aqui
encontrados eram compartilhados na época pela maioria dos protestantes norte-americanos.
(Fonte: A Chave de Salomão de Dan Brown, Greg Taylor).
4. Rituais: (...) o Pavimento de Mosaico nos serve de lição para que não olhemos as
diversidades de cores e de raças. (...) um dos deveres do maçom é: tratar todos os homens, sem
distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos. (RA).
Finalizando: Quando isso vai acabar? Talvez quando for possível trocar a grama do racismo
pelas flores da tolerância. E deixar os burros morrerem de fome.
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 13/30
O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
A BUSCA DA ARCA PERDIDA: MISTURA DE AVENTURA E ARQUEOLOGIA? O QUE É
ARQUEOLOGIA BÍBLICA? CHARLES WARREN: MAÇOM E UM DOS PIONEIROS
DESSA CIÊNCIA. (PARTE DOIS)
*** Resumo do capítulo anterior e comentários.
Livros e filmes ainda não esgotaram esse que é um dos maiores mistérios a
serem resolvidos: onde foi parar a Arca da Aliança? Que destino teria tomado? Com
certeza, muito já se especulou e muito há para se especular. Claro, o cinema vai
explorar o assunto com uma dose maior de aventura, ação, o carisma do herói, etc. E
assim mesmo, não dá para garantir 100% de bilheteria. Ah! Sorte também. Até o
momento, somente Indiana Jones teve um contato tão direto com a Arca, o que
rendeu bastante e ainda fez muita gente ficar curiosíssima por um assunto tão
instigante. Na literatura, a exploração do tema permitiu e permite mais liberdade
ainda: dá para construir uma ponte com a ficção científica, por onde vão passar uma
infinidade de histórias... Quantas as aventuras tendo como pano de fundo, uma
aventura num país exótico? Sei lá, quantos países exóticos existem ou assim são
considerados. Histórias que saibam misturar templários, cátaros, sociedades
secretas, e por ai vai. E no mundo real, milhares e milhares de quilômetros já foram
percorridos por aventureiros, cientistas e arqueólogos que acreditaram por
momentos possuírem a pista certa, a derradeira, todos movidos certamente pela
ânsia e entusiasmo próprios de quem nutre grandes expectativas por uma
descoberta, até que, passado um tempo, entre idas e vindas, tudo acabe onde
começou. Mas, afinal, a Arca continua perdida ou escondida?
Vimos no capítulo inicial uma passagem da Bíblia, retirada do Livro do
Êxodo, onde estão dispostas as especificações e descrições relativas à Arca, cuja
montagem foi supervisionada por Moisés que por sua vez, recebeu instruções
divinas.
Vimos também alguns comentários extraídos da Bíblia, dos Apócrifos,
juntamente com as opiniões de estudiosos sobre o que teria acontecido à Arca e o
seu provável destino, ainda que, todas essas opiniões possam ser consideradas
hipóteses, pois, nada pode ser confirmado, ou nada está consolidado.
Durante os anos 1864-65, o militar inglês, Capitão Charles Wilson
desenvolveu um trabalho em Jerusalém com muita proficiência, sendo que o mesmo
culminou em um mapeamento devidamente acompanhado de desenhos técnicos
sobre a cidade e o Monte do Templo. Esses dados bastante precisos, muito
facilitaram a outro militar, o também Capitão Charles Warren, que lhe sucederia
depois, um enviado da Rainha Vitória, para realizar pesquisas de natureza
4 – A Busca da Arca Perdida ... (parte 2)
José Ronaldo Viega Alves
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 14/30
arqueológica, eis que à época ela patrocinava a instituição que se chamava Fundo
de Exploração da Palestina e que tinha claro esse tipo de objetivos.
A presença dos ingleses à frente desse tipo de pesquisas, mapeando,
explorando e escavando áreas descritas na Bíblia, faz supor que poderiam estar
garantindo indiretamente, se considerado o lugar escolhido, a dianteira das buscas
referentes à Arca da Aliança, dada como perdida, mas, que provavelmente poderia
estar escondida ou enterrada sob o Monte do Templo. Imagine-se a glória a ser
creditada a quem a encontrasse primeiro. Fica subentendido naquela que é a
introdução do capítulo anterior que, a arqueologia bíblica em seus primórdios,
independente de outros interesses paralelos das potências da época, deve muito à
participação direta dos ingleses.
Com o intuito de corroborar o que foi expresso no último parágrafo,
reproduzo um trecho que faz parte de um artigo publicado na Revista Mosaico, em
sua seção “dossiê”, com o título de “Considerações Sobre a Trajetória Inicial da
Arqueologia Bíblica”, cuja autoria é de Gabriella Barbosa Rodrigues em conjunto
com Pedro Paulo A. Funari, onde se lê o seguinte:
“ Na segunda metade do século XIX, foram fundadas diversas sociedades em toda
Palestina para consolidar interesses, controlar e promover as pesquisas científicas
na região. A primeira delas, de 1865, é o britânico Palestine Exploration Fund. Entre
seus fundadores, destacam-se o arcebispo de Iorque, o presidente da Royal
Geographic Society e alguns industriais milionários. A Rainha Vitória teria
contribuído para o nascimento da organização com uma doação de 150 libras (ver,
entre outros, DAVIS, 2004, p.13). A proposta do Fundo era a de promover pesquisas
científicas sobre Arqueologia, Geografia, Geologia e História Natural da Palestina,
para interesses nacionais e religiosos.”
E mais adiante:
“Em 1870, surgiu a também inglesa Society of Biblical Archaeology, com o intuito de
‘{...} de investigar a arqueologia, a cronologia, a geografia e a história antiga e
moderna, da Assiria, da Arábia, do Egito, da Palestina e de outras terras bíblicas; de
promover o estudo das antiguidades desses países; e de preservar um registro
contínuo de descobertas, agora ou num porvir que está para se desenrolar. (BIRCH,
1872, p. II-III apud DAVIS, 2004, p.19)”
Claro, a Palestina viu aportar também os germânicos, os franceses e os
americanos, todos se alternando. E ainda que se produzisse muito conhecimento
com as pesquisas e as escavações arqueológicas, para além da tentativa de provar
os fatos e os lugares narrados na Bíblia, dito em nome da ciência ou em nome das
religiões, não há como se negar que, por trás de tudo isso ou paralelamente, já
concorriam naquele cenário os velhos interesses imperialistas das potências, hoje
exacerbadamente presentes no tabuleiro do Oriente Médio. Aliás, história antiga
essa, que tem seus remanescentes lá no tempo dos cruzados.
Ainda no primeiro capítulo, pudemos tomar conhecimento de alguns dados
biográficos sobre Charles Warren, tudo muito sucinto. Sua biografia mais completa,
ou aquela que vai concentrar as informações mais detalhadas a seu respeito, a
veremos no decorrer deste.
Antes, cabe renovar algo que já foi dito: o presente trabalho quer mostrar e
comentar o que se sabe e o que se tem sobre a Arca da Aliança, sobre aspectos
ligados à sua incessante busca, sobre o Maçom Charles Warren, que está sendo
aqui resgatado em seu papel de ter sido um dos pioneiros da Arqueologia Bíblica na
Palestina , sobre o que vem a ser a Arqueologia Bíblica, sobre o Templo de Salomão,
já que Warren, também escavou com esse propósito, e há suspeitas de que tenha
obtido alguns resultados, que são contestados por uns e aceitos por outros. Enfim,
todos esses tópicos, reunidos ou separados, tem ligação com a história, com o
simbolismo que faz parte da Maçonaria: indiretamente uns, diretamente outros, e
que no mínimo, poderão ser somados ao conhecimento que queremos ter sobre a
Maçonaria.
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O penúltimo parágrafo da “Parte Um”, deixou em evidência uma frase
proferida por Warren sobre as escavações realizadas por ele no Monte do Templo:
“em alguns lugares pode haver objetos ocultos de grande interesse.”
E no último parágrafo ficamos sabendo que ele insistiu na tal Cisterna V,
como provável caminho que poderia levar à Arca ou como uma pista indispensável
que conduzisse até ela. Em que isso pode alterar o que até aqui sabemos?
Mantenhamos em mente esses comentários anteriores, assim como a
pergunta acima, pois, voltaremos ao assunto oportunamente.
Agora, algumas noções sobre o que é e quais são os objetivos da
Arqueologia Bíblica, eis que, a busca da Arca, as escavações no Monte do Templo
onde foram encontrados supostos vestígios do Templo de Salomão, assim como, os
objetos pertencentes aos Templários que foram encontrados em túneis que já
estavam ali, atestam que eles realmente escavaram naquele mesmo lugar, e tudo
isso, será que podemos considerar como os primeiros movimentos da Arqueologia
Bíblica?
COMENTÁRIOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA:
Lembremos que a Arca da Aliança ficava localizada no Santuário, do Templo de Salomão,
que era uma câmara interna. Era um pequeno recinto na verdade, mas, tido como o lugar mais sagrado
e importante do reino de Israel.
“O Aron HaKodesh – A Arca Sagrada ou Arca da Aliança – era o ponto focal do Tabernáculo, o local de
maior santidade pelo fato de abrigar as Tábuas da Lei e a Torá, testemunhos da aliança eterna selada
no Monte Sinai entre Deus e seu povo. Era também um ‘caminho’ para a mais elevada dimensão
espiritual; pois, como está dito na Torá, o Eterno se comunicaria com Moisés ‘por sobre a Arca’. (Êxodo
25:22)” (Morashá, pág. 40, 2005)
E a Bíblia descreve com detalhes nas suas medidas e na sua decoração. A leitura
dessas passagens, dessas referências impressiona, com certeza.
Analisemos o quanto a Arqueologia Bíblica pode servir de ferramenta útil para consolidar
como verdadeiros muitos dos eventos descritos na Bíblia, ou encontrar objetos descritos, e o quanto
ela reforça com base nesses achados a crença daqueles que já creem nela.
Para descrevermos sucintamente o que estuda a Arqueologia Bíblica, vamos usar de uma
definição que consta no livro “Arqueologia nas Terras Bíblicas” de autoria de John D. Currid, que diz
assim:
“A arqueologia da Bíblia é geralmente categorizada como arqueologia pré-clássica e uma sub-divisão
da arqueologia Siro-Palestina. Enquanto a última cobre os tempos pré-históricos durante o período
medieval na Síria-Palestina, a arqueologia bíblica focaliza-se principalmente na Idade do Bronze, Idade
do Ferro e nos períodos Persa, Helênico e Romano naquela terra. A maioria dos eventos registrados
na Bíblia ocorreram dentro deste período de tempo.”
Na busca de mais complementos à definição acima, encontrei uma espécie de justificativa
para a Arqueologia Bíblica, qual irei transcrever na sequência, e diretamente da “Bíblia Sagrada com
Enciclopédia Bíblica Ilustrada” em suas páginas introdutórias:
“O valor da arqueologia – O grande valor da arqueologia para o estudioso da Bíblia se encontra em sua
capacidade de situar nossa fé bíblica em seu contexto histórico e revelar o contexto cultural em que os
acontecimentos bíblicos se desenrolaram. Para aqueles que amam a Bíblia, não há experiência
comparável a estar no alto do Monte das Oliveiras em Jerusalém e contemplar os resultados de
escavações arqueológicas na Cidade Santa: parte dos muros reconstruídos por Neemias; as escadas
que levavam ao templo na época de Jesus; o túnel de Ezequias, que dava no tanque de Siloé, onde
Jesus fez um cego enxergar; as belas pedras do pináculo do templo, para as quais os discípulos
chamaram a atenção de Jesus. É uma experiência inesquecível caminhar em meio às ruínas de
Megido, cidade que abrigava os carros de Salomão e Acabe; visitar o que restou de Cesareia, a cidade
magnífica de Herodes no Mediterrâneo; andar junto aos tanques construídos pelos essênios em
Qumran, onde foram encontrados os manuscritos do mar Morto. Os aquedutos de Cesareia, as casas
de banho de Massada e Jeriocó, as sinagogas da Galileia, os túneis de água de Megido, Hazor, Gezer
e Jerusalém, as fortificações de Laquis, os altares de Berseba e do monte Ebal, os fóruns e os templos
de Samaria e Gerasa, os teatros de Amã e Éfeso são lugares que deixam uma impressão indelével das
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civilizações que ali floresceram em outros tempos. Podemos, portanto, reconstruir essas cidades em
nossa mente da forma como existiram no tempo de Abraão, Salomão, Jesus e Paulo.”
