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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Botucatu – SP “Cidade dos Bons Ares”
– SP
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.230 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrManoel Miguel – A Ursa Maior – A Ursa Menor e o Grande Significado para os Maçons
Bloco 3-IrRoman – Economia Transpessoal - Saptamurmi
Bloco 4-IrAnestor Porfírio da Silva – O Compromisso Solene e a Perda Moral para os que não ...
Bloco 5-IrOsvaldo Pereira Rocha – República Federativa do Brasil
Bloco 6-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Quintino Bocaiuva
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 8 de novembro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 2/35
8 de novembro
 1519 — Moctezuma encontra Hernán Cortés, a quem acreditava ser o deus Quetzalcoatl.
 1588 — Inundações nas Velas, ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores
 1793 — Primeira abertura do Louvre ao público como museu
 1799 — Fim mal sucedido da Conjuração Baiana: seus principais líderes, João de Deus Nascimento, Luiz
Gonzaga das Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel Faustino dos Santos Lira, são
condenados e executados.
 1884 — José Maria Lisboa e Américo de Campos fundam o jornal "Diário Popular", em São Paulo.
 1887 — Emile Berliner patenteia o Gramofone (Gira-discos).
 1889 — Montana torna-se o 41º estado norte-americano.
 1895 — Descoberta dos Raios X por Röntgen
 1903 — Assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla que cria a Zona do canal do Panamá
 1920 — Legalização do aborto na União Soviética.
 1923 — "Putsch da Cervejaria", na Alemanha.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 313 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 53 dias para terminar este ano bissexto
Dia Mundial do Urbanismo e dia da Radiologia e do Radiologista
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 3/35
 1926 — Polícia fascista prende Gramsci
 1939 — Segunda Guerra Mundial - Primeiro atentado contra Hitler, matou oito pessoas e causou ferimentos
em outras 63.
 1942 — Segunda Guerra Mundial - Forças dos Estados Unidos e Reino Unido desembarcam no norte da
África
 1946 — Criação da cidade de Miranorte, município do estado do Tocantins.
 1960 — John Kennedy vence, por uma margem apertadíssima, Richard Nixon na eleição para presidente
dos Estados Unidos.
 1965 — Estabelecimento do Território Britânico do Oceano Índico.
 1971 — Led Zeppelin lança o álbum Led Zeppelin IV.
 1995
 O jornal britânico The Independent publica matéria elogiando o racionalismo crítico de Ernest Gellner.
 Inauguração do Shopping Grande Rio.
 2003 — Publicação do jogo Mario Power Tennis.
 2004 — Lançamento do DVD do concerto Live Aid.
 2007 — Lançamento no Brasil do último livro da saga de J. K. Rowling, "Harry Potter e as Relíquias da
Morte".
 2011 — Prevista a passagem pela Terra do asteroide 2005 YU55 a 0,85 distância lunar, considerada a mais
próxima do nosso planeta até hoje.
Feriados e eventos cíclicos
Brasil
 Aniversário do município de Guaimbê, São Paulo
 Aniversário do município de Jaguaribe, Ceará
 Feriado municipal em Campo Belo do Sul, Santa Catarina: festa da padroeira Nossa Senhora do Patrocínio
 Dia do técnico em radiologia
Internacional
 Dia do Strogonoff
 Dia Mundial do Urbanismo
 Dia Feliz - Comemorado em diversos locais e países.
1828 Simon Bolivar proíbe todas as sociedades e fraternidades secretas na Colômbia, estabelecendo pena
de 200 pesos para quem ceder instalações para reunião e 100 pesos aos que lá se reunirem.
1904 O deputado SYVETON aparece, misteriosamente, morto em sua própria casa. Jean Bidegain, o
secretário do GO de França, responsável pelo roubo das fichas que causaram o famoso escândalo, morre
envenenado na mesma data.
1959 Faleceu repentinamente Frank Shermann Land, Dad Land, fundador da Ordem DeMolay.
1970 Fundação da Grande Loja do Estado do Espírito Santo
1986 1986 - GOMG - A Emenda Constitucional n° 1, de 8 de novembro de 1986, introduziu a eleição direta
do Grão-Mestrado pelo sufrágio universal, direto e secreto, dos Mestres Maçons da jurisdição do GOMG
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel
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O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras
(Mesmo na temporada o Irmão sempre tem desconto especial)
Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
Cunhada Gladys Sarobe – Contadores
• Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas
• Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento
• Área Fiscal : Planejamento Tributário
• Área Contábil: Empresas e Condomínios
• Cálculos Periciais
• Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica
Rua dos Ilhéus, 46 - Sala 704 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560
contato@sarobecontabilidade.com.br
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Irmão Manoel Miguel é
MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145
CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo
Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida
Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade
O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço.
A URSA MAIOR – A URSA MENOR
E O GRANDE SIGNIFICADO PARA OS MAÇONS.
Vemos as estrelas marcantes da Abóboda Celeste no
templo maçônico sem muitas vezes nos darmos conta de
sua importância para a satisfação da alma frente ao
simbolismo. No caso da abóboda, me parece mais
estranho ainda que a gente quase não fala nela,
permanecendo um mistério inerte, oculto, intocado e que
para muitos não tem valor algum. No caso das estrelas
que compõem a Ursa Maior, presente no templo
maçônico, em especial no caso do REAA, entre o
Ocidente e o Norte da abóboda, poucos percebem que
são sete estrelas no total, e que elas são parte da justificativa de termos a obrigação de termos sete
mestres para compor o quadro, caso contrário não se pode abrir uma Loja. Obviamente a
obrigação de sete mestres é mais extensa, mas esse asterismo chamado Ursa Maior, bem como o
outro, a Ursa Menor, têm um significado enorme nessa exigência ritualística. Sabemos que as
Ursas têm em sua composição uma estrela maior que as outras, que serve para indicar uma
direção, voltada para o Norte e que servia como meio de orientação à noite. Para os antigos se
localizarem geograficamente costumavam procurar o Norte mirando a maior estrela da Ursa
Menor, que normalmente fica no Norte, numa altura de 45°, muito importante para os Maçons,
principalmente no grau de Aprendiz Maçom. Quem sabe onde fica o Norte, achou o caminho para
o início de uma jornada segura, de olho na Grande Estrela Celeste, podendo estar navegando por
mares turbulentos e desconhecidos, ou estar voando em céu de brigadeiro, ou ainda estar buscando
sobrevivência na densa e escura floresta. Para os sacerdotes das antigas escolas secretas, as Ursas
eram o emblema de um Cinzel, ilustrando que a Vida pode ser moldada e transformada pelo seu
condutor, o ser humano, na transformação do bruto em homem bom, capaz de permear a
sociedade sem causar medo, insegurança, impiedade, tirania ou selvageria. Seria como
transformar um leão em cordeiro. Os chineses e os hebreus, viam as ursas como símbolo de duas
conchas, emblema dos cuidados que o Criador tem com o homem, dando a ele a chuva para regar
a Terra e produzir alimentos, nutrir os rios para saciar a sede, bem como a certeza de que, assim
como as aves do céu não plantam nem segam, jamais o Grande Deus os deixa morrer à míngua; os
lírios do campo não têm braços ou pernas para se locomover em busca de alimento, mas sua
beleza e perfume estão assegurados nos vales do deserto. Os bárbaros germânicos viam nas Ursas
a imagem de carruagens formadas por quatro estrelas cada, puxadas por três cavalos, que serviam
para os deuses percorrerem os céus em proteção e distribuição de bênçãos ao povo. Para os que
2 – A Ursa Maior – A Ursa Menor e o Grande Significado para os
Maçons - Manoel Miguel
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 6/35
conhecem as lendas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, fica fácil de entender as
posições das Ursas em relação a Estrela Artur ou Arcturos no Templo Maçônico e a associação da
crença inglesa de que as Ursas representam as batalhas do rei Arthur.
Os egípcios merecem um carinho especial, já que viam nas Ursas a presença de sete estrelas
associadas aos sete querubins ou arcanjos da criação do Universo, representando a imortalidade da
Vida e o penhor do Criador para com o homem, assegurando-o de que será sempre imortal. Essa
representação me parece assegurada no templo maçônico e nas sessões, na composição dos sete
mestres em Loja, sendo a estrela maior, que normalmente está na cauda da Ursa, a representação
do Olho que Tudo Vê, ou ainda da atuação do Venerável Mestre como a representação da Luz
Maior. Quem consegue ver nessa ilustração um significado espiritual saberá compreender a
responsabilidade que tem um Venerável Mestre, e pensará muito, antes de querer assumir tal
posição em Loja. O mesmo se refere ao Grão-Mestre de uma Potência Maçônica ou Grande Loja.
Os gregos, como não deveria ser diferente, têm uma das lendas mais lindas em relação as Ursas,
sendo a que nos cativa em riqueza literária e, para os que conseguem saborear o néctar dos deuses,
compreender os Mistérios Divinos: Zeus, o maior dos deuses, o Pai da Eternidade, cuja obra em
todos os sentidos se reflete na convergência unívoca para o AMOR, apaixonou-se por Calisto, a
bela ninfa dos bosques, amiga íntima e companheira de Ártemis, que tinha jurado castidade e sua
virgindade para sempre. Zeus a viu adormecida embaixo da sombra de uma árvore frondosa, tão
ingênua, dormindo um sono magnífico sob a sombra e proteção daquela que sempre foi o símbolo
do conhecimento, da sabedoria e fonte da Vida. Zeus ficou fascinado por sua beleza, mas não
sabia muito bem como se aproximar da Rainha da Beleza. Pensou, pensou, até que teve uma ideia
maravilhosa! Descobriu que o meio mais fácil seria transformar-se na semelhança da amiga
Ártemis, para não causar desconfiança. E assim o fez. Zeus transformou-se na semelhança de
Ártemis de forma tão perfeita que Calisto não desconfiou de nada e permitiu sua aproximação.
Quando percebeu que não seria Ártemis, mas sim, o Iniciador ativo das relações amorosas, já era
tarde demais. Zeus a seduziu com seus encantos e se embrenharam em atos amorosos, do qual,
Calisto engravidou e teve um filho, que se chamou Arcas. Hera, a ciumenta esposa de Zeus, ficou
furiosa com a traição do esposo e castigou Calisto, transformando a numa Ursa. Calisto se tornou
irreconhecível e passou a vagar pelos bosques, aterrorizando os mortais. Hera acolheu Arcas e o
criou em seus braços. Um belo dia, a ursa e Arcas se encontraram pelos bosques. A ursa, Calisto,
reconheceu o filho e abriu os braços, como fazem os ursos, para abraçar o filho amado, do
relacionamento entre ela e Zeus. Arcas, porém, não a reconhece, até porque não sabia da história
real e, pensando estar sendo atacado por uma ursa, e se preparou para matá-la. Zeus, sendo como
Aquele que tudo vê, apareceu no momento certo e evitou o homicídio e resolveu transformar mãe
e filho em seres imortais: A mãe, a Ursa Maior, o maior asterismo visto no Norte, e Arcas, Ele
transformou na Ursa Menor, o menor asterismo visto também no Norte, entre ambos, a figura de
Zeus, a estrela Arturo, realizada por estar entre as pessoas que mais amou: a mãe e o filho, como o
pai que ama a esposa e os filhos. Deus ama a esposa, representada na Loja, e o filho, representado
em cada irmão iniciado. Deus ama a Terra, o estrado ou escabelo dos seus pés, na tradição do
conhecimento dos planos Superior e Inferior, bem como o homem, seu filho, feito sua imagem e
semelhança. Ele se colocou como Arturo, entre os dois, sendo eles como duas colunas da Vida no
Planeta. Viver entre colunas é como viver entre a razão e a emoção, entre a mãe que dá a Vida
pelo seu filho e o filho que é a imagem e semelhança do pai. Viver entre colunas é viver em
equilíbrio, no limiar da Luz. Maçom significa “Filho da Luz” e, por isso, todo Maçom não pode se
dar ao luxo de simplesmente ignorar o que vê diante dele no Templo, pois cada coisa que se vê ali
tem sete lições, sete ensinamentos, sete razões para ser Maçom. Arturo também tem seus mitos,
mas deixemos para que os leitores busquem conhece-los. A lenda grega não foge muito da lenda
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 7/35
da criação de Adão e Eva no L∴ da L∴ conforme a conhecemos. O curioso é que povos tão
distantes, de forma diferente, tinham o mesmo conhecimento e a mesma Verdade Eterna em seus
corações, alterando apenas a forma de conta-los. Os índios Cherokee na América do Norte
compreendiam os dois asterismos, a Ursa Maior e a Ursa Menor, como semelhança de caçadores
correndo atrás de ursas para as matar e saciar a fome. Para eles, era marcante o princípio da
Primavera, momento sinalizador de que o período de caça estava chegando, já que essas estrelas
se posicionam mais alto no céu até o outono, que significa o fim do período de caça. Na Primavera
o urso abandona sua toca e sai em busca de alimento, muito magro ainda, em função do período
de hibernação do inverno, mas com a chegada da primavera, logo ganha peso e gordura para sua
subsistência no próximo período de inverno, o que os índios aproveitam, caçando-os e matando-os
para saciar a fome das tribos. E aqui tem uma lição bastante importante aos Maçons. Temos que
aproveitar a Primavera, o Verão e o Outono, os períodos em que a Luz nos favorece, para
evoluirmos em todos os sentidos, seja na vida profissional, social, familiar, cultural, econômico,
financeira, administrativa, espiritual, etc. Essa mensagem é conhecida pelos Mestres, mas está
disponível a todos em vários livros sagrados, em especial na Bíblia Sagrada, em Eclesiastes,
capítulo 12. O urso, sem o nível de consciência que o homem herdou do Criador, o faz
naturalmente, aproveitando o período de luz e calor na terra, para caçar, comer e engordar, pois
chegará o inverno, onde terá que se esconder na caverna escura e ficar ali quietinho, hibernando,
esperando o inverno passar. Assim também é com o homem. Temos que aproveitar o momento
certo, enquanto o GADU nos dá Luz e Calor, para evoluirmos em todos os aspectos da Vida. No
termo certo, seremos encerrados numa masmorra escura no Inverno da morte, tendo que esperar
até o dia da ressurreição na Primavera. O Maçom precisa dormir nessa esperança. De outra forma,
seguirá achando que Maçonaria é algo corriqueiro, sem significado, sem expressão, sem nada que
o motive e o faça ter satisfação de ser Maçom.
