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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.275 – Florianópolis (SC) –quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrRui Bandeira – Os Landmarks da Maçonaria Regular...Nono Landmark
Bloco 3-IrJoão Anatalino Rodrigues – O Resgate do Ideal Maçônico
Bloco 4-IrValdemar Sansão – Maçonaria em Gotas (XI) – A Verdade e a Doutrina Maçônica
Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva - Fundamentos do Salmo 133 (132)
Bloco 6-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – O Egoísmo não é um estado de amor-de-si-próprio e sim....
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 22 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 2/29
22 de dezembro
 401 — É eleito o Papa Inocêncio I, 40.º papa, que sucedeu ao Papa Anastácio I.
 1758 — Fundação dos condados de Schley, White e Wilcox nos EUA.
 1761 — Criação do Ministério da Fazenda do Brasil.
 1808 — Estreia da quinta sinfonia de Ludwig van Beethoven em Viena.
 1846 — José Travassos Valdez é feito prisioneiro na batalha de Torres Vedras.
 1890 — Fundação de Timon, no estado do Maranhão.
 1926 — Concluída a eletrificação da linha de trens de Cascais, ligando aquele município português a Lisboa.
 1951 — Criado o Exército Popular Iugoslavo na República Socialista Federativa da Iugoslávia, desmantelado
em 1992 juntamente com a Iugoslávia.
 1955 — Fundação do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do
Brasil).
 1957 — Criação do Museu da Abolição, instalado no antigo Sobrado Grande da Madalena.
 1961 — Emancipação política do município de São Vicente do Seridó (Paraíba, Brasil).
 1964 — Primeiro vôo da aeronave SR-71 Blackbird.
 1968
 Anos de Chumbo: os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil são presos no Rio de Janeiro, acusados de
protestar publicamente contra a ditadura, em shows.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 357 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante)
Faltam 9 dias para terminar este ano bissexto
Dia da Independência das Ilhas Marshall
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 Libertados 82 tripulantes do navio de inteligência norte-americano Pueblo depois de serem capturados
na Coreia do Norte.
 1977 — Inauguração do Parque Natural dos Esportes “Chico Mendes”, em Sorocaba, Brasil.
 1979 — Fundação do Serrano Sport Club.
 1981
 Criação do estado de Rondônia, no Brasil.
 O general Leopoldo Fortunato Galtieri assume a presidência da Argentina.
 1986 — É declarado oficial o 13.º salário para todos os trabalhadores brasileiros.
 1989 — Após vários dias de revoltas populares, o ditador romeno Nicolae Ceauşescu é deposto.
 1990
 Término formal do estatuto do Protectorado das Ilhas do Pacífico das Nações Unidas.
 Lech Walesa, amigo de infância do Papa João Paulo II, tomou posse como o 1º presidente da Polônia
não-comunista desde 1945.
 2001
 Hamid Karzai torna-se presidente interino do Afeganistão.
 Adolfo Rodríguez Saá toma posse como novo presidente da Argentina em meio a maior crise econômica
da história do país.
 2003 — É publicada no Brasil a lei nº 10.826, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento.
1890 Morre, no Rio de Janeiro, o coronel engenheiro Augusto Fausto de Souza, ex-presidente da província
de Santa Catarina.
1753 Primeiro registro conhecido da colação do Grau de Maçom do Real Arco, em Fredericksburg,
Virgínia, USA.
1891 A primeira Loja do Rito de York verdadeiramente fundada sob a égide do Grande Oriente do
Brasil, foi a Eureka Lodge nº 440 em data de 22 de dezembro de 1891, na cidade do Rio de Janeiro
é que foi fundada a primeira Loja do Rito de York sob a égide do Grande Oriente do Brasil.
1902 Decreto do Grão-Mestre Quintino Bocaiúva, proíbe que Lojas adotem nomes de pessoas vivas ou
vultos históricos com menos de 10 anos de falecimento.
1922 Mário Bhering, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, cria um imposto pelo decreto 746, a ser
cobrado de todos os Maçons, denominado taxa de capitação ou, simplesmente capitação.
1956 As Lojas do Grande Oriente Unido são regularizadas no Grande Oriente do Brasil, pondo fim ao
cisma de 1948.
1992 Fundada a Loja “Ademar Nunes Pires Júnior” nº 51 (GOSC) em Florianópolis.
2007 Fundada a Loja União e Virtude nr. 3.956 – GOB/RJ
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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Feliz Natal !
Boas Festas!
São os votos de toda a equipe JB News
aos seus leitores e amigos
Ho, Ho, Ho, Ho...
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Ir Rui Bandeira
Obreiro da R. L. Mestre Affonso Domingues, n.º 5
da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.
Escreve às quintas-feiras neste espaço.
Este e outros artigos de sua autoria
podem ser lidos no blog
http://a-partir-pedra.blogspot.com.br
Landmarks da Maçonaria Regular:
a Regra em 12 Pontos
NONO LANDMARK
Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade,
de perfeita reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em
todos os níveis de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites
do domínio do homem e o infinito poder do Eterno.
Este nono Landmark define, com precisão evidente, as caraterísticas de quem está
em condições de ser admitido maçom.
Tal só pode ocorrer relativamente a homens - o que exclui a admissão, na Maçonaria
Regular, de mulheres e a existência de Lojas mistas; conferir, a este respeito, o
comentário que elaborei a propósito do terceiro Landmark (publicado no n.º 2.232 do
JB News).
Esses homens têm de ser maiores de idade, isto é, adultos. A maioridade afere-se,
desde logo, pela lei civil que vigora no país onde funciona a Loja. Mas o preceito,
corretamente interpretado, exige mais: exige a maioridade de pensamento, isto é, a
maturidade necessária para compreender o que implica ser maçom e a capacidade e
vontade de palmilhar o caminho do aperfeiçoamento.
Têm ainda tais homens de ser de perfeita reputação. Não basta ser sério e honesto,
2 – Os Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 pontos
Nono Landmark - Rui Bandeira
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 6/29
impõe-se que seja tido e reputado como tal no seu ambiente social. O maçom, por o
ser, deve impor-se à consideração geral. Dificilmente o consegue quem não tiver
angariado por si e suas ações tal reputação. Não seria a aquisição da qualidade de
maçom que melhoraria a sua reputação. Pelo contrário, seria a mácula na sua
reputação que mancharia a Maçonaria.
Tem de ser gente de honra, ou seja, que dá valor à sua palavra e a cumpre, que sabe
o valor, a importância e a responsabilidade da sua honra e age em conformidade.
Devem os maçons ser leais, condição essencial para integrarem uma Fraternidade em
que todos em si vão confiar.
Devem ser discretos, porque o é a Maçonaria. Note-se: não secreta, mas discreta!
No sentido em que preserva a intimidade e a identidade dos seus membros e da sua
atividade. No sentido de que não alardeia nem publicita o que faz, a quem ajuda, o
que contribui, seguindo o preceito de que, no vero homem de bem, nem sequer a mão
esquerda tem de saber o que deu a mão direita.
Têm de ser dignos de serem bons irmãos, porque só assim podem integrar a
Fraternidade Maçónica.
Têm de ter a capacidade de reconhecer os limites do homem, porque só assim
podem reconhecer o seu papel no Universo e procurar aproximar-se o mais possível
desses limites, sem a pretensão de serem mais do que são: humanos.
Finalmente, têm de ter a capacidade de reconhecer o infinito poder do Eterno,
isto é, de serem crentes num Criador Todo Poderoso.
Quem acusa a Maçonaria de ser uma elite... tem razão! Poucos estão ainda em
condições de ser admitidos maçons, efetivamente! Mas um dos objetivos do trabalho
maçónico é a construção do Templo Coletivo, isto é, o aperfeiçoamento geral da
sociedade, através da intervenção e do exemplo dos maçons. Esperamos que cada vez
mais estejam em condições de vir a ser admitidos maçons!
Rui Bandeira
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 7/29
O Irmão João Anatalino Rodrigues,
é palestrante, escritor e colunista do
JB News. Outorgado com a
Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
Escreve às quintas-feiras e domingos.
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
O RESGATE DO IDEAL MAÇÔNICO
A formação seletiva de grupos para a realização de um ideal comum é uma prática
que vem desde os primórdios da civilização. Esses grupos
se formam por cooptação, escolhendo seus membros no
seio da sociedade, justamente pela convergência que
encontram entre seus interesses, sejam eles
profissionais, religiosos, filosóficos ou mesmo
econômicos ou políticos. A partir dessa reunião, formam-
se sociedades que podem manter em segredo suas
atividades ou não. É dessa forma que nascem partidos
políticos, sociedades literárias, clubes de serviço, seitas religiosas, e também
Fraternidades do tipo Maçonaria, que não se identifica com nenhuma delas, embora
delas todas empreste características.
Como instituição, a Maçonaria só passou a existir no inicio do século XVIII, a
partir da constituição que lhe foi dada pelos maçons ingleses, liderados pelo pastor
anglicano James Anderson. Mas antes disso, os maçons já se reuniam em Lojas para
praticar alguma coisa parecida com a ideia que anima todas as tradições relacionadas
com a construção de uma sociedade perfeita.
O que era essa Maçonaria anterior ás Constituições de Anderson? Como eram os
maçons operativos que construíram as grandes catedrais medievais, e depois os
especulativos que os sucederam?
As Constituições de Anderson apareceram em 1723 como exteriorização da
Ordem maçônica, dando ao mundo a idéia de que a Confraria dos Obreiros da Arte
Real era uma instituição universal, unificada em suas práticas, em sua filosofia e em
seus objetivos. E como bem dizia Langlóis, essa visão da Maçonaria correspondia
3 – O Resgate do Ideal Maçônico
João Anatalino Rodrigues
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 8/29
exatamente á estrutura política da Inglaterra dos inícios do século XVIII, onde a
liberdade não era um mero anseio e o liberalismo econômico rompia as barreiras
sociais, linguísticas e religiosas, alargando os horizontes geográficos e intelectuais.1
A Inglaterra do início do século XVIII era a pátria de todos os espíritos que
sonhavam com a liberdade e com o fim das mazelas sociais. Por isso não é estranho
que a secularização da prática maçônica tenha surgido exatamente entre os maçons
ingleses, como forma de realização de um sonho que antes medrava apenas em alguns
espíritos, como esperança de realização ascética do individuo, mas não como projeto
de uma sociedade mesmo.
O que terá acontecido para fazer com que filósofos racionalistas, como Voltaire
e Montesquieu, por exemplo, ou religiosos ortodoxos, como os pastores Anderson e
Désaguliers, se associassem com o jacobita André Michel de Ransay, amigo do Bispo
Fénelon e da família de Godofredo de Boillon, o místico comandante da Primeira
Cruzada, para disseminar pela Europa toda uma prática, considerada como herética
pelas religiões oficiais?
 O Cavaleiro André Michel de Ransay, como se sabe, é o criador do Rito Escocês
Antigo e Aceito. Ele, que era simpatizante do Príncipe Charles e lutava para que
os Stuarts voltassem a ocupar o trono da Inglaterra, quis levar para a França o
tipo de maçonaria que estava sendo praticado na Inglaterra, ou seja, a
maçonaria Stuartista, liberal e progressista, bem a gosto dos intelectuais
franceses. Dessa forma, ele criou o chamado REAA, adicionando aos três graus
simbólicos os diversos graus filosóficos, que contemplam, inclusive, temas
cavaleirescos, especialmente ligados aos Cavaleiros Templários, assunto esse
que era muito caro ao espírito dos franceses. Dessa forma o REAA teve um
desenvolvimento muito rápido na França e depois ganhou relevo no mundo
maçônico, sendo hoje, junto com o Rito de York (O Arco Real), os dois ritos
mais praticados em todo o mundo maçônico.
A antiga Maçonaria era uma prática para religiosa que se confinava a alguns
grupos de pessoas sensíveis ao apelo do esotérico, contido na mensagem da
arquitetura, e da filosofia que ela inspirava. Com efeito, para os maçons que
antecederam a fusão das Lojas londrinas, a arquitetura era uma mensagem dos
deuses, inteligíveis apenas aos espíritos sensíveis que acreditavam na unidade do
universo e se viam como “construtores do espírito”, repetindo na atividade
especulativa aquilo que seus antecessores medievais haviam feito operativamente.
Os maçons operativos, pensavam estes novos “pedreiros morais”, haviam deixado a
1
Citado por Jean Palou- Maçonaria Simbólica e Iniciática- Ed. Pensamento, São Paulo, 1986
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 9/29
mensagem divina na linguagem das pedras e nas formas estruturais da catedral
gótica e dos grandes edifícios públicos. Para eles, a sabedoria arcana (a sabedoria
secreta) fora inscrita em símbolos, representados por ogivas, arcobotantes,
estranhas figuras de anjos, gárgulas e vampiros, colunas, pináculos e abóbodas, tudo
constituindo uma verdadeira enciclopédia do saber universal só inteligível aos
iniciados.
 Ou seja, na linguagem dos iniciados, que era a geometria. É bem verdade que
Anderson, por exemplo, não tinha essa sensibilidade. Para ele, a Arte Real por
excelência, era a arquitetura clássica, especialmente á dos tempos do
imperador Augusto. No preâmbulo de suas Constituições ele trata a arquitetura
gótica com certo desdém, considerando-a uma imitação barata da arquitetura
clássica. É somente com o trabalho de Fulcanelli que a arquitetura gótica
recuperou a sua importância como linguagem transmissora de segredos
iniciáticos.