MAIS DA BIOGRAFIA E ALGUMAS NÓTULAS SOBRE O MILITAR, PESQUISADOR,
ARQUEÓLOGO E MAÇOM CHARLES WARREN
A primeira vez com que me deparei como o nome de Charles Warren, foi em um artigo de
autoria do Irmão Angelo Spoladore intitulado “Arqueologia e o Templo do Rei Salomão”, de onde
transcrevo os seguintes parágrafos:
“Aqui vale citar as pesquisas realizadas por Sir Charles Warren, Mestre Fundador da Loja de
Pesquisas Quatuor Coronati. Sir Charles resgatou na Palestina a chamada “Pedra Moabite” (Moabite
Stone), descoberta por um pesquisador da Prússia que inicialmente tentou manter o achado para o seu
país (Jackson, 1986).
A “Pedra Moabite” seria um registro do período descrito na Bíblia no Livro II Reis 3:4,
podendo ser, dessa forma, uma evidência da era salomônica. (Jackson, op. cit.) Tal fato nunca foi
comprovado. A pedra encontra-se atualmente no Museu do Louvre, em Paris.
De acordo com o Ir.·. John Webb da Loja Quatuor Coronati, Sir Charles, quando era um
jovem capitão em Jerusalém participou das escavações do que se acreditou ser o Palácio de Salomão.
Desses trabalhos resultou a ideia de que o Palácio e o Templo de Salomão eram dois prédios distintos,
mas fariam parte de um mesmo complexo de construções.
Charles Warren também participou de outras escavações em Jerusalém e morreu
acreditando ter encontrado o Templo de Salomão. Suas descobertas trouxeram uma nova gama de
conhecimento para um melhor entendimento da história dessa parte do mundo. Todavia, nunca ficou
provado que ele realmente escavou o Templo de Salomão.”
NÓTULA UM
No artigo do Irmão Angelo Spoladore, com base em estudos do Irmão Charles
Webb da Loja Quatuour Coronati, a participação do Irmão Charles Warren em escavações
arqueológicas na Palestina, estaria mais afeta à busca de indícios para a comprovação da
existência do Templo de Salomão. No entanto, a afirmativa no último parágrafo de que ele
“participou de outras escavações em Jerusalém” pode muito bem fazer supor que a busca pela
Arca da Aliança estaria incluída em seus objetivos também.
Os detalhes da vida de Charles Warren que interessam sobremaneira aos nossos
propósitos aqui são o arqueólogo e o Maçom.
Acontece que nosso personagem teve uma vida bastante muito atribulada, razão pela
qual acrescentaremos também outras informações, para que não fique a impressão de ter deixado uma
lacuna em sua biografia.
Após sua estada na Palestina colocou-se a serviço do Império Britânico que àquela altura
abrangia quase metade do mundo. Esteve na África Meridional, participou de diversos conflitos, até
assumir o comando de uma guarnição inglesa situada no porto de Suakin.
O seu prestígio de oficial foi subindo, tanto que, logo foi designado para assumir o mando
das tropas coloniais estacionadas em Singapura.
Como tenente-general participou da Guerra dos Boêrs, onde ganhou novamente fama por
suas habilidades militares.
Terminado o conflito foi premiado com o desempenho de importantes cargos
administrativos na Cidade do Cabo.
Já em Londres, com um alto cargo policial, entre 1886 e 1888, esteve à frente das
investigações dos assassinatos perpetrados à época pelo famoso Jack, o Estripador.
Teve uma vida recheada de aventuras, sem sombra de dúvidas.
A revista espanhola CLÍO, em sua edição de nº 173, publicou uma página inteira sobre
Warren com o título de “CHARLES WARREN, En Busca Del Arca Perdida”, cujo artigo é da autoria de
Javier Martinez-Pinna. Vejamos as passagens que são importantes e vem de encontro ao trabalho que
está sendo desenvolvido:
“Pero en el libro también me ocupé de rescatar del olvido, los hechos y las andanzas protoganizadas
por todos aquellos aventureros, iluminados, arqueólogos o historiadores que, en un momento u outro
de sus vidas se sintieron tentados por la búsqueda del Arca Perdida. Entre todos ellos destacó un joven
oficial del ejército británico, Charles Warren, cuya biografia hizo que se le considerase como uno de los
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 17/30
más afamados aventureros ingleses del siglo XIX, y eso por muchos motivos. Siendo muy joven
marchó hacia Palestina para participar en diversas campañas arqueológicas. (...) De Warren sabemos
que fue un reconocido masón y que además intervino, de forma directa, en la fundación del
movimiento Scout.(Grifo meu!) (...) Aunque si por algo se recordará a este apasionante individuo fue
por la extravagante búsqueda que llevó a cabo muchos años atrás, cuando en el 1867 marchó hacia la
ciudad de Jerusalén para intentar encontrar el Arca de la Alianza. El joven Charles Warren fue
contratado ese mismo año por el Fondo para la Exploración de Palestina para excavar en el Monte
Moriá, y aunque adolecía de la más mínima formación académica, intentó desde el primer momento
compensar su falta de experiencia demostrando un pundonor y una valentía que sorprendieron a
proprios y extraños. Nada más llegar a Tierra Santa, se encontró ante la negativa de las autoridades
turcas para dejarle excavar en las proximidades de dos de los edifícios más sagrados del Islam: la
Cúpula de La Roca y la Mezquita de Al-Aqsa. Sin enbargo, armado de valor, logró deslizarse junto al
resto de su equipo por el lado norte de la muralla, y allí excavó un túnel para poder adentrar-se y
profundizar hasta llegar hasta las entrañas de la Colina del Templo. Su actividad llamó la atención de
los fieles que dia trás dia, se agolpaban en el interior de la mezquita para rendir culto a su dios. Tocaba
correr, y mientras lo hacían, seguidos bien de cerca por una turba de indignados palestinos, una lluvia
de piedras cayó sobre sus cabezas, descalabrando a más de uno. Ante esta situación, el gobernador
de la ciudad decidió intervenir paralizando definitivamente las excavaciones. Charles Warren no se
había salido con la suya. Nunca pudo demostrar al mundo que la Colina del Templo escondía el más
deseado objeto arqueológico de todos los tiempos...”
NÓTULA DOIS
No texto reproduzido acima salta aos olhos a tendência em relacionar a ida de Charles
Warren para a Palestina à busca da Arca da Aliança, coisa que no texto antecedente jamais ficou clara.
Sendo mesmo uma das missões de Warren, buscar a Arca, sua missão evidentemente era de caráter
sigiloso, até porque, face aos desdobramentos, é fácil perceber o nível de dificuldades que depois
adviriam em virtude do local ser considerado sagrado para os muçulmanos, onde estão situados o
Domo da Rocha e a mesquita El-Aksa.
*** CONTINUA NA QUARTA-FEIRA, DIA 8/02/17
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Internet:
“Considerações Sobre a Trajetória Inicial da Arqueologia Bíblica” – Artigo de autoria de Gabriella
Barbosa Rodrigues e Pedro Paulo A. Funari, publicado na Revista Mosaico, v.2, n.2, p.95-101, jul./dez.,
2009. Disponível em: seer.ucg.br/index.php/mosaico/article/download/.../67...
Revistas:
CLÍO, año 15, número 173: “CHARLES WARREN, En Busca Del Arca Perdida” – Artigo de autoria de
Javier Martínez –Pinna. Barcelona- España.
MORASHÁ, Junho de 2005: “Tanach- Arca da Aliança”- Artigo de autoria dos editores.
O PRUMO, Nº 112, Jan./Fev. 1997: “Arqueologia e o Templo de Salomão” – Artigo do Irmão Angelo
Spoladore.
Livros:
ANDREWS, Richard. “Sangue Sobre a Montanha” – Imago Editora – 2000
BÍBLIA SAGRADA COM ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA – Sociedade Bíblica do Brasil – 2011
CURRID, John D. “ARQUEOLOGIA nas Terras Bíblicas”- Editora Cultura Cristã – 1ª Edição - 2003
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 18/30
O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
A Bíblia de Jefferson
Ir Hercule Spoladore
Thomas Jefferson, um dos pais fundadores da nação americana, teve uma
vida política bastante rica, ocupando cargos legislativos e executivos tais como
deputado e governador da Virgínia, ministro, vice-presidente e presidente dos Estados
Unidos. Próximo de sua morte, escolheu para seu epitáfio a expressão “Aqui jaz Thomas
Jefferson, Autor da Declaração de Independência Americana, do Estatuto de Liberdade
Religiosa da Virginia e Fundador da Universidade de Virgínia.”
Cientista, fazendeiro e arquiteto, sua imensa biblioteca foi incorporada à
Biblioteca do Congresso Americano, após o incêndio que a destruiu na guerra de 1812.
Jefferson nasceu em 13.04.1743 em Shadwell, Virgínia e faleceu em 04.07.1826 em
Monticello, Virgínia. Fazia parte da fraternidade maçônica universal.
Deísta, Jefferson em 1813 elaborou uma bíblia fazendo recortes no Novo
Testamento dos textos dos evangelhos, retirando destes as partes que considerava
sobrenaturais ou que supôs hajam sido incompreendidas pelos evangelistas. O deísmo
5 – A Bíblia de Jefferson
Hercule Spoladore
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 19/30
é uma escola filosófica que ensina ser Deus um ser superior, criador dos céus e da
terra, mas que não intervém no seu funcionamento, permitindo que o universo realize
seu curso na conformidade das leis naturais. Sua doutrina considera a razão como o
caminho capaz de assegurar a existência de Deus, desconsiderando a prática de
qualquer religião. A maioria dos deístas mostra respeito aos ensinamentos morais de
Jesus.
A Bíblia de Jefferson ou mais formalmente A Vida e a Moral de Jesus de
Nazaré, é formada de versículos dos 4 evangelhos, dispostos misturados numa ordem
cronológica criando uma só narrativa. Inicia com a história do nascimento de Jesus e
termina com o seu sepultamento. Começa, assim, com Lucas 2 e Lucas 3, depois
Marcos 1 e Mateus 3, terminando com João 19, estando distribuída em 17 capítulos.
Os versículos anotados por Jefferson são aqueles que não falam de anjos,
profecias, milagres e nem fazem referências à Trindade, à divindade de Jesus e sua
ressurreição. Exclui também aqueles que falam de condenação eterna e igreja
institucionalizada. De modo que, foram selecionados os versículos que tratam dos
aforismos morais e das parábolas de Jesus, constituindo assim um código de moral
cristã despido do sobrenatural e de qualquer dogma religioso. Como o próprio Jefferson
falou ao concluí-lo: “o que resta é o mais sublime e benevolente código de ética já
oferecido ao homem”.
A nação americana foi formada sob a influência dos iluministas europeus.
Thomas Jefferson, juntamente com John Adams, Benjamin Franklin, Thomas Paine,
George Washington e outros, disseminaram os princípios deísticos produzindo sólidos
efeitos sobre as estruturas política e religiosa dos Estados Unidos. Daí, a Bíblia de
Jefferson ser considerada um código de ética cristão pleno de racionalidade, sem as
amarras do sobrenatural próprias das religiões, ou seja, um guia moral dentro do
agigantado labirinto da vida.
De Irmão para Irmão
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como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais.
Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
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O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve às quintas-feiras e domingos.
É premiado com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
A LÓGICA DA VIDA
“I bargained with Life for a penny, ( Negociei com a Vida por centavos)
And Life would pay no more, (E a Vida não pagaria mais que isso)
However I begged at evening (Mesmo que eu implorasse á noite)
When I counted my scanty store; ( Quando eu contava meus parcos haveres)
For Life is just an employer, ( Pois a Vida é apenas um empregador)
He gives you what you ask, (Ela só paga o que foi combinado)
But once you have set the wages, ( E uma vez negociado o salário)
Why, you must bear the task. ( Bem, você tem que realizar a tarefa)
I worked for a menial's hire, ( Eu trabalhei por um salário servil)
Only to learn, dismayed, ( Só para descobrir, surpreendido)
That any wage I had asked of Life,( Que qualquer salário que eu pedisse á Vida)
Life would have paid.” ( A vida me teria pago)
Jessie Rittenhouse:
Esse poema nos diz que a vida sempre nos dá o que a gente pede á ela. Quem pede
muito, recebe muito, quem pede pouco recebe pouco. A razão para essa lógica está no nosso
cérebro subconsciente. Ele é muito burrinho e só aprende a obedecer ordens. Se nós dizemos
a ele que só queremos um pequeno quinhão na vida, ele acreditará e fará com que nós só
procuremos pequenas recompensas. Se dissermos que merecemos muito mais, ele fará com
que procuremos grandes realizações.