Nosso corpo é formado por Sete Mestres, como as sete estrelas que compõem os dois asterismos
que formam as Ursas Maior e Menor, sendo que entre eles, tem um que atua como Orador e está o
tempo todo nos dizendo se a nossa sessão da vida diária transcorreu de forma justa e perfeita e
podemos encerrá-la antes de dormir. Enquanto não estiver tudo nivelado pelo Esquadro da Justiça
Divina, não se pode dormir em paz. Tem um outro que atua como Secretário, e está anotando
todos os nossos atos no Balaústre do Livro da Vida, que é selado por esses Sete Mestres e
ninguém pode abrir, fechar, tampouco tem dignidade de olhar para ele. Ninguém conhece nosso
Livro da Vida mais do que o Mestre Secretário que mora dentro de nós, em nosso Templo
Sagrado. Quem dormiu no inverno da vida, com a cabeça tranquila; quem realmente desbastou sua
Pedra Bruta e sou aproveitar a Primavera, o Verão e o Inverno, ainda que esteja morto, receberá
um toque sagrado que o levantará para a Vida Eterna.
No tempo das grandes navegações europeias em busca de novos continentes e novas terras para
explorar, os marinheiros chamavam a Ursa Maior de “carro” e a Ursa Menor de “buzina”, sendo
mencionados por Camões em “Os Lusíadas”, cuja leitura é quase um mandamento a quem gosta
de evoluir e ampliar horizontes. O significado disso tudo chega ao mesmo fim. O GADU é
magnífico em todas as formas, em todos os ângulos e em toda obra de suas mãos. A Maçonaria é
uma preciosidade, uma joia rara de altíssimo valor. Cabe a nós despertarmos para ver a Luz que
dela difunde. É preciso estarmos atentos, pois, no mínimo, tem Sete Mestres conduzindo a Sessão
da Vida, podendo estender em até doze, mas o Grande Venerável. Tudo está sendo observado e
anotado. Cada um de nós deve escolher como quer que a Sessão da Vida seja encerrada e como
nos despediremos. Autor: Manoel Miguel. ARLS Colunas de São Paulo 4145 – GOSP/GOB. Or∴
de São Paulo.
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Ir Roman,
MM da Loja Salvador Allende
Grande Oriente Lusitano
Lisboa
ECONOMIA TRANSPESSOAL
SAPTAMURMI
A observação empírica e intuitiva da natureza humana e do cosmos ao longo de milhares de
gerações, proporcionou essa percepção global que hoje designa-mos por “visão holística do real”,
a percepção humana como representação de uma consciência universal. É também certo que a
organização social, económica, política e religiosa seguiu os mesmos modelos, raramente
praticando os excessos que às sociedades contemporâneas é tão peculiar. O que nestas pelo
excesso de tudo se deformou e subverteu no princípio da vida (e da ética) transformando as
anormalidades do quotidiano em normoses como se fossem actos normais da identidade colectiva
e individual ― nas sociedades tradicionais, os excessos sempre foram observados como um
desperdício das fontes naturais e em última instância, uma insanidade, um atentado à própria vida;
a desrazão dos outros tornou-se num acto normal nas sociedades contemporâneas, um verdadeiro
feito de loucura colectiva.
A Economia Transpessoal que proponho (a que igualmente chamo de “Sétima Vaga”) é a
simbólica de uma onda maior, resultado da acumulação da energia de outras ondas imediatamente
precedentes; de uma dinâmica cumulativa em energia que movimenta o mar social e económico, e
tal como ele a vida do homem sucede-se em ondas de emoções, de actos e de pensamentos. A esta
abrangência sinergética da evolução, que comporta o aspecto ecológico, tecnológico e a
perspectiva comportamental (antecipada por Carl G. Jung), designa-se por “Holismo”. Foi com
este sentido, que em 1926 Jan Christian Smuts introduziu pela primeira vez no pensamento
contemporâneo o conceito1
, para explicar à luz do nosso entendimento o que as culturas de
tradição já o haviam feito durante milhares de anos, e do qual nós tanto nos afastámos ao ponto de
já não nos (re)conhecermos. Assim, o Holismo:
(…) designa uma força vital responsável pela formação de conjuntos de gestalts,
dir-se-ia hoje; essa mesma força seria a formadora dos átomos e moléculas, no
plano físico, da célula, no plano biológico, das ideias, no plano psicológico e da
personalidade, no plano espiritual; o próprio universo seria um conjunto em
constante formação2
.
Smuts anunciava de uma certa forma o que Stéphane Lupasco magistralmente viria a definir
na sua “Concepção Trimaterial do Universo” em 19603
, e Abraham Maslow com a Psicologia
Transpessoal. O pensamento contemporâneo ocidental tentava assim recuperar a filosofia
tradicional à luz de uma nova psicologia e de uma nova física (quântica), na boa tradição helénica
e clássica; Fritjof Capra empreendia igualmente na mesma década um esforço, bem conseguido,
1
Jan Christian Smuts, Holism and Evolution, Nova Iorque, Mac Millan, 1926.
2 Cf. Pierre Weil, Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, São Paulo, Editora Palas Athena, 1990, p. 7.
3 Stéphane Lupasco, Les trois matières, Paris, Julliard, 1960.
3 – Economia Transpessoal – Saptamurmi
Roman
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 9/35
sobre um diálogo filosófico e físico (igualmente quântico) entre a filosofia oriental e o
pensamento científico ocidental, enquanto Ken Wilber delineava com a Psicologia Integral, uma
nova forma de holismo (ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade).
Mas o que estava a faltar então, para a plena aprovação de uma nova revolução
epistemológica ao nível da psicologia do ser e da filosofia? Faltou sem dúvida a problematização
do sujeito e a recuperação da loucura como fonte original da identidade da alma em sociedade, de
uma reinterpretação da psicanálise segundo Lacan (nos três registos do real, do simbólico e do
imaginário); faltou a visão holística de Pierre Weil e a desmontagem do poder e da sexualidade, a
arqueologia das ciências e uma história dos sistemas e do pensamento segundo Foucault.
O que quer que faltasse à sociedade e ao pensamento ocidental, que não era percepcionado
antes ora porque as opções políticas e económicas do “ter” se sobrepunham às necessidades do
“ser”, ora porque o marxismo se opunha ao capitalismo (e vice versa) tornou-se dramaticamente
claro depois de 11 de Setembro de 2001. Ironicamente, o que a Grande Guerra velou ao homem
nos valores fundamentais da identidade e do ser, o trágico acontecimento no início do terceiro
milénio viria a descobrir; mostrar que o homem se afastou da sua verdadeira natureza e dos
objectivos como humanidade.
Portanto, o problema relacionado com a não aceitação das novas emergências
epistemológicas do ser e do sentir e dos modelos de economia sustentável, residiu na aparente
falta de validade científica entre a aplicabilidade dos “novos” conceitos à sociedade do século XX,
e a argumentação criada em torno da revolução epistémica, ambos desajustados espaço-
temporalmente; a resistência do status ocidental (europeu) às novas ideias e modelos, saída do
desespero pela sobrevivência durante e após as duas Grandes Guerras, atrasou a divulgação do
“Holismo”, da “Concepção Trimaterial do Universo”, da “Psicologia Integral” e finalmente (mas
não por último) da “Psicologia Transpessoal”. Mas devemos sublinhar que o problema da aversão
pelas novas epistemologias do “ser” esteve igualmente ligado à formulação económica para uma
nova Europa que se queria construir (dos anos cinquenta aos noventa), ao mesmo tempo que se
desenvolvia a prática de um ideário colonial em relação às culturas extra-europeias, perfil que se
mantém até hoje de forma subliminal nas relações entre os Estados, assim como nos discursos
políticos; ideário que insistia em ver o “outro” como um apêndice da humanidade que devia ser
civilizado por um cristianismo eurocêntrico, e que continua a vê-lo ainda como um ser menor que
deve ser económica e politicamente catequizado4
.
O indivíduo europeu e norte-americano (pois é a ele que maioritariamente se refere a
normose que impôs ao mundo restante) assumia neste momento o lugar privilegiado numa
sociedade à beira de um consumismo desmesurado; um ente recém-saído da precariedade moral
quando o ser se atolou numa guerra de contornos racistas5
. Enquanto isto, o oriente (filosofia,
arquitectura, literatura, sistemas alimentares, etc.) foi penetrando lenta e silenciosamente nas
estruturas da sociedade ocidental, criando um campo de matéria experimental necessário à
compreensão das ideias desencadeadas pelas novas psicologias e filosofias; uma vaga (a sexta)
anunciadora da revolução ecológica que agora se tenta implementar.
4 Sobre a questão da autonomia das culturas do sul, cf. Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses (org.),
Epistemologias do Sul, Lisboa, Almedina, 2009.
5 Sobre a questão do racismo europeu e a questão ariana cf. Salomão Reinach (J.C. Calazans org. e intr.), A Origem dos Árias.
História de uma Controvérsia, in Cadernos de Ciência das Religiões, n.º 16 (Setembro), 2009.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 10/35
No sentido em que a Psicologia Transpessoal e o Holismo se desenvolveram, principalmente
a partir do trabalho de Pierre Weil, quer como base fundamental das novas psicoterapias, quer
ainda como formas de paidéia na organização e bem-estar dos grupos e do indivíduo, a sua
possível utilidade para a economia (microeconomia) foi uma dedução consequente, um passo
inevitável e incontornável de uma zetética aplicada ao nosso propósito.
Levantou-se então uma questão fundamental durante o processo de estudo inicial. O bem-
estar e a paz social a partir de um modelo económico que tenha como primado o desenvolvimento
do ser, encontra-se em absoluta contradição com o modelo económico que tem como primeiro e
último objectivo a acumulação do ter? Como resolver esta aparente incompatibilidade, no
momento em que a crise interna do paradigma económico actual apresenta os sintomas de uma
entropia própria dos sistemas? Paradigma que carece de validade ética e de humanismo.
A paz e a espiritualidade, tanto quanto a nossa organização social e evolução humana
permitem, necessita de um modelo económico que possibilite o desenvolvimento dessa mesma
paz social e da realização espiritual. E na medida em que a humanidade cresce em conhecimento
de si mesma, a experiência acumulada das várias culturas tende a ser partilhada livremente cada
vez mais, sem restrições de fronteiras políticas nem religiosas. No horizonte da consciência
humana, não há limite para as possibilidades de síntese, e restringir essa faculdade e esse direito é
interferir no livre arbítrio de todos os cidadãos e de todos os povos. A proposta do Holismo e da
Psicologia Transpessoal vai exactamente ao encontro desta realização, enquanto uma Economia
Transpessoal completa o sentido da realização material do homem social.
Quando Abraham H. Maslow6
, e principalmente Anthony Sutich7
, sentiram faltar à teoria da
Psicologia Humanística (na sua fase inicial, como “terceira força”) o elemento espiritual que ao
homem dá a identidade, completaram-na depois com a percepção dos “estados alterados de
consciência” (passando então a “quarta força”), estados que Stanislav Grof tinha introduzido
como elemento fundamental, para entender a verdadeira natureza humana na sua
multidimensionalidade8
. O resultado desta nova síntese iria fazer emergir a Psicologia
Transpessoal; um novo evento epistémico do ser que permitiu olhar o homem como uma ordem
de grandeza antropocósmica, como receptor e emissor de uma semiótica do inconsciente e do
universo9
.
Ao nível da ciência económica o percurso foi semelhante, no sentido em que o estudo
exclusivo dos mercados, da produção, da distribuição e consumo de bens de serviço, fez da
própria economia um instrumento de cálculo e de análise ao serviço da avidez e da ganância, à
qual se aliou mais tarde uma economia psicológica (comportamental). Este novo instrumento de
auxílio à economia, surgiu para melhor se conhecerem as motivações dos indivíduos (ou as suas
limitações cognitivas) em função das políticas económicas de mercado (trata-se do meio de
perceber o comportamento que se pensa ser anómalo dos indivíduos e das instituições, quando
estes não correspondem às expectativas concebidas pelas teorias económicas, criando para isso
um corpo de argumentos conducentes a um comportamento individual ou colectivo que se julga
ser apropriado. Esta atitude, porém, teve o desmérito de contribuir para o consumo desmesurado e
desnecessário de bens, que em realidade não são nem necessários nem fundamentais à vida dos
6 Abraham H. Maslow, Theory Z. The Farther Reaches of Human Nature, New York, Viking, 1972.
7 Anthony Sutich, Journal of Humanistic Psychology, Fall 1963.
8 Stanislav Grof, Além do Cérebro: Nascimento, Morte e Transcendência em Psicoterapia, São Paulo, Editora McGraw-Hill, 1987.
9 Cf. Pierre Weil, A Consciência Cósmica – Introdução à Psicologia Transpessoal, Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1976.
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indivíduos e das sociedades) o critério do “bom”, é muitas vezes assumido a partir da falaciosa
presunção de que um “bem é necessário” quando ele não é.
Mas, enquanto à Psicologia Humanística faltou a percepção da multidimencionalidade da
consciência (estados de consciência), falta igualmente à Economia Comportamental a mesma
componente imperceptível para os “pensadores do ter”, que é justamente o elemento mais
importante e que dá ao homem a identidade da sua autonomia e grandeza antropocósmicas.
Embora estejamos a aproximar-nos consideravelmente em conhecer a verdadeira origem das
motivações que levam ao caos nos mercados e no consumo, a partir dos recentes estudos em
Psicoenomia e Neuroecomia10
, a verdade é que a distância que nos separa desse “conhecer causal”
assim como de uma “sociedade do conhecimento”11
, é apenas marcada pelas opções que o homem
faz no seu caminho para uma completude do autoconhecimento. E nisto consideramos como
fundamental a sua natureza espiritual.