A Maçonaria que emergiu do século XVII é muito diferente da
que era praticada nas antigas Corporações de Obreiros do Bom
Deus. Ela é filha da necessidade política e do desespero filosófico
de uma sociedade que procurava uma saída espiritual para o
impasse que a religião, com o cisma da Reforma, a lançara. Com
efeito, há muito que arte gótica e as grandes construções
medievais, sacras e profanas, já haviam deixado de hospedar em
suas curvas, nichos, abóbodas, ogivas, vitrais, grifos e capitéis, a antiga ciência dos
freemasons. E há muito, também, que a mística tradição de buscar a ascese
espiritual através da prática do oficio de construtor havia desaparecido sendo
substituída pela espiritualidade dos rosa-cruzes. Já os novos construtores de obras
sacras, embalados no ideal da Renascença, haviam perdido o elo que as ligava com o
espírito, para se concentrar na beleza idealizada na razão, bela sim, harmoniosa sim,
perfeita nas formas e nas estruturas, mas tão pouco espiritualizada em sua
mensagem, pois ali não mais se percebia a mística dos antigos Irmãos “hospedeiros
do Bom Deus”.
A mística da mensagem contida nas catedrais havia se mudado para os
laboratórios dos práticos da química e da metalurgia, e para as águas-furtadas e
cubículos dos mosteiros, onde laboravam os decifradores da mensagem oculta na
natureza, os amantes do insólito e os cultores da sabedoria que não se exprime em
silogismos nem se resume em postulados. Dali sairiam os pensadores que iriam reunir
todas as tendências místicas do pensamento medieval com a nova filosofia que sairia
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 10/29
dos ideais da Renascença e da Reforma Protestante, cuja culminância se daria com o
advento do chamado pensamento rosa-cruz, ao qual se filiariam grandes nomes da
ciência e da intelectualidade da época.2
Podemos dizer que a Maçonaria, a partir do momento em que ela foi secularizada,
transformou-se em uma idéia utópica tanto quanto o eram as criações de Platão,
Campannela, Giordano Bruno, Thomas Mórus e outros. Conquanto suas ações tenham
repercutido na História recente da humanidade, influindo sobremaneira na formação
dos estados modernos e orientando o viver de muitas sociedades, a esperança que a
anima, como a daqueles antigos filósofos, é a mesma, qual seja, a de construir uma
sociedade perfeita, harmônica, justa, fundada nos ideais estéticos da antiga
sabedoria grega e egípcia, temperada pelas virtudes do cristianismo e embalada na
moral iluminista. Nesse sentido, as Lojas maçônicas deveriam funcionar como
cadinhos de alquimista, onde a “matéria prima” dessa nova pedra filosofal seria
artisticamente trabalhada para se obter “pedras de sustentação” angular, como
aquelas que sustentavam os edifícios de antigamente.3
Não contestamos a tese de que a Maçonaria, dita
especulativa, tenha nascido dentro das Lojas de maçons
operativos. De fato, os novos “pedreiros morais”, que viriam a
substituir os antigos “pedreiros livres”, aproveitaram a
estrutura das velhas guildas dos “hospedeiros do Bom Deus”,
para desenvolver a sua própria sociedade, onde as construções
não seriam mais de igrejas e edifícios públicos, mas de
sociedades e nações. Por isso é que acreditamos que a filiação dos chamados “maçons
aceitos” nas antigas Lojas dos maçons operativos não aconteceu de forma direta,
como consequência da transformação das Corporações Obreiras em Lojas
Especulativas. Para nós, a Maçonaria especulativa não é mera adaptação da
Maçonaria operativa, isto é, os “pedreiros morais”, como gostamos de chamar os
maçons especulativos, não provém de uma herança direta dos pedreiros profissionais
da Idade Média, mas sim de uma organização paralela que nasceu dentro das
corporações obreiras dos profissionais de construção, porém com objetivos
diferentes. A tese de que houve uma passagem pura e simples do plano operativo
para o especulativo é uma simplificação que nunca nos satisfez.
2
Ver, nesse sentido, as obras de Frances Yates “ Giordano Bruno e a Tradição Hermética” e “O Iluminismo Rosacruz”,
ambas publicadas pela Ed. Cultrix.
3
É nesse sentido que deve ser entendido o simbolismo da pedra bruta, pedra talhada e pedra lavrada, que estão na base
dos ensinamentos da Loja Simbólica.
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 11/29
Acreditamos que os vários grupos de que deram origem á Maçonaria moderna
coexistiram concomitantemente com as Lojas dos maçons especulativos, e em dado
momento esses grupos se fundiram. Essa fusão deve ter acontecido ali pelos meados
do século XVII, como resultado de uma aproximação de objetivos e uma similitude
de pensamento, que á medida que a repressão religiosa ia aumentando, os ia forçando
a se associarem para garantir suas sobrevivências.
Isso porque as antigas tradições, presentes nas Old Charges (As Velhas Regras,
regulamentos que disciplinavam a conduta dos pedreiros medievais) não tratam de
temas gnósticos e alquímicos, nem integram motivos cavalheirescos. Mas devemos
ter em mente que as Old Charges são regras que dizem respeito unicamente á
Maçonaria inglesa. Não valem para as antigas Lojas operativas do continente, que
certamente deviam ter suas próprias ordenações. Destas pouco sabemos, mas é
certo que mantinham a tradição iniciática e incorporavam motivos filosóficos e
morais que visavam, ao mesmo tempo, realizar obra profana de interesse estético e
obra espiritual de interesse ascético. Parece que foi nas Lojas do continente que a
filosofia gnóstica e a ciência dos Filhos de Hermes se fundiu com as tradições
maçônicas, criando uma nova escola de pensamento. Daí essa escola voltou para a
Inglaterra, onde, cerca de um século mais tarde se fundiria com a nova moral
propagada pelo iluminismo, resultando no que hoje chamamos de Maçonaria
Especulativa.
 Como vimos, essa fusão se deu através da criação do Rito Escocês Antigo e
Aceito, criado pelo Cavaleiro André Michel de Ransay. Até a criação desse Rito,
a Maçonaria inglesa só praticava os três primeiros graus simbólicos, Aprendiz,
Companheiro e Mestre. Foi com o desenvolvimento desse Ritual que as
tradições dos rosa-cruzes e o romantismo da antiga cavalaria entraram nos
ritos maçônicos. A partir daí se desenvolveram outros ritos, incorporando
outros motivos esotéricos e místicos, dando corpo ao ecumenismo que hoje se
observa na Maçonaria.
Como se sabe, a interação entre a Maçonaria e as tradições cavalheirescas só
começou a ser aventada a partir do século XVIII. Sabe-se, aliás, que foram
exatamente os autores maçons que criaram a grande maioria das lendas e
mistérios ligados aos Cavaleiros Templários. E que foram eles, também, que
ligaram os Templários á Maçonaria, sugerindo ser a Confraria dos Obreiros da
Arte Real uma espécie de herdeira das tradições daquela Ordem, dissolvida
pela Igreja em 1312.4
4
Ver, nesse sentido, o famoso discurso do Cavaleiro Ransay, no qual ele diz ser a Maçonaria, uma instituição criada pelos
soldados cruzados na Terra Santa, no tempo das Cruzadas.
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 12/29
Não é sem razão, pois, que as confissões religiosas oficiais, principalmente a
Igreja Católica, olham com desconfiança para a Maçonaria. Além de ser um fruto da
Reforma Protestante, seu caráter é, sem dúvida, bastante ambíguo.
Simultaneamente seita e escola de pensamento, ela ás vezes confunde seus próprios
praticantes. Ao veicular uma idéia da divindade que se aproxima bastante das escolas
gnósticas, ela se identifica com qualquer uma das seitas gnósticas dos primeiros anos
do Cristianismo. E da mesma forma que naqueles antigos núcleos do pensamento
cristão alternativo, se torna difícil ao estudante distinguir quando seu catecismo
está tratando o tema da relação homem-divindade de uma forma religiosa ou
simplesmente filosófica.
É bem verdade que a Maçonaria é fundamentalmente antidogmática. Somente
essa proposição já seria suficiente para desclassificá-la do rol das religiões. A
liberdade de pensamento praticado nas Lojas maçônicas seria outro postulado que a
afastaria dessa classificação. Todavia, algumas ambiguidades ainda persistem e nos
colocam algumas questões que não foram resolvidas, pelo menos em nossa visão.
Algumas delas foram postas pelo próprio Anderson ao chamar o homem sem religião
de ateu estúpido, ou o livre pensador de libertino irreligioso. Pois se a liberdade de
pensamento significa inclusive a liberdade de se não acreditar em Deus, ou a
liberdade de pensá-lo da forma que a sensibilidade de cada um o figurar, então não
há que se colocar limitações ao pensamento humano sujeitando as pessoas á uma
religião sobre a qual todos os homens estão de acordo, como ele diz, como se
existisse uma religião assim no mundo.
Mas isso é o que menos importa quando se trata de Maçonaria. A verdade é que
nela existem três objetos a considerar: um, que é o ideal maçônico, ou seja, a imagem
mental de um estado de ordem, harmonia e felicidade, desenvolvido pelo inconsciente
humano desde os primórdios da civilização (a utopia); outro, que é a prática maçônica,
que consiste numa forma de viver e pensar, praticada por grupos iniciáticos desde
épocas muito antigas (maat, o exercício da virtude e da justiça); e por fim, um
terceiro objeto, que é a Maçonaria enquanto instituição. Esta só nasceu em 1723,
com a edição das Constituições de Anderson, produzida exatamente para dar
secularização á uma idéia e á uma prática que já existiam na cultura humana desde
tempos imemoriais. E nessa instituição repousa hoje o objetivo da Ordem: a
construção de uma sociedade fundada em um ideal de virtude, justiça e beleza, onde
as pessoas possam, de fato, encontrar a felicidade longamente procurada. Esse é o
ideal que precisa ser resgatado.
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MENSAGEM DO DIA – MAÇONARIA EM GOTAS (XI)
Valdemar Sansão
A VERDADE E A DOUTRINA MAÇÔNICA
Ninguém possui a verdade total, porque a Verdade Absoluta e total é Deus, o Infinito. Nenhum
ser finito pode conter o Infinito.
Verdade (do latim: veritas, atis) – designa a realidade, a
exatidão; as qualidades pelas quais coisas e pessoas aparecem
tais como são; sinceridade, boa-fé; expressão fiel da natureza,
princípio certo, premissa imediatamente evidente que se admite
como universalmente verdadeira sem exigência de
demonstração.
Um ponto fundamental da doutrina maçônica é aquele que
afirma que o Maçom deve estar, constantemente, em busca da
verdade. Isso não significa, todavia, que a verdade total,
absoluta, seja atingível, pois, se isso fosse possível, essa busca
constante deixaria de ser uma meta de vida e o ensinamento
perderia o seu valor. Significa, apenas, que o Homem é
perfectível, mas que nunca chegará ao ponto mais alto da
perfeição total, que só pode ser conseguida com o
conhecimento da verdade absoluta, ou seja, daquela que independe de interpretações, pois estas
são variáveis de acordo com as tendências e as paixões.
A Verdade se manifesta em cada um de nós como princípio espontâneo, suscetível de
aperfeiçoamento. Não que a verdade necessite de aperfeiçoamento, pois em si mesma é perfeita,
porém sua compreensão o necessita.
A verdade pode ser comparada à luz solar que é indispensável à vida do nosso planeta, mas
cujos raios podem ser interceptados por meios mecânicos. Sendo um dos princípios mais
elevados, sua aquisição constitui um ideal de progresso constante para a humanidade.
O iniciador do cristianismo dizia: “amai a Verdade e a Verdade vos libertará”. De fato neste
mundo inferior, a maior prova da liberdade é a prática da Verdade.
Conhecer a Verdade - A primeira das necessidades para que a Verdade se torne manifesta em
nossa vida é que sejamos verdadeiros e harmoniosos. Examine todas as coisas e retenha o que for
melhor. A Verdade existe por si só e independente de qualquer opinião, partido ou seita, de modo
que, se desejarmos conhecê-la, havemos de procurá-la em toda a parte e fazer o possível para
merecê-la. A verdade deve ser o princípio dirigente dos nossos atos, pois ela é a razão de ser dos
nossos estudos, de todos os nossos trabalhos, de todas as ciências e de todos os esforços.
4 – A Verdade e a Doutrina Maçônica (Maçonaria em Gotas XI)
Valdemar Sansão
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 14/29
Conhecer a verdade, só é possível através do saber (conhecimento); é um trabalho árduo, e
muitas vezes desestimulante, mas é o único caminho (um caminho perpétuo).
Com respeito à gratidão que deveríamos sentir pelo sublime dom da vida, devemos prescindir
daquelas penas que nos foram provocadas por nosso mau caráter, nossa intemperança e alguns
vícios. Devemos prescindir dos erros evitáveis, mesmo que, dificilmente, possam ser considerados
como pecados; todos eles fruto de nosso atrevimento, poderiam ser eludidos com prudência e um
pouco de racional reflexão, despertando para a vida, para a verdadeira vida.
A Maçonaria e a Verdade – A Maçonaria tem por objetivo trazer à luz o conhecimento e a
verdade; desenvolver no homem o sentimento de solidariedade para formar uma fraternidade de
verdade universal. E por isso condena sem ressalvas, a perseguição política e religiosa, a violência
em todas as suas formas, a exploração do homem pelo homem, e todas as maldades.