É evidente que não basta só pedir, só exigir. É preciso primeiro merecer. E o mérito é
conseqüência dos bons resultados que a gente obtém na vida. Nenhum técnico colocará no
time principal um centroavante que nunca marcou um gol antes. E a vida é o melhor técnico
que existe no mundo. Prático, competente e justo.
O grande segredo disso tudo é, portanto, aprender a pedir á vida o que queremos.
Existe uma forma certa de fazer isso, e tudo começa com a nossa disposição de primeiro
dar para depois receber. É isso mesmo. A vida é sábia e nada nos dá se não estivermos
dispostos a entrar com uma contra partida nesse jogo. Essa contra partida se chama trabalho,
dedicação, comprometimento, participação, treinamento, estudo, compartilhamento.
6 – A Lógica da Vida
João Anatalino Rodrigues
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Precisamente o que nos ensina a Maçonaria. Todo o catecismo maçônico é redigido no
sentido de nos ensinar o exercício de um justo equilíbrio entre o trabalho de prover as
necessidades profanas da existência e a necessária atenção para com as virtudes que
aprimoram o espírito. Algo semelhante ao que Jesus ensinou ao seus discípulos, ou seja,
depositar seus tesouros no banco dos céus, onde “a traça não os consome nem os ladrões o
podem roubar”. É esse o ensinamento iniciático que conclama os maçons a buscar,
principalmente, o aprimoramento do espírito. E como conseqüência desse aprimoramento, o
pão de cada dia “nos será dado por acréscimo”.
Sabemos que a luta para prover a nossa subsistência é árdua e difícil e que geralmente
toma todo o nosso tempo. Mas não só de pão vive o homem. Para pensar, para especular, é
preciso comer, já diziam os antigos filósofos. Por isso os inspiradores da moderna filosofia
maçônica encareceram a necessidade do obreiro da Arte Real ter uma posição definida na
sociedade, uma família equilibrada, um modo de vida decente, que o proveja do necessário
para uma existência, se não confortável, pelo menos digna.
Jesus disse também que o cristão deve confiar na providência divina. Essa é uma grande
verdade, pois quem confia em Deus jamais se vê abandonado. Mas isso não quer dizer que ele
deva viver ao “Deus dará”, pois se assim fosse, teríamos uma sociedade de naturalistas,
vivendo ainda das atividades da caça, da pesca e da extração de produtos naturais, o que
importaria em um formidável caos no mundo inteiro, face ás imensas quantidades de produtos
que hoje são necessários para alimentar uma população tão grande. O abandono á
providência, que Jesus propôs, descontada evidentemente, as condições de cada época, se
refere á confiança que o homem deve ter na sua capacidade de obter o suficiente para viver
quando isso se fizer necessário, sem se fazer demasiadamente ansioso.
A natureza contém em seu seio o leite necessário para alimentar a todos seus filhos, seja
qual for o tamanho da sua família. Importa, sim, saber qual a medida exata a ordenhar para
que um não tenha indigestão por fartura e outro, inanição por falta. E por desordem
organizacional na extração e na distribuição, que grande parte desse “leite” se perca,
ocasionando a morte de tanta gente, como se tem visto ao longo da história da humanidade e
hoje se vê numa escala nunca antes ocorrida.
Por isso é que o simbolismo do ensinamento maçônico contém um preciso ensinamento
moral e iniciático, que tem como finalidade lembrar ao maçom o exemplo do reino de Israel, isto
é, que aquele reino foi organizado como um arquétipo da sociedade perfeita, que Deus pensou
ser a melhor sobre a terra; mas as ambições de seus membros, particularmente de seus
dirigentes, a levou a derrocada. Essa ambição se refletiu principalmente na cobiça, na
concupiscência, na ambição, no culto do profano em oposição ao sagrado, e principalmente na
opressão do poderoso sobre o fraco, e, em se tratando de política econômica, numa injusta
tributação.
Esta, especialmente quando empobrece o povo em favor de uma classe privilegiada, acaba
se tornando um poderoso motor de revoluções. Esse tipo de erro o maçom que assumir
posição de poder não pode cometer.
E principalmente é preciso lembrar que nada vem de graça. Até aqueles que adquirem seus
bens através de ações criminosas sabem que estão arriscando a vida e a liberdade por conta
disso. É a contra partida que eles dão pelo prazer de gozar por pouco tempo uma riqueza
conquistada ilegalmente.
Mas não é isso que a maioria das pessoas quer. Todos queremos ser felizes e ricos pelo
mérito conquistado em nossas ações.
Peçamos à vida aquilo que realmente merecemos. E comecemos dando a ela o melhor de
nós mesmos, que é a capacidade de amar ao próximo e oferecer a ele a nossa amizade, o
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nosso afeto, a nossa mão amiga e a nossa solidariedade. Isso são coisas que todos nós temos
e não diminuem nem acabam á medida em que são distribuídas.
E, principalmente, acreditemos que quanto mais contribuirmos com essa previdência, mais
iremos receber.
Convém não esquecer a parábola dos talentos. Quem recebeu dez talentos tem a obrigação
de devolver vinte; quem recebeu cinco deve devolver dez; quem recebeu um precisa devolver
pelo menos dois. Ninguém tem o direito de esconder os talentos que recebeu e devolver
somente o que lhe foi dado com a desculpa que não deve nada a ninguém e por isso está
devolvendo somente o que recebeu.
Eis aí outro ensinamento eminentemente maçônico. No ritual de um dos nossos graus
encontraremos precisamente esse discurso: A Maçonaria foi criada para preparar a libertação
do espírito humano (...) recrutando homens experimentados e espíritos amadurecidos e
resolutos, a fim de dar á Humanidade condutores hábeis pelo estudo e implacáveis no
cumprimento do dever (...) Hiram morto é o espírito humano escravizado . A Maçonaria é
tarefa de libertação. É preciso, em primeiro lugar libertar vosso espírito (...) O primeiro
sentimento é o Dever (....)” 1
O poeta Francisco Octaviano escreveu um lindo poema versando sobre esse tema. Ele diz: “
Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu/ Quem não sentiu
o frio da desgraça/ Quem passou pela vida e não viveu/ Não foi homem, foi espectro de homem
/Só passou pela vida, não viveu.” E eu complemento com uma frase que vi em um filme: que
homem é o homem que não procura deixar melhor o lugar onde foi posto para viver?
Que o Irmão pense nisso esta noite quando for fazer suas orações (se costumar fazer
isso). Antes de pedir alguma coisa a Deus pergunte-se o que você fez para ter o direito de ser
atendido. Se você puder responder a essa pergunta com sinceridade, pode ter certeza que
amanhã será o seu dia. Você é um verdadeiro maçom.
Deus o abençoe. Para encerrar, eis um soneto que escrevi sobre esse tema.
Se ainda podemos sentir um coração bater
Isso diz que nós ainda estamos bem vivos.
Pois Deus nos deu um dia mais para viver
Não para usar com pensamentos negativos.
Respire fundo, encha o peito, erga a fronte,
No que você crê, isso mesmo é o que terá.
Jesus disse ─ Se tiver fé diga a este monte:
Sai daqui, lança-te ao mar: e ele obedecerá.
A vida é justa e só nos dará o que pedirmos,
Nunca mais, nunca menos que o acordado;
E os acordos somos nós que os redigimos.
Exija da vida tudo que ela tem para lhe dar,
E vá em frente. Mas não espere aí sentado;
Porque ela dá, mas você tem que ir buscar
1
Conforme o ritual, pg. 19 A 26
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 23/30
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 24/30
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Vem aí o IX Chuletão Templário.
O evento filantrópico Maçônico
Loja “Templários da Nova Era”
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 25/30
Loja Adonay Barbosa dos Santos (GLEAC) tem novo Venerável
(Informações e fotos do Ir Chiquinho, Rio Branco) - O Irmão Fernando Zamora, Grão-Mestre da
Grande Loja do Estado do Acre, empossou na última semana o Irmão Jailson, como novo
Venerável da Loja Adonay Barbosa dos Santos. No registro, O próprio Grão-Mestre, Irmão
Jailson e Ir Gilberto Pereira, primeiro Venerável e um dos fundadores da Loja, hoje Grande
Mestre de Harmonia da GLEAC. Felicidades ao Ir Jailson como VM de uma das Lojas que
também ajudamos a fundar durante nossa estada no saudoso Acre
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 26/30
LOJA MAÇÔNICA ESPECIAL
União e Fraternidade do Mercosul
Ir∴ Hamilton Savi nº 70
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO – GOSC/COMAB
FUNDADA EM 31/01/1998
À GDGADU
Orde Florianópolis, aos 03 dias do mês de fevereiro do ano de 2016. E∴V∴
Ofic. 007/2017
A Todos os Homens Livres e de Bons Costumes
Programação – Loja União e Fraternidade do Mercosul - Hamilton Savi nº 70
Mês de fevereiro de 2017
Dia 06/02/2017:
Palestra do eminente Ir∴
General de Brigada Sergio Luiz Tratz
Comandante da 14ª Brigada de infantaria motorizada
TEMA: UM MAÇOM NAS FORÇAS ARMADAS
Informamos que as sessões se realizam no Templo da Loja Ordem e Trabalho nº 3. Situado próximo à
UFSC – AV. DESEMBARGADOR VITOR LIMA. 550, Serrinha Florianópolis SC, com inicio às 20:00hs – Traje
Maçonico, sendo aceito Balandrau.
Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.:
(048)32445761 - (048)99824363
emilioespindola@yahoo.com.br
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 27/30
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
5 de fevereiro
Assiduidade
Do latim: "assiduus", significa "aquele que permanece ao lado".
A assiduidade constitui uma das virtudes do maçom; não diz respeito apenas ao
comportamento social, ao compromisso assumido, mas à participação em uma
Egrégora que beneficia a quem "se encontra ao seu lado"; diz respeito ao elo as
corrente; à necessidade para a formação do grupo. Quem se ausentar sem motivo
aparente ou justificado estará solapando aos demais a oportunidade de reforçar as
vibrações e a soma dos fluidos destinados à formação grupal.
Consoante as regras maçônicas, a falta de assiduidade impede o ato de votar, o
"aumento do salário", ser votado, suspenso ou até eliminado do quadro. Isso não
significa a eliminação da Ordem, porque a um Iniciado jamais se eliminará; terá ele ,
sempre, a oportunidade de reingresso em sua Loja ou Loja equivalente.
Maçom! A sua presença na Loja é vital; seja assíduo e receberá a recompensa
destinada aos cumpridores de seus compromissos.
sinta-se atraído à sua família maçônica.
Avante, pois.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 55.
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 28/30
Templo da Loja Águia do Planalto nr. 3 – de Vilhena – RO.
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 29/30
O Irmão e poeta Sinval Santos da
Silveira *
escreve aos domingos
Conversando com um velho amigo, ouvi
este desabafo:
" Nenhuma dor é comparável à perda de um
grande amor.
Passei por isto, amigo.
É preciso ser forte para continuar vivendo.
Mas, tive uma brilhante ideia, para
amenizar o meu sofrimento.
Escrevi uma carta a quem arrebatou a mulher que tanto amei.
Disse-lhe:
JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 30/30
Permita-me, moço, apresentar-me.
Sou um homem sem nome.
Chama-me da forma que melhor lhe parecer.
Não me ofenderei.
Sou aquele que amou a mulher que, hoje, está em teus braços.
Fez-me sentir o ser mais feliz do mundo, o
homem mais amado, mais amante...
Eu a amei fervorosamente !
Certamente, nada disto foi suficiente.
Não sei onde errei, ou o que lhe deixei faltar.
Toma coragem e siga este conselho que, agora, te dou
e que aprendi com os meus erros.
Faça-a sentir-se segura.
Creio não haver conseguido.
Procure entender a sua alma de mulher, lendo no brilho
intenso do seu olhar, as respostas que procuras.
Eu só me interessei pela intimidade, pensando ser a
essência da felicidade, o núcleo principal do amor.
Aprenda a ler estes sinais, para não ser, como eu, tomado
de surpresa.
Ela te levará aos céus, como num tapete mágico, nas mil
e uma noites de fantasias.
Cuidado, para não enlouquecer, como eu. "
Dito isto, nem mais uma palavra conseguiu
pronunciar.
Soube que está perambulando pelas cercanias
deste lugar, sobrevivendo das
doces e loucas lembranças...