Porém, se o sistema de consumo levou o homem social a gastar como um viciado os produtos
excedentários que não são de facto essenciais à sua sobrevivência, mas que julga serem
importantes para o seu bem-estar, isso se deve igualmente ao sistema de produção que, querendo
garantir a fluidez necessária para manter uma sociedade que se reproduz aceleradamente,
construiu mecanismos de mercado para escoar rapidamente os objectos comerciáveis. Em
conclusão podemos dizer, que a fronteira entre o que deveria ser considerado como
normal/saudável e excessivo/doentio foi há muito alterada por um padrão comportamental
baseado na experiência de um desejo incontrolado de “ter e usar”, na falta de controlo sobre esse
mesmo desejo, e na repetição dessa atracção apesar das consequências nefastas12
. Esta atitude
individual, ampliada a um comportamento colectivo do social e à aceleração de um mercado
financeiro sem ética, transformou-se desde há meio século numa normose.
Os comportamentos compulsivos e imprevisíveis em economia de mercado e nas bolsas de
valores, deixou de ser há muito tempo uma característica isolada e atípica. Não estranharíamos se
a história do comportamento económico e dos mercados passasse a fazer parte duma História da
Loucura, e a psiquiatria lhes estendesse a sua influência médica, da mesma forma como a
psicologia e a sociologia em geral já o têm feito. Porém, o nosso objectivo não é trazer a economia
para a psiquiatria, mas libertá-la desse futuro jugo (onde a relação entre psiquiatria e poder
estariam comprometidos) através de um processo estrutural que poderíamos designar por
“bioeconomia” (se este termo já não tivesse sido inventado, embora com outro sentido)13
;
referimo-nos a uma economia quântica do Dasein que tem como fim em si revelar o ser-homem
(Menschein) através da própria prática económica, de uma economia funcional e comportamental
partindo de uma Economia Transpessoal.
É óbvio que uma abordagem psicológica, e mesmo até semiótica da economia, implica a
aceitação da existência de um inconsciente. Felizmente que a descoberta do inconsciente veio pôr
fim à visão primitiva da separação entre uma ciência da consciência e do indivíduo e as outras
ciências humanas; se a partir de Freud as oposições redundantes entre indivíduo/sociedade e
10 Cf. Don Ross (et all.), Midbrain Mutiny. The Psicoeconomics and Neuroeconomics of Disordered Gambling, Massachusetts, MIT
Press books, 2008.
11 Tal como apresentada por Bernard Lonergan.
12 Cf. Don Ross (et all.), op. cit., p.1.
13 “A bioeconomia consiste num conjunto de actividades económicas relacionadas com a inovação, o desenvolvimento, a
produção e a utilização de produtos e processos biológicos”. Definição fornecida pelo Centro de Informação de
Biotecnologia em Portugal (2009).
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alma/corpo se esbateram totalmente, o mesmo observa-se, embora a ritmo lento, entre economia e
psicologia. Michel Foucault e Stéphane Lupasco, cada um no seu campo específico, concordam
com este conceito unitário do indivíduo, o primeiro reconhecendo que “o nosso corpo faz parte da
nossa psique”, o segundo através do terceiro princípio (estado-Theta) enunciado na sua teoria da
Trimaterialidade do Mundo; ambos conseguiram diluir a oposição positivista existente entre alma
e corpo, entre sociedade e indivíduo. Este novo estado de percepção iria ter enormes repercussões
na forma como vemos as ciências, como de facto aconteceu com a introdução da psicologia e da
neurologia como instrumentos auxiliares da economia.
Porém, o processo de conhecer o inconsciente tem sido lento na ciência económica, ao
mesmo tempo que o mundo das finanças parece ter-se autonomizado em relação à ética; esta
dissociação é reconhecidamente por todos como um aspecto grave no estado actual do mundo, e é
um sinal de desagregação e de desrazão na ordem das coisas e do homem. Porque o inconsciente
tem uma estrutura de linguagem, tal como expõe a tese de Lacan, e porque dele emergem os
signos representativos de uma ciclicidade universal ligados a uma matriz formadora da
materialidade e da psique, a procura de ciclos optimizados à vida económica expressa o esforço
inconsciente do homem para equilibrar o corpo e a alma, como objectivo consciente de
estabelecer uma paz social duradoira. Só através de um processo semiológico é possível entender
o que os signos podem dizer relativamente à ciclicidade da vida, e este é o mesmo processo para
entender o sentido metaetimológico da Sétima Vaga, como representação de uma Economia
Transpessoal. Assim, mais do que dotar a economia de uma psicologia auxiliar, é necessário
descobrir-lhe uma dimensão semiológica.
Sabemos a partir de Freud que o inconsciente é ao mesmo tempo portador de uma mensagem
codificada mas igualmente da sua própria chave, e é com Carl Gustav Jung que o elemento
espiritual e religioso se assume estruturante do inconsciente e da totalidade do homem
(antecedendo a ideia de holismo). Devemos, portanto, fazer a exegese e a leitura semiótica dessa
mensagem, para tentar entender o que significa a matriz da vida, como ela se multiplica em todas
as formas orgânicas, em todas as formulações inteligentes e inteligíveis, e como ela pode ser
replicada (ou inconscientemente já é copiada) à posteriori como modelo teórico em economia. Foi
com este raciocínio, e principalmente a partir das ideias de estrutura de Georges Dumézil e de
Claude Lévi-Strauss para interpretar os mitos na história das religiões e na etnologia, que nos
propusemos a encontrar um modelo económico universal e transversal a todas as culturas e
filosofias tradicionais. Com isso tentámos encontrar formas estruturadas de experiência, que
contemplam intrinsecamente o inconsciente e o consciente, e que tendo representado ao longo de
muitos séculos (com êxito) técnicas de trabalho de si sobre si, pudessem ser aplicadas à sociedade
em geral e à prática económica.
Não é, portanto, a economia que pode sentir-se “ameaçada” por um estruturalismo de
inspiração transpessoal, tal como é aqui exposto, mas o modelo económico vigente. O neo-
liberalismo criou hábitos mentais e sociais que foram responsáveis por vários desaires financeiros
e humanitários — como a crise financeira de 2008-2009 e o caso Madoff — hábitos que demoram
tempo a desaparecer. Aqueles que acreditam que o actual modelo é ou deve ser um processo linear
e com futuro, tomaram de igual forma a história com semelhante fixidez, mesmo que esta seja
interrompida por crises. Ora, nem a história é linear, nem a história da economia e dos modelos;
desde Bachelard que a noção de ruptura epistemológica iniciou, ela mesma, uma nova perspectiva
estruturante na filosofia e na história das ciências, passando a ser considerada a ruptura, a partir
desse momento, como uma descontinuidade horizontal.
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A ideia de Economia Transpessoal, tal como vos enuncio ao jeito de tratado, é um sistema de
pensamento económico, social, antropológico e espiritual (num conceito de “espiritualidade
laica”)14
. Porém, e dada a sua natureza exógena à própria ciência económica, a possibilidade do
modelo ser excluído à partida é muita alta. Como todas as ideias estranhas a um sistema, a
exclusão de um modelo como possibilidade é idêntica ao isolamento da loucura numa sociedade
que se considera sã, mas que se desloca num xadrez de aparências em que as relações são
desestruturantes, e ao mesmo tempo encaradas como actos normais; a quebra do paradigma
económico vigente e a persistência das instituições em o manterem, leva-nos a crer que há um
comportamento compulsivo por vezes imprevisível, tal como na economia social; e também aqui,
ao nível dos órgãos de decisão económica e financeira, deveria existir uma Neuroecomia.
Há de facto uma espécie de loucura quando a sociedade marginaliza modelos de
possibilidade que apresentam soluções de integração social e de economia sustentável,
contribuindo para o bem comum e para a paz social. Torna-se assim importante encontrar uma
crítica dos sistemas que interprete e explique este processo de exclusão. Problematizar o sujeito
surge então como consequência da análise da loucura social, institucional e ideológica, da “morte
do homem”, na perspectiva de M. Foucault. Como ele diz, “mais do que tentar encontrar um
sistema que explique o estado do ser, é encontrar o sentido do ser que possa evidenciar-se através
de um sistema”15
. A Economia Transpessoal está inserida neste processo.
Esta “morte” antroposófica, assim como a loucura, estão profundamente ligadas à
valorização histórica da emoção irracional sobre a razão. Quando Nietzsche anunciou a morte de
Deus, estava a apontar a sobrevalorização do Ratio sobre a emoção irracional da crença quando
esta se transformou em instituição. É neste contexto, em que o homem se deixa enganar por uma
sociedade emocionalmente religiosa, que as economias capitalistas assim como as economias
saídas dos países de leste, afirmaram o desenvolvimento de um sentido cumulativo do “ter” em
detrimento de uma filosofia do “ser”.
As emoções deixam-se enganar. É por isso que os discursos de Hitler, de Mussolini e de
outros líderes, eram (e são) fundamentalmente emocionais; discursos dirigidos às multidões
ávidas de emoções e fáceis de iludir. Os discursos políticos, que tendem geralmente a apelar às
emoções, relacionam-se sempre com o elemento da loucura, da demência ou da desrazão. Porém,
a razão não se deixa enganar e só numa sociedade emocionalizada (onde a desrazão impera) é que
o homem é capaz de praticar uma economia contra si mesmo e contra os outros.
É em sociedades assim que uma economia do ser se transforma num interdito, tal como foi
com a loucura a partir do séc. XVII, com a sexualidade e com as revoluções culturais e científicas;
a história da astronomia é um exemplo de interdito enquanto a falsidade do geocentrismo se
sobrepôs à verdade do heliocentrismo. Uma nova verdade científica (económica) e social está a
emergir por entre o sistema vigente, verdade que tem os claros contornos de uma filosofia do
ecológico, do tecnológico e do existir sustentável. Mas uma nova verdade que ainda surge através
de ideias dispersas, agregadas a associações e partidos emergentes frequentemente reformulados e
sem futuro, que evidenciam a inquietude da consciência social face ao impasse do homem
14 Cf. J.C. Calazans, Globalização e Ciência das Religiões. Para uma Fenomenologia do Homem, uma Fenomenologia do Religare, in
Cadernos de Ciência das Religiões, n.º 14, Lisboa, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2008, pp. 13, 53.
15 Cf. M. Foucault, Problematização do Sujeito: Psicologia, Psiquiatria e Psicanálise, Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária,
2005.
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contemporâneo; que se encontram num impasse para resolver a questão do modelo a seguir. Uma
nova verdade que surge e que se opõe ao modelo vigente como uma “desrazão”.
De forma semelhante, a questão do inconsciente em economia (através da psicologia, da
neurologia ou da Economia Transpessoal) não é uma questão de identidade cultural, mas da
ordem dos limites entre a razão do ser e a desrazão; estudar a origem da perda de ética na prática
económica, não é uma questão ligada à fenomenologia da história, mas à origem da perda da
identidade do homem, e por isso pertence à análise da natureza da loucura e da desrazão, como à
natureza da ética em filosofia.
Perguntamos então, porquê insistir no inconsciente como factor fundamental na estruturação
de uma matriz económica (em microeconomia)? Porque existe um inconsciente do saber em
constante construção, que não se encontra sujeito à filosofia, que tem formas e regras específicas
moldadas pelos acontecimentos históricos. É esta dinâmica interna do inconsciente do saber, que
tem permitido a aquisição de outros saberes fora da nossa fronteira cultural e que, de um certo
modo, não se reduz nem à lei geral do “progresso” nem à filosofia dita “ocidental”.
Por outro lado, as filosofias ditas “orientais” comportaram-se durante muito tempo no seio do
pensamento ocidental, como se fossem uma espécie de “incesto”, sendo por isso afastadas de
participarem na solução de problemas sociais e económicos16
. Tal como Lévi-Strauss definiu a
partir do método estruturalista sobre os sistemas negativos em sociedade (nomeadamente no caso
do incesto), tudo o que é rejeitado ou aceite como negativo é, não por uma questão de valores
mais ou menos estabelecidos, mas porque os padrões de cultura assim o ditam. O que importa
realçar é o modelo em si desenvolvido por ele, e principalmente a forma como Foucault o aplicou
ao estudo dos sistemas de pensamento no Ocidente, tendo como objectivo estudar “o que é
rejeitado e excluído”.
Ora, um grande número de filosofias orientais já entraram no quotidiano ocidental de muitas
maneiras (e se considerarmos a filosofia tradicional da Kabbalah e do pensamento árabe no Al-
Andalus, como parte integrante de um sector significativo da cultura europeia, então teremos de
recuar até à idade média) o que demonstra a sua larga aceitação e consentimento17
. Mas ainda
persiste um certo preconceito relativamente à aplicação de modelos tradicionais para inovar,
melhorar e/ou solucionar problemas que são muito mais de ordem social e económica. O modelo
de análise econométrica desenvolvido por Ravi Batra a partir de um sistema cronológico clássico
indiano, é um exemplo de como a exclusão social por razões políticas se processa ao nível do
económico, e de como um pensador muitas vezes tem de recorrer ao artifício do mimetismo para
ele próprio não ser excluído da comunidade.
16 A descoberta das filosofias orientais pelos pensadores e escritores românticos do ocidente, tiveram poucas aplicações
práticas e não foram além de referências pontuais no discurso filosófico como na literatura; Schopenhauer (1788-1860) é um
dos exemplos da introdução a filosofia do Budismo e do pensamento indiano na metafísica alemã. A linguística indo-
europeia e a história comparada das religiões deram início a uma revolução epistemológica no final do séc. XIX e princípios
do XX, mas só algumas décadas mais tarde é que a sua influência se começou a fazer sentir.
17 Recentemente foram publicados alguns estudos sobre o ADN das populações peninsulares e o resultado evidenciou uma
antiga suspeita: a grande parte da população de Espanha e Portugal têm como antepassados as populações oriundas do
Norte de África, possivelmente muçulmanas. Nos últimos anos tem-se difundido a ideia de um Islão ibérico altamente
cosmopolita, cientificamente avançado, culturalmente brilhante. A matemática, a medicina, a poesia, a filosofia, o direito, a
cartografia, a astronomia, etc., desenvolvidas durante o Califado de Córdova, possibilitaram que os reinos cristãos mais
tarde se lançassem em grandes descobertas e fossem a cabeça da Europa. Cf. Filipa M. Ribeiro e Luísa Pereira, O Património
Genético Português, Gradiva Publicações, 2009.