As informações demonstram que há muito tempo o poder político se encontra corroído em
todos os níveis, federal, estadual e municipal. Será que ao escolhermos nossos dirigentes, não
conseguimos identificar os desonestos, ou somos simplesmente coniventes?
Mas, enquanto vida tiver não podemos compactuar nesse lamaçal de irregularidades, nem aos
assaltos aos cofres da Nação, ataques às forças democráticas instituídas.
Só a Verdade eterna pode servir-lhe. A virtude é seu sacerdote; a paciência, sua sentinela; a
iluminação, seu mestre. Não espere que o procure para agir fraternalmente, amparando os fracos
e confortando os tristes. Nem pense que você está dando mais do que recebe: “quem consola um
coração triste, na realidade recebe muito mais do que dá”.
Quantos mudos dariam uma fortuna para poderem falar como você! Quantos paralíticos
suspiram pelos passos que você pode dar! Quantos milionários lhe entregariam suas riquezas
para terem um décimo da fé que você tem! Distribua os bens que Deus lhe concedeu em gestos
de bondade e palavras de carinho. Plante sementes de bondade e de amor, mas não se preocupe
com os resultados futuros. Entretanto, o mundo não pode saber isso, a não ser quando, pelo
exemplo, os maçons em sua vida diária provem que assim é.
O que diz nosso Ritual? – abramos nosso Ritual de Aprendiz, na terceira instrução, nos tópicos
que trata das purificações pela água e pelo fogo.
Quando se deseja saber as razões por que as purificações devem ser feitas, vale a resposta que
vem na fala do 2º Vigilante: - “que, para estar em condições de receber a LUZ DA VERDADE, se
torna necessário ao Homem desvencilhar-se de todos os preconceitos sociais ou de educação e
entregar-se com ardor à procura da SABEDORIA”. Isto significa que, antes de tudo, precisamos
penetrar fundo em nós mesmos; olhem a presença do: - Conhece-te a ti mesmo – para
descobrirmos as nossas Verdades, para que possamos separar as boas das más.
Verdades más? Sim, tudo aquilo que existe em nós e que deve ser extirpado para que
possamos atender aos reclamos de nossa consciência e cumprir o que a Arte Real exige de nós.
Há uma passagem no Ritual de Aprendiz que se refere às espadas voltadas para o neófito
quando ele recebe a Luz... Lê-se, então na fala do 2º Vigilante:
“Compreendi, depois, que essas espadas refletiam os raios da LUZ DA VERDADE que a visão
intelectual daquele que não está preparado, por sólida instrução, para recebê-la”.
Na 4ª instrução o 1º Vigilante afirma que a Maçonaria é uma associação íntima de homens
escolhidos cuja doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus; como regra: a
Lei Natural; por causa: a Verdade, a Liberdade e a Caridade.
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E aí está uma verdade. Quando alguém é iniciado, por mais cultura que pense ter ou que tenha
realmente, não entende e não sabe nada sobre os novos estudos que terá que fazer. A Maçonaria
nos ensina que ninguém conseguiu, ainda, a posse integral da Verdade.
Em nosso entender, analisando a afirmativa à luz da filosofia, existem aí duas intenções: a 1ª é
mostrar que por mais que o homem pense que sabe, o que ele ignora é infinitamente maior; 2ª,
deriva-se da primeira: o maçom deve manter-se humilde e continuar a estudar com coragem e
perseverança, em busca da Verdade. A 4ª instrução do 2º Grau (Companheiro) aborda o tema:
Meditação da Verdade. A instrução aconselha que em matéria de saber, a qualidade supera a
quantidade. Saber pouco, mas esse pouco o saber bem. Aprender, principalmente, a distinguir o
real do aparente. A própria instrução desenvolve abundantemente o assunto.
Considerações finais - A doutrina maçônica afirma que o Maçom deve estar permanentemente
em busca da verdade, isto não significa que alcancemos a Verdade Absoluta, pois, se isso fosse
possível, essa nossa busca deixaria de ser uma meta da vida, e o ensinamento perderia o seu
primordial valor. O homem é perfectível, mas que nunca chegará à perfeição total, que só pode
ser conseguida com o conhecimento da Verdade Absoluta, daquela Verdade que independe da
interpretação de teorias, de religião, de escolas e da própria filosofia, aquela verdade que somos
incapazes de atingir, por estarmos presos a certos preceitos e preconceitos sociais e religiosos,
mesmo sem termos a consciência disso.
Então qual é a sua verdade? O primeiro ponto e o mais importante é que a sua verdade é o que
é verdadeiro para você. E verdadeiro é o que você experimenta com emoção ou sentimento.
Concluindo, existem três verdades: a sua, a minha e a verdade verdadeira, a verdade
esplendorosa, que é o Grande Arquiteto do Universo, a primeira, ou seja, a grande verdade, a
Verdade das Verdades, a Eternidade, a Verdade Gloriosa, a Luz que buscamos!
P.S – O verdadeiro Iniciado, pensa muito, medita sempre e, sobretudo, humilha-se, quando
em presença de uma Verdade que reconhece superior à sua compreensão.
Busca a Verdade para si mesmo, mas não obriga ninguém pensar como ele, tanto quanto não
gosta que os outros lhe controlem o pensamento. Mas é capaz de sofrer a dor de ver mudadas
em armadilhas as suas Verdades!
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Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
FUNDAMENTOS DO SALMO 133 (132)
O salmo 133 (132) faz parte dos registros do Antigo Testamento e acha-se inserido nos
Cinco Livros do Pentateuco, em Êxodos, mais precisamente.
Foi escrito pelo profeta Davi e nele o autor cita: a) a união fraternal; b) o óleo purificador
(que era usado nas cerimônias de unções e consagrações religiosas); c) um personagem bíblico de
nome Arão e; d) os montes Hermon e Sião.
Com certeza, este é um dos salmos de mais expressiva valia para os maçons porque, ao lê-
lo, nos sentimos induzidos a um estado de paz, de união, de amor fraterno, de concórdia, de bondade
e de sinceridade. Entretanto, para melhor entendê-lo, necessário se torna conhecer a origem e os
fundamentos considerados por Davi na sua elaboração.
Mas, quem foi DAVI?
Este homem foi um dos maiores vultos do Antigo Testamento porque, antes de se converter
à idéia da crença em um Ente Superior, conseguiu se destacar, tanto pelo lado do bem quanto pelo
lado do mal. Também porque, segundo o Livro Sagrado, foi em Davi que Deus confiou a sua vontade
por causa da fé irremovível que o citado profeta passou a ter no grande poder do Criador e por ter tido
a coragem de reconhecer seus erros e destes sempre se redimir pelo perdão divino que lhe era
concedido. Segundo os próprios relatos bíblicos, suas confissões eram de coração e seu
arrependimento, verdadeiro.
Pelo caminho do erro, Davi, desafiando a sua própria crença religiosa, cometeu adultério
com Betsabá, esposa do soldado Urias e ainda planejou o assassinato deste. Desobedeceu a Deus ao
realizar a contagem do povo de Israel e foi conivente com os filhos quando estes incorriam em
pecados.
A mãe de Davi é desconhecida. Sabe-se apenas que era uma mulher de boa aparência, de
cabelos ruivos e que teve dez filhos, dos quais, oito foram com Jessé, pai de Davi.
A vida de Davi é particularmente importante para todas as religiões cristãs uma vez que
admitem sua vinda como o escolhido de Deus para cumprir missão Divina (Atos 13,22).
Seu nome, em hebraico, significa pessoa querida, amada. Para os judeus, Davi (ou Melekh
David) é o Rei Davi, o Rei de Israel e do povo judaico. Para os Cristãos, Davi é o ancestral de José,
pai adotivo de Jesus e no islamismo, Davi é conhecido como Daud, nome que corresponde à
expressão “profeta e rei de uma nação.”
5– Fundamentos do Salmo 133 (132)
Anestor Porfírio da Silva
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Davi era profeta e como tal portador de dons especiais. Na adolescência, foi pastor das
ovelhas de seu pai. Mas, além de pastor, foi músico, poeta, e na guerra entre israelitas e filisteus foi
obrigado a enfrentar Golias, um gigante destemido cujo porte físico causava espanto e medo o que,
apesar de tudo, não o impediu de vencê-lo (I Samuel 17-58) e, por fim, rei.
Como poeta é autor de setenta e três salmos bíblicos.
Como rei, foi o maior da história de Israel. Seu reinado expandiu os territórios sobre os
quais governou, onde fez crescer a prosperidade como fruto das grandes conquistas nas batalhas que
enfrentou. Depois de oitenta anos de reinado, incluindo Hebron, Jerusalém e Israel, Davi morreu
numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e honras (1 Crônicas 29, 26).
Resultados de algumas pesquisas arqueológicas a respeito do ano da morte de Davi e do
lugar onde o mesmo teria sido enterrado dão-nos conta de que o local de seu nascimento foi mesmo
em uma residência no grande aglomerado de Belém e sua morte em Jerusalém, após esta cidade ter
sido capturada dos jebuseus e se transformado na capital do reino de Israel. Para o arqueólogo Edwin
Thiele, Davi teria nascido por volta do ano de 1.040 a.C. e falecido em 970 a.C..
União Fraternal - Naquele tempo havia um profeta e professor da Igreja de Antioquia,
oriundo de Chipre, sua terra natal, onde possuía vasta área de terras rurais. Seu nome era Barnabé, um
homem bom, segundo Lucas. Em Antiokia (hoje no território turco com o nome de Antakia), Barnabé
se converteu ao cristianismo, tendo vendido as terras que possuía, doando o dinheiro para a igreja de
Jerusalém a fim de que esta pudesse combater a grande fome que viria, em breve, castigar toda a
terra, segundo premeditação do profeta Ágabo (Atos 11,28-30).
Não muito distante de Antioquia, existia na cidade de Tarso, outro homem de nome Saulo,
o qual, após converter-se ao caminho do bem e ter seu nome mudado para Paulo, acabaria por
construir considerável parte da história bíblica como autor dos textos: Atos dos Apóstolos, Romanos,
2 Coríntios, Gálatas e Filipenses.
Ao tomar conhecimento da existência de Paulo, em Tarso, onde este vivia, Barnabé foi até
lá para encontrar-se com ele tendo por finalidade levá-lo a Antiokia para atuarem juntos em viagens
missionárias.
Tendo aceitado os planos de Barnabé, Paulo deixou sua cidade natal e foi morar em
Antiokia, onde passaram a trabalhar juntos em diversas viagens missionárias nas regiões
circunvizinhas a Antiokia e Jerusalém, tendo sido Barnabé o responsável pela introdução de Paulo aos
apóstolos.
Eles trabalharam juntos por vários anos disso decorrendo estreita amizade que se
consolidou como verdadeira união fraternal até que, certo dia, tendo retornado para Antiokia e
passado algum tempo lá, Paulo pediu a Barnabé para acompanhá-lo em outra viagem. Barnabé quis
levar João Marcos, mas Paulo não concordou (Atos 15, 36-38).
De tal discórdia gerou uma contenda, uma discussão de poucas palavras, mas um tanto
ríspida, que acabou por eliminar o diálogo entre ambos e fazer com que se separassem formando dois
grupos. Isto os deprimiu bastante, mas nenhum teve a humildade para se retratar e pedir perdão.
Contudo, apesar de se apartarem um do outro, não se tornaram inimigos nem deixaram seus
propósitos de lado. Continuaram vivendo em união na fé em um mesmo Deus, empreendendo viagens
missionárias com os mesmos objetivos, embora por rumos diferentes. Algumas vezes, eles e seus
respectivos grupos eram tratados como deuses quando curavam. Mas, em outras ocasiões, quando
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suas pregações ofendiam judeus tradicionais e povos de outras crenças religiosas, eram apedrejados e
expulsos das cidades.
Após um longo tempo de separação, eis que seus caminhos os levaram a se encontrarem e
isto se deu casualmente na cidade de Jerusalém. No momento em que se cumprimentavam um teria
dito ao outro: “Como é bom continuarmos vivendo em união!”
O que de fato os evangelhos nos narram como acontecido entre esses dois grandes vultos
da história bíblica, deixa claro que não são as discórdias sobre questões materiais ou decorrentes do
relacionamento humano que nos afastam uns dos outros, que quebram o sentimento fraternal entre os
homens, que destroem a união se, mesmo contendendo, continuarmos caminhando na mesma direção,
com fé, à busca do mesmo ideal, com os mesmos objetivos e com a mesma intenção, pois a
perseverança, nestes casos, é, sem sombra de dúvidas, prova viva de reconciliação (II Coríntios 5,18-
20).
O ano de nascimento de Barnabé é desconhecido, assim como o de sua morte também.
O que se sabe é que ele morreu apedrejado por judeus no momento em que pregava o
evangelho em uma sinagoga, num lugar que não se pode dar como certo, se na Síria ou em Salamina,
hoje, pertencente ao território do Chipre. Seu corpo foi enterrado em uma caverna onde permaneceu
até a época do imperador Zenão (ano 485 d.C.). Anos depois, seus restos mortais foram levados para
o mosteiro construído em seu nome, em Salamina, onde se encontram até hoje.
Paulo, por sua vez, nasceu em Tarso, Região da Cicília, na Turquia, numa data
desconhecida, entre o primeiro e o décimo ano da nossa era. Morreu decapitado, em Roma, no ano 67
d.C., após ter sido condenado. Seus restos mortais se encontram na Basílica de São Paulo Extramuros,
em Roma, segundo afirma o Vaticano.