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 - Florianópolis

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 2/30 O JB News saúda os Irmãos leitores de Manaus - AM Belas imagens fornecida pelo Irmão Nonato Sampaio (Grande Secretário de Relações Exteriores GOA/COMAB) - (Publique aqui a imagem de sua cidade: jbnews@floripa.com.br) Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.320 – Florianópolis (SC) – domingo, 5 de fevereiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrNewton Agrella – Sânscrito – A Língua Transcendental Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Ku Klux Khan Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves - Bloco 5-IrHercule Spoladore – A Bíblia de Jefferson Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – A Lógica da Vida Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 5 de fevereiro e hoje com versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira (Florianópolis - SC)
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 3/30 5 de fevereiro  146 — Término da Terceira Guerra Púnica, culminando com a destruição de Cartago  1204 — Aleixo V Ducas substitui Aleixo IV Ângelo e Isaac II Ângelo como imperador bizantino  1597 — Os vinte e seis mártires do Japão são crucificados.  1599 — Invasões holandesas do Brasil: os holandeses são repelidos pela primeira vez, no Rio de Janeiro  1752 — Forças franco-espanholas derrotam os ingleses e conquistam Menorca  1777 — Fundação dos condados de Burke, Camden, Chatham, Effingham, Glynn, Liberty e Richmond, no estado da Geórgia, EUA.  1788 — Descoberta da galáxia NGC 3877 por William Herschel.  1864 — Guerra da Dinamarca contra Prússia e Áustria.  1904 — Incorporação da cidade de Kennewick.  1908 — Fundação do Condado de Clark, nos EUA.  1915 — Pancho Villa assume o poder militar e civil no México  1917 — Criação do estado de Nayarit, no México.  1917 — O México adota sua atual constituição.  1920 — Criação da Base Aérea de Sintra.  1921 — O Congresso da União Soviética anuncia a separação entre a Igreja e o Estado.  1955 — Cai o governo francês de Pierre Mendès-France devido a situação no norte da África.  1958 — Nasser assume a presidência da República Árabe Unida.  1966 — Golpe Militar de 1964 no Brasil: é editado o Ato Institucional AI-3.  1968 — Começa a batalha de Khe Sahn da Guerra do Vietname.  1971 — O módulo Antares do Programa Apollo, desenvolvido pela Nasa, pousou no planalto Fra Mauro da superfície lunar.  1973 — Os Estados Unidos enterram o último soldado morto na Guerra do Vietnã, conflito que oficialmente acabou só em abril de 1975.  1987 — A URSS lança a astronave Soyuz TM-2, com dois astronautas a bordo, para colocar em órbita uma estação espacial permanente. Hoje é o 36º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 329 dias para terminar o ano de 2017 - Lua Quarto Crescente – Dia do Datiloscopista É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 4/30  1997 — Os chamados "Grandes Três" bancos na Suíça anunciam a criação de um fundo de ajuda de US$ 71 milhões às vítimas do Holocausto.  1999 — Mike Tyson é condenado a um ano de prisão por ter agredido duas pessoas, em 31 de agosto do ano anterior.  2005 — As antigas localidades de Kitano, Jojima, Mizuma e Tanushimaru, no Japão, fundiram-se na cidade de Kurume. Eventos culturais e de média/mídia[editar | editar código-fonte]  1852 — Inauguração do Museu do Hermitage em São Petersburgo, Rússia.  1919 — Formação da United Artists, distribuidora de filmes de cinema.  1936 — Lançamento de Tempos Modernos, filme de Charles Chaplin.  1953 — A Disney lança uma versão animada do personagem da história de Peter Pan.  1983 — Primeira exibição de Dynaman no Japão.  2001 — Estreia na Rede Globo a novela Porto dos Milagres. 1775 Chega a Santa Catarina o novo comandante-em-chefe das tropas aqui sediadas, marechal Carlos Furtado de Mendonça. 1895 O presidente Cleveland, dos Estados Unidos, convocado como árbitro, reconhece os direitos do Brasil sobre o território das Missões, e que estava sendo questionado pela Argentina. Grande parte desse território forma hoje o Oeste catarinense. 1752 Laurence Dermott eleito secretário da Grande Loja dos Antigos, criada por Maçons irlandeses em Londres e rival durante 60 anos da Primeira Grande Loja, à qual apelidou pejorativamente de GL dos Modernos 1782 04.02.1789 - IrGeorge Washington foi eleito o primeiro Presidente dos EUA e John Adams seu Vice-Presidente e a cerimônia de juramento de posse do Presidente eleito foi comandada por Robert Livingston, Grão Mestre da Grande Loja de Nova York; o comandante da tropa da Guarda do dia foi outro maçom, O General Jacob Morton e um outro maçom, o General Morgan Lewis foi o Comandante da escolta de Washington. A Bíblia utilizada para o juramento foi a da Loja maçônica São João, de Nova York; George Washington, quando tomou posse na Presidência, era Venerável da Loja Maçônica Alexandria, de Virginia. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 5/30 O “Templar Bier” nos Ingleses, à rua geral nr. 6040, é o novo ponto de encontro dos Maçons de Florianópolis. Em Florianópolis visite o hotel da Família Maçônica. Marina’s Palace Hotel Praia de Canasvieiras - Reservas : (48) 3266-0010 – 32660271 Irmão tem desconto especial. Aproveite a temporada.
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 6/30 O Ir Newton Agrella - M I Gr 33 escreve aos domingos. É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com " SÂNSCRITO - A LÍNGUA TRANSCENDENTAL " ========================================= Antes de iniciarmos uma breve jornada que nos leve até os mistérios transcendentais da língua Sânscrita cabe fazer uma sutil analogia de nossa Sublime Ordem com o "Budismo" que é uma das religiões ou código de comportamento que se vale do Sânscrito como sua ferramenta de expressão. Assim como a Maçonaria, a essência contida no Budismo igualmente pugna pelos bons costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia, a liberdade de consciência do homem, a qual não admite a imposição de dogmas. Tal qual a Maçonaria o Budismo propõe o desapego às coisas materiais e efêmeras e a busca da paz espiritual, através das boas obras, da exaltação à virtude, do procedimento correto e das palavras verdadeiras e como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz, harmonia e fraternidade com os seus semelhantes. O conceito de Grande Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria não existe no budismo, pois, para este, não há começo nem fim, criação ou céu, ao contrário do Hinduísmo e do Bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambas originárias da religião védica (baseada nos Vedas, os seus livros sagrados) que igualmente valem-se do "Sânscrito" como suas formas de expressão oral e escrita. Para ser maçom, é condição essencial a crença num Ser Supremo Criador do Universo e para o budista, não existe a figura de um Deus criador. Após essas breves considerações, podemos empreender nossa curta viagem pelo ambiente deste Idioma que vai muito além de meros aspectos gramaticais e morfológicos. O Sânscrito na verdade trata-se de uma linguagem para expressar e transmitir "aquilo" que transcende as palavras. 2 – “Sânscrito – A Língua Transcendental” Newton Agrella
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 7/30 Por muitas vezes um único vocábulo pode corresponder a uma idéia complexa como por exemplo: karma, samsara, nirvana, mantra - dentre tantas outras - que torna nítidas dificuldades para sua tradução. Uma característica singular do Sânscrito é que já que suas vogais, quando combinadas às consoantes, formam novas letras, este idioma não preenche os requisitos de um autentico alfabeto; porém é amplo e efetivamente utilizado para expressar as idéias mais modernas ou a filosofia antiga. A composição léxica básica desta língua é a seguinte: os verbos que são conjugados em diversas formas que indicam tempo, modo, pessoa e número. O Sânscrito apresenta o número variando em singular, dual e plural. O dual é uma forma utilizada para representar aquilo que se revela aos pares (olhos, mãos, pés, orelhas, etc...). Os verbos são a raiz a partir da qual os nomes (substantivos, adjetivos) são derivados. Há uma profunda conexão entre o Sânscrito e a expressão de religiosidade e filosofia indiana. Aliás, vida e religião se confundem como uma só coisa para os indianos, ou seja; é uma relação indissolúvel na sua forma de existência. A língua Sânscrita é a língua litúrgica do Hinduísmo, do Budismo, do Bramanismo, do Janaísmo e do Zoroastrismo. Trata-se também de uma das 23 línguas oficiais faladas na Índia. Atualmente cerca de 48.000 pessoas falam o Sânscrito como sua primeira língua. Além de ser uma das mais antigas línguas indo-européias, sua influência evidencia traços marcantes nos principais idiomas ocidentais. Assim como o Latim e o Grego na Europa Ocidental ou o Chinês Clássico (Mandarim) na Ásia Oriental - o Sânscrito é considerado como a base da maioria das línguas indianas e também presente em línguas orientais como o Vietnamita, o Tailandês, o Cambojano dentre outras. O termo "sânscrito" pode significar: "aquilo que foi bem feito" - "refinado" - "consagrado" - "santificado". E assume popularmente o significado de "A linguagem dos Deuses". O alfabeto sânscrito chamado de "devanagari" - "a escrita da cidade dos deuses" é uma escrita alfabeto-silábica utilizada desde o século XII por diversas línguas como o Hindi, o Kashmire e o Nepali dentre outras. No entanto, todos os sistemas de escrita do sul da Ásia registram textos antigos datados do século III A.C. - atribuídos ao imperador Ashok, um dos impulsionadores do Budismo. Vale ressaltar que o Sânscrito pode ser dividido em Clássico e Védico. E os manuscritos mais antigos da literatura universal - os Vedas - datam de 1500 A.C. Esse idioma traz em si um espírito perceptivo e de sons eternos. Seus ensinamentos são considerados incriados e infinitos - a linguagem da realidade - revelados aos "rishis" - indivíduos dotados de especial capacidade e dom para a percepção dos sons. Lembrando sempre que em Sânscrito cada palavra possui um significado inato e eterno - mostrando seu poder místico quando corretamente pronunciada.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 8/30 Esse aspecto místico se revela através de um mantra védico conforme segue: om bhuh, buvah, svah tat savitur varenyam, bhargo devasya, dhimadhi, dhiyo yo nah pracodayat om svah "meditamos sobre a luz divina do adorável sol da consciência espiritual que estimula nosso poder de percepção espiritual" A capacidade que esta língua mostra para excitar o cérebro é complementada com o poder revelado para tocar o coração de todos quanto a ouvem e sua fonética invoca uma vibração espiritual. Essa ligação linguística com os planos superiores - e esta via dupla - da cabeça e do coração - é o que a identificam como: "A Língua dos Deuses" Fraternalmente Newton Agrella Fontes de Consulta: 1.Suresh Soni, India’s Glorious Scientific Tradition, Ocean Books Pvt. Ltd., Nova Delhi, 2010, 2. Kamlesh Kapur, Portraits of a Nations: History of India, Sterling Publishers, Private Limited, 2010 3. Suresh Soni, India’s Glorious Scientific Tradition, Ocean Books Pvt. Ltd., Nova Delhi, 2010, 4.Vans Kennedy, Researches into the Origin and Affinity of the Principal Languages of Asia and Europe, Longman, Londres, 5. Pride of India: A Glimpse into India’s Scientific Heritage, Samskriti Bharati, Nova Delhi, 2006