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A ridícula comparação entre a exclusão da loucura e a exclusão de modelos tradicionais em
micro e macroeconomia — salvo a recente excepção da criação do microcrédito por Muhammad
Yunus — não deixa de ter a sua razão de ser. Não se podem comparar níveis e estados de
consciência individual e colectiva fora dos seus contextos culturais (como Ruth Benedict fez
espuriamente em relação aos índios Kwakiutl)18
, como não se podem recusar modelos de
pensamento a partir de uma avaliação dos nossos próprios modelos, porque simplesmente não
existem filosofias mas uma Filosofia e várias formas de a interpretar. Porém, vemo-nos muitas
vezes obrigados a admitir que é necessário imitar a loucura para estabelecer novos campos de
estudo provocando rupturas epistemológicas.
A introdução do inconsciente na ciência económica, pode de facto representar uma revolução
epistemológica, e de uma certa forma o seu regresso à filosofia de onde saiu, sem que para isso
tenha de alterar a sua identidade. Por outro lado, a ciência económica, pela sua natureza, não trata
das relações entre o inconsciente e as necessidades do sujeito social, isso é matéria da psicologia e
da psiquiatria. Mas desde que o inconsciente foi descoberto que ele está presente em todas as
estruturas linguísticas e é por isso tomado em consideração em muitas decisões, por se construir
precisamente como uma linguagem e não, como se pensava, uma emergência fenomenológica. Foi
pensando assim que o sujeito fenomenológico foi desqualificado pela psicanálise, antes de Lacan
ter devolvido ao inconsciente uma estrutura de linguagem que se pode ler e descodificar.
Pela mesma razão, a ciência económica excluiu durante muito tempo o inconsciente, por
achar que se tratava de um fenómeno além de uma linguagem perceptível, e portanto, impossível
de estruturar, de lhe dar uma ordem sensível ao entendimento da própria economia e finalmente
para lhe tirar proveito. Tal como a linguística e a psicanálise, a ciência económica só muito
lentamente descobriu a linguagem do inconsciente, e foi para entender as idiossincrasias dos
mercados e o factor comportamental que surgiram a Psicologia Económica e a Neuroeconomia.
O modelo que proponho com o nome de Economia Transpessoal, parte desse inconsciente
que se decifra e se lê, através de um sistema universal que se encontra em muitas filosofias
tradicionais, incluindo as tradições andaluza, judaico-cristã e indo-europeia. Tem assim como
objectivo, reintegrar o sujeito económico e social com o inconsciente colectivo, a partir da
reinterpretação e adaptação de um fundo comum ao pensamento, representado através dos tempos
pelos mitos, por uma ordem das coisas, por uma episteme dos sistemas do mundo e do universo
que se desdobra na ideia de uma economia sustentável.
___________________________
A inércia criada durante muitas décadas no seio da ciência económica, relativamente ao
reconhecimento do inconsciente para explicar as dinâmicas internas (business cycles, etc.) e da
sua utilidade para prever os movimentos, originou uma certa aversão epistémica em relação às
emoções como objecto indicador na previsão de flutuações de mercado. É claro que a economia
não tem um discurso emocional, e é também por isso mesmo que não considerou o inconsciente
nem os sistema tradicionais de pensamento como modelos possíveis na sua própria ciência,
porque em última análise eles manifestam-se através do mundo das emoções; justamente as
emoções que tanto têm baralhado as previsões dos mercados. Porém, a ausência do inconsciente e
dos sistemas tradicionais no pensamento económico, revelou-se como um erro no percurso
epistémico e sistémico da ciência económica, tal como o equívoco do geocentrismo na história da
18 Ruth Benedict, Padrões de Cultura, Lisboa, Edição Livros do Brasil, [s.d.].
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astronomia. Porém, o papel do erro é importante na história da verdade, pois ele põe em evidência
a descontinuidade na história das ciências, e a economia não está fora da história como também
não é alheia à oposição entre a verdade e o erro, no sentido em que os valores atribuídos a um e a
outro são muitas vezes determinados pelos poderes vigentes. O erro é, portanto, intrínseco à vida e
é com ele que evoluímos e aprendemos. O erro faz parte dos sistemas.
Mas há ainda um outro ponto de igual importância, que se liga à ideia global de uma
“sociedade do conhecimento”, no sentido em que a nova emergência humana no plano da
organização dos sistemas e do próprio conhecimento tende para uma síntese, pois todas a acções
passadas e presentes confluem para ela. É, portanto, no terceiro milénio e no seu primeiro século,
que a “sociedade do conhecimento” fará a sua emergência, tal como tinha previsto Bernard
Lonergan em meados do século XX19
. Será ao longo deste novo processo emergente que se
observará (e começa já a notar-se), uma dimensão transcognitiva e ética aplicada aos sistemas
económicos em geral, iniciando uma nova revolução sistémica e científica.
Um dos efeitos decorrentes desta nova percepção é a noção de que o “crescimento económico
acelerado”, como resposta à desaceleração e ao desequilíbrio súbito do sistema, é a resposta errada
para reencontrar os níveis de um optimum económico; de que o mesmo “crescimento económico
acelerado”, tomado como oportunidade para induzir a um crescimento económico ilimitado é uma
opção desastrosa, um sinal de ganância e uma ausência de sentido do humano e de solidariedade.
Ora, tal como Lonergan lucidamente afirma, o significado da desaceleração económica é mal
entendido pelos agentes económicos, principalmente pelos banqueiros, que não reconhecem a
“desaceleração” como factor integrante e dinâmico na melhoria do padrão de vida da sociedade20
.
A desaceleração dos lucros e da expansão básica como fenómeno natural na dinâmica económica,
revertendo num efectivo bem-estar e equilíbrio social, é contrária aos interesses bancários e
financeiros dos grandes grupos internacionais. É esta antinomia que tem criado o obstáculo que se
levanta quanto à aceitação da existência de uma dimensão transcognitiva no indivíduo, em
economia em geral e na economia comportamental em particular, aplicada como modelo
económico. Porém, é apenas à ignorância e à auto-preservação dos indivíduos e dos sistemas que
esta oposição se faz, e só uma “sociedade do conhecimento” poderá esclarecer e ensinar um novo
comportamento; de facto, na linguagem de Lonergan e à escala da macroeconomia, a educação é
fundamental para a erradicação da ignorância, objecto substantivo que está na base da ganância e
da avidez — dois sentimentos intrinsecamente ligados à primeira lei da natureza: auto-
preservação. São portanto, a auto-preservação e a ganância que devem ser erradicadas, ao mesmo
tempo que uma nova filosofia socioeconómica tem de ser implementada, baseada no princípio
natural em que a “desaceleração económica” é um factor importante e positivo na dinâmica do
próprio homem, mas acima de tudo do seu bem-estar.
É neste sentido que o nosso esforço se orienta para uma “sociedade do conhecimento” e não
para uma “sociedade do crescimento”, ponto em que estamos de acordo com Lonergan e Serge
Latouche. Porém, a nossa incidência está concentrada num modelo aplicável em microeconomia,
em que os conceitos “antropocósmico” (na relação homem / cosmos), “cosmológico” (na relação
ciclicidade / bio-planetário), “ético-moral” (na relação laicidade / identidade) e “espiritual” (na
19 B. Lonergan (1904-1983) criticou a actual teoria e prática económicas, mas os seus trabalhos recentemente publicados ainda
não tiveram o impacto desejado junto dos poderes económicos estabelecidos.
20 Em meados da década de oitenta do século XX uma nova teoria económica, do “decrescimento económico”, emergia na
Europa, mas uma teoria que até hoje não apresenta um modelo prático Cf. Serge Latouche, Os perigos do mercado planetário,
Lisboa, Instituto Piaget, 1999; La déraison de la raison économique: Du délire d'efficacité au principe de précaution, Paris, Albin
Michel, 2001. Bruno Clèmentine e Vincent Cheynet, La décroissance Soutenable, Lyon, Silence, 2002.
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relação razão / intuição), são os ingredientes que dão forma à Economia Transpessoal, como uma
teoria da realidade económica.
É o nosso objectivo que a Economia Transpessoal possa contribuir para estabelecer uma
ordem e um sentido no sistema económico, através da gestão dos recursos partindo de uma
ciclicidade dada a priori, aplicável ao indivíduo e à célula familiar como à comunidade e ao
comércio em geral.
Com o modelo de Economia Transpessoal pretendo igualmente e de uma certa forma, poder
responder à grande interrogação sobre como funciona (ou deve funcionar) o sistema comercial; na
realidade, quer economistas, como políticos, banqueiros, negociantes, lobistas e até mesmo
ONGs, não conseguem responder ainda a esta questão, e se a causa para esta incógnita se prende
com o desconhecimento que se tem sobre o funcionam das unidades económicas, assim como à
total ausência de uma teoria realista sobre a cooperação económica, devemos reconhecer que a
inexistência de um método de gestão pré-estabelecido que permita uma colaboração equilibrada,
ergonómica e holística, tem deixado a própria economia ao sabor das emoções, da ignorância, dos
impulsos de auto-preservação e finalmente da ganância. São as ideias de “sociedade do
conhecimento” e de “sociedade do decrescimento”, que podem tornar possível o estabelecimento
de uma Economia Transpessoal, assim como celebrar o bem-estar e a paz social, a fraternidade e a
solidariedade.
Ir.’. Roman, M.’.M.’.
Loja Salvador Allende – Lisboa
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Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
O COMPROMISSO SOLENE
E A PERDA MORAL PARA OS QUE NÃO O CUMPREM
Um dos primeiros juramentos escritos de que se tem notícia é o de Hipócrates, médico,
que viveu 83 anos. Ele nasceu na ilha grega de Cós, no ano de 460 a.C., e faleceu, provavelmente,
no ano de 377 a.C. Seu corpo foi sepultado em Larissa, na Tessália, Grécia.
O compromisso solene é uma forma de assumir publicamente, de modo condicional em
certas ocasiões e, em outras, de livre vontade, em nome de Deus, em nome da lei, em nome dos
pais de quem faz a promessa, ou em nome de qualquer outra coisa como, por exemplo, da própria
honra, a garantia absoluta da verdade, a certeza de fidelidade e de lealdade em relação à outra
pessoa, ou quanto à obediência hierárquica, à observância da lei, de estatutos e de regulamentos
em relação aos seus respectivos princípios, ou quanto ao fiel cumprimento dos encargos
assumidos perante a nação ou perante qualquer instituição pública ou privada quando, entre uma
4 – O Compromisso Solene e a Perda Moral para os que não o
Cumprem – Anestor Porfírio da Silva
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parte e a outra, decorrer o estabelecimento de relação jurídica na qual o promitente apareça como
um de seus polos.
Como garantia irremovível do cumprimento da palavra empenhada, o juramento, desde
a época de Hipócrates assumiu o caráter de condição necessária e indispensável do ponto de vista
moral e legal, passando a fazer parte de audiências judiciais, de cerimônias (inclusive religiosas),
de atos e procedimentos formais solenes, quando sua finalidade for, por exemplo, a de depor em
juízo como testemunha, de tomar posse em cargo público, de contrair núpcias, de legitimar o
direito de desempenhar qualquer atividade lícita ou profissão regulamentada para a qual o
compromissando esteja efetivamente apto, e assim por diante.
Nota-se, pois, que o juramento se tornou, ao longo de todo esse tempo, um instrumento
de valor moral e jurídico amplamente exercido como penhor da palavra, reconhecido
universalmente, por isso, deve ser proferido com o firme propósito de cumpri-lo ao invés de sua
verbalização ser externada de maneira leviana, irresponsável, como se o promitente estivesse
atendendo tão somente ao cumprimento de mais uma formalidade de mero valor, sem quaisquer
consequências caso não seja cumprido. Isso, do ponto de vista moral e legal, não é compreensível,
nem aceito, pois trata-se de compromisso assumido em momento apropriado, perante várias
testemunhas, sem coação alguma e, por isso, reveste-se de imperativos muito fortes que não
admitem a renúncia o que, se de fato ocorrer, estará o seu autor incorrendo em crime de falso
juramento, sendo considerado perjuro e traidor da boa-fé da outra parte que acreditou em suas
palavras e, como de consequência, deu-lhe um voto de confiança.
Para que não haja ruptura entre o compromisso assumido e o seu efetivo cumprimento
por parte do promitente, antes de ser pronunciado o juramento, quem o proferir deverá ater-se na
importância das promessas que irá fazer e no dever que lhe incumbe de ser fiel quanto ao
cumprimento do que for afirmado. Isto porque o juramento é o penhor da palavra, a força que lhe
dá sustentação e a mudança de intenção atinge diretamente a moral, a honra e a dignidade de
quem assim age.
Algum tempo depois de Hipócrates lançar de forma escrita o juramento sobre seus
propósitos em relação à profissão que exercia, Jesus, o Messias, ao realizar mais uma de suas
inúmeras pregações, desta vez, à multidão que o seguia rumo a uma sinagoga, em Jerusalém,
referiu-se à palavra como algo de valor preciosíssimo, afirmando que ela, uma vez não honrada
tornaria enfraquecida a dignidade da pessoa. E concluiu: “Se por vossas palavras houver ou não
compromisso assumido, que o vosso sim seja sim, e que o vosso não seja não. O que passar daí
vem do Maligno” (Mat. 5:37).
É lamentável, no entanto, que, nos dias atuais, o que se tem a dizer a esse respeito é
surpreendente, ou seja, o penhor da palavra empenhada, do juramento e de outros compromissos
igualmente assumidos de forma solene, tenha se transformado em insignificância e já não vale
mais nada para uma grande quantidade de pessoas. Esta realidade nos mostra a todo instante que
o dever de realizar o gesto assumido tornou-se mecanismo usual considerado como algo de valor
moral inexpressivo do qual as referidas pessoas se valem para renunciar, de maneira
desavergonhada, das promessas feitas, cujos efeitos além de afetarem expectativas alheias,
provocam perda de tempo, de dinheiro e o que é pior: os que prometem e não cumprem perdem o
respeito, a honra e se tornam indignos de confiança.
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Assim sendo, na eventual ruptura de um compromisso solene, assumido por livre
vontade, ambas as partes se transformam em vítimas, com substanciais perdas, embora sejam estas
de naturezas diferentes. Os que prometem e não cumprem têm a garantia da palavra enfraquecida,
perdem o respeito próprio e criam problemas para os outros. Para essas pessoas a realidade torna-
se difícil de ser encarada, vez que, no seu dia a dia, a vergonha de seus atos lhes afugenta a
liberdade de se fazerem presentes em qualquer lugar. Já os que se frustram com a violação do
compromisso assumido por parte de quem lhes prometeu alguma coisa, perdem tempo e dinheiro.