Abraão - Este homem não faz parte das alegorias do Salmo 133(132), mas é aqui lembrado
porque foi de sua descendência que se originou Arão. Seu vulto aparece na história bíblica logo após
o dilúvio e a construção da Torre de Babel, em meio ao denso e profundo ensinamento a que se refere
“Gênesis”, o livro das origens, como profeta hebreu e um dos principais personagens da mencionada
narrativa sagrada.
Seu nascimento ocorreu aproximadamente dois mil anos a.C., na região da Caldéia, onde
viveu, mais ou menos, metade de sua vida. Depois, mudou-se para a Palestina com sua numerosa
família, com a intenção de lá viver até o fim de seus dias. Na Palestina, seus descendentes
proliferaram por quatrocentos anos dando origem aos hebreus, aos quais seus líderes também se
referiam como povo de Israel. Naquele território, os hebreus, povo humilde, viviam vagando de um
lugar para outro, sem parada, até que decidiram migrar para o Egito, onde ocuparam as terras do delta
do Nilo, uma das áreas mais férteis da região.
Arão - Para o fracasso dos hebreus, estes acabaram se tornando escravos dos egípcios. Foi
nesse tempo que surgiu o profeta Araão, ou Arão, ou Arraron, citado no Salmo 133 (132). Segundo
consta do Livro Sagrado, ele era filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés e Miriã (ou Miriam).
Arão foi membro destacado da tribo de Levi e uma de suas importantes realizações no campo
religioso foi fundar a classe sacerdotal dos judeus e ser o seu primeiro sumo sacerdote.
Arão e o Óleo Precioso - Para libertar os judeus das mãos dos egípcios, Arão e Moisés
tiveram que desempenhar papel religioso de alta relevância nas negociações com o faraó Akhenaton,
rei do Egito ao tempo em que se deu o Êxodo dos judeus em direção à terra prometida (Canaã). Tal
acontecimento, se verdadeiro, deveu-se à influência religiosa e à habilidade diplomática daqueles dois
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irmãos (Êxodo, Capítulos 1 a 13). Esta passagem da Bíblia Sagrada, em alguns trechos é tão sombria
que os estudiosos chegam a se confundir, concluindo que Akhenaton e Moisés tratavam-se da mesma
pessoa, mas o que mais nos interessa é saber que Arão, por ter sido o fundador da classe sacerdotal
dos judeus, no Egito, foi o seu primeiro sumo sacerdote, cumprindo assim a palavra de Deus,
conforme está escrito em Êxodo 40,12-15.
Para chegar ao posto de sumo sacerdote, Arão teve de ser consagrado e quem lhe ministrou
esse sacramento foi seu irmão Moisés. No momento de sua unção ele se encontrava na Tenda de
Reunião, trajado com vestes especiais que o distinguiam das demais pessoas. O ato consistiu no
derramamento de óleo por todo o tabernáculo e depois sobre a cabeça de Arão. Dada a abundância do
óleo derramado, este escorreu pelos seus longos cabelos e pelo seu rosto, alcançando toda a sua veste
(Levítico 8,1-12), conforme descreve Davi no Salmo 133 (132). Esse óleo, tido como precioso, era
uma mistura de mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia e azeite de oliveira (Êxodo 30.23-
25). Não há registros sobre a cidade natal de Arão. Ele nasceu no Egito entre os anos 1.280 e 1.270
a.C. e morreu com 123 anos de idade, no alto do Monte Hor, hoje, em território jordaniano.
O Orvalho de Hermon - Hermon, Sirion ou Senir, atualmente conhecido por Jebel esh
Sheik (Monte Chefe), é um monte de 2.184 metros de altura, pertencente à cadeia dos Montes Ante-
Líbano e se situa ao sul da Síria e norte da Palestina. O topo desse monte está permanentemente
coberto de neve promovendo um belo espetáculo aos olhos de quem o observa de longe. Servindo de
contraponto entre as terras da região e o mar Mediterrâneo, suas escarpas, ladeadas às de outros
montes formam depressões por onde correntes de ar com temperaturas diferentes se encontram e se
precipitem em forma de orvalho ou chuva. Em determinada época do ano, parte do gelo que forma
uma calota em seu cume costuma se derreter e escorrer pelas ladeiras que o circundam, conservando a
terra sempre úmida nos baixios que se estendem desde a sua base até Jerusalém.
O Monte Sião - Este monte tem mais destaque na história dos povos antigos do que o
próprio monte Hermon, isto porque este último se situa em local inóspito e de difícil acesso. Já o
Monte Sião, localizado na região de Jerusalém, é frequentemente citado em várias passagens bíblicas
como um dos mais importantes lugares sagrados. Ele é apenas um monte de baixa altura antes
conhecido por Ofel (2Cr 27; 33,14), depois, Sião, quando a Arca da Aliança foi levada para a cidade
de Davi. Esta Arca se encontrava na casa de Obede-Edom, em Jerusalém (1 Cr 15.25) e foi levada
para a cidade de Davi onde este armou uma Tenda para ela (Cr 15). A “Cidade de Davi” era a
fortaleza construída no Monte Sião e levou esse nome porque foi Davi quem a conquistou. Lá, ele
edificou mais casas (2SM 5,6-9) e permaneceu até o último dos seus dias.
Este monte foi alvo de muitas disputas na antiguidade. Sobre ele está o Cenáculo, local
onde Jesus celebrou a última Páscoa e instituiu a Ceia do Senhor. Medindo apenas 765 metros de
altitude, acha-se situado em região distante do Monte Hermon, mas as chuvas que sobre ele se
precipitam são em decorrência das alterações climáticas provocadas pela cadeia formada pelos
Montes Ante-Líbano, da qual Hermon faz parte, daí, uma das razões de sua citação no Salmo 133
(132).
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Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA- 48 anos de Maçonaria)
M I da Loja Estrela da Distinção Maçônica, 953 (GOB/GOERJ)
Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva –
O EGOÍSMO NÃO É UM ESTADO DE AMOR-DE-SI-PRÓPRIO
E SIM, DE INIMIGO SOCIAL.
Quantos males o egoísmo tem feito a Humanidade! Dentre eles destaca-se o mal
de mantê-la cega quanto aos malefícios que tão terrível praga tem causado ao ser
humano! – podemos dizer que o egoísmo é como o dinheiro: não gosta de ninguém, nem
mesmo daqueles que julgam possuí-lo e terminam possuídos por ele... Segundo Carlos
Lopes de Mattos, em seu Dicionário Filosófico, egoísmo explica-se, metafisicamente,
pelo solipsismo, ou seja, uma “doutrina que só admite uma existência do seu “eu”
individual que pensa”.
A Psicologia o entende ou traduz pelo “amor de si mesmo”. E a Moral o tem na
conta de “amor exagerado de si próprio”, lesando os direitos dos outros. É, portanto,
sinônimo de filáucia, ou seja amor próprio. Para o Dicionário de Filosofia dos doutores
Max Apel e Peter Ludz, o egoísmo está em oposição ao altruísmo (dependência de
todos os valores do “eu”).
Para Thomaz Hobbes, filósofo materialista inglês, “o homem é, em sua essência,
um ser egoísta, do que decorre a ‘guerra de todos contra todos’, um homo hominis
lupus, ou seja, (o homem é lobo de si mesmo). Todavia, isto não traduz uma realidade.
6 – O Egoísmo não é um estado de amor-de-si-próprio e sim, de
inimigo social – José Anselmo Cícero de Sá
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O homem não é em essência um ser egoísta. É ainda isso um efeito da ignorância. É a
ignorância que o torna lobo de si mesmo. O homem, em essência é um ser espiritual e
que possui algo da essência de seu Criador e Pai – Deus. É a ignorância que o faz
egoísta, isto é, voltado para dentro de si próprio. O egoísmo é, portanto, um vício
aprendido que se fez enraizar na personalidade.
O padre Fernando Bastos de Ávila, na Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo de
sua autoria, diz da existência de um egoísmo radical, psicossomático, sem conotação
pejorativa, e um egoísmo moral e ético “que constitui uma aberração, podendo
degenerar para formas patológicas”. Todavia, ao se aproximar do término de sua
definição de egoísmo, declara que, “do ponto de vista social, o egoísmo é a raiz amarga
de todos os males que afligem a Humanidade”. Enuncia do ponto de vista social, porque
ele defende a presença, do homem, do que ele chama de “egoísmo radical ou
psicossomático” como uma forma natural de autopreservação e conquista do seu
desenvolvimento.
Existe uma tendência espontânea das filosofias materialistas, ou falsamente
espiritualistas, em oferecer um sentido dicotômico ao egoísmo. Isto e, uma espécie de
dupla face: um lado bom que impulsiona o indivíduo a progredir e um lado mau que o
torna lobo-de-si-mesmo.
A doutrina Espírita é peremptória: “O egoísmo é um vício um hábito formado
desde a idade primitiva do homem, portanto um mal. Mal porque degenera os costumes,
mina os sentimentos mais nobres do indivíduo invigilante, razão pela qual deve ser
combatido e extirpado do nosso coração. Assim como o trypanosoma procura
desenvolver nos músculos do coração do homem indefeso das regiões paupérrimas do
interior, o egoísmo procura desenvolver-se na sede moral dos sentimentos do homem
invigilante das regiões mais prósperas dos centros urbanos de nossa civilização. O
egoísmo é o elemento gerador de todos os demais vícios.
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 22/29
O Trypanosoma tem no “barbeiro” o seu hospedeiro temporal no processo de
vinculação do mal contra o ser humano indefeso, o “egoísmo” tem, no amor-próprio, o
seu elemento de justificação ou máscara natural, contra o homem defeso pelo abuso
do livre arbítrio, na ignorância do bem.
Em corolário, lutar contra o egoísmo é dever de todos nós. A própria denominação
de amor-de-si-mesmo é errônea. O egoísmo é uma chaga voracíssima que tem como
risco maior, retardar o progresso da humanidade. Sendo a sociedade constituída de
grupos sociais e estando os grupos formados de homens, é obvio que o egoísmo não é
um estado de amor-de-se-próprio, mas de odioso inimigo social, por ser gerador de
inúmeros outros vícios. Ele é responsável ainda, pelas guerras, p ela miséria, pela fome
e outros tipos de endemias morais, como a máfia dos tóxicos e dos crimes políticos.
Devemos envidar todos os esforços no sentido de erradicar as doenças materiais, o
que vem ocorrendo normalmente através dos inúmeros estudos científicos, mas,
erradicar, sobretudo, o “egoísmo” sem o que dificilmente chegaremos à vitória sobre
os demais males.
É no “altruísmo” que o homem deverá encontrar o remédio específico contra o
“egoísmo”, isto porque, o altruísmo representa aquele amor ao próximo a que se refere
a Lei de Deus, que o Mestre Jesus tanto enfatizou em seu Evangelho. Nenhum homem
minado pelo micróbio do egoísmo terá condição ou capacidade de praticar a sublime
LEI DO AMOR E CARIDADE, A ÚNICA CAPAZ DE TRANSFORMAR A TERRA EM
PARAÍSO, QUE É O REINO DE DEUS A QUE O EVANGELHO SE PROPÕE A NOS
CONDUZIR.
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 23/29
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
Feliz Natal !
Boas Festas!
São os votos da equipe JB News
Através de sua editoria, colunistas e correspondentes
aos seus leitores e amigos
Ho, Ho, Ho, Ho...
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Loja Teresa Cristina nr. 5 - Brasiléia – Acre (GLEAC)
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 22 de dezembro:
Os Sentidos
O ser humano possui dois grupos de sentidos; os cincos de todos conhecidos, como a
Audição, o Olfato, o Paladar, o Tato e a Visão.
Não há qualquer dificuldade sobre o significado de cada sentido.
O segundo grupo diz respeito aos Sentidos Espirituais, ou seja, a duplicidade dos
mesmos sentidos físicos, como por exemplo, a Audição e a Visão Espirituais.
O Olfato, que identifica os odores contidos no Cosmos; o Gosto que distingue o
néctar do alimento espiritual, do qual quem ingere não sentirá mais fome e do
sedento, não mais sede; a Audição, que consegue distinguir a música das esferas de
Platão e os sons dos cânticos da Corte Celestial; e o Tato, que absorve as vibrações
emanadas do alto, dos Páramos Celestiais e, sobretudo, da voz da consciência, além
de o Tato receber as vibrações transmitidas pelos seus Irmãos, quando do aperto das
mãos na Cadeia de União.
O maçom é um ser dúplice; meio material, meio espiritual. Não basta, porém, que ele
saiba disso, é preciso que use os seus dons e, assim, o conhecimento o levará a
lugares ignotos e misteriosos.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 375.
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 27/29
Templo Maçônico em Roma, Itália.
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 28/29
(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos)
1 –
Teste de Personalidade: Qual é a
sua verdadeira idade?
2 –
Presente natalino: Uma linda
árvore natalina musical!
3 –
Veja como são as decorações de
Natal em outros países!
4 – Apresentação impecável .
https://www.youtube.com/embed/uqlGn-K42U8?rel=0
5 – Pavarotti – apresentação bela e comovente.
Clique aqui para visualizar
6 - Itália:
010-ITAL.pps
7 – Filme do Dia – “Charlie Chaplin”
https://www.youtube.com/watch?v=yeNRJxo9oeA
JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 29/29
A OBRA E O OBREIRO
-uma pitada de coerência resolveria-
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 25 de fevereiro de 2016.
Todo iniciado presta um juramento;
Onde assume alguns compromissos;
De obedecer às leis e regulamentos;
E de lutar no combate aos vícios.
Embora iguais em deveres e direitos;
Existem diferenças consideráveis;
Nunca seremos Justos e Perfeitos;
Mas somos buscadores incansáveis.
Existem os pontos controvertidos;
De como a maçonaria tem agido;
Junto ao povo brasileiro.
Feitos bons à maçonaria é atribuído;
Se maus, os créditos são transferidos;
Quem paga o pato é o obreiro.

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.275 – Florianópolis (SC) –quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrRui Bandeira – Os Landmarks da Maçonaria Regular...Nono Landmark Bloco 3-IrJoão Anatalino Rodrigues – O Resgate do Ideal Maçônico Bloco 4-IrValdemar Sansão – Maçonaria em Gotas (XI) – A Verdade e a Doutrina Maçônica Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva - Fundamentos do Salmo 133 (132) Bloco 6-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – O Egoísmo não é um estado de amor-de-si-próprio e sim.... Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 22 de dezembro e versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 2/29 22 de dezembro  401 — É eleito o Papa Inocêncio I, 40.º papa, que sucedeu ao Papa Anastácio I.  1758 — Fundação dos condados de Schley, White e Wilcox nos EUA.  1761 — Criação do Ministério da Fazenda do Brasil.  1808 — Estreia da quinta sinfonia de Ludwig van Beethoven em Viena.  1846 — José Travassos Valdez é feito prisioneiro na batalha de Torres Vedras.  1890 — Fundação de Timon, no estado do Maranhão.  1926 — Concluída a eletrificação da linha de trens de Cascais, ligando aquele município português a Lisboa.  1951 — Criado o Exército Popular Iugoslavo na República Socialista Federativa da Iugoslávia, desmantelado em 1992 juntamente com a Iugoslávia.  1955 — Fundação do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Brasil).  1957 — Criação do Museu da Abolição, instalado no antigo Sobrado Grande da Madalena.  1961 — Emancipação política do município de São Vicente do Seridó (Paraíba, Brasil).  1964 — Primeiro vôo da aeronave SR-71 Blackbird.  1968  Anos de Chumbo: os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil são presos no Rio de Janeiro, acusados de protestar publicamente contra a ditadura, em shows. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 357 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Minguante) Faltam 9 dias para terminar este ano bissexto Dia da Independência das Ilhas Marshall Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 3/29  Libertados 82 tripulantes do navio de inteligência norte-americano Pueblo depois de serem capturados na Coreia do Norte.  1977 — Inauguração do Parque Natural dos Esportes “Chico Mendes”, em Sorocaba, Brasil.  1979 — Fundação do Serrano Sport Club.  1981  Criação do estado de Rondônia, no Brasil.  O general Leopoldo Fortunato Galtieri assume a presidência da Argentina.  1986 — É declarado oficial o 13.º salário para todos os trabalhadores brasileiros.  1989 — Após vários dias de revoltas populares, o ditador romeno Nicolae Ceauşescu é deposto.  1990  Término formal do estatuto do Protectorado das Ilhas do Pacífico das Nações Unidas.  Lech Walesa, amigo de infância do Papa João Paulo II, tomou posse como o 1º presidente da Polônia não-comunista desde 1945.  2001  Hamid Karzai torna-se presidente interino do Afeganistão.  Adolfo Rodríguez Saá toma posse como novo presidente da Argentina em meio a maior crise econômica da história do país.  2003 — É publicada no Brasil a lei nº 10.826, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento. 1890 Morre, no Rio de Janeiro, o coronel engenheiro Augusto Fausto de Souza, ex-presidente da província de Santa Catarina. 1753 Primeiro registro conhecido da colação do Grau de Maçom do Real Arco, em Fredericksburg, Virgínia, USA. 1891 A primeira Loja do Rito de York verdadeiramente fundada sob a égide do Grande Oriente do Brasil, foi a Eureka Lodge nº 440 em data de 22 de dezembro de 1891, na cidade do Rio de Janeiro é que foi fundada a primeira Loja do Rito de York sob a égide do Grande Oriente do Brasil. 1902 Decreto do Grão-Mestre Quintino Bocaiúva, proíbe que Lojas adotem nomes de pessoas vivas ou vultos históricos com menos de 10 anos de falecimento. 1922 Mário Bhering, Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, cria um imposto pelo decreto 746, a ser cobrado de todos os Maçons, denominado taxa de capitação ou, simplesmente capitação. 1956 As Lojas do Grande Oriente Unido são regularizadas no Grande Oriente do Brasil, pondo fim ao cisma de 1948. 1992 Fundada a Loja “Ademar Nunes Pires Júnior” nº 51 (GOSC) em Florianópolis. 2007 Fundada a Loja União e Virtude nr. 3.956 – GOB/RJ Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 4/29 Feliz Natal ! Boas Festas! São os votos de toda a equipe JB News aos seus leitores e amigos Ho, Ho, Ho, Ho...
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 5/29 Ir Rui Bandeira Obreiro da R. L. Mestre Affonso Domingues, n.º 5 da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP. Escreve às quintas-feiras neste espaço. Este e outros artigos de sua autoria podem ser lidos no blog http://a-partir-pedra.blogspot.com.br Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 Pontos NONO LANDMARK Os Maçons só devem admitir nas suas lojas homens maiores de idade, de perfeita reputação, gente de honra, leais e discretos, dignos em todos os níveis de serem bons irmãos e aptos a reconhecer os limites do domínio do homem e o infinito poder do Eterno. Este nono Landmark define, com precisão evidente, as caraterísticas de quem está em condições de ser admitido maçom. Tal só pode ocorrer relativamente a homens - o que exclui a admissão, na Maçonaria Regular, de mulheres e a existência de Lojas mistas; conferir, a este respeito, o comentário que elaborei a propósito do terceiro Landmark (publicado no n.º 2.232 do JB News). Esses homens têm de ser maiores de idade, isto é, adultos. A maioridade afere-se, desde logo, pela lei civil que vigora no país onde funciona a Loja. Mas o preceito, corretamente interpretado, exige mais: exige a maioridade de pensamento, isto é, a maturidade necessária para compreender o que implica ser maçom e a capacidade e vontade de palmilhar o caminho do aperfeiçoamento. Têm ainda tais homens de ser de perfeita reputação. Não basta ser sério e honesto, 2 – Os Landmarks da Maçonaria Regular: a Regra em 12 pontos Nono Landmark - Rui Bandeira
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 6/29 impõe-se que seja tido e reputado como tal no seu ambiente social. O maçom, por o ser, deve impor-se à consideração geral. Dificilmente o consegue quem não tiver angariado por si e suas ações tal reputação. Não seria a aquisição da qualidade de maçom que melhoraria a sua reputação. Pelo contrário, seria a mácula na sua reputação que mancharia a Maçonaria. Tem de ser gente de honra, ou seja, que dá valor à sua palavra e a cumpre, que sabe o valor, a importância e a responsabilidade da sua honra e age em conformidade. Devem os maçons ser leais, condição essencial para integrarem uma Fraternidade em que todos em si vão confiar. Devem ser discretos, porque o é a Maçonaria. Note-se: não secreta, mas discreta! No sentido em que preserva a intimidade e a identidade dos seus membros e da sua atividade. No sentido de que não alardeia nem publicita o que faz, a quem ajuda, o que contribui, seguindo o preceito de que, no vero homem de bem, nem sequer a mão esquerda tem de saber o que deu a mão direita. Têm de ser dignos de serem bons irmãos, porque só assim podem integrar a Fraternidade Maçónica. Têm de ter a capacidade de reconhecer os limites do homem, porque só assim podem reconhecer o seu papel no Universo e procurar aproximar-se o mais possível desses limites, sem a pretensão de serem mais do que são: humanos. Finalmente, têm de ter a capacidade de reconhecer o infinito poder do Eterno, isto é, de serem crentes num Criador Todo Poderoso. Quem acusa a Maçonaria de ser uma elite... tem razão! Poucos estão ainda em condições de ser admitidos maçons, efetivamente! Mas um dos objetivos do trabalho maçónico é a construção do Templo Coletivo, isto é, o aperfeiçoamento geral da sociedade, através da intervenção e do exemplo dos maçons. Esperamos que cada vez mais estejam em condições de vir a ser admitidos maçons! Rui Bandeira
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 7/29 O Irmão João Anatalino Rodrigues, é palestrante, escritor e colunista do JB News. Outorgado com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. Escreve às quintas-feiras e domingos. jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br O RESGATE DO IDEAL MAÇÔNICO A formação seletiva de grupos para a realização de um ideal comum é uma prática que vem desde os primórdios da civilização. Esses grupos se formam por cooptação, escolhendo seus membros no seio da sociedade, justamente pela convergência que encontram entre seus interesses, sejam eles profissionais, religiosos, filosóficos ou mesmo econômicos ou políticos. A partir dessa reunião, formam- se sociedades que podem manter em segredo suas atividades ou não. É dessa forma que nascem partidos políticos, sociedades literárias, clubes de serviço, seitas religiosas, e também Fraternidades do tipo Maçonaria, que não se identifica com nenhuma delas, embora delas todas empreste características. Como instituição, a Maçonaria só passou a existir no inicio do século XVIII, a partir da constituição que lhe foi dada pelos maçons ingleses, liderados pelo pastor anglicano James Anderson. Mas antes disso, os maçons já se reuniam em Lojas para praticar alguma coisa parecida com a ideia que anima todas as tradições relacionadas com a construção de uma sociedade perfeita. O que era essa Maçonaria anterior ás Constituições de Anderson? Como eram os maçons operativos que construíram as grandes catedrais medievais, e depois os especulativos que os sucederam? As Constituições de Anderson apareceram em 1723 como exteriorização da Ordem maçônica, dando ao mundo a idéia de que a Confraria dos Obreiros da Arte Real era uma instituição universal, unificada em suas práticas, em sua filosofia e em seus objetivos. E como bem dizia Langlóis, essa visão da Maçonaria correspondia 3 – O Resgate do Ideal Maçônico João Anatalino Rodrigues
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 8/29 exatamente á estrutura política da Inglaterra dos inícios do século XVIII, onde a liberdade não era um mero anseio e o liberalismo econômico rompia as barreiras sociais, linguísticas e religiosas, alargando os horizontes geográficos e intelectuais.1 A Inglaterra do início do século XVIII era a pátria de todos os espíritos que sonhavam com a liberdade e com o fim das mazelas sociais. Por isso não é estranho que a secularização da prática maçônica tenha surgido exatamente entre os maçons ingleses, como forma de realização de um sonho que antes medrava apenas em alguns espíritos, como esperança de realização ascética do individuo, mas não como projeto de uma sociedade mesmo. O que terá acontecido para fazer com que filósofos racionalistas, como Voltaire e Montesquieu, por exemplo, ou religiosos ortodoxos, como os pastores Anderson e Désaguliers, se associassem com o jacobita André Michel de Ransay, amigo do Bispo Fénelon e da família de Godofredo de Boillon, o místico comandante da Primeira Cruzada, para disseminar pela Europa toda uma prática, considerada como herética pelas religiões oficiais?  O Cavaleiro André Michel de Ransay, como se sabe, é o criador do Rito Escocês Antigo e Aceito. Ele, que era simpatizante do Príncipe Charles e lutava para que os Stuarts voltassem a ocupar o trono da Inglaterra, quis levar para a França o tipo de maçonaria que estava sendo praticado na Inglaterra, ou seja, a maçonaria Stuartista, liberal e progressista, bem a gosto dos intelectuais franceses. Dessa forma, ele criou o chamado REAA, adicionando aos três graus simbólicos os diversos graus filosóficos, que contemplam, inclusive, temas cavaleirescos, especialmente ligados aos Cavaleiros Templários, assunto esse que era muito caro ao espírito dos franceses. Dessa forma o REAA teve um desenvolvimento muito rápido na França e depois ganhou relevo no mundo maçônico, sendo hoje, junto com o Rito de York (O Arco Real), os dois ritos mais praticados em todo o mundo maçônico. A antiga Maçonaria era uma prática para religiosa que se confinava a alguns grupos de pessoas sensíveis ao apelo do esotérico, contido na mensagem da arquitetura, e da filosofia que ela inspirava. Com efeito, para os maçons que antecederam a fusão das Lojas londrinas, a arquitetura era uma mensagem dos deuses, inteligíveis apenas aos espíritos sensíveis que acreditavam na unidade do universo e se viam como “construtores do espírito”, repetindo na atividade especulativa aquilo que seus antecessores medievais haviam feito operativamente. Os maçons operativos, pensavam estes novos “pedreiros morais”, haviam deixado a 1 Citado por Jean Palou- Maçonaria Simbólica e Iniciática- Ed. Pensamento, São Paulo, 1986
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 9/29 mensagem divina na linguagem das pedras e nas formas estruturais da catedral gótica e dos grandes edifícios públicos. Para eles, a sabedoria arcana (a sabedoria secreta) fora inscrita em símbolos, representados por ogivas, arcobotantes, estranhas figuras de anjos, gárgulas e vampiros, colunas, pináculos e abóbodas, tudo constituindo uma verdadeira enciclopédia do saber universal só inteligível aos iniciados.  Ou seja, na linguagem dos iniciados, que era a geometria. É bem verdade que Anderson, por exemplo, não tinha essa sensibilidade. Para ele, a Arte Real por excelência, era a arquitetura clássica, especialmente á dos tempos do imperador Augusto. No preâmbulo de suas Constituições ele trata a arquitetura gótica com certo desdém, considerando-a uma imitação barata da arquitetura clássica. É somente com o trabalho de Fulcanelli que a arquitetura gótica recuperou a sua importância como linguagem transmissora de segredos iniciáticos. A Maçonaria que emergiu do século XVII é muito diferente da que era praticada nas antigas Corporações de Obreiros do Bom Deus. Ela é filha da necessidade política e do desespero filosófico de uma sociedade que procurava uma saída espiritual para o impasse que a religião, com o cisma da Reforma, a lançara. Com efeito, há muito que arte gótica e as grandes construções medievais, sacras e profanas, já haviam deixado de hospedar em suas curvas, nichos, abóbodas, ogivas, vitrais, grifos e capitéis, a antiga ciência dos freemasons. E há muito, também, que a mística tradição de buscar a ascese espiritual através da prática do oficio de construtor havia desaparecido sendo substituída pela espiritualidade dos rosa-cruzes. Já os novos construtores de obras sacras, embalados no ideal da Renascença, haviam perdido o elo que as ligava com o espírito, para se concentrar na beleza idealizada na razão, bela sim, harmoniosa sim, perfeita nas formas e nas estruturas, mas tão pouco espiritualizada em sua mensagem, pois ali não mais se percebia a mística dos antigos Irmãos “hospedeiros do Bom Deus”. A mística da mensagem contida nas catedrais havia se mudado para os laboratórios dos práticos da química e da metalurgia, e para as águas-furtadas e cubículos dos mosteiros, onde laboravam os decifradores da mensagem oculta na natureza, os amantes do insólito e os cultores da sabedoria que não se exprime em silogismos nem se resume em postulados. Dali sairiam os pensadores que iriam reunir todas as tendências místicas do pensamento medieval com a nova filosofia que sairia
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 10/29 dos ideais da Renascença e da Reforma Protestante, cuja culminância se daria com o advento do chamado pensamento rosa-cruz, ao qual se filiariam grandes nomes da ciência e da intelectualidade da época.2 Podemos dizer que a Maçonaria, a partir do momento em que ela foi secularizada, transformou-se em uma idéia utópica tanto quanto o eram as criações de Platão, Campannela, Giordano Bruno, Thomas Mórus e outros. Conquanto suas ações tenham repercutido na História recente da humanidade, influindo sobremaneira na formação dos estados modernos e orientando o viver de muitas sociedades, a esperança que a anima, como a daqueles antigos filósofos, é a mesma, qual seja, a de construir uma sociedade perfeita, harmônica, justa, fundada nos ideais estéticos da antiga sabedoria grega e egípcia, temperada pelas virtudes do cristianismo e embalada na moral iluminista. Nesse sentido, as Lojas maçônicas deveriam funcionar como cadinhos de alquimista, onde a “matéria prima” dessa nova pedra filosofal seria artisticamente trabalhada para se obter “pedras de sustentação” angular, como aquelas que sustentavam os edifícios de antigamente.3 Não contestamos a tese de que a Maçonaria, dita especulativa, tenha nascido dentro das Lojas de maçons operativos. De fato, os novos “pedreiros morais”, que viriam a substituir os antigos “pedreiros livres”, aproveitaram a estrutura das velhas guildas dos “hospedeiros do Bom Deus”, para desenvolver a sua própria sociedade, onde as construções não seriam mais de igrejas e edifícios públicos, mas de sociedades e nações. Por isso é que acreditamos que a filiação dos chamados “maçons aceitos” nas antigas Lojas dos maçons operativos não aconteceu de forma direta, como consequência da transformação das Corporações Obreiras em Lojas Especulativas. Para nós, a Maçonaria especulativa não é mera adaptação da Maçonaria operativa, isto é, os “pedreiros morais”, como gostamos de chamar os maçons especulativos, não provém de uma herança direta dos pedreiros profissionais da Idade Média, mas sim de uma organização paralela que nasceu dentro das corporações obreiras dos profissionais de construção, porém com objetivos diferentes. A tese de que houve uma passagem pura e simples do plano operativo para o especulativo é uma simplificação que nunca nos satisfez. 2 Ver, nesse sentido, as obras de Frances Yates “ Giordano Bruno e a Tradição Hermética” e “O Iluminismo Rosacruz”, ambas publicadas pela Ed. Cultrix. 3 É nesse sentido que deve ser entendido o simbolismo da pedra bruta, pedra talhada e pedra lavrada, que estão na base dos ensinamentos da Loja Simbólica.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 11/29 Acreditamos que os vários grupos de que deram origem á Maçonaria moderna coexistiram concomitantemente com as Lojas dos maçons especulativos, e em dado momento esses grupos se fundiram. Essa fusão deve ter acontecido ali pelos meados do século XVII, como resultado de uma aproximação de objetivos e uma similitude de pensamento, que á medida que a repressão religiosa ia aumentando, os ia forçando a se associarem para garantir suas sobrevivências. Isso porque as antigas tradições, presentes nas Old Charges (As Velhas Regras, regulamentos que disciplinavam a conduta dos pedreiros medievais) não tratam de temas gnósticos e alquímicos, nem integram motivos cavalheirescos. Mas devemos ter em mente que as Old Charges são regras que dizem respeito unicamente á Maçonaria inglesa. Não valem para as antigas Lojas operativas do continente, que certamente deviam ter suas próprias ordenações. Destas pouco sabemos, mas é certo que mantinham a tradição iniciática e incorporavam motivos filosóficos e morais que visavam, ao mesmo tempo, realizar obra profana de interesse estético e obra espiritual de interesse ascético. Parece que foi nas Lojas do continente que a filosofia gnóstica e a ciência dos Filhos de Hermes se fundiu com as tradições maçônicas, criando uma nova escola de pensamento. Daí essa escola voltou para a Inglaterra, onde, cerca de um século mais tarde se fundiria com a nova moral propagada pelo iluminismo, resultando no que hoje chamamos de Maçonaria Especulativa.  Como vimos, essa fusão se deu através da criação do Rito Escocês Antigo e Aceito, criado pelo Cavaleiro André Michel de Ransay. Até a criação desse Rito, a Maçonaria inglesa só praticava os três primeiros graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre. Foi com o desenvolvimento desse Ritual que as tradições dos rosa-cruzes e o romantismo da antiga cavalaria entraram nos ritos maçônicos. A partir daí se desenvolveram outros ritos, incorporando outros motivos esotéricos e místicos, dando corpo ao ecumenismo que hoje se observa na Maçonaria. Como se sabe, a interação entre a Maçonaria e as tradições cavalheirescas só começou a ser aventada a partir do século XVIII. Sabe-se, aliás, que foram exatamente os autores maçons que criaram a grande maioria das lendas e mistérios ligados aos Cavaleiros Templários. E que foram eles, também, que ligaram os Templários á Maçonaria, sugerindo ser a Confraria dos Obreiros da Arte Real uma espécie de herdeira das tradições daquela Ordem, dissolvida pela Igreja em 1312.4 4 Ver, nesse sentido, o famoso discurso do Cavaleiro Ransay, no qual ele diz ser a Maçonaria, uma instituição criada pelos soldados cruzados na Terra Santa, no tempo das Cruzadas.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 12/29 Não é sem razão, pois, que as confissões religiosas oficiais, principalmente a Igreja Católica, olham com desconfiança para a Maçonaria. Além de ser um fruto da Reforma Protestante, seu caráter é, sem dúvida, bastante ambíguo. Simultaneamente seita e escola de pensamento, ela ás vezes confunde seus próprios praticantes. Ao veicular uma idéia da divindade que se aproxima bastante das escolas gnósticas, ela se identifica com qualquer uma das seitas gnósticas dos primeiros anos do Cristianismo. E da mesma forma que naqueles antigos núcleos do pensamento cristão alternativo, se torna difícil ao estudante distinguir quando seu catecismo está tratando o tema da relação homem-divindade de uma forma religiosa ou simplesmente filosófica. É bem verdade que a Maçonaria é fundamentalmente antidogmática. Somente essa proposição já seria suficiente para desclassificá-la do rol das religiões. A liberdade de pensamento praticado nas Lojas maçônicas seria outro postulado que a afastaria dessa classificação. Todavia, algumas ambiguidades ainda persistem e nos colocam algumas questões que não foram resolvidas, pelo menos em nossa visão. Algumas delas foram postas pelo próprio Anderson ao chamar o homem sem religião de ateu estúpido, ou o livre pensador de libertino irreligioso. Pois se a liberdade de pensamento significa inclusive a liberdade de se não acreditar em Deus, ou a liberdade de pensá-lo da forma que a sensibilidade de cada um o figurar, então não há que se colocar limitações ao pensamento humano sujeitando as pessoas á uma religião sobre a qual todos os homens estão de acordo, como ele diz, como se existisse uma religião assim no mundo. Mas isso é o que menos importa quando se trata de Maçonaria. A verdade é que nela existem três objetos a considerar: um, que é o ideal maçônico, ou seja, a imagem mental de um estado de ordem, harmonia e felicidade, desenvolvido pelo inconsciente humano desde os primórdios da civilização (a utopia); outro, que é a prática maçônica, que consiste numa forma de viver e pensar, praticada por grupos iniciáticos desde épocas muito antigas (maat, o exercício da virtude e da justiça); e por fim, um terceiro objeto, que é a Maçonaria enquanto instituição. Esta só nasceu em 1723, com a edição das Constituições de Anderson, produzida exatamente para dar secularização á uma idéia e á uma prática que já existiam na cultura humana desde tempos imemoriais. E nessa instituição repousa hoje o objetivo da Ordem: a construção de uma sociedade fundada em um ideal de virtude, justiça e beleza, onde as pessoas possam, de fato, encontrar a felicidade longamente procurada. Esse é o ideal que precisa ser resgatado.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 13/29 MENSAGEM DO DIA – MAÇONARIA EM GOTAS (XI) Valdemar Sansão A VERDADE E A DOUTRINA MAÇÔNICA Ninguém possui a verdade total, porque a Verdade Absoluta e total é Deus, o Infinito. Nenhum ser finito pode conter o Infinito. Verdade (do latim: veritas, atis) – designa a realidade, a exatidão; as qualidades pelas quais coisas e pessoas aparecem tais como são; sinceridade, boa-fé; expressão fiel da natureza, princípio certo, premissa imediatamente evidente que se admite como universalmente verdadeira sem exigência de demonstração. Um ponto fundamental da doutrina maçônica é aquele que afirma que o Maçom deve estar, constantemente, em busca da verdade. Isso não significa, todavia, que a verdade total, absoluta, seja atingível, pois, se isso fosse possível, essa busca constante deixaria de ser uma meta de vida e o ensinamento perderia o seu valor. Significa, apenas, que o Homem é perfectível, mas que nunca chegará ao ponto mais alto da perfeição total, que só pode ser conseguida com o conhecimento da verdade absoluta, ou seja, daquela que independe de interpretações, pois estas são variáveis de acordo com as tendências e as paixões. A Verdade se manifesta em cada um de nós como princípio espontâneo, suscetível de aperfeiçoamento. Não que a verdade necessite de aperfeiçoamento, pois em si mesma é perfeita, porém sua compreensão o necessita. A verdade pode ser comparada à luz solar que é indispensável à vida do nosso planeta, mas cujos raios podem ser interceptados por meios mecânicos. Sendo um dos princípios mais elevados, sua aquisição constitui um ideal de progresso constante para a humanidade. O iniciador do cristianismo dizia: “amai a Verdade e a Verdade vos libertará”. De fato neste mundo inferior, a maior prova da liberdade é a prática da Verdade. Conhecer a Verdade - A primeira das necessidades para que a Verdade se torne manifesta em nossa vida é que sejamos verdadeiros e harmoniosos. Examine todas as coisas e retenha o que for melhor. A Verdade existe por si só e independente de qualquer opinião, partido ou seita, de modo que, se desejarmos conhecê-la, havemos de procurá-la em toda a parte e fazer o possível para merecê-la. A verdade deve ser o princípio dirigente dos nossos atos, pois ela é a razão de ser dos nossos estudos, de todos os nossos trabalhos, de todas as ciências e de todos os esforços. 4 – A Verdade e a Doutrina Maçônica (Maçonaria em Gotas XI) Valdemar Sansão
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 14/29 Conhecer a verdade, só é possível através do saber (conhecimento); é um trabalho árduo, e muitas vezes desestimulante, mas é o único caminho (um caminho perpétuo). Com respeito à gratidão que deveríamos sentir pelo sublime dom da vida, devemos prescindir daquelas penas que nos foram provocadas por nosso mau caráter, nossa intemperança e alguns vícios. Devemos prescindir dos erros evitáveis, mesmo que, dificilmente, possam ser considerados como pecados; todos eles fruto de nosso atrevimento, poderiam ser eludidos com prudência e um pouco de racional reflexão, despertando para a vida, para a verdadeira vida. A Maçonaria e a Verdade – A Maçonaria tem por objetivo trazer à luz o conhecimento e a verdade; desenvolver no homem o sentimento de solidariedade para formar uma fraternidade de verdade universal. E por isso condena sem ressalvas, a perseguição política e religiosa, a violência em todas as suas formas, a exploração do homem pelo homem, e todas as maldades. As informações demonstram que há muito tempo o poder político se encontra corroído em todos os níveis, federal, estadual e municipal. Será que ao escolhermos nossos dirigentes, não conseguimos identificar os desonestos, ou somos simplesmente coniventes? Mas, enquanto vida tiver não podemos compactuar nesse lamaçal de irregularidades, nem aos assaltos aos cofres da Nação, ataques às forças democráticas instituídas. Só a Verdade eterna pode servir-lhe. A virtude é seu sacerdote; a paciência, sua sentinela; a iluminação, seu mestre. Não espere que o procure para agir fraternalmente, amparando os fracos e confortando os tristes. Nem pense que você está dando mais do que recebe: “quem consola um coração triste, na realidade recebe muito mais do que dá”. Quantos mudos dariam uma fortuna para poderem falar como você! Quantos paralíticos suspiram pelos passos que você pode dar! Quantos milionários lhe entregariam suas riquezas para terem um décimo da fé que você tem! Distribua os bens que Deus lhe concedeu em gestos de bondade e palavras de carinho. Plante sementes de bondade e de amor, mas não se preocupe com os resultados futuros. Entretanto, o mundo não pode saber isso, a não ser quando, pelo exemplo, os maçons em sua vida diária provem que assim é. O que diz nosso Ritual? – abramos nosso Ritual de Aprendiz, na terceira instrução, nos tópicos que trata das purificações pela água e pelo fogo. Quando se deseja saber as razões por que as purificações devem ser feitas, vale a resposta que vem na fala do 2º Vigilante: - “que, para estar em condições de receber a LUZ DA VERDADE, se torna necessário ao Homem desvencilhar-se de todos os preconceitos sociais ou de educação e entregar-se com ardor à procura da SABEDORIA”. Isto significa que, antes de tudo, precisamos penetrar fundo em nós mesmos; olhem a presença do: - Conhece-te a ti mesmo – para descobrirmos as nossas Verdades, para que possamos separar as boas das más. Verdades más? Sim, tudo aquilo que existe em nós e que deve ser extirpado para que possamos atender aos reclamos de nossa consciência e cumprir o que a Arte Real exige de nós. Há uma passagem no Ritual de Aprendiz que se refere às espadas voltadas para o neófito quando ele recebe a Luz... Lê-se, então na fala do 2º Vigilante: “Compreendi, depois, que essas espadas refletiam os raios da LUZ DA VERDADE que a visão intelectual daquele que não está preparado, por sólida instrução, para recebê-la”. Na 4ª instrução o 1º Vigilante afirma que a Maçonaria é uma associação íntima de homens escolhidos cuja doutrina tem por base o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus; como regra: a Lei Natural; por causa: a Verdade, a Liberdade e a Caridade.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 15/29 E aí está uma verdade. Quando alguém é iniciado, por mais cultura que pense ter ou que tenha realmente, não entende e não sabe nada sobre os novos estudos que terá que fazer. A Maçonaria nos ensina que ninguém conseguiu, ainda, a posse integral da Verdade. Em nosso entender, analisando a afirmativa à luz da filosofia, existem aí duas intenções: a 1ª é mostrar que por mais que o homem pense que sabe, o que ele ignora é infinitamente maior; 2ª, deriva-se da primeira: o maçom deve manter-se humilde e continuar a estudar com coragem e perseverança, em busca da Verdade. A 4ª instrução do 2º Grau (Companheiro) aborda o tema: Meditação da Verdade. A instrução aconselha que em matéria de saber, a qualidade supera a quantidade. Saber pouco, mas esse pouco o saber bem. Aprender, principalmente, a distinguir o real do aparente. A própria instrução desenvolve abundantemente o assunto. Considerações finais - A doutrina maçônica afirma que o Maçom deve estar permanentemente em busca da verdade, isto não significa que alcancemos a Verdade Absoluta, pois, se isso fosse possível, essa nossa busca deixaria de ser uma meta da vida, e o ensinamento perderia o seu primordial valor. O homem é perfectível, mas que nunca chegará à perfeição total, que só pode ser conseguida com o conhecimento da Verdade Absoluta, daquela Verdade que independe da interpretação de teorias, de religião, de escolas e da própria filosofia, aquela verdade que somos incapazes de atingir, por estarmos presos a certos preceitos e preconceitos sociais e religiosos, mesmo sem termos a consciência disso. Então qual é a sua verdade? O primeiro ponto e o mais importante é que a sua verdade é o que é verdadeiro para você. E verdadeiro é o que você experimenta com emoção ou sentimento. Concluindo, existem três verdades: a sua, a minha e a verdade verdadeira, a verdade esplendorosa, que é o Grande Arquiteto do Universo, a primeira, ou seja, a grande verdade, a Verdade das Verdades, a Eternidade, a Verdade Gloriosa, a Luz que buscamos! P.S – O verdadeiro Iniciado, pensa muito, medita sempre e, sobretudo, humilha-se, quando em presença de uma Verdade que reconhece superior à sua compreensão. Busca a Verdade para si mesmo, mas não obriga ninguém pensar como ele, tanto quanto não gosta que os outros lhe controlem o pensamento. Mas é capaz de sofrer a dor de ver mudadas em armadilhas as suas Verdades!
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 16/29 Anestor Porfírio da Silva M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com FUNDAMENTOS DO SALMO 133 (132) O salmo 133 (132) faz parte dos registros do Antigo Testamento e acha-se inserido nos Cinco Livros do Pentateuco, em Êxodos, mais precisamente. Foi escrito pelo profeta Davi e nele o autor cita: a) a união fraternal; b) o óleo purificador (que era usado nas cerimônias de unções e consagrações religiosas); c) um personagem bíblico de nome Arão e; d) os montes Hermon e Sião. Com certeza, este é um dos salmos de mais expressiva valia para os maçons porque, ao lê- lo, nos sentimos induzidos a um estado de paz, de união, de amor fraterno, de concórdia, de bondade e de sinceridade. Entretanto, para melhor entendê-lo, necessário se torna conhecer a origem e os fundamentos considerados por Davi na sua elaboração. Mas, quem foi DAVI? Este homem foi um dos maiores vultos do Antigo Testamento porque, antes de se converter à idéia da crença em um Ente Superior, conseguiu se destacar, tanto pelo lado do bem quanto pelo lado do mal. Também porque, segundo o Livro Sagrado, foi em Davi que Deus confiou a sua vontade por causa da fé irremovível que o citado profeta passou a ter no grande poder do Criador e por ter tido a coragem de reconhecer seus erros e destes sempre se redimir pelo perdão divino que lhe era concedido. Segundo os próprios relatos bíblicos, suas confissões eram de coração e seu arrependimento, verdadeiro. Pelo caminho do erro, Davi, desafiando a sua própria crença religiosa, cometeu adultério com Betsabá, esposa do soldado Urias e ainda planejou o assassinato deste. Desobedeceu a Deus ao realizar a contagem do povo de Israel e foi conivente com os filhos quando estes incorriam em pecados. A mãe de Davi é desconhecida. Sabe-se apenas que era uma mulher de boa aparência, de cabelos ruivos e que teve dez filhos, dos quais, oito foram com Jessé, pai de Davi. A vida de Davi é particularmente importante para todas as religiões cristãs uma vez que admitem sua vinda como o escolhido de Deus para cumprir missão Divina (Atos 13,22). Seu nome, em hebraico, significa pessoa querida, amada. Para os judeus, Davi (ou Melekh David) é o Rei Davi, o Rei de Israel e do povo judaico. Para os Cristãos, Davi é o ancestral de José, pai adotivo de Jesus e no islamismo, Davi é conhecido como Daud, nome que corresponde à expressão “profeta e rei de uma nação.” 5– Fundamentos do Salmo 133 (132) Anestor Porfírio da Silva
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 17/29 Davi era profeta e como tal portador de dons especiais. Na adolescência, foi pastor das ovelhas de seu pai. Mas, além de pastor, foi músico, poeta, e na guerra entre israelitas e filisteus foi obrigado a enfrentar Golias, um gigante destemido cujo porte físico causava espanto e medo o que, apesar de tudo, não o impediu de vencê-lo (I Samuel 17-58) e, por fim, rei. Como poeta é autor de setenta e três salmos bíblicos. Como rei, foi o maior da história de Israel. Seu reinado expandiu os territórios sobre os quais governou, onde fez crescer a prosperidade como fruto das grandes conquistas nas batalhas que enfrentou. Depois de oitenta anos de reinado, incluindo Hebron, Jerusalém e Israel, Davi morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e honras (1 Crônicas 29, 26). Resultados de algumas pesquisas arqueológicas a respeito do ano da morte de Davi e do lugar onde o mesmo teria sido enterrado dão-nos conta de que o local de seu nascimento foi mesmo em uma residência no grande aglomerado de Belém e sua morte em Jerusalém, após esta cidade ter sido capturada dos jebuseus e se transformado na capital do reino de Israel. Para o arqueólogo Edwin Thiele, Davi teria nascido por volta do ano de 1.040 a.C. e falecido em 970 a.C.. União Fraternal - Naquele tempo havia um profeta e professor da Igreja de Antioquia, oriundo de Chipre, sua terra natal, onde possuía vasta área de terras rurais. Seu nome era Barnabé, um homem bom, segundo Lucas. Em Antiokia (hoje no território turco com o nome de Antakia), Barnabé se converteu ao cristianismo, tendo vendido as terras que possuía, doando o dinheiro para a igreja de Jerusalém a fim de que esta pudesse combater a grande fome que viria, em breve, castigar toda a terra, segundo premeditação do profeta Ágabo (Atos 11,28-30). Não muito distante de Antioquia, existia na cidade de Tarso, outro homem de nome Saulo, o qual, após converter-se ao caminho do bem e ter seu nome mudado para Paulo, acabaria por construir considerável parte da história bíblica como autor dos textos: Atos dos Apóstolos, Romanos, 2 Coríntios, Gálatas e Filipenses. Ao tomar conhecimento da existência de Paulo, em Tarso, onde este vivia, Barnabé foi até lá para encontrar-se com ele tendo por finalidade levá-lo a Antiokia para atuarem juntos em viagens missionárias. Tendo aceitado os planos de Barnabé, Paulo deixou sua cidade natal e foi morar em Antiokia, onde passaram a trabalhar juntos em diversas viagens missionárias nas regiões circunvizinhas a Antiokia e Jerusalém, tendo sido Barnabé o responsável pela introdução de Paulo aos apóstolos. Eles trabalharam juntos por vários anos disso decorrendo estreita amizade que se consolidou como verdadeira união fraternal até que, certo dia, tendo retornado para Antiokia e passado algum tempo lá, Paulo pediu a Barnabé para acompanhá-lo em outra viagem. Barnabé quis levar João Marcos, mas Paulo não concordou (Atos 15, 36-38). De tal discórdia gerou uma contenda, uma discussão de poucas palavras, mas um tanto ríspida, que acabou por eliminar o diálogo entre ambos e fazer com que se separassem formando dois grupos. Isto os deprimiu bastante, mas nenhum teve a humildade para se retratar e pedir perdão. Contudo, apesar de se apartarem um do outro, não se tornaram inimigos nem deixaram seus propósitos de lado. Continuaram vivendo em união na fé em um mesmo Deus, empreendendo viagens missionárias com os mesmos objetivos, embora por rumos diferentes. Algumas vezes, eles e seus respectivos grupos eram tratados como deuses quando curavam. Mas, em outras ocasiões, quando
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 18/29 suas pregações ofendiam judeus tradicionais e povos de outras crenças religiosas, eram apedrejados e expulsos das cidades. Após um longo tempo de separação, eis que seus caminhos os levaram a se encontrarem e isto se deu casualmente na cidade de Jerusalém. No momento em que se cumprimentavam um teria dito ao outro: “Como é bom continuarmos vivendo em união!” O que de fato os evangelhos nos narram como acontecido entre esses dois grandes vultos da história bíblica, deixa claro que não são as discórdias sobre questões materiais ou decorrentes do relacionamento humano que nos afastam uns dos outros, que quebram o sentimento fraternal entre os homens, que destroem a união se, mesmo contendendo, continuarmos caminhando na mesma direção, com fé, à busca do mesmo ideal, com os mesmos objetivos e com a mesma intenção, pois a perseverança, nestes casos, é, sem sombra de dúvidas, prova viva de reconciliação (II Coríntios 5,18- 20). O ano de nascimento de Barnabé é desconhecido, assim como o de sua morte também. O que se sabe é que ele morreu apedrejado por judeus no momento em que pregava o evangelho em uma sinagoga, num lugar que não se pode dar como certo, se na Síria ou em Salamina, hoje, pertencente ao território do Chipre. Seu corpo foi enterrado em uma caverna onde permaneceu até a época do imperador Zenão (ano 485 d.C.). Anos depois, seus restos mortais foram levados para o mosteiro construído em seu nome, em Salamina, onde se encontram até hoje. Paulo, por sua vez, nasceu em Tarso, Região da Cicília, na Turquia, numa data desconhecida, entre o primeiro e o décimo ano da nossa era. Morreu decapitado, em Roma, no ano 67 d.C., após ter sido condenado. Seus restos mortais se encontram na Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma, segundo afirma o Vaticano. Abraão - Este homem não faz parte das alegorias do Salmo 133(132), mas é aqui lembrado porque foi de sua descendência que se originou Arão. Seu vulto aparece na história bíblica logo após o dilúvio e a construção da Torre de Babel, em meio ao denso e profundo ensinamento a que se refere “Gênesis”, o livro das origens, como profeta hebreu e um dos principais personagens da mencionada narrativa sagrada. Seu nascimento ocorreu aproximadamente dois mil anos a.C., na região da Caldéia, onde viveu, mais ou menos, metade de sua vida. Depois, mudou-se para a Palestina com sua numerosa família, com a intenção de lá viver até o fim de seus dias. Na Palestina, seus descendentes proliferaram por quatrocentos anos dando origem aos hebreus, aos quais seus líderes também se referiam como povo de Israel. Naquele território, os hebreus, povo humilde, viviam vagando de um lugar para outro, sem parada, até que decidiram migrar para o Egito, onde ocuparam as terras do delta do Nilo, uma das áreas mais férteis da região. Arão - Para o fracasso dos hebreus, estes acabaram se tornando escravos dos egípcios. Foi nesse tempo que surgiu o profeta Araão, ou Arão, ou Arraron, citado no Salmo 133 (132). Segundo consta do Livro Sagrado, ele era filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés e Miriã (ou Miriam). Arão foi membro destacado da tribo de Levi e uma de suas importantes realizações no campo religioso foi fundar a classe sacerdotal dos judeus e ser o seu primeiro sumo sacerdote. Arão e o Óleo Precioso - Para libertar os judeus das mãos dos egípcios, Arão e Moisés tiveram que desempenhar papel religioso de alta relevância nas negociações com o faraó Akhenaton, rei do Egito ao tempo em que se deu o Êxodo dos judeus em direção à terra prometida (Canaã). Tal acontecimento, se verdadeiro, deveu-se à influência religiosa e à habilidade diplomática daqueles dois
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 19/29 irmãos (Êxodo, Capítulos 1 a 13). Esta passagem da Bíblia Sagrada, em alguns trechos é tão sombria que os estudiosos chegam a se confundir, concluindo que Akhenaton e Moisés tratavam-se da mesma pessoa, mas o que mais nos interessa é saber que Arão, por ter sido o fundador da classe sacerdotal dos judeus, no Egito, foi o seu primeiro sumo sacerdote, cumprindo assim a palavra de Deus, conforme está escrito em Êxodo 40,12-15. Para chegar ao posto de sumo sacerdote, Arão teve de ser consagrado e quem lhe ministrou esse sacramento foi seu irmão Moisés. No momento de sua unção ele se encontrava na Tenda de Reunião, trajado com vestes especiais que o distinguiam das demais pessoas. O ato consistiu no derramamento de óleo por todo o tabernáculo e depois sobre a cabeça de Arão. Dada a abundância do óleo derramado, este escorreu pelos seus longos cabelos e pelo seu rosto, alcançando toda a sua veste (Levítico 8,1-12), conforme descreve Davi no Salmo 133 (132). Esse óleo, tido como precioso, era uma mistura de mirra, canela aromática, cálamo aromático, cássia e azeite de oliveira (Êxodo 30.23- 25). Não há registros sobre a cidade natal de Arão. Ele nasceu no Egito entre os anos 1.280 e 1.270 a.C. e morreu com 123 anos de idade, no alto do Monte Hor, hoje, em território jordaniano. O Orvalho de Hermon - Hermon, Sirion ou Senir, atualmente conhecido por Jebel esh Sheik (Monte Chefe), é um monte de 2.184 metros de altura, pertencente à cadeia dos Montes Ante- Líbano e se situa ao sul da Síria e norte da Palestina. O topo desse monte está permanentemente coberto de neve promovendo um belo espetáculo aos olhos de quem o observa de longe. Servindo de contraponto entre as terras da região e o mar Mediterrâneo, suas escarpas, ladeadas às de outros montes formam depressões por onde correntes de ar com temperaturas diferentes se encontram e se precipitem em forma de orvalho ou chuva. Em determinada época do ano, parte do gelo que forma uma calota em seu cume costuma se derreter e escorrer pelas ladeiras que o circundam, conservando a terra sempre úmida nos baixios que se estendem desde a sua base até Jerusalém. O Monte Sião - Este monte tem mais destaque na história dos povos antigos do que o próprio monte Hermon, isto porque este último se situa em local inóspito e de difícil acesso. Já o Monte Sião, localizado na região de Jerusalém, é frequentemente citado em várias passagens bíblicas como um dos mais importantes lugares sagrados. Ele é apenas um monte de baixa altura antes conhecido por Ofel (2Cr 27; 33,14), depois, Sião, quando a Arca da Aliança foi levada para a cidade de Davi. Esta Arca se encontrava na casa de Obede-Edom, em Jerusalém (1 Cr 15.25) e foi levada para a cidade de Davi onde este armou uma Tenda para ela (Cr 15). A “Cidade de Davi” era a fortaleza construída no Monte Sião e levou esse nome porque foi Davi quem a conquistou. Lá, ele edificou mais casas (2SM 5,6-9) e permaneceu até o último dos seus dias. Este monte foi alvo de muitas disputas na antiguidade. Sobre ele está o Cenáculo, local onde Jesus celebrou a última Páscoa e instituiu a Ceia do Senhor. Medindo apenas 765 metros de altitude, acha-se situado em região distante do Monte Hermon, mas as chuvas que sobre ele se precipitam são em decorrência das alterações climáticas provocadas pela cadeia formada pelos Montes Ante-Líbano, da qual Hermon faz parte, daí, uma das razões de sua citação no Salmo 133 (132).
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 20/29 Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA- 48 anos de Maçonaria) M I da Loja Estrela da Distinção Maçônica, 953 (GOB/GOERJ) Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva – O EGOÍSMO NÃO É UM ESTADO DE AMOR-DE-SI-PRÓPRIO E SIM, DE INIMIGO SOCIAL. Quantos males o egoísmo tem feito a Humanidade! Dentre eles destaca-se o mal de mantê-la cega quanto aos malefícios que tão terrível praga tem causado ao ser humano! – podemos dizer que o egoísmo é como o dinheiro: não gosta de ninguém, nem mesmo daqueles que julgam possuí-lo e terminam possuídos por ele... Segundo Carlos Lopes de Mattos, em seu Dicionário Filosófico, egoísmo explica-se, metafisicamente, pelo solipsismo, ou seja, uma “doutrina que só admite uma existência do seu “eu” individual que pensa”. A Psicologia o entende ou traduz pelo “amor de si mesmo”. E a Moral o tem na conta de “amor exagerado de si próprio”, lesando os direitos dos outros. É, portanto, sinônimo de filáucia, ou seja amor próprio. Para o Dicionário de Filosofia dos doutores Max Apel e Peter Ludz, o egoísmo está em oposição ao altruísmo (dependência de todos os valores do “eu”). Para Thomaz Hobbes, filósofo materialista inglês, “o homem é, em sua essência, um ser egoísta, do que decorre a ‘guerra de todos contra todos’, um homo hominis lupus, ou seja, (o homem é lobo de si mesmo). Todavia, isto não traduz uma realidade. 6 – O Egoísmo não é um estado de amor-de-si-próprio e sim, de inimigo social – José Anselmo Cícero de Sá
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 21/29 O homem não é em essência um ser egoísta. É ainda isso um efeito da ignorância. É a ignorância que o torna lobo de si mesmo. O homem, em essência é um ser espiritual e que possui algo da essência de seu Criador e Pai – Deus. É a ignorância que o faz egoísta, isto é, voltado para dentro de si próprio. O egoísmo é, portanto, um vício aprendido que se fez enraizar na personalidade. O padre Fernando Bastos de Ávila, na Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo de sua autoria, diz da existência de um egoísmo radical, psicossomático, sem conotação pejorativa, e um egoísmo moral e ético “que constitui uma aberração, podendo degenerar para formas patológicas”. Todavia, ao se aproximar do término de sua definição de egoísmo, declara que, “do ponto de vista social, o egoísmo é a raiz amarga de todos os males que afligem a Humanidade”. Enuncia do ponto de vista social, porque ele defende a presença, do homem, do que ele chama de “egoísmo radical ou psicossomático” como uma forma natural de autopreservação e conquista do seu desenvolvimento. Existe uma tendência espontânea das filosofias materialistas, ou falsamente espiritualistas, em oferecer um sentido dicotômico ao egoísmo. Isto e, uma espécie de dupla face: um lado bom que impulsiona o indivíduo a progredir e um lado mau que o torna lobo-de-si-mesmo. A doutrina Espírita é peremptória: “O egoísmo é um vício um hábito formado desde a idade primitiva do homem, portanto um mal. Mal porque degenera os costumes, mina os sentimentos mais nobres do indivíduo invigilante, razão pela qual deve ser combatido e extirpado do nosso coração. Assim como o trypanosoma procura desenvolver nos músculos do coração do homem indefeso das regiões paupérrimas do interior, o egoísmo procura desenvolver-se na sede moral dos sentimentos do homem invigilante das regiões mais prósperas dos centros urbanos de nossa civilização. O egoísmo é o elemento gerador de todos os demais vícios.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 22/29 O Trypanosoma tem no “barbeiro” o seu hospedeiro temporal no processo de vinculação do mal contra o ser humano indefeso, o “egoísmo” tem, no amor-próprio, o seu elemento de justificação ou máscara natural, contra o homem defeso pelo abuso do livre arbítrio, na ignorância do bem. Em corolário, lutar contra o egoísmo é dever de todos nós. A própria denominação de amor-de-si-mesmo é errônea. O egoísmo é uma chaga voracíssima que tem como risco maior, retardar o progresso da humanidade. Sendo a sociedade constituída de grupos sociais e estando os grupos formados de homens, é obvio que o egoísmo não é um estado de amor-de-se-próprio, mas de odioso inimigo social, por ser gerador de inúmeros outros vícios. Ele é responsável ainda, pelas guerras, p ela miséria, pela fome e outros tipos de endemias morais, como a máfia dos tóxicos e dos crimes políticos. Devemos envidar todos os esforços no sentido de erradicar as doenças materiais, o que vem ocorrendo normalmente através dos inúmeros estudos científicos, mas, erradicar, sobretudo, o “egoísmo” sem o que dificilmente chegaremos à vitória sobre os demais males. É no “altruísmo” que o homem deverá encontrar o remédio específico contra o “egoísmo”, isto porque, o altruísmo representa aquele amor ao próximo a que se refere a Lei de Deus, que o Mestre Jesus tanto enfatizou em seu Evangelho. Nenhum homem minado pelo micróbio do egoísmo terá condição ou capacidade de praticar a sublime LEI DO AMOR E CARIDADE, A ÚNICA CAPAZ DE TRANSFORMAR A TERRA EM PARAÍSO, QUE É O REINO DE DEUS A QUE O EVANGELHO SE PROPÕE A NOS CONDUZIR.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 23/29 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 21/12/1999 Silvio Ávila Içara 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Muller São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 11/12 Xaver Arp Joinville 13/12 Padre Roma II São José 14/12 Montes de Sião Chapecó 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Dezembro
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 24/29 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste 02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis 04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó 05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó 08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão 11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville 11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara 11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville 12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis 13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis 13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça 16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco 16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque 17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó 17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis 20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador 28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras 28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes Feliz Natal ! Boas Festas! São os votos da equipe JB News Através de sua editoria, colunistas e correspondentes aos seus leitores e amigos Ho, Ho, Ho, Ho...
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 25/29 Loja Teresa Cristina nr. 5 - Brasiléia – Acre (GLEAC)
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 26/29 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 22 de dezembro: Os Sentidos O ser humano possui dois grupos de sentidos; os cincos de todos conhecidos, como a Audição, o Olfato, o Paladar, o Tato e a Visão. Não há qualquer dificuldade sobre o significado de cada sentido. O segundo grupo diz respeito aos Sentidos Espirituais, ou seja, a duplicidade dos mesmos sentidos físicos, como por exemplo, a Audição e a Visão Espirituais. O Olfato, que identifica os odores contidos no Cosmos; o Gosto que distingue o néctar do alimento espiritual, do qual quem ingere não sentirá mais fome e do sedento, não mais sede; a Audição, que consegue distinguir a música das esferas de Platão e os sons dos cânticos da Corte Celestial; e o Tato, que absorve as vibrações emanadas do alto, dos Páramos Celestiais e, sobretudo, da voz da consciência, além de o Tato receber as vibrações transmitidas pelos seus Irmãos, quando do aperto das mãos na Cadeia de União. O maçom é um ser dúplice; meio material, meio espiritual. Não basta, porém, que ele saiba disso, é preciso que use os seus dons e, assim, o conhecimento o levará a lugares ignotos e misteriosos. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 375.
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 27/29 Templo Maçônico em Roma, Itália.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 28/29 (pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos) 1 – Teste de Personalidade: Qual é a sua verdadeira idade? 2 – Presente natalino: Uma linda árvore natalina musical! 3 – Veja como são as decorações de Natal em outros países! 4 – Apresentação impecável . https://www.youtube.com/embed/uqlGn-K42U8?rel=0 5 – Pavarotti – apresentação bela e comovente. Clique aqui para visualizar 6 - Itália: 010-ITAL.pps 7 – Filme do Dia – “Charlie Chaplin” https://www.youtube.com/watch?v=yeNRJxo9oeA
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.275 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 22 de dezembro de 2016 Pág. 29/29 A OBRA E O OBREIRO -uma pitada de coerência resolveria- Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 25 de fevereiro de 2016. Todo iniciado presta um juramento; Onde assume alguns compromissos; De obedecer às leis e regulamentos; E de lutar no combate aos vícios. Embora iguais em deveres e direitos; Existem diferenças consideráveis; Nunca seremos Justos e Perfeitos; Mas somos buscadores incansáveis. Existem os pontos controvertidos; De como a maçonaria tem agido; Junto ao povo brasileiro. Feitos bons à maçonaria é atribuído; Se maus, os créditos são transferidos; Quem paga o pato é o obreiro.