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 9/30 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. KU KLUX KLAN “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. (Bob Marley). 1. Ku Klux Klan: A KKK ainda existe, embora bastante enfraquecida. Ela foi produto da forma de colonização protestante na América do Norte, assim como das violências posteriores à vitória Yankee contra o Sul na guerra da Secessão. Os protestantes que colonizaram os Estados Unidos pertenciam aos grupos mais radicais do protestantismo europeu daquele tempo: eram extremamente igualitários, e tendentes ao comunismo (um dos motivos por terem sido expulsos da Inglaterra). Esses puritanos colonizadores do futuro Estados Unidos consideravam-se o povo eleito, o Novo Israel que, expulsos pelo novo Faraó (o rei da Inglaterra) atravessaram no novo Mar Vermelho (o Atlântico), para chegar à nova Terra Prometida (a América). Ora, os israelitas, quando foram para a Palestina, tiveram ordem de Deus de exterminar os povos pagãos e idólatras que moravam lá. Da mesma forma, os puritanos ingleses se julgaram no direito de exterminar os povos indígenas. Repare que, na colonização americana protestante, não houve inicialmente nem missões, nem mestiçagem. Nasceu aí o espírito WASP (White, Anglo, Saxon, and Protestant). Quando foram trazidos os escravos negros para as plantações, aplicou-se a eles o mesmo princípio. A escravidão na América do Norte foi muito racista, o que se manifesta na menor porcentagem de mulatos. Foi desse espírito puritano que nasceu o racismo nos Estados Unidos. 2. A princípio os fundadores da KKK, queriam divertimento, mas ao perceberem o pavor que causavam nos negros ex-escravos, a maldade ganhou forças ideológicas. A polícia fez pressão resultando em prisões e na parcial diluição da Klan, mas a entidade não morreu totalmente. No início do século XX houve o renascer dessa ideologia. Tudo começou em 1911, quando William Joseph Simmons criou uma obsessão por uma visão que tivera aos vinte anos de idade a respeito de uma sociedade secreta que ficou conhecida como Ku Klux Klan. Hoje, ao alvorecer do século XXI a KKK ainda sobrevive forte e influenciadora e de uma maneira sem fronteiras através da Internet, arregimentando militantes para sua cruzada de ódio e intolerância. Ainda hoje para se tornar membro da KKK é preciso: não ser judeu, ser branco, defender a pátria até as últimas consequências e ser bom cristão (diga-se protestante). Existe um site nos EUA onde eles se intitulam como a Igreja da KKK. 3. Na Atualidade: Em resposta à questão apresentada pelo jornalista se se deveria ser tolerante inclusive com a reorganização da Ku Klux Klan, assim se pronunciou o Professor negro norte- americano, Walter Williams, da Universidade George Manson, na Virgínia: Sim, desde que não saiam matando e linchando pessoas, tudo bem. O verdadeiro teste sobre nosso grau de adesão à ideia da liberdade de associação não se dá quando aceitamos que as pessoas se associem em 3 – Ku Klux Klan João Ivo Girardi
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 10/30 torno de ideias com as quais concordamos. O teste real se dá quando aceitamos que se associem em torno de ideias que julgamos repugnantes. O mesmo vale para a liberdade de expressão. É fácil defendê-la quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas. (Revista Veja, 09/03/11). 4. Racismo: Segundo a Bíblia, em Gênesis 10:5 estão os progenitores de todas as raças humanas da atualidade. Desta forma, existe quem defenda que se dividiram da seguinte forma: Jafé pai dos europeus, (brancos); Cam pai dos africanos, (negros); Sem pai dos semitas, (judeus e árabes). Os anglo-saxões que participavam da Ku Klux Klan na época, tinham como premissa o isolamento do negro baseado na Bíblia: Gênesis 9, 27: Que Deus dilate a Jafet; e este habite nas tendas de Sem, e Canaã seja seu escravo! MAÇONARIA 1. Curiosamente, o KKK foi fundada na cidade de Polaski, no Tennessee, em 1866, por seis oficiais Confederados. Um deles, o primeiro mago imperial do KKK, era um ex-general desse exército e também franco-maçom. Chamava-se Nathan Bedford Forrest. Mais curiosamente ainda, Forrest foi parar no livro Forrest Gump, de Winston Groom, depois transformado em filme. O herói do livro é supostamente, um homônimo de Forrest, parente distante. (Do livro: Os Segredos do Código, de Dan Burstein). 2. Do Livro: Os Segredos Perdidos da Maçonaria, de John J. Robinson. (...) Durante a Guerra Civil Americana, oficiais e homens maçons serviram enfrentando seus irmãos maçons do outro lado. Houve muitas lendas da Guerra em que se conta a ajuda prestada em resposta a Sinais de Aflição maçônicos, mais o acontecimento mais significativo ocorreu logo depois da guerra terminada. Enraivecido pela erosão do seu modo de vida e pelo poder político crescente de homens que haviam sido seus escravos da guerra ter sido perdida, um grupo de sulistas decidiu reagir por meio de uma sociedade secreta. Muitos deles eram maçons e utilizaram-se do conhecimento do ritual maçônico para desenvolver uma infra-estrutura ritualística para a sociedade que deveria salvar o sul por meio da manutenção da supremacia branca. Eles adotaram o círculo da Loja como sua organização formal de encontro dos membros, nomearam sua sociedade a partir dele e demonstraram seu nível de educação utilizando-se a palavra grega para círculo, que é kuklos. A pronúncia rápida se torna Ku Klux, e eles de denominavam Cavaleiros da Ku Klux Klan, uma vez que introduziram alguns termos de cavalaria no ritual. O próprio Olho Que Tudo Vê da Maçonaria se tornou o Grande Ciclope. Havia sinais de mão, palavras de passe secretas, apertos de mãos secretos e sinais de reconhecimento, e mesmo um juramento sagrado, todos adaptados da experiência maçônica. Alguns membros do Klan chegaram a se jactar de conexões oficiais entre o Klan e a Maçonaria. Uma sociedade que começara com o único recurso dos sulistas contra a invasão pós-guerra do sul se degenerou rapidamente em algo diferente. A violência tomou a dianteira, com surras, linchamentos e mesmo torturas, de forma que se decidiu que o Klan deveria ser desmantelado. Em 1869, o Grão-Mestre e antigo General Confederado da Cavalaria Nathan Bedford Forrest publicou sua única ordem geral, que mandava todos os Klans se separarem e dispersarem. Era tarde demais. A ordem do general foi ignorada por muitos que ainda se aborreciam com a humilhação da derrota da guerra e por aquilo que achavam ser a maior humilhação de todas. Conforme a violência crescia, e o alvo do ódio do Klan se expandiu dos negros para os judeus, católicos e todos os estrangeiros, a história da ligação com os maçons continuava. Finalmente, as Grandes Lojas estaduais, tanto no norte quanto no sul, sentiram-se obrigadas a declarar publicamente sua total rejeição pela filosofia, motivos e ações da Ku Klux Klan.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 11/30 3. Albert Pike e a Ku Klux Klan: No interior da Casa do Templo, em Washington, encontra-se o corpo do general confederado Albert Pike. Esta grande honraria dá testemunho da contribuição de Pike ao rito escocês, na Jurisdição do Sul - ele concebeu o ritual, tendo sido o grande comendador soberano do grupo de 1859 até morrer, em 1891. Advogado e editor de jornais, Pike também escreveu alguns livros sobre a Maçonaria. O mais conhecido deles é Moral e Dogma, que se destinava a servir de complemento aos rituais por ele concebidos para a jurisdição do sul do Rito Escocês. O conteúdo consiste em comentários e digressões sobre culturas antigas e religiões comparadas, e o livro foi dado a cada iniciado que entrava para o 14° Grau. Cabe notar que uma das seções do livro de Pike diz respeito às semelhanças entre os mitos e a iconografia da deusa egípcia Ísis e a posterior tradição mariana do cristianismo. Moral e Dogma conquistou grande reputação entre os adeptos da teoria da conspiração e os adversários da Maçonaria, em grande parte devido ao escritos fraudulentos de um francês que adotou o pseudônimo de Léo Taxil (seu verdadeiro nome era Gabriel Pagès). Depois de escrever uma série de panfletos contra o catolicismo, Taxil voltou-se para a Maçonaria, interessando-se em especial por Albert Pike. Ele sustentava, fraudulentamente, que Pike era cultor de Lúcifer, chamando-o de sumo pontífice da Maçonaria universal. Taxil alegava que existia uma seita ultra-secreta de maçons chamada Palladium. Em 1897, todavia, ele revelou que seus escritos eram mistificações. Talvez não seja irrelevante o fato de Taxil ter sido formado pelos jesuítas. Em muitas partes de Moral e Dogma, contudo, fica evidente que Pike tinha grande interesse no ocultismo, e seus escritos sobre a filosofia luciferiana certamente terão contribuído muito para alimentar as teses dos adversários da Maçonaria. É importante observar, entretanto, que a reverência de Pike pela idéia de Lúcifer não remetia ao conceito cristão de diabo, e sim à definição clássica de busca da luz, ou do conhecimento. Os romanos antigos davam à estrela matutina, Vênus, o nome de Lúcifer: literalmente, aquela que reluz. Pike aparentemente também acreditava numa hierarquia do conhecimento, tendo escrito com desdém sobre a Maçonaria azul (os três primeiros graus). Por exemplo: Os graus azuis não passam do pátio ou pórtico externo do templo. Ali estão exibidos alguns dos símbolos para o iniciado, mas ele é intencionalmente desorientado através de interpretações falsas, (...) a explicação autêntica é reservada aos adeptos, os Príncipes da Maçonaria. (...) A Maçonaria é a verdadeira esfinge, enterrada até a cabeça nas areias acumuladas ao seu redor pelos séculos. Os escritos de Pike deixam claro que ele se interessava profundamente pela cabala e outras correntes do pensamento hermético. Como observamos anteriormente, o historiador da jurisdição sul do rito escocês considera que os 32 graus do ritual da ordem baseiam-se nos ’32 caminhos da sabedoria’ da cabala. Pike também se alinhava com as idéias anticatólicas de muitos dos ocultistas e cientistas medievais: A Maçonaria é a busca da luz. Esta busca conduz-nos diretamente de volta à cabala, como podem ver. Nesta antiga e pouco compreendida mistura de absurdo e filosofia, o iniciado encontra a origem das doutrinas; e pode, com o tempo, chegar a entender os filósofos herméticos, o alquimista, todos os pensadores antipapistas da Idade Média... Além dessas filosofias controvertidas, contudo, Albert Pike também se envolveu em outro debate muito mais estranho. Em 1993, um grupo solicitou ao conselho do distrito de Colúmbia que removesse a estátua de Albert Pike que se encontra na praça do Judiciário, em Washington. A solicitação baseava-se no fato de Albert Pike ser um dos fundadores da famigerada Ku Klux Klan. A Ku Klux Klan que hoje conhecemos, com suas imagens de cruzes em chamas, capuzes brancos e turbas mobilizadas para linchar, é na realidade a terceira manifestação de um grupo fundado inicialmente no Tennessee, em 1865, depois do fim da Guerra Civil norte-americana. Os veteranos confederados que criaram originalmente a organização tinham objetivos específicos: assistir as viúvas e os órfãos de confederados da guerra, opor-se à concessão de
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 12/30 direitos eleitorais aos negros e resistir a outras imposições a estados do sul durante a Reconstrução. Mas o grupo acabou ficando conhecido pelo emprego da violência para alcançar certos objetivos, e em 187, o presidente Ulysses S. Grant assinou a Lei do Klan, autorizando o uso da força para pôr fim aos atos terroristas da organização. Esta lei assinalou o fim do Klan original, que, no entanto voltaria a surgir em meio à insatisfação que fermentava no início do século XX. A segunda encarnação da KKK manifestou-se durante a Primeira Guerra Mundial, tendo alcançado êxito muito maior. Muitos brancos que viviam em condições de pobreza foram atraídos para o grupo pela propaganda sustentando que suas condições de vida eram causadas pelos negros, judeus, católicos e estrangeiros. A organização se dizia influente nos mais altos círculos do governo, tendo supostamente arregimentado o ex-presidente Warren Harding e quase atraído também o ex-presidente Harry Truman (um maçom do 33° Grau). Em seu apogeu, a KKK chegou a reunir cerca de quatro milhões de membros. A mais recente organização a usar o nome de Ku Klux Klan só seria fundada depois da Segunda Guerra Mundial, tendo sido criada basicamente em resposta ao movimento de promoção e defesa dos direitos civis que surgia na época. Embora tenha pontos em comum com a KKK original, como o desejo de segregar as raças, trata-se na realidade de um grupo muito diferente. Desse modo, qualquer tentativa de desacreditar Pike por seu suposto envolvimento na KKK original não merece ser levada a sério, pois devemos ter em mente que suas idéias eram compartilhadas na época pela maioria dos habitantes dos estados do sul (o que certamente não justifica esta filosofia). Vale notar também que Pike foi um dos primeiros defensores dos direitos dos norte-americanos nativos. Mas será que ele sequer chegou a se envolver com a Ku Klux Klan original? O único elo entre ele e o grupo é estabelecido pelos escritos de certos historiadores adeptos da confederação na virada do século. Não existe qualquer prova direta de que ele tenha participado da fundação do grupo, e devemos lembrar que esses historiadores tendiam a glorificar o papel da confederação, inclusive no que dizia respeito à Ku Klux Klan. [...] Em 1960, o soberano grande comendador do rito escocês, na jurisdição do sul, escreveu um artigo sobre a possível eleição de John Fitzgerald Kennedy, um católico, para a presidência dos Estados Unidos. O artigo foi publicado na edição de fevereiro de 1960 da publicação maçônica New Age. A hierarquia da Igreja Católica romana é a única responsável por eventuais manifestações de intolerância nos Estados Unidos. (...) a dupla lealdade dos católicos norte- americanos constitui atualmente um perigo para nossas instituições livres. (...) Não deveria haver, entre cidadãos norte-americanos, qualquer hipótese ou suspeita de lealdade a uma potência estrangeira, mas, no caso do cidadão católico romano, esta Igreja é a guardiã de sua consciência, afirmando que deve obedecer a suas leis e decretos, ainda que estejam em conflito com a Constituição e as leis dos Estados Unidos. Os adeptos mais fervorosos da teoria da conspiração aproveitaram esta declaração, juntamente com o número relativamente grande de maçons envolvidos nas investigações sobre o assassinato de John Kennedy, para elaborar a teoria de que a Maçonaria (ou, melhor ainda, os Illuminati) foi responsável pela morte do presidente norte-americano. Devemos lembrar, contudo, que os sentimentos anticatólicos aqui encontrados eram compartilhados na época pela maioria dos protestantes norte-americanos. (Fonte: A Chave de Salomão de Dan Brown, Greg Taylor). 4. Rituais: (...) o Pavimento de Mosaico nos serve de lição para que não olhemos as diversidades de cores e de raças. (...) um dos deveres do maçom é: tratar todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como seus iguais e irmãos. (RA). Finalizando: Quando isso vai acabar? Talvez quando for possível trocar a grama do racismo pelas flores da tolerância. E deixar os burros morrerem de fome.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 13/30 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com A BUSCA DA ARCA PERDIDA: MISTURA DE AVENTURA E ARQUEOLOGIA? O QUE É ARQUEOLOGIA BÍBLICA? CHARLES WARREN: MAÇOM E UM DOS PIONEIROS DESSA CIÊNCIA. (PARTE DOIS) *** Resumo do capítulo anterior e comentários. Livros e filmes ainda não esgotaram esse que é um dos maiores mistérios a serem resolvidos: onde foi parar a Arca da Aliança? Que destino teria tomado? Com certeza, muito já se especulou e muito há para se especular. Claro, o cinema vai explorar o assunto com uma dose maior de aventura, ação, o carisma do herói, etc. E assim mesmo, não dá para garantir 100% de bilheteria. Ah! Sorte também. Até o momento, somente Indiana Jones teve um contato tão direto com a Arca, o que rendeu bastante e ainda fez muita gente ficar curiosíssima por um assunto tão instigante. Na literatura, a exploração do tema permitiu e permite mais liberdade ainda: dá para construir uma ponte com a ficção científica, por onde vão passar uma infinidade de histórias... Quantas as aventuras tendo como pano de fundo, uma aventura num país exótico? Sei lá, quantos países exóticos existem ou assim são considerados. Histórias que saibam misturar templários, cátaros, sociedades secretas, e por ai vai. E no mundo real, milhares e milhares de quilômetros já foram percorridos por aventureiros, cientistas e arqueólogos que acreditaram por momentos possuírem a pista certa, a derradeira, todos movidos certamente pela ânsia e entusiasmo próprios de quem nutre grandes expectativas por uma descoberta, até que, passado um tempo, entre idas e vindas, tudo acabe onde começou. Mas, afinal, a Arca continua perdida ou escondida? Vimos no capítulo inicial uma passagem da Bíblia, retirada do Livro do Êxodo, onde estão dispostas as especificações e descrições relativas à Arca, cuja montagem foi supervisionada por Moisés que por sua vez, recebeu instruções divinas. Vimos também alguns comentários extraídos da Bíblia, dos Apócrifos, juntamente com as opiniões de estudiosos sobre o que teria acontecido à Arca e o seu provável destino, ainda que, todas essas opiniões possam ser consideradas hipóteses, pois, nada pode ser confirmado, ou nada está consolidado. Durante os anos 1864-65, o militar inglês, Capitão Charles Wilson desenvolveu um trabalho em Jerusalém com muita proficiência, sendo que o mesmo culminou em um mapeamento devidamente acompanhado de desenhos técnicos sobre a cidade e o Monte do Templo. Esses dados bastante precisos, muito facilitaram a outro militar, o também Capitão Charles Warren, que lhe sucederia depois, um enviado da Rainha Vitória, para realizar pesquisas de natureza 4 – A Busca da Arca Perdida ... (parte 2) José Ronaldo Viega Alves
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 14/30 arqueológica, eis que à época ela patrocinava a instituição que se chamava Fundo de Exploração da Palestina e que tinha claro esse tipo de objetivos. A presença dos ingleses à frente desse tipo de pesquisas, mapeando, explorando e escavando áreas descritas na Bíblia, faz supor que poderiam estar garantindo indiretamente, se considerado o lugar escolhido, a dianteira das buscas referentes à Arca da Aliança, dada como perdida, mas, que provavelmente poderia estar escondida ou enterrada sob o Monte do Templo. Imagine-se a glória a ser creditada a quem a encontrasse primeiro. Fica subentendido naquela que é a introdução do capítulo anterior que, a arqueologia bíblica em seus primórdios, independente de outros interesses paralelos das potências da época, deve muito à participação direta dos ingleses. Com o intuito de corroborar o que foi expresso no último parágrafo, reproduzo um trecho que faz parte de um artigo publicado na Revista Mosaico, em sua seção “dossiê”, com o título de “Considerações Sobre a Trajetória Inicial da Arqueologia Bíblica”, cuja autoria é de Gabriella Barbosa Rodrigues em conjunto com Pedro Paulo A. Funari, onde se lê o seguinte: “ Na segunda metade do século XIX, foram fundadas diversas sociedades em toda Palestina para consolidar interesses, controlar e promover as pesquisas científicas na região. A primeira delas, de 1865, é o britânico Palestine Exploration Fund. Entre seus fundadores, destacam-se o arcebispo de Iorque, o presidente da Royal Geographic Society e alguns industriais milionários. A Rainha Vitória teria contribuído para o nascimento da organização com uma doação de 150 libras (ver, entre outros, DAVIS, 2004, p.13). A proposta do Fundo era a de promover pesquisas científicas sobre Arqueologia, Geografia, Geologia e História Natural da Palestina, para interesses nacionais e religiosos.” E mais adiante: “Em 1870, surgiu a também inglesa Society of Biblical Archaeology, com o intuito de ‘{...} de investigar a arqueologia, a cronologia, a geografia e a história antiga e moderna, da Assiria, da Arábia, do Egito, da Palestina e de outras terras bíblicas; de promover o estudo das antiguidades desses países; e de preservar um registro contínuo de descobertas, agora ou num porvir que está para se desenrolar. (BIRCH, 1872, p. II-III apud DAVIS, 2004, p.19)” Claro, a Palestina viu aportar também os germânicos, os franceses e os americanos, todos se alternando. E ainda que se produzisse muito conhecimento com as pesquisas e as escavações arqueológicas, para além da tentativa de provar os fatos e os lugares narrados na Bíblia, dito em nome da ciência ou em nome das religiões, não há como se negar que, por trás de tudo isso ou paralelamente, já concorriam naquele cenário os velhos interesses imperialistas das potências, hoje exacerbadamente presentes no tabuleiro do Oriente Médio. Aliás, história antiga essa, que tem seus remanescentes lá no tempo dos cruzados. Ainda no primeiro capítulo, pudemos tomar conhecimento de alguns dados biográficos sobre Charles Warren, tudo muito sucinto. Sua biografia mais completa, ou aquela que vai concentrar as informações mais detalhadas a seu respeito, a veremos no decorrer deste. Antes, cabe renovar algo que já foi dito: o presente trabalho quer mostrar e comentar o que se sabe e o que se tem sobre a Arca da Aliança, sobre aspectos ligados à sua incessante busca, sobre o Maçom Charles Warren, que está sendo aqui resgatado em seu papel de ter sido um dos pioneiros da Arqueologia Bíblica na Palestina , sobre o que vem a ser a Arqueologia Bíblica, sobre o Templo de Salomão, já que Warren, também escavou com esse propósito, e há suspeitas de que tenha obtido alguns resultados, que são contestados por uns e aceitos por outros. Enfim, todos esses tópicos, reunidos ou separados, tem ligação com a história, com o simbolismo que faz parte da Maçonaria: indiretamente uns, diretamente outros, e que no mínimo, poderão ser somados ao conhecimento que queremos ter sobre a Maçonaria.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 15/30 O penúltimo parágrafo da “Parte Um”, deixou em evidência uma frase proferida por Warren sobre as escavações realizadas por ele no Monte do Templo: “em alguns lugares pode haver objetos ocultos de grande interesse.” E no último parágrafo ficamos sabendo que ele insistiu na tal Cisterna V, como provável caminho que poderia levar à Arca ou como uma pista indispensável que conduzisse até ela. Em que isso pode alterar o que até aqui sabemos? Mantenhamos em mente esses comentários anteriores, assim como a pergunta acima, pois, voltaremos ao assunto oportunamente. Agora, algumas noções sobre o que é e quais são os objetivos da Arqueologia Bíblica, eis que, a busca da Arca, as escavações no Monte do Templo onde foram encontrados supostos vestígios do Templo de Salomão, assim como, os objetos pertencentes aos Templários que foram encontrados em túneis que já estavam ali, atestam que eles realmente escavaram naquele mesmo lugar, e tudo isso, será que podemos considerar como os primeiros movimentos da Arqueologia Bíblica? COMENTÁRIOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA: Lembremos que a Arca da Aliança ficava localizada no Santuário, do Templo de Salomão, que era uma câmara interna. Era um pequeno recinto na verdade, mas, tido como o lugar mais sagrado e importante do reino de Israel. “O Aron HaKodesh – A Arca Sagrada ou Arca da Aliança – era o ponto focal do Tabernáculo, o local de maior santidade pelo fato de abrigar as Tábuas da Lei e a Torá, testemunhos da aliança eterna selada no Monte Sinai entre Deus e seu povo. Era também um ‘caminho’ para a mais elevada dimensão espiritual; pois, como está dito na Torá, o Eterno se comunicaria com Moisés ‘por sobre a Arca’. (Êxodo 25:22)” (Morashá, pág. 40, 2005) E a Bíblia descreve com detalhes nas suas medidas e na sua decoração. A leitura dessas passagens, dessas referências impressiona, com certeza. Analisemos o quanto a Arqueologia Bíblica pode servir de ferramenta útil para consolidar como verdadeiros muitos dos eventos descritos na Bíblia, ou encontrar objetos descritos, e o quanto ela reforça com base nesses achados a crença daqueles que já creem nela. Para descrevermos sucintamente o que estuda a Arqueologia Bíblica, vamos usar de uma definição que consta no livro “Arqueologia nas Terras Bíblicas” de autoria de John D. Currid, que diz assim: “A arqueologia da Bíblia é geralmente categorizada como arqueologia pré-clássica e uma sub-divisão da arqueologia Siro-Palestina. Enquanto a última cobre os tempos pré-históricos durante o período medieval na Síria-Palestina, a arqueologia bíblica focaliza-se principalmente na Idade do Bronze, Idade do Ferro e nos períodos Persa, Helênico e Romano naquela terra. A maioria dos eventos registrados na Bíblia ocorreram dentro deste período de tempo.” Na busca de mais complementos à definição acima, encontrei uma espécie de justificativa para a Arqueologia Bíblica, qual irei transcrever na sequência, e diretamente da “Bíblia Sagrada com Enciclopédia Bíblica Ilustrada” em suas páginas introdutórias: “O valor da arqueologia – O grande valor da arqueologia para o estudioso da Bíblia se encontra em sua capacidade de situar nossa fé bíblica em seu contexto histórico e revelar o contexto cultural em que os acontecimentos bíblicos se desenrolaram. Para aqueles que amam a Bíblia, não há experiência comparável a estar no alto do Monte das Oliveiras em Jerusalém e contemplar os resultados de escavações arqueológicas na Cidade Santa: parte dos muros reconstruídos por Neemias; as escadas que levavam ao templo na época de Jesus; o túnel de Ezequias, que dava no tanque de Siloé, onde Jesus fez um cego enxergar; as belas pedras do pináculo do templo, para as quais os discípulos chamaram a atenção de Jesus. É uma experiência inesquecível caminhar em meio às ruínas de Megido, cidade que abrigava os carros de Salomão e Acabe; visitar o que restou de Cesareia, a cidade magnífica de Herodes no Mediterrâneo; andar junto aos tanques construídos pelos essênios em Qumran, onde foram encontrados os manuscritos do mar Morto. Os aquedutos de Cesareia, as casas de banho de Massada e Jeriocó, as sinagogas da Galileia, os túneis de água de Megido, Hazor, Gezer e Jerusalém, as fortificações de Laquis, os altares de Berseba e do monte Ebal, os fóruns e os templos de Samaria e Gerasa, os teatros de Amã e Éfeso são lugares que deixam uma impressão indelével das
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 16/30 civilizações que ali floresceram em outros tempos. Podemos, portanto, reconstruir essas cidades em nossa mente da forma como existiram no tempo de Abraão, Salomão, Jesus e Paulo.” MAIS DA BIOGRAFIA E ALGUMAS NÓTULAS SOBRE O MILITAR, PESQUISADOR, ARQUEÓLOGO E MAÇOM CHARLES WARREN A primeira vez com que me deparei como o nome de Charles Warren, foi em um artigo de autoria do Irmão Angelo Spoladore intitulado “Arqueologia e o Templo do Rei Salomão”, de onde transcrevo os seguintes parágrafos: “Aqui vale citar as pesquisas realizadas por Sir Charles Warren, Mestre Fundador da Loja de Pesquisas Quatuor Coronati. Sir Charles resgatou na Palestina a chamada “Pedra Moabite” (Moabite Stone), descoberta por um pesquisador da Prússia que inicialmente tentou manter o achado para o seu país (Jackson, 1986). A “Pedra Moabite” seria um registro do período descrito na Bíblia no Livro II Reis 3:4, podendo ser, dessa forma, uma evidência da era salomônica. (Jackson, op. cit.) Tal fato nunca foi comprovado. A pedra encontra-se atualmente no Museu do Louvre, em Paris. De acordo com o Ir.·. John Webb da Loja Quatuor Coronati, Sir Charles, quando era um jovem capitão em Jerusalém participou das escavações do que se acreditou ser o Palácio de Salomão. Desses trabalhos resultou a ideia de que o Palácio e o Templo de Salomão eram dois prédios distintos, mas fariam parte de um mesmo complexo de construções. Charles Warren também participou de outras escavações em Jerusalém e morreu acreditando ter encontrado o Templo de Salomão. Suas descobertas trouxeram uma nova gama de conhecimento para um melhor entendimento da história dessa parte do mundo. Todavia, nunca ficou provado que ele realmente escavou o Templo de Salomão.” NÓTULA UM No artigo do Irmão Angelo Spoladore, com base em estudos do Irmão Charles Webb da Loja Quatuour Coronati, a participação do Irmão Charles Warren em escavações arqueológicas na Palestina, estaria mais afeta à busca de indícios para a comprovação da existência do Templo de Salomão. No entanto, a afirmativa no último parágrafo de que ele “participou de outras escavações em Jerusalém” pode muito bem fazer supor que a busca pela Arca da Aliança estaria incluída em seus objetivos também. Os detalhes da vida de Charles Warren que interessam sobremaneira aos nossos propósitos aqui são o arqueólogo e o Maçom. Acontece que nosso personagem teve uma vida bastante muito atribulada, razão pela qual acrescentaremos também outras informações, para que não fique a impressão de ter deixado uma lacuna em sua biografia. Após sua estada na Palestina colocou-se a serviço do Império Britânico que àquela altura abrangia quase metade do mundo. Esteve na África Meridional, participou de diversos conflitos, até assumir o comando de uma guarnição inglesa situada no porto de Suakin. O seu prestígio de oficial foi subindo, tanto que, logo foi designado para assumir o mando das tropas coloniais estacionadas em Singapura. Como tenente-general participou da Guerra dos Boêrs, onde ganhou novamente fama por suas habilidades militares. Terminado o conflito foi premiado com o desempenho de importantes cargos administrativos na Cidade do Cabo. Já em Londres, com um alto cargo policial, entre 1886 e 1888, esteve à frente das investigações dos assassinatos perpetrados à época pelo famoso Jack, o Estripador. Teve uma vida recheada de aventuras, sem sombra de dúvidas. A revista espanhola CLÍO, em sua edição de nº 173, publicou uma página inteira sobre Warren com o título de “CHARLES WARREN, En Busca Del Arca Perdida”, cujo artigo é da autoria de Javier Martinez-Pinna. Vejamos as passagens que são importantes e vem de encontro ao trabalho que está sendo desenvolvido: “Pero en el libro también me ocupé de rescatar del olvido, los hechos y las andanzas protoganizadas por todos aquellos aventureros, iluminados, arqueólogos o historiadores que, en un momento u outro de sus vidas se sintieron tentados por la búsqueda del Arca Perdida. Entre todos ellos destacó un joven oficial del ejército británico, Charles Warren, cuya biografia hizo que se le considerase como uno de los
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 17/30 más afamados aventureros ingleses del siglo XIX, y eso por muchos motivos. Siendo muy joven marchó hacia Palestina para participar en diversas campañas arqueológicas. (...) De Warren sabemos que fue un reconocido masón y que además intervino, de forma directa, en la fundación del movimiento Scout.(Grifo meu!) (...) Aunque si por algo se recordará a este apasionante individuo fue por la extravagante búsqueda que llevó a cabo muchos años atrás, cuando en el 1867 marchó hacia la ciudad de Jerusalén para intentar encontrar el Arca de la Alianza. El joven Charles Warren fue contratado ese mismo año por el Fondo para la Exploración de Palestina para excavar en el Monte Moriá, y aunque adolecía de la más mínima formación académica, intentó desde el primer momento compensar su falta de experiencia demostrando un pundonor y una valentía que sorprendieron a proprios y extraños. Nada más llegar a Tierra Santa, se encontró ante la negativa de las autoridades turcas para dejarle excavar en las proximidades de dos de los edifícios más sagrados del Islam: la Cúpula de La Roca y la Mezquita de Al-Aqsa. Sin enbargo, armado de valor, logró deslizarse junto al resto de su equipo por el lado norte de la muralla, y allí excavó un túnel para poder adentrar-se y profundizar hasta llegar hasta las entrañas de la Colina del Templo. Su actividad llamó la atención de los fieles que dia trás dia, se agolpaban en el interior de la mezquita para rendir culto a su dios. Tocaba correr, y mientras lo hacían, seguidos bien de cerca por una turba de indignados palestinos, una lluvia de piedras cayó sobre sus cabezas, descalabrando a más de uno. Ante esta situación, el gobernador de la ciudad decidió intervenir paralizando definitivamente las excavaciones. Charles Warren no se había salido con la suya. Nunca pudo demostrar al mundo que la Colina del Templo escondía el más deseado objeto arqueológico de todos los tiempos...” NÓTULA DOIS No texto reproduzido acima salta aos olhos a tendência em relacionar a ida de Charles Warren para a Palestina à busca da Arca da Aliança, coisa que no texto antecedente jamais ficou clara. Sendo mesmo uma das missões de Warren, buscar a Arca, sua missão evidentemente era de caráter sigiloso, até porque, face aos desdobramentos, é fácil perceber o nível de dificuldades que depois adviriam em virtude do local ser considerado sagrado para os muçulmanos, onde estão situados o Domo da Rocha e a mesquita El-Aksa. *** CONTINUA NA QUARTA-FEIRA, DIA 8/02/17 CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: Internet: “Considerações Sobre a Trajetória Inicial da Arqueologia Bíblica” – Artigo de autoria de Gabriella Barbosa Rodrigues e Pedro Paulo A. Funari, publicado na Revista Mosaico, v.2, n.2, p.95-101, jul./dez., 2009. Disponível em: seer.ucg.br/index.php/mosaico/article/download/.../67... Revistas: CLÍO, año 15, número 173: “CHARLES WARREN, En Busca Del Arca Perdida” – Artigo de autoria de Javier Martínez –Pinna. Barcelona- España. MORASHÁ, Junho de 2005: “Tanach- Arca da Aliança”- Artigo de autoria dos editores. O PRUMO, Nº 112, Jan./Fev. 1997: “Arqueologia e o Templo de Salomão” – Artigo do Irmão Angelo Spoladore. Livros: ANDREWS, Richard. “Sangue Sobre a Montanha” – Imago Editora – 2000 BÍBLIA SAGRADA COM ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA – Sociedade Bíblica do Brasil – 2011 CURRID, John D. “ARQUEOLOGIA nas Terras Bíblicas”- Editora Cultura Cristã – 1ª Edição - 2003
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 18/30 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br A Bíblia de Jefferson Ir Hercule Spoladore Thomas Jefferson, um dos pais fundadores da nação americana, teve uma vida política bastante rica, ocupando cargos legislativos e executivos tais como deputado e governador da Virgínia, ministro, vice-presidente e presidente dos Estados Unidos. Próximo de sua morte, escolheu para seu epitáfio a expressão “Aqui jaz Thomas Jefferson, Autor da Declaração de Independência Americana, do Estatuto de Liberdade Religiosa da Virginia e Fundador da Universidade de Virgínia.” Cientista, fazendeiro e arquiteto, sua imensa biblioteca foi incorporada à Biblioteca do Congresso Americano, após o incêndio que a destruiu na guerra de 1812. Jefferson nasceu em 13.04.1743 em Shadwell, Virgínia e faleceu em 04.07.1826 em Monticello, Virgínia. Fazia parte da fraternidade maçônica universal. Deísta, Jefferson em 1813 elaborou uma bíblia fazendo recortes no Novo Testamento dos textos dos evangelhos, retirando destes as partes que considerava sobrenaturais ou que supôs hajam sido incompreendidas pelos evangelistas. O deísmo 5 – A Bíblia de Jefferson Hercule Spoladore
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 19/30 é uma escola filosófica que ensina ser Deus um ser superior, criador dos céus e da terra, mas que não intervém no seu funcionamento, permitindo que o universo realize seu curso na conformidade das leis naturais. Sua doutrina considera a razão como o caminho capaz de assegurar a existência de Deus, desconsiderando a prática de qualquer religião. A maioria dos deístas mostra respeito aos ensinamentos morais de Jesus. A Bíblia de Jefferson ou mais formalmente A Vida e a Moral de Jesus de Nazaré, é formada de versículos dos 4 evangelhos, dispostos misturados numa ordem cronológica criando uma só narrativa. Inicia com a história do nascimento de Jesus e termina com o seu sepultamento. Começa, assim, com Lucas 2 e Lucas 3, depois Marcos 1 e Mateus 3, terminando com João 19, estando distribuída em 17 capítulos. Os versículos anotados por Jefferson são aqueles que não falam de anjos, profecias, milagres e nem fazem referências à Trindade, à divindade de Jesus e sua ressurreição. Exclui também aqueles que falam de condenação eterna e igreja institucionalizada. De modo que, foram selecionados os versículos que tratam dos aforismos morais e das parábolas de Jesus, constituindo assim um código de moral cristã despido do sobrenatural e de qualquer dogma religioso. Como o próprio Jefferson falou ao concluí-lo: “o que resta é o mais sublime e benevolente código de ética já oferecido ao homem”. A nação americana foi formada sob a influência dos iluministas europeus. Thomas Jefferson, juntamente com John Adams, Benjamin Franklin, Thomas Paine, George Washington e outros, disseminaram os princípios deísticos produzindo sólidos efeitos sobre as estruturas política e religiosa dos Estados Unidos. Daí, a Bíblia de Jefferson ser considerada um código de ética cristão pleno de racionalidade, sem as amarras do sobrenatural próprias das religiões, ou seja, um guia moral dentro do agigantado labirinto da vida. De Irmão para Irmão As publicidades aqui veiculadas são cortesia do JB News, como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais. Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 20/30 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve às quintas-feiras e domingos. É premiado com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br A LÓGICA DA VIDA “I bargained with Life for a penny, ( Negociei com a Vida por centavos) And Life would pay no more, (E a Vida não pagaria mais que isso) However I begged at evening (Mesmo que eu implorasse á noite) When I counted my scanty store; ( Quando eu contava meus parcos haveres) For Life is just an employer, ( Pois a Vida é apenas um empregador) He gives you what you ask, (Ela só paga o que foi combinado) But once you have set the wages, ( E uma vez negociado o salário) Why, you must bear the task. ( Bem, você tem que realizar a tarefa) I worked for a menial's hire, ( Eu trabalhei por um salário servil) Only to learn, dismayed, ( Só para descobrir, surpreendido) That any wage I had asked of Life,( Que qualquer salário que eu pedisse á Vida) Life would have paid.” ( A vida me teria pago) Jessie Rittenhouse: Esse poema nos diz que a vida sempre nos dá o que a gente pede á ela. Quem pede muito, recebe muito, quem pede pouco recebe pouco. A razão para essa lógica está no nosso cérebro subconsciente. Ele é muito burrinho e só aprende a obedecer ordens. Se nós dizemos a ele que só queremos um pequeno quinhão na vida, ele acreditará e fará com que nós só procuremos pequenas recompensas. Se dissermos que merecemos muito mais, ele fará com que procuremos grandes realizações. É evidente que não basta só pedir, só exigir. É preciso primeiro merecer. E o mérito é conseqüência dos bons resultados que a gente obtém na vida. Nenhum técnico colocará no time principal um centroavante que nunca marcou um gol antes. E a vida é o melhor técnico que existe no mundo. Prático, competente e justo. O grande segredo disso tudo é, portanto, aprender a pedir á vida o que queremos. Existe uma forma certa de fazer isso, e tudo começa com a nossa disposição de primeiro dar para depois receber. É isso mesmo. A vida é sábia e nada nos dá se não estivermos dispostos a entrar com uma contra partida nesse jogo. Essa contra partida se chama trabalho, dedicação, comprometimento, participação, treinamento, estudo, compartilhamento. 6 – A Lógica da Vida João Anatalino Rodrigues
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 21/30 Precisamente o que nos ensina a Maçonaria. Todo o catecismo maçônico é redigido no sentido de nos ensinar o exercício de um justo equilíbrio entre o trabalho de prover as necessidades profanas da existência e a necessária atenção para com as virtudes que aprimoram o espírito. Algo semelhante ao que Jesus ensinou ao seus discípulos, ou seja, depositar seus tesouros no banco dos céus, onde “a traça não os consome nem os ladrões o podem roubar”. É esse o ensinamento iniciático que conclama os maçons a buscar, principalmente, o aprimoramento do espírito. E como conseqüência desse aprimoramento, o pão de cada dia “nos será dado por acréscimo”. Sabemos que a luta para prover a nossa subsistência é árdua e difícil e que geralmente toma todo o nosso tempo. Mas não só de pão vive o homem. Para pensar, para especular, é preciso comer, já diziam os antigos filósofos. Por isso os inspiradores da moderna filosofia maçônica encareceram a necessidade do obreiro da Arte Real ter uma posição definida na sociedade, uma família equilibrada, um modo de vida decente, que o proveja do necessário para uma existência, se não confortável, pelo menos digna. Jesus disse também que o cristão deve confiar na providência divina. Essa é uma grande verdade, pois quem confia em Deus jamais se vê abandonado. Mas isso não quer dizer que ele deva viver ao “Deus dará”, pois se assim fosse, teríamos uma sociedade de naturalistas, vivendo ainda das atividades da caça, da pesca e da extração de produtos naturais, o que importaria em um formidável caos no mundo inteiro, face ás imensas quantidades de produtos que hoje são necessários para alimentar uma população tão grande. O abandono á providência, que Jesus propôs, descontada evidentemente, as condições de cada época, se refere á confiança que o homem deve ter na sua capacidade de obter o suficiente para viver quando isso se fizer necessário, sem se fazer demasiadamente ansioso. A natureza contém em seu seio o leite necessário para alimentar a todos seus filhos, seja qual for o tamanho da sua família. Importa, sim, saber qual a medida exata a ordenhar para que um não tenha indigestão por fartura e outro, inanição por falta. E por desordem organizacional na extração e na distribuição, que grande parte desse “leite” se perca, ocasionando a morte de tanta gente, como se tem visto ao longo da história da humanidade e hoje se vê numa escala nunca antes ocorrida. Por isso é que o simbolismo do ensinamento maçônico contém um preciso ensinamento moral e iniciático, que tem como finalidade lembrar ao maçom o exemplo do reino de Israel, isto é, que aquele reino foi organizado como um arquétipo da sociedade perfeita, que Deus pensou ser a melhor sobre a terra; mas as ambições de seus membros, particularmente de seus dirigentes, a levou a derrocada. Essa ambição se refletiu principalmente na cobiça, na concupiscência, na ambição, no culto do profano em oposição ao sagrado, e principalmente na opressão do poderoso sobre o fraco, e, em se tratando de política econômica, numa injusta tributação. Esta, especialmente quando empobrece o povo em favor de uma classe privilegiada, acaba se tornando um poderoso motor de revoluções. Esse tipo de erro o maçom que assumir posição de poder não pode cometer. E principalmente é preciso lembrar que nada vem de graça. Até aqueles que adquirem seus bens através de ações criminosas sabem que estão arriscando a vida e a liberdade por conta disso. É a contra partida que eles dão pelo prazer de gozar por pouco tempo uma riqueza conquistada ilegalmente. Mas não é isso que a maioria das pessoas quer. Todos queremos ser felizes e ricos pelo mérito conquistado em nossas ações. Peçamos à vida aquilo que realmente merecemos. E comecemos dando a ela o melhor de nós mesmos, que é a capacidade de amar ao próximo e oferecer a ele a nossa amizade, o
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 22/30 nosso afeto, a nossa mão amiga e a nossa solidariedade. Isso são coisas que todos nós temos e não diminuem nem acabam á medida em que são distribuídas. E, principalmente, acreditemos que quanto mais contribuirmos com essa previdência, mais iremos receber. Convém não esquecer a parábola dos talentos. Quem recebeu dez talentos tem a obrigação de devolver vinte; quem recebeu cinco deve devolver dez; quem recebeu um precisa devolver pelo menos dois. Ninguém tem o direito de esconder os talentos que recebeu e devolver somente o que lhe foi dado com a desculpa que não deve nada a ninguém e por isso está devolvendo somente o que recebeu. Eis aí outro ensinamento eminentemente maçônico. No ritual de um dos nossos graus encontraremos precisamente esse discurso: A Maçonaria foi criada para preparar a libertação do espírito humano (...) recrutando homens experimentados e espíritos amadurecidos e resolutos, a fim de dar á Humanidade condutores hábeis pelo estudo e implacáveis no cumprimento do dever (...) Hiram morto é o espírito humano escravizado . A Maçonaria é tarefa de libertação. É preciso, em primeiro lugar libertar vosso espírito (...) O primeiro sentimento é o Dever (....)” 1 O poeta Francisco Octaviano escreveu um lindo poema versando sobre esse tema. Ele diz: “ Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso adormeceu/ Quem não sentiu o frio da desgraça/ Quem passou pela vida e não viveu/ Não foi homem, foi espectro de homem /Só passou pela vida, não viveu.” E eu complemento com uma frase que vi em um filme: que homem é o homem que não procura deixar melhor o lugar onde foi posto para viver? Que o Irmão pense nisso esta noite quando for fazer suas orações (se costumar fazer isso). Antes de pedir alguma coisa a Deus pergunte-se o que você fez para ter o direito de ser atendido. Se você puder responder a essa pergunta com sinceridade, pode ter certeza que amanhã será o seu dia. Você é um verdadeiro maçom. Deus o abençoe. Para encerrar, eis um soneto que escrevi sobre esse tema. Se ainda podemos sentir um coração bater Isso diz que nós ainda estamos bem vivos. Pois Deus nos deu um dia mais para viver Não para usar com pensamentos negativos. Respire fundo, encha o peito, erga a fronte, No que você crê, isso mesmo é o que terá. Jesus disse ─ Se tiver fé diga a este monte: Sai daqui, lança-te ao mar: e ele obedecerá. A vida é justa e só nos dará o que pedirmos, Nunca mais, nunca menos que o acordado; E os acordos somos nós que os redigimos. Exija da vida tudo que ela tem para lhe dar, E vá em frente. Mas não espere aí sentado; Porque ela dá, mas você tem que ir buscar 1 Conforme o ritual, pg. 19 A 26
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 23/30 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e Fraternidade do Mercosul Ir Hamilton Savi nr. 70 Florianópolis (trabalha no recesso maçônico) 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 24/30 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá Vem aí o IX Chuletão Templário. O evento filantrópico Maçônico Loja “Templários da Nova Era”
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 25/30 Loja Adonay Barbosa dos Santos (GLEAC) tem novo Venerável (Informações e fotos do Ir Chiquinho, Rio Branco) - O Irmão Fernando Zamora, Grão-Mestre da Grande Loja do Estado do Acre, empossou na última semana o Irmão Jailson, como novo Venerável da Loja Adonay Barbosa dos Santos. No registro, O próprio Grão-Mestre, Irmão Jailson e Ir Gilberto Pereira, primeiro Venerável e um dos fundadores da Loja, hoje Grande Mestre de Harmonia da GLEAC. Felicidades ao Ir Jailson como VM de uma das Lojas que também ajudamos a fundar durante nossa estada no saudoso Acre
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 26/30 LOJA MAÇÔNICA ESPECIAL União e Fraternidade do Mercosul Ir∴ Hamilton Savi nº 70 RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO – GOSC/COMAB FUNDADA EM 31/01/1998 À GDGADU Orde Florianópolis, aos 03 dias do mês de fevereiro do ano de 2016. E∴V∴ Ofic. 007/2017 A Todos os Homens Livres e de Bons Costumes Programação – Loja União e Fraternidade do Mercosul - Hamilton Savi nº 70 Mês de fevereiro de 2017 Dia 06/02/2017: Palestra do eminente Ir∴ General de Brigada Sergio Luiz Tratz Comandante da 14ª Brigada de infantaria motorizada TEMA: UM MAÇOM NAS FORÇAS ARMADAS Informamos que as sessões se realizam no Templo da Loja Ordem e Trabalho nº 3. Situado próximo à UFSC – AV. DESEMBARGADOR VITOR LIMA. 550, Serrinha Florianópolis SC, com inicio às 20:00hs – Traje Maçonico, sendo aceito Balandrau. Ir.: EMÍLIO CÉSAR ESPÍNDOLA V.: M.: (048)32445761 - (048)99824363 emilioespindola@yahoo.com.br
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 27/30 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) 5 de fevereiro Assiduidade Do latim: "assiduus", significa "aquele que permanece ao lado". A assiduidade constitui uma das virtudes do maçom; não diz respeito apenas ao comportamento social, ao compromisso assumido, mas à participação em uma Egrégora que beneficia a quem "se encontra ao seu lado"; diz respeito ao elo as corrente; à necessidade para a formação do grupo. Quem se ausentar sem motivo aparente ou justificado estará solapando aos demais a oportunidade de reforçar as vibrações e a soma dos fluidos destinados à formação grupal. Consoante as regras maçônicas, a falta de assiduidade impede o ato de votar, o "aumento do salário", ser votado, suspenso ou até eliminado do quadro. Isso não significa a eliminação da Ordem, porque a um Iniciado jamais se eliminará; terá ele , sempre, a oportunidade de reingresso em sua Loja ou Loja equivalente. Maçom! A sua presença na Loja é vital; seja assíduo e receberá a recompensa destinada aos cumpridores de seus compromissos. sinta-se atraído à sua família maçônica. Avante, pois. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 55.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 28/30 Templo da Loja Águia do Planalto nr. 3 – de Vilhena – RO.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 29/30 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos Conversando com um velho amigo, ouvi este desabafo: " Nenhuma dor é comparável à perda de um grande amor. Passei por isto, amigo. É preciso ser forte para continuar vivendo. Mas, tive uma brilhante ideia, para amenizar o meu sofrimento. Escrevi uma carta a quem arrebatou a mulher que tanto amei. Disse-lhe:
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.320– Florianópolis (SC), domingo, 5 de fevereiro de 2017 - Pág. 30/30 Permita-me, moço, apresentar-me. Sou um homem sem nome. Chama-me da forma que melhor lhe parecer. Não me ofenderei. Sou aquele que amou a mulher que, hoje, está em teus braços. Fez-me sentir o ser mais feliz do mundo, o homem mais amado, mais amante... Eu a amei fervorosamente ! Certamente, nada disto foi suficiente. Não sei onde errei, ou o que lhe deixei faltar. Toma coragem e siga este conselho que, agora, te dou e que aprendi com os meus erros. Faça-a sentir-se segura. Creio não haver conseguido. Procure entender a sua alma de mulher, lendo no brilho intenso do seu olhar, as respostas que procuras. Eu só me interessei pela intimidade, pensando ser a essência da felicidade, o núcleo principal do amor. Aprenda a ler estes sinais, para não ser, como eu, tomado de surpresa. Ela te levará aos céus, como num tapete mágico, nas mil e uma noites de fantasias. Cuidado, para não enlouquecer, como eu. " Dito isto, nem mais uma palavra conseguiu pronunciar. Soube que está perambulando pelas cercanias deste lugar, sobrevivendo das doces e loucas lembranças... Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 - Florianópolis