Num breve comparativo entre as diversas situações em que o compromisso solene é
exigido, isto é, sem o qual as fases seguintes do respectivo ato ficarão prejudicadas, pois não terão
como prosseguir, vemos em destaque o ritual maçônico de iniciação e a cerimônia de casamento,
ocorrências nas quais, hoje em dia, esse fato se verifica, com frequência, como algo rotineiro e em
escalas sem precedentes.
No pacto matrimonial a sua ruptura tem lá suas múltiplas razões, muitas delas de foro
íntimo, enquanto que no juramento maçônico, também prestado de forma solene, em que o
iniciando promete guardar segredo sobre os mistérios da Ordem que lhe vão ser confiados, ajudar
e defender os irmãos, praticar a filantropia, reconhecer o Poder Central da maçonaria como
Potência Maçônica e a esta prestar inteira obediência, a causa de sua ruptura quase sempre é uma
só, a do erro de pessoa, a qual, em síntese, pode ser definida como aquela que foi aceita porque
deu a impressão de que se tratava de alguém que vinha para somar esforços, mas que, na verdade,
a escolha recaiu sobre quem não reúne as condições mínimas adequadas para ser um bom
iniciado, isto é, aquele que não guarda afinidade em sua formação moral e intelectual com os
preceitos da Ordem Maçônica.
Essa incompatibilidade, que deve ser conhecida antes mesmo do candidato ser iniciado,
não é detectada no momento oportuno por uma razão: entre as medidas e providências tidas como
necessárias à instrução do processo investigatório adotado pela maçonaria não estão previstos,
nem tão pouco sendo adotados, critérios subjetivos para se conhecer melhor o caráter de quem se
apresenta como seu candidato. Isso facilita a aceitação e aprovação de propostas partidas de quem
possui nível de consciência aquém do mínimo necessário, o que limita o campo de sua capacidade
mental não lhe permitindo o discernimento, por exemplo, de qual é o verdadeiro sentido do
penhor da palavra dada em relação ao dever de cumpri-la.
Anestor Porfírio da Silva – < anestorporfirio@gmail.com
M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia – Goiás
Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 21/35
Osvaldo Pereira Rocha*
Grão-Mestre “Ad Vitam” do GOAM.
Colaborador do JB News - Registro DRT/MA 53.
São Luiz - MA
E-mail rocha.osvaldo@uol.com.br
site www.osvaldopereirarocha.com.br
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Graças ao Grande Arquiteto do Universo (Deus), elaboro a seguinte síntese histórica da
Proclamação da República Federativa do Brasil, proclamação essa em 15 de novembro de 1889.
Crise da monarquia; Marechal Deodoro da Fonseca; movimento republicano, história do Brasil;
fim da monarquia; democracia no Brasil:
Registra a História do Brasil, que no final da década de 1880, a monarquia brasileira estrava em
uma situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às
mudanças sociais em processo. Fazia-se necessária a implantação de uma nova forma de governo,
que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
A referida crise pode ser explicada através de algumas questões, ou seja: a interferência de Dom
Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica; críticas
feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte.
Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição imposta pela Monarquia, pela qual
os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do
então Ministro da Guerra; a classe média (funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas,
estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais
liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais
republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império; falta de apoio dos proprietários
rurais, principalmente dos cafeicultores do oeste paulista, que desejavam obter maior poder
político, já que tinha grande poder econômico.
Diante das pressões supracitadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam
de vários setores sociais, principalmente da Maçonaria, o Imperador e seu governo, encontravam-
se enfraquecidos e frágeis. Doente, Dom Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões
políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.
No supracitado dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com apoio dos
republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o
Marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo
provisório.
Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro do mesmo ano, Dom Pedro II
e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira, com o Marechal
Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de Presidente do Brasil. A partir de
então, o país seria governado por um presidente escolhido pelo povo, através de eleição. Foi um
grande avanço rumo à consolidação da democracia no Brasil.
E o dia 15 de novembro é feriado nacional brasileiro. E mais, no dia 19 de novembro de 1889, foi
escolhida a primeira Bandeira republicana do Brasil, um dos símbolos da nossa Pátria.
Viva a Proclamação da República Federativa do Brasil! Viva a Bandeira Nacional do Brasil.
Que o Grande Arquiteto do Universo continue nos abençoando!
5 – República Federativa do Brasil
- Osvaldo Pereira Rocha
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 22/35
Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA)
MI da Loja Estrela da Distinção Maçônica Brasil nr. 953 (GOB/GOERJ)
Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva –
=
SINOPSE DA BIOGRAFIA DO EMINENTE MAÇOM
“QUINTINO BOCAIÚVA”
QUINTINO ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA nasceu no Rio de
Janeiro em 04.12.1836, em Itaguaí, e faleceu em 1912 - tornou-se conhecido
por QUINTINO BOCAIÚVA, político e jornalista. Seu patriotismo era
tamanho, que imbuído do espírito nacionalista, adotou um nome nativista
(prática em voga na sua época) passando a se chamar, Quintino Bocaiúva,
(bocaiúva é uma espécie de coqueiro brasileiro, também chamado de
macaúba e coco de catarro), abandonando o sobrenome de família
ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA.
A vida deste ilustre Maçom não foi fácil desde a sua infância. No
entanto, seu espírito predestinado o fez digno de todas as homenagens, tanto assim que nas
comemorações de seu centenário, o Acadêmico Afonso Costa proferiu as seguintes palavras:
“QUINTINO BOCAIÚVA foi um homem notável, principalmente por duas grandes
qualidades que suponho sejam as de maior grandeza e brilho no homem – a
Inteligência e o Caráter. Sua inteligência era segura, norteada, superior, e à custa
desta venceu todos os estágios da vida em que se iniciara. Unindo-se ao caráter, que
era ilibado, sem qualquer jaça, consciente, de clareza diáfana e de segurança
inalienável, tudo conseguiu, e de tudo de quanto aspirou, triunfou”.
Já em 1851, com apenas 15 anos de idade, seu sonho de se tornar advogado era grande e por
ele lutou, matriculando-se na Faculdade de Direito de São Paulo no Curso de Humanidades e
contribuindo para jornais acadêmicos. Ainda estudante de Direito, e já filiado à corrente
republicana, colaborou no Jornal Acadêmico Acaiaba. No ano seguinte, redigiu o Jornal “A Honra”
com Antônio Ferreira Viana, jornal de cunho republicano. Já sem recursos para continuar seus
6 – Quintino Bocaiuva
José Anselmo Cícero de Sá
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 23/35
estudos acadêmicos, retornou ao Rio de Janeiro, onde militou no “Correio Mercantil”, a partir de
1854, dedicando-se ao jornalismo e, dois anos após, estreou como teatrólogo, com a peça
“Trovador”.
No dia 25 de março de 1860, em seu quadragésimo ano, reaparece o Diário do Rio de Janeiro,
sob a orientação de Quintino Bocaiúva e Saldanha Marinho, cuja programação, como nos informa
Nicola Aslan, era voltada para os anseios nacionalistas – uma característica de Quintino Bocaiúva.
No ano de 1861 foi Iniciado na Loja Maçônica “América”, Jurisdicionada ao Grande Oriente
do Passeio, ou Grande Oriente Brasileiro, que posteriormente foi denominado de Grande Oriente do
Brasil. Três anos após a sua Iniciação, filiou-se à “Loja Comércio do Rio de Janeiro”,
Jurisdicionada ao Grande Oriente dos Beneditinos, quando, à época era seu Grão Mestre Joaquim
Saldanha Marinho, e ainda, à ”Loja Segredo”, também do mesmo Oriente. Esta Loja continha em
seu quadro diversos irmãos emancipacionistas. Não afirmamos abolicionistas, baseados na tese do
irmão Frederico Guilherme Costa, por ser o termo mais coerente. Quintino Bocaiúva passou a
ocupar o Cargo de Venerável Mestre.
No ano de 1867, em meio à Monarquia, passou a escrever para o periódico “A República” e,
posteriormente, em 1870, redigiu o famoso “Manifesto do Partido Republicano” e fundou o
referido Partido. Após três anos, foi o redator do famoso manifesto republicano publicado no
primeiro número do Jornal ”A República”, que viria a ser empastelado pelos monarquistas em
1873.
Pouco menos de um ano depois, foi necessário o encerramento de suas atividades, passando
Quintino Bocaiúva a fundar “O Globo” e “O País”, tendo este último exercido grande influência
na campanha republicana. Por sua atuação na imprensa, ele foi cognominado por seus
contemporâneos, “O Príncipe dos Jornalistas Brasileiros”.
Quintino Bocaiúva desempenhou, também, missões jornalísticas no Uruguai e na Argentina,
quando tratou amplamente da chamada “Questão Platina”. Finda a guerra do Paraguai, faria o
confronto entre o Império e a República em artigos e conferências, estas em parte reunidas no
volume “As Constituições e os povos do Rio de Prata” (1870). Este Venerabilíssimo Irmão, também
figura entre os fundadores de “A República” e os redatores do “Manifesto Republicano”, o qual foi
divulgado no primeiro número deste jornal, (em 03 de janeiro de 1870).
Quintino Bocaiúva foi o político completamente fiel ao “Manifesto Republicano”, que
propugnou o advento da República pela “evolução” e “revolução”. Por outro lado, foi também,
contrário a tática que Antônio da Silva Jardim procurou imprimir ao movimento de janeiro de
1889, com a intensificação de comícios populares em todo território nacional. Optou por atitude
mais discreta de comedimento, limitando a campanha à doutrinação pela imprensa, o que foi, afinal,
aprovado pelo Congresso Republicano, reunido em São Paulo que deferiu a Quintino Bocaiúva a
chefia da propaganda em maio de 1889.
A esta altura, já se conspirava contra o Império. “Manifesto Republicano”, Quintino Bocaiúva
foi quem aproximou o elemento civil (os ‘casacas’) dos militares descontentes. As primeiras
articulações com Benjamim Constant e seus discípulos, abriram o caminho para a reunião decisiva
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 24/35
na casa do marechal Deodoro da Fonseca, em 11 de novembro de 1889 para a qual Quintino
Bocaiúva levou os companheiros da causa.
Tão grande era o seu prestígio, como líder republicano em todos os meios, inclusive no
militar, que na madrugada de 15 de novembro de 1889, Quintino Bocaiúva cavalgou ao lado do
marechal Deodoro da Fonseca como único civil a participar ativamente do capítulo final do
movimento republicano, com a queda do segundo Império. Implantada a República, ele ocupou o
Ministério do Exterior, durante o Governo Provisório. Deixou o Ministério em 1891, com as honras
de General de Brigada Honorário, concedidas a todos os membros do governo provisório.
Quintino Bocaiúva permaneceu como Senador até a votação da 1ª Constituição Republicana
de 1891, tendo renunciado ao seu mandato para retornar às suas atividades jornalísticas, como
diretor de “O País”. Em 1897 foi eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Brasil. Dois
anos depois foi eleito Senador Federal e Presidente do Estado do Rio de Janeiro, tendo tomado
posse em 31 de dezembro de 1900.
Ocupava este cargo quando foi eleito e empossado no cargo de Grão-Mestre do Grande
Orientei do Brasil, em fevereiro de 1901, tendo como Grão-Mestre Adjunto, Henrique Valadares.
Foi durante o seu Grão-Mestrado que começaram a ser implantados os Grandes Orientes Estaduais
Federados, de acordo com a Constituição sancionada pelo Decreto nº 179, de 31 de dezembro de
1900, a qual facultava essa implantação. O primeiro Grande Oriente Estadual Federado a funcionar
foi o do Estado de São Paulo, através do Decreto nº 195 de 1º de outubro de 1901, e regularmente
instalado em 24 de junho de 1902. Em 21 de junho de 1904, Quintino Bocaiúva entregou o malhete
de Supremo Mandatário da Maçonaria ao Senador e General Lauro Sodré.
Em 1909 Quintino Bocaiúva foi novamente eleito senador da república, tendo exercido a
vice-presidência do Senado, vindo a falecer três anos depois, no dia 11 de junho de 1912, aos 76
anos de idade, tendo morrido em um ambiente de pobreza no qual sempre viveu, pois jamais se
locupletou com os cargos e funções que exerceu. Este Eminente Irmão deixou um testamento no
qual ficou evidenciada uma absoluta coerência com o seu modo de ser e de viver, durante toda a sua
existência.
Homem simples que foi, rejeitou qualquer pompa em seus funerais; espiritualista, rejeitou
qualquer símbolo material que sobre sua cova recordasse sua existência; filho de uma época de
intolerância religiosa entendia que a pureza da Doutrina Cristã ainda estava longe de ser alcançada
pela Humanidade, exatamente em decorrência do radicalismo do clero da época.
Com a dignidade e a coragem de se declarar, sem subterfúgios, ser “MAÇOM LIVRE E
PENSADOR”, rejeitou os sufrágios da Igreja, numa época em que muitos ocultavam sua qualidade
maçônica e procuravam as benesses do clero, como “passaporte seguro para o reino dos céus”.
QUINTINO BOCAIÚVA, esse Eminente Maçom que fez da sua própria vida um paradigma
patriótico, cívico, humanístico, político, social e maçônico, por todas as suas virtudes tornou-se
PATRONO DA CADEIRA Nº 29, DA ACADEMIA MAÇÔNICA DE ARTES, CIÊNCIAS E
LETRAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – (AMACLERJ), a qual tenho a imensa honra e
elevada satisfação de ocupar, desde 28 de julho de 2008.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 25/35
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau
10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz
14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim
14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste
17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis
17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis
18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste
19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis
21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz
21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal
21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis
24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis
03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos
03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville
07/11/2001 Zodiacal Florianópolis
11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Novembro
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 26/35
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome da Loja Oriente
03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis
04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau
09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque
12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó
15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 27/35
LOJA MAÇÔNICA FRATERNIDADE BRAZILEIRA
DE ESTUDOS E PESQUISAS
XXIII ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS
CARTA DE FLORIANÓPOLIS
Aos quinze dias do mês de outubro de 2016, os Maçons, na busca do saber para o
constante aperfeiçoamento pessoal e aprimoramento dos conhecimentos maçônicos,
reuniram-se na cidade de FLORIANÓPOLIS/SC, para a realização do XXIII Encontro de
Estudos e Pesquisas Maçônicas, promovido pela Loja Maçônica Fraternidade Brazileira de
Estudos e Pesquisas do oriente de Juiz de Fora/MG, com o apoio do Grande Oriente de
Santa Catarina e do Grande Oriente de Minas Gerais, após ouvirem e debaterem sobre os
temas: “COMO DEFINIR VOCAÇÃO MAÇÔNICA” e “A MAÇONARIA NAS
REDES SOCIAIS” proclamam aos maçons espalhados pelos quatro cantos do Brasil, a
síntese de seus trabalhos como contribuição ao fortalecimento e engrandecimento da
Maçonaria no Brasil.
Para tanto, recomendam:
- Que as Lojas e Potências conceituem as características e habilidades necessárias para os
candidatos à Ordem, de maneira a proporcionar condições para despertar, pós-iniciação, a
vocação maçônica - fator preponderante para o comprometimento nos valores e princípios
maçônicos.
- A participação proativa dos maçons nos aspectos sociais de sua comunidade, desde que
fundamentados nos valores da Ordem.
- Que as Potências e Lojas, estabeleçam um código de conduta para regular a participação
dos maçons nas redes sociais.
- A constante instrução em Loja da função social da maçonaria, como Ciência, Filosofia,
Moral e Ética e, o seu consequente inter-relacionamento no ambiente virtual como fator de
adaptação, renovação e evolução de seus propósitos.
- Que a simplicidade, como princípio basilar da Ordem, deve ser perseguida
incessantemente pelos maçons.
- A prudência e o cuidado necessários ao trato e participação em manifestações e
movimentos sociais que possam macular a Instituição, por atitudes e comportamentos
profanos ou midiáticos não condizentes com os princípios e valores da Ordem.
- O exercício da lógica e da razão em contraposição à emoção, para que o maçom não seja
induzido ao erro comum, fator de discórdia, ignorância e intolerância no mundo atual, que
impedem a manifestação da verdade.
Florianópolis/SC, 15 de outubro de 2016
Coordenador do Encontro: Miguel Simão Neto
Relator: Antonio Campos Silva Junior
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 28/35
Loja Fé e Amor
e o Lar dos Idosos São Vicente de Paulo
(Tanabi SP)
É com enorme alegria que estamos enviando o encontro que os IIr.". da ARLS " Fé e
Amor" - nº 42 - GLESP - Oriente de Tanabi - S.P. Foi realizado no Lar dos Idosos de
nossa cidade, levando alegria aos residentes dessa Instituição no último sábado (5),
onde nos reunimos, juntamente com as cunhadas do Clube das Acácias e De Molays
do Capitulo "Vale da Luz" de Tanabi - SP. Se possível publique no JB- News , o qual
sou leitor assíduo.
Da esquerda para direita Ir.". João Paulo, sentado Ir.". Ado, DeMolay Thales, Ir.".V.".M.". Cássio, Ir.".
Danilo e o animado Ir.". Missena famoso Pé de Valsa.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 29/35
Da esquerda para a direita Ir.". Silas e Ir.". Júlio, nossos comandantes da cozinha, nota 1000 para o lanche
de lombo. A cunhada Dagmar, esposa do Ir.". Júlio e atual presidente do Clube das Acácias.
Irmãos, cunhadas e sobrinhos, reunidos para uma selfie.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 30/35
Os idosos se deliciando com o lanche e refrigerante.
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Para o dia 8 de novembro:
Recreação
Quando oportuno, a Loja necessita suspender seus trabalhos ritualísticos. O Venerável
Mestre determina que o Livro Sagrado seja fechado, com o mesmo cerimonial da abertura e
os trabalhos suspensos.
Erroneamente, há Venerável que não procedem ritualisticamente e entendem que os
momentos de Recreação podem passar dentro do templo.
Recreação significa descanso, liberdade no uso da palavra, retirada dos lugares e saída do
templo.
Fechado o Livro Sagrado, todos devem, mantendo o mesmo respeito da entrada, retirarem-
se para a sala dos passos perdidos, onde poderão ficar à vontade.
O templo é um lugar sagrado, uma vez que foi ritualisticamente consagrado.
Na se confunda esse “sagrado” com um templo religioso; o maçom crê que o Grande
Arquiteto do Universo está sempre presente no templo e por esse motivo o venera e
respeita.
O templo é um local místico e cerimonioso.
O emprego de um ritual e de uma ritualística é motivo suficiente para o Respeito e
Veneração; dentro do templo deve haver silencio e cerimônia.
O maçom sabe disso e mantém a tradição a qualquer custo.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 331.
Visite o site da Loja
Professor Mâncio da Costa nr. 1977
www.manciodacosta.mvu.com.br
Florianópolis
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 32/35
Iniciado na Loja Palestina Nº 357, de Detroit, Michigan em
7/11/1894. Exaltado alguns dias depois, dia 28, Henry
Ford, foi um dos grandes nomes da indústria
automobilística. Nasceu em 1863, Greenfield Townshi -
Michigan faleceu em 1947, Dearborn, Michigan. Fundou a
Henry Ford Company. Pioneiro: lançou a construção em
série integralmente do seu primeiro automóvel, com um
motor de 4cv, a água. Um carro simples a 850 dólares.
Acessível e fácil de usar. O Modelo T foi um sucesso.
Vendidos 15 milhões em 20 anos.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 33/35
1 –
Quem disse que chá não é bebida
de verão?
2 –
Esta é a melhor forma de limpar
dispositivos eletrônicos!
3 –
Os vencedores do Prêmio de
Fotografia de Animais Selvagens!
4 – Poema telhamento:
Poema Telhamento.mp4
5 – Teatro Nacional de Beijiinj:
Teatro Nacional de Beijing.pps
6 - Será o Benedito?:
Será o Benedito.mp4
7 – Filme do dia “O Ladrão” - dublado
No outono de 1952, Katya e seu filho Sanya, de seis anos, atravessam de trem a gelada e faminta Rússia
do pós-guerra, na tentativa de conseguirem viver com um mínimo de condições. Durante a viagem, a
jovem viúva apaixona-se por Tolyan, um oficial bonito e gentil. Mas, será que ele é realmente quem
parece ser?
Indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ao Félix de Melhor Filme Europeu do
Ano e vencedor de três Prêmios no Festival de Veneza.
https://www.youtube.com/watch?v=ZtcMWQelQGw
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 34/35
Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas
raimundoaugusto.corado@gmail.com
A ALMA NÃO ESMAECE
-com apenas um click as raízes vêm à tona-
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 13 de outubro de 2015
Distância apenas gera saudades;
Tempo nos arremessa à recordação;
É sem preço o valor das amizades;
O bom amigo é comparado a irmão.
Tudo na vida cai no esquecimento;
Os guardados da alma jamais se esquece;
Não importa lugar, distancia ou momento;
Quem é vivo um dia aparece.
JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 35/35
Seguro no mouse do PC da vida;
Clicando numa pagina antes lida;
Voltamos aos tempos de menino.
Do fojo, do futebol, do giz e da lousa;
Reencontrando Elias Francisco de Souza;
O popular amigo, Elias de Pantino.

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Botucatu – SP “Cidade dos Bons Ares” – SP Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.230 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrManoel Miguel – A Ursa Maior – A Ursa Menor e o Grande Significado para os Maçons Bloco 3-IrRoman – Economia Transpessoal - Saptamurmi Bloco 4-IrAnestor Porfírio da Silva – O Compromisso Solene e a Perda Moral para os que não ... Bloco 5-IrOsvaldo Pereira Rocha – República Federativa do Brasil Bloco 6-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Quintino Bocaiuva Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 8 de novembro e versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado.
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 2/35 8 de novembro  1519 — Moctezuma encontra Hernán Cortés, a quem acreditava ser o deus Quetzalcoatl.  1588 — Inundações nas Velas, ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores  1793 — Primeira abertura do Louvre ao público como museu  1799 — Fim mal sucedido da Conjuração Baiana: seus principais líderes, João de Deus Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga, Lucas Dantas do Amorim Torres e Manoel Faustino dos Santos Lira, são condenados e executados.  1884 — José Maria Lisboa e Américo de Campos fundam o jornal "Diário Popular", em São Paulo.  1887 — Emile Berliner patenteia o Gramofone (Gira-discos).  1889 — Montana torna-se o 41º estado norte-americano.  1895 — Descoberta dos Raios X por Röntgen  1903 — Assinatura do Tratado Hay-Bunau-Varilla que cria a Zona do canal do Panamá  1920 — Legalização do aborto na União Soviética.  1923 — "Putsch da Cervejaria", na Alemanha. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 313 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente) Faltam 53 dias para terminar este ano bissexto Dia Mundial do Urbanismo e dia da Radiologia e do Radiologista Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 3/35  1926 — Polícia fascista prende Gramsci  1939 — Segunda Guerra Mundial - Primeiro atentado contra Hitler, matou oito pessoas e causou ferimentos em outras 63.  1942 — Segunda Guerra Mundial - Forças dos Estados Unidos e Reino Unido desembarcam no norte da África  1946 — Criação da cidade de Miranorte, município do estado do Tocantins.  1960 — John Kennedy vence, por uma margem apertadíssima, Richard Nixon na eleição para presidente dos Estados Unidos.  1965 — Estabelecimento do Território Britânico do Oceano Índico.  1971 — Led Zeppelin lança o álbum Led Zeppelin IV.  1995  O jornal britânico The Independent publica matéria elogiando o racionalismo crítico de Ernest Gellner.  Inauguração do Shopping Grande Rio.  2003 — Publicação do jogo Mario Power Tennis.  2004 — Lançamento do DVD do concerto Live Aid.  2007 — Lançamento no Brasil do último livro da saga de J. K. Rowling, "Harry Potter e as Relíquias da Morte".  2011 — Prevista a passagem pela Terra do asteroide 2005 YU55 a 0,85 distância lunar, considerada a mais próxima do nosso planeta até hoje. Feriados e eventos cíclicos Brasil  Aniversário do município de Guaimbê, São Paulo  Aniversário do município de Jaguaribe, Ceará  Feriado municipal em Campo Belo do Sul, Santa Catarina: festa da padroeira Nossa Senhora do Patrocínio  Dia do técnico em radiologia Internacional  Dia do Strogonoff  Dia Mundial do Urbanismo  Dia Feliz - Comemorado em diversos locais e países. 1828 Simon Bolivar proíbe todas as sociedades e fraternidades secretas na Colômbia, estabelecendo pena de 200 pesos para quem ceder instalações para reunião e 100 pesos aos que lá se reunirem. 1904 O deputado SYVETON aparece, misteriosamente, morto em sua própria casa. Jean Bidegain, o secretário do GO de França, responsável pelo roubo das fichas que causaram o famoso escândalo, morre envenenado na mesma data. 1959 Faleceu repentinamente Frank Shermann Land, Dad Land, fundador da Ordem DeMolay. 1970 Fundação da Grande Loja do Estado do Espírito Santo 1986 1986 - GOMG - A Emenda Constitucional n° 1, de 8 de novembro de 1986, introduziu a eleição direta do Grão-Mestrado pelo sufrágio universal, direto e secreto, dos Mestres Maçons da jurisdição do GOMG Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 4/35 Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271 O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras (Mesmo na temporada o Irmão sempre tem desconto especial) Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) Cunhada Gladys Sarobe – Contadores • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 - Sala 704 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 contato@sarobecontabilidade.com.br Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 5/35 Irmão Manoel Miguel é MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145 CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço. A URSA MAIOR – A URSA MENOR E O GRANDE SIGNIFICADO PARA OS MAÇONS. Vemos as estrelas marcantes da Abóboda Celeste no templo maçônico sem muitas vezes nos darmos conta de sua importância para a satisfação da alma frente ao simbolismo. No caso da abóboda, me parece mais estranho ainda que a gente quase não fala nela, permanecendo um mistério inerte, oculto, intocado e que para muitos não tem valor algum. No caso das estrelas que compõem a Ursa Maior, presente no templo maçônico, em especial no caso do REAA, entre o Ocidente e o Norte da abóboda, poucos percebem que são sete estrelas no total, e que elas são parte da justificativa de termos a obrigação de termos sete mestres para compor o quadro, caso contrário não se pode abrir uma Loja. Obviamente a obrigação de sete mestres é mais extensa, mas esse asterismo chamado Ursa Maior, bem como o outro, a Ursa Menor, têm um significado enorme nessa exigência ritualística. Sabemos que as Ursas têm em sua composição uma estrela maior que as outras, que serve para indicar uma direção, voltada para o Norte e que servia como meio de orientação à noite. Para os antigos se localizarem geograficamente costumavam procurar o Norte mirando a maior estrela da Ursa Menor, que normalmente fica no Norte, numa altura de 45°, muito importante para os Maçons, principalmente no grau de Aprendiz Maçom. Quem sabe onde fica o Norte, achou o caminho para o início de uma jornada segura, de olho na Grande Estrela Celeste, podendo estar navegando por mares turbulentos e desconhecidos, ou estar voando em céu de brigadeiro, ou ainda estar buscando sobrevivência na densa e escura floresta. Para os sacerdotes das antigas escolas secretas, as Ursas eram o emblema de um Cinzel, ilustrando que a Vida pode ser moldada e transformada pelo seu condutor, o ser humano, na transformação do bruto em homem bom, capaz de permear a sociedade sem causar medo, insegurança, impiedade, tirania ou selvageria. Seria como transformar um leão em cordeiro. Os chineses e os hebreus, viam as ursas como símbolo de duas conchas, emblema dos cuidados que o Criador tem com o homem, dando a ele a chuva para regar a Terra e produzir alimentos, nutrir os rios para saciar a sede, bem como a certeza de que, assim como as aves do céu não plantam nem segam, jamais o Grande Deus os deixa morrer à míngua; os lírios do campo não têm braços ou pernas para se locomover em busca de alimento, mas sua beleza e perfume estão assegurados nos vales do deserto. Os bárbaros germânicos viam nas Ursas a imagem de carruagens formadas por quatro estrelas cada, puxadas por três cavalos, que serviam para os deuses percorrerem os céus em proteção e distribuição de bênçãos ao povo. Para os que 2 – A Ursa Maior – A Ursa Menor e o Grande Significado para os Maçons - Manoel Miguel
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 6/35 conhecem as lendas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, fica fácil de entender as posições das Ursas em relação a Estrela Artur ou Arcturos no Templo Maçônico e a associação da crença inglesa de que as Ursas representam as batalhas do rei Arthur. Os egípcios merecem um carinho especial, já que viam nas Ursas a presença de sete estrelas associadas aos sete querubins ou arcanjos da criação do Universo, representando a imortalidade da Vida e o penhor do Criador para com o homem, assegurando-o de que será sempre imortal. Essa representação me parece assegurada no templo maçônico e nas sessões, na composição dos sete mestres em Loja, sendo a estrela maior, que normalmente está na cauda da Ursa, a representação do Olho que Tudo Vê, ou ainda da atuação do Venerável Mestre como a representação da Luz Maior. Quem consegue ver nessa ilustração um significado espiritual saberá compreender a responsabilidade que tem um Venerável Mestre, e pensará muito, antes de querer assumir tal posição em Loja. O mesmo se refere ao Grão-Mestre de uma Potência Maçônica ou Grande Loja. Os gregos, como não deveria ser diferente, têm uma das lendas mais lindas em relação as Ursas, sendo a que nos cativa em riqueza literária e, para os que conseguem saborear o néctar dos deuses, compreender os Mistérios Divinos: Zeus, o maior dos deuses, o Pai da Eternidade, cuja obra em todos os sentidos se reflete na convergência unívoca para o AMOR, apaixonou-se por Calisto, a bela ninfa dos bosques, amiga íntima e companheira de Ártemis, que tinha jurado castidade e sua virgindade para sempre. Zeus a viu adormecida embaixo da sombra de uma árvore frondosa, tão ingênua, dormindo um sono magnífico sob a sombra e proteção daquela que sempre foi o símbolo do conhecimento, da sabedoria e fonte da Vida. Zeus ficou fascinado por sua beleza, mas não sabia muito bem como se aproximar da Rainha da Beleza. Pensou, pensou, até que teve uma ideia maravilhosa! Descobriu que o meio mais fácil seria transformar-se na semelhança da amiga Ártemis, para não causar desconfiança. E assim o fez. Zeus transformou-se na semelhança de Ártemis de forma tão perfeita que Calisto não desconfiou de nada e permitiu sua aproximação. Quando percebeu que não seria Ártemis, mas sim, o Iniciador ativo das relações amorosas, já era tarde demais. Zeus a seduziu com seus encantos e se embrenharam em atos amorosos, do qual, Calisto engravidou e teve um filho, que se chamou Arcas. Hera, a ciumenta esposa de Zeus, ficou furiosa com a traição do esposo e castigou Calisto, transformando a numa Ursa. Calisto se tornou irreconhecível e passou a vagar pelos bosques, aterrorizando os mortais. Hera acolheu Arcas e o criou em seus braços. Um belo dia, a ursa e Arcas se encontraram pelos bosques. A ursa, Calisto, reconheceu o filho e abriu os braços, como fazem os ursos, para abraçar o filho amado, do relacionamento entre ela e Zeus. Arcas, porém, não a reconhece, até porque não sabia da história real e, pensando estar sendo atacado por uma ursa, e se preparou para matá-la. Zeus, sendo como Aquele que tudo vê, apareceu no momento certo e evitou o homicídio e resolveu transformar mãe e filho em seres imortais: A mãe, a Ursa Maior, o maior asterismo visto no Norte, e Arcas, Ele transformou na Ursa Menor, o menor asterismo visto também no Norte, entre ambos, a figura de Zeus, a estrela Arturo, realizada por estar entre as pessoas que mais amou: a mãe e o filho, como o pai que ama a esposa e os filhos. Deus ama a esposa, representada na Loja, e o filho, representado em cada irmão iniciado. Deus ama a Terra, o estrado ou escabelo dos seus pés, na tradição do conhecimento dos planos Superior e Inferior, bem como o homem, seu filho, feito sua imagem e semelhança. Ele se colocou como Arturo, entre os dois, sendo eles como duas colunas da Vida no Planeta. Viver entre colunas é como viver entre a razão e a emoção, entre a mãe que dá a Vida pelo seu filho e o filho que é a imagem e semelhança do pai. Viver entre colunas é viver em equilíbrio, no limiar da Luz. Maçom significa “Filho da Luz” e, por isso, todo Maçom não pode se dar ao luxo de simplesmente ignorar o que vê diante dele no Templo, pois cada coisa que se vê ali tem sete lições, sete ensinamentos, sete razões para ser Maçom. Arturo também tem seus mitos, mas deixemos para que os leitores busquem conhece-los. A lenda grega não foge muito da lenda
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 7/35 da criação de Adão e Eva no L∴ da L∴ conforme a conhecemos. O curioso é que povos tão distantes, de forma diferente, tinham o mesmo conhecimento e a mesma Verdade Eterna em seus corações, alterando apenas a forma de conta-los. Os índios Cherokee na América do Norte compreendiam os dois asterismos, a Ursa Maior e a Ursa Menor, como semelhança de caçadores correndo atrás de ursas para as matar e saciar a fome. Para eles, era marcante o princípio da Primavera, momento sinalizador de que o período de caça estava chegando, já que essas estrelas se posicionam mais alto no céu até o outono, que significa o fim do período de caça. Na Primavera o urso abandona sua toca e sai em busca de alimento, muito magro ainda, em função do período de hibernação do inverno, mas com a chegada da primavera, logo ganha peso e gordura para sua subsistência no próximo período de inverno, o que os índios aproveitam, caçando-os e matando-os para saciar a fome das tribos. E aqui tem uma lição bastante importante aos Maçons. Temos que aproveitar a Primavera, o Verão e o Outono, os períodos em que a Luz nos favorece, para evoluirmos em todos os sentidos, seja na vida profissional, social, familiar, cultural, econômico, financeira, administrativa, espiritual, etc. Essa mensagem é conhecida pelos Mestres, mas está disponível a todos em vários livros sagrados, em especial na Bíblia Sagrada, em Eclesiastes, capítulo 12. O urso, sem o nível de consciência que o homem herdou do Criador, o faz naturalmente, aproveitando o período de luz e calor na terra, para caçar, comer e engordar, pois chegará o inverno, onde terá que se esconder na caverna escura e ficar ali quietinho, hibernando, esperando o inverno passar. Assim também é com o homem. Temos que aproveitar o momento certo, enquanto o GADU nos dá Luz e Calor, para evoluirmos em todos os aspectos da Vida. No termo certo, seremos encerrados numa masmorra escura no Inverno da morte, tendo que esperar até o dia da ressurreição na Primavera. O Maçom precisa dormir nessa esperança. De outra forma, seguirá achando que Maçonaria é algo corriqueiro, sem significado, sem expressão, sem nada que o motive e o faça ter satisfação de ser Maçom. Nosso corpo é formado por Sete Mestres, como as sete estrelas que compõem os dois asterismos que formam as Ursas Maior e Menor, sendo que entre eles, tem um que atua como Orador e está o tempo todo nos dizendo se a nossa sessão da vida diária transcorreu de forma justa e perfeita e podemos encerrá-la antes de dormir. Enquanto não estiver tudo nivelado pelo Esquadro da Justiça Divina, não se pode dormir em paz. Tem um outro que atua como Secretário, e está anotando todos os nossos atos no Balaústre do Livro da Vida, que é selado por esses Sete Mestres e ninguém pode abrir, fechar, tampouco tem dignidade de olhar para ele. Ninguém conhece nosso Livro da Vida mais do que o Mestre Secretário que mora dentro de nós, em nosso Templo Sagrado. Quem dormiu no inverno da vida, com a cabeça tranquila; quem realmente desbastou sua Pedra Bruta e sou aproveitar a Primavera, o Verão e o Inverno, ainda que esteja morto, receberá um toque sagrado que o levantará para a Vida Eterna. No tempo das grandes navegações europeias em busca de novos continentes e novas terras para explorar, os marinheiros chamavam a Ursa Maior de “carro” e a Ursa Menor de “buzina”, sendo mencionados por Camões em “Os Lusíadas”, cuja leitura é quase um mandamento a quem gosta de evoluir e ampliar horizontes. O significado disso tudo chega ao mesmo fim. O GADU é magnífico em todas as formas, em todos os ângulos e em toda obra de suas mãos. A Maçonaria é uma preciosidade, uma joia rara de altíssimo valor. Cabe a nós despertarmos para ver a Luz que dela difunde. É preciso estarmos atentos, pois, no mínimo, tem Sete Mestres conduzindo a Sessão da Vida, podendo estender em até doze, mas o Grande Venerável. Tudo está sendo observado e anotado. Cada um de nós deve escolher como quer que a Sessão da Vida seja encerrada e como nos despediremos. Autor: Manoel Miguel. ARLS Colunas de São Paulo 4145 – GOSP/GOB. Or∴ de São Paulo.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 8/35 Ir Roman, MM da Loja Salvador Allende Grande Oriente Lusitano Lisboa ECONOMIA TRANSPESSOAL SAPTAMURMI A observação empírica e intuitiva da natureza humana e do cosmos ao longo de milhares de gerações, proporcionou essa percepção global que hoje designa-mos por “visão holística do real”, a percepção humana como representação de uma consciência universal. É também certo que a organização social, económica, política e religiosa seguiu os mesmos modelos, raramente praticando os excessos que às sociedades contemporâneas é tão peculiar. O que nestas pelo excesso de tudo se deformou e subverteu no princípio da vida (e da ética) transformando as anormalidades do quotidiano em normoses como se fossem actos normais da identidade colectiva e individual ― nas sociedades tradicionais, os excessos sempre foram observados como um desperdício das fontes naturais e em última instância, uma insanidade, um atentado à própria vida; a desrazão dos outros tornou-se num acto normal nas sociedades contemporâneas, um verdadeiro feito de loucura colectiva. A Economia Transpessoal que proponho (a que igualmente chamo de “Sétima Vaga”) é a simbólica de uma onda maior, resultado da acumulação da energia de outras ondas imediatamente precedentes; de uma dinâmica cumulativa em energia que movimenta o mar social e económico, e tal como ele a vida do homem sucede-se em ondas de emoções, de actos e de pensamentos. A esta abrangência sinergética da evolução, que comporta o aspecto ecológico, tecnológico e a perspectiva comportamental (antecipada por Carl G. Jung), designa-se por “Holismo”. Foi com este sentido, que em 1926 Jan Christian Smuts introduziu pela primeira vez no pensamento contemporâneo o conceito1 , para explicar à luz do nosso entendimento o que as culturas de tradição já o haviam feito durante milhares de anos, e do qual nós tanto nos afastámos ao ponto de já não nos (re)conhecermos. Assim, o Holismo: (…) designa uma força vital responsável pela formação de conjuntos de gestalts, dir-se-ia hoje; essa mesma força seria a formadora dos átomos e moléculas, no plano físico, da célula, no plano biológico, das ideias, no plano psicológico e da personalidade, no plano espiritual; o próprio universo seria um conjunto em constante formação2 . Smuts anunciava de uma certa forma o que Stéphane Lupasco magistralmente viria a definir na sua “Concepção Trimaterial do Universo” em 19603 , e Abraham Maslow com a Psicologia Transpessoal. O pensamento contemporâneo ocidental tentava assim recuperar a filosofia tradicional à luz de uma nova psicologia e de uma nova física (quântica), na boa tradição helénica e clássica; Fritjof Capra empreendia igualmente na mesma década um esforço, bem conseguido, 1 Jan Christian Smuts, Holism and Evolution, Nova Iorque, Mac Millan, 1926. 2 Cf. Pierre Weil, Holística: Uma Nova Visão e Abordagem do Real, São Paulo, Editora Palas Athena, 1990, p. 7. 3 Stéphane Lupasco, Les trois matières, Paris, Julliard, 1960. 3 – Economia Transpessoal – Saptamurmi Roman
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 9/35 sobre um diálogo filosófico e físico (igualmente quântico) entre a filosofia oriental e o pensamento científico ocidental, enquanto Ken Wilber delineava com a Psicologia Integral, uma nova forma de holismo (ciência, filosofia, arte, ética e espiritualidade). Mas o que estava a faltar então, para a plena aprovação de uma nova revolução epistemológica ao nível da psicologia do ser e da filosofia? Faltou sem dúvida a problematização do sujeito e a recuperação da loucura como fonte original da identidade da alma em sociedade, de uma reinterpretação da psicanálise segundo Lacan (nos três registos do real, do simbólico e do imaginário); faltou a visão holística de Pierre Weil e a desmontagem do poder e da sexualidade, a arqueologia das ciências e uma história dos sistemas e do pensamento segundo Foucault. O que quer que faltasse à sociedade e ao pensamento ocidental, que não era percepcionado antes ora porque as opções políticas e económicas do “ter” se sobrepunham às necessidades do “ser”, ora porque o marxismo se opunha ao capitalismo (e vice versa) tornou-se dramaticamente claro depois de 11 de Setembro de 2001. Ironicamente, o que a Grande Guerra velou ao homem nos valores fundamentais da identidade e do ser, o trágico acontecimento no início do terceiro milénio viria a descobrir; mostrar que o homem se afastou da sua verdadeira natureza e dos objectivos como humanidade. Portanto, o problema relacionado com a não aceitação das novas emergências epistemológicas do ser e do sentir e dos modelos de economia sustentável, residiu na aparente falta de validade científica entre a aplicabilidade dos “novos” conceitos à sociedade do século XX, e a argumentação criada em torno da revolução epistémica, ambos desajustados espaço- temporalmente; a resistência do status ocidental (europeu) às novas ideias e modelos, saída do desespero pela sobrevivência durante e após as duas Grandes Guerras, atrasou a divulgação do “Holismo”, da “Concepção Trimaterial do Universo”, da “Psicologia Integral” e finalmente (mas não por último) da “Psicologia Transpessoal”. Mas devemos sublinhar que o problema da aversão pelas novas epistemologias do “ser” esteve igualmente ligado à formulação económica para uma nova Europa que se queria construir (dos anos cinquenta aos noventa), ao mesmo tempo que se desenvolvia a prática de um ideário colonial em relação às culturas extra-europeias, perfil que se mantém até hoje de forma subliminal nas relações entre os Estados, assim como nos discursos políticos; ideário que insistia em ver o “outro” como um apêndice da humanidade que devia ser civilizado por um cristianismo eurocêntrico, e que continua a vê-lo ainda como um ser menor que deve ser económica e politicamente catequizado4 . O indivíduo europeu e norte-americano (pois é a ele que maioritariamente se refere a normose que impôs ao mundo restante) assumia neste momento o lugar privilegiado numa sociedade à beira de um consumismo desmesurado; um ente recém-saído da precariedade moral quando o ser se atolou numa guerra de contornos racistas5 . Enquanto isto, o oriente (filosofia, arquitectura, literatura, sistemas alimentares, etc.) foi penetrando lenta e silenciosamente nas estruturas da sociedade ocidental, criando um campo de matéria experimental necessário à compreensão das ideias desencadeadas pelas novas psicologias e filosofias; uma vaga (a sexta) anunciadora da revolução ecológica que agora se tenta implementar. 4 Sobre a questão da autonomia das culturas do sul, cf. Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses (org.), Epistemologias do Sul, Lisboa, Almedina, 2009. 5 Sobre a questão do racismo europeu e a questão ariana cf. Salomão Reinach (J.C. Calazans org. e intr.), A Origem dos Árias. História de uma Controvérsia, in Cadernos de Ciência das Religiões, n.º 16 (Setembro), 2009.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 10/35 No sentido em que a Psicologia Transpessoal e o Holismo se desenvolveram, principalmente a partir do trabalho de Pierre Weil, quer como base fundamental das novas psicoterapias, quer ainda como formas de paidéia na organização e bem-estar dos grupos e do indivíduo, a sua possível utilidade para a economia (microeconomia) foi uma dedução consequente, um passo inevitável e incontornável de uma zetética aplicada ao nosso propósito. Levantou-se então uma questão fundamental durante o processo de estudo inicial. O bem- estar e a paz social a partir de um modelo económico que tenha como primado o desenvolvimento do ser, encontra-se em absoluta contradição com o modelo económico que tem como primeiro e último objectivo a acumulação do ter? Como resolver esta aparente incompatibilidade, no momento em que a crise interna do paradigma económico actual apresenta os sintomas de uma entropia própria dos sistemas? Paradigma que carece de validade ética e de humanismo. A paz e a espiritualidade, tanto quanto a nossa organização social e evolução humana permitem, necessita de um modelo económico que possibilite o desenvolvimento dessa mesma paz social e da realização espiritual. E na medida em que a humanidade cresce em conhecimento de si mesma, a experiência acumulada das várias culturas tende a ser partilhada livremente cada vez mais, sem restrições de fronteiras políticas nem religiosas. No horizonte da consciência humana, não há limite para as possibilidades de síntese, e restringir essa faculdade e esse direito é interferir no livre arbítrio de todos os cidadãos e de todos os povos. A proposta do Holismo e da Psicologia Transpessoal vai exactamente ao encontro desta realização, enquanto uma Economia Transpessoal completa o sentido da realização material do homem social. Quando Abraham H. Maslow6 , e principalmente Anthony Sutich7 , sentiram faltar à teoria da Psicologia Humanística (na sua fase inicial, como “terceira força”) o elemento espiritual que ao homem dá a identidade, completaram-na depois com a percepção dos “estados alterados de consciência” (passando então a “quarta força”), estados que Stanislav Grof tinha introduzido como elemento fundamental, para entender a verdadeira natureza humana na sua multidimensionalidade8 . O resultado desta nova síntese iria fazer emergir a Psicologia Transpessoal; um novo evento epistémico do ser que permitiu olhar o homem como uma ordem de grandeza antropocósmica, como receptor e emissor de uma semiótica do inconsciente e do universo9 . Ao nível da ciência económica o percurso foi semelhante, no sentido em que o estudo exclusivo dos mercados, da produção, da distribuição e consumo de bens de serviço, fez da própria economia um instrumento de cálculo e de análise ao serviço da avidez e da ganância, à qual se aliou mais tarde uma economia psicológica (comportamental). Este novo instrumento de auxílio à economia, surgiu para melhor se conhecerem as motivações dos indivíduos (ou as suas limitações cognitivas) em função das políticas económicas de mercado (trata-se do meio de perceber o comportamento que se pensa ser anómalo dos indivíduos e das instituições, quando estes não correspondem às expectativas concebidas pelas teorias económicas, criando para isso um corpo de argumentos conducentes a um comportamento individual ou colectivo que se julga ser apropriado. Esta atitude, porém, teve o desmérito de contribuir para o consumo desmesurado e desnecessário de bens, que em realidade não são nem necessários nem fundamentais à vida dos 6 Abraham H. Maslow, Theory Z. The Farther Reaches of Human Nature, New York, Viking, 1972. 7 Anthony Sutich, Journal of Humanistic Psychology, Fall 1963. 8 Stanislav Grof, Além do Cérebro: Nascimento, Morte e Transcendência em Psicoterapia, São Paulo, Editora McGraw-Hill, 1987. 9 Cf. Pierre Weil, A Consciência Cósmica – Introdução à Psicologia Transpessoal, Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1976.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 11/35 indivíduos e das sociedades) o critério do “bom”, é muitas vezes assumido a partir da falaciosa presunção de que um “bem é necessário” quando ele não é. Mas, enquanto à Psicologia Humanística faltou a percepção da multidimencionalidade da consciência (estados de consciência), falta igualmente à Economia Comportamental a mesma componente imperceptível para os “pensadores do ter”, que é justamente o elemento mais importante e que dá ao homem a identidade da sua autonomia e grandeza antropocósmicas. Embora estejamos a aproximar-nos consideravelmente em conhecer a verdadeira origem das motivações que levam ao caos nos mercados e no consumo, a partir dos recentes estudos em Psicoenomia e Neuroecomia10 , a verdade é que a distância que nos separa desse “conhecer causal” assim como de uma “sociedade do conhecimento”11 , é apenas marcada pelas opções que o homem faz no seu caminho para uma completude do autoconhecimento. E nisto consideramos como fundamental a sua natureza espiritual. Porém, se o sistema de consumo levou o homem social a gastar como um viciado os produtos excedentários que não são de facto essenciais à sua sobrevivência, mas que julga serem importantes para o seu bem-estar, isso se deve igualmente ao sistema de produção que, querendo garantir a fluidez necessária para manter uma sociedade que se reproduz aceleradamente, construiu mecanismos de mercado para escoar rapidamente os objectos comerciáveis. Em conclusão podemos dizer, que a fronteira entre o que deveria ser considerado como normal/saudável e excessivo/doentio foi há muito alterada por um padrão comportamental baseado na experiência de um desejo incontrolado de “ter e usar”, na falta de controlo sobre esse mesmo desejo, e na repetição dessa atracção apesar das consequências nefastas12 . Esta atitude individual, ampliada a um comportamento colectivo do social e à aceleração de um mercado financeiro sem ética, transformou-se desde há meio século numa normose. Os comportamentos compulsivos e imprevisíveis em economia de mercado e nas bolsas de valores, deixou de ser há muito tempo uma característica isolada e atípica. Não estranharíamos se a história do comportamento económico e dos mercados passasse a fazer parte duma História da Loucura, e a psiquiatria lhes estendesse a sua influência médica, da mesma forma como a psicologia e a sociologia em geral já o têm feito. Porém, o nosso objectivo não é trazer a economia para a psiquiatria, mas libertá-la desse futuro jugo (onde a relação entre psiquiatria e poder estariam comprometidos) através de um processo estrutural que poderíamos designar por “bioeconomia” (se este termo já não tivesse sido inventado, embora com outro sentido)13 ; referimo-nos a uma economia quântica do Dasein que tem como fim em si revelar o ser-homem (Menschein) através da própria prática económica, de uma economia funcional e comportamental partindo de uma Economia Transpessoal. É óbvio que uma abordagem psicológica, e mesmo até semiótica da economia, implica a aceitação da existência de um inconsciente. Felizmente que a descoberta do inconsciente veio pôr fim à visão primitiva da separação entre uma ciência da consciência e do indivíduo e as outras ciências humanas; se a partir de Freud as oposições redundantes entre indivíduo/sociedade e 10 Cf. Don Ross (et all.), Midbrain Mutiny. The Psicoeconomics and Neuroeconomics of Disordered Gambling, Massachusetts, MIT Press books, 2008. 11 Tal como apresentada por Bernard Lonergan. 12 Cf. Don Ross (et all.), op. cit., p.1. 13 “A bioeconomia consiste num conjunto de actividades económicas relacionadas com a inovação, o desenvolvimento, a produção e a utilização de produtos e processos biológicos”. Definição fornecida pelo Centro de Informação de Biotecnologia em Portugal (2009).
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 12/35 alma/corpo se esbateram totalmente, o mesmo observa-se, embora a ritmo lento, entre economia e psicologia. Michel Foucault e Stéphane Lupasco, cada um no seu campo específico, concordam com este conceito unitário do indivíduo, o primeiro reconhecendo que “o nosso corpo faz parte da nossa psique”, o segundo através do terceiro princípio (estado-Theta) enunciado na sua teoria da Trimaterialidade do Mundo; ambos conseguiram diluir a oposição positivista existente entre alma e corpo, entre sociedade e indivíduo. Este novo estado de percepção iria ter enormes repercussões na forma como vemos as ciências, como de facto aconteceu com a introdução da psicologia e da neurologia como instrumentos auxiliares da economia. Porém, o processo de conhecer o inconsciente tem sido lento na ciência económica, ao mesmo tempo que o mundo das finanças parece ter-se autonomizado em relação à ética; esta dissociação é reconhecidamente por todos como um aspecto grave no estado actual do mundo, e é um sinal de desagregação e de desrazão na ordem das coisas e do homem. Porque o inconsciente tem uma estrutura de linguagem, tal como expõe a tese de Lacan, e porque dele emergem os signos representativos de uma ciclicidade universal ligados a uma matriz formadora da materialidade e da psique, a procura de ciclos optimizados à vida económica expressa o esforço inconsciente do homem para equilibrar o corpo e a alma, como objectivo consciente de estabelecer uma paz social duradoira. Só através de um processo semiológico é possível entender o que os signos podem dizer relativamente à ciclicidade da vida, e este é o mesmo processo para entender o sentido metaetimológico da Sétima Vaga, como representação de uma Economia Transpessoal. Assim, mais do que dotar a economia de uma psicologia auxiliar, é necessário descobrir-lhe uma dimensão semiológica. Sabemos a partir de Freud que o inconsciente é ao mesmo tempo portador de uma mensagem codificada mas igualmente da sua própria chave, e é com Carl Gustav Jung que o elemento espiritual e religioso se assume estruturante do inconsciente e da totalidade do homem (antecedendo a ideia de holismo). Devemos, portanto, fazer a exegese e a leitura semiótica dessa mensagem, para tentar entender o que significa a matriz da vida, como ela se multiplica em todas as formas orgânicas, em todas as formulações inteligentes e inteligíveis, e como ela pode ser replicada (ou inconscientemente já é copiada) à posteriori como modelo teórico em economia. Foi com este raciocínio, e principalmente a partir das ideias de estrutura de Georges Dumézil e de Claude Lévi-Strauss para interpretar os mitos na história das religiões e na etnologia, que nos propusemos a encontrar um modelo económico universal e transversal a todas as culturas e filosofias tradicionais. Com isso tentámos encontrar formas estruturadas de experiência, que contemplam intrinsecamente o inconsciente e o consciente, e que tendo representado ao longo de muitos séculos (com êxito) técnicas de trabalho de si sobre si, pudessem ser aplicadas à sociedade em geral e à prática económica. Não é, portanto, a economia que pode sentir-se “ameaçada” por um estruturalismo de inspiração transpessoal, tal como é aqui exposto, mas o modelo económico vigente. O neo- liberalismo criou hábitos mentais e sociais que foram responsáveis por vários desaires financeiros e humanitários — como a crise financeira de 2008-2009 e o caso Madoff — hábitos que demoram tempo a desaparecer. Aqueles que acreditam que o actual modelo é ou deve ser um processo linear e com futuro, tomaram de igual forma a história com semelhante fixidez, mesmo que esta seja interrompida por crises. Ora, nem a história é linear, nem a história da economia e dos modelos; desde Bachelard que a noção de ruptura epistemológica iniciou, ela mesma, uma nova perspectiva estruturante na filosofia e na história das ciências, passando a ser considerada a ruptura, a partir desse momento, como uma descontinuidade horizontal.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 13/35 A ideia de Economia Transpessoal, tal como vos enuncio ao jeito de tratado, é um sistema de pensamento económico, social, antropológico e espiritual (num conceito de “espiritualidade laica”)14 . Porém, e dada a sua natureza exógena à própria ciência económica, a possibilidade do modelo ser excluído à partida é muita alta. Como todas as ideias estranhas a um sistema, a exclusão de um modelo como possibilidade é idêntica ao isolamento da loucura numa sociedade que se considera sã, mas que se desloca num xadrez de aparências em que as relações são desestruturantes, e ao mesmo tempo encaradas como actos normais; a quebra do paradigma económico vigente e a persistência das instituições em o manterem, leva-nos a crer que há um comportamento compulsivo por vezes imprevisível, tal como na economia social; e também aqui, ao nível dos órgãos de decisão económica e financeira, deveria existir uma Neuroecomia. Há de facto uma espécie de loucura quando a sociedade marginaliza modelos de possibilidade que apresentam soluções de integração social e de economia sustentável, contribuindo para o bem comum e para a paz social. Torna-se assim importante encontrar uma crítica dos sistemas que interprete e explique este processo de exclusão. Problematizar o sujeito surge então como consequência da análise da loucura social, institucional e ideológica, da “morte do homem”, na perspectiva de M. Foucault. Como ele diz, “mais do que tentar encontrar um sistema que explique o estado do ser, é encontrar o sentido do ser que possa evidenciar-se através de um sistema”15 . A Economia Transpessoal está inserida neste processo. Esta “morte” antroposófica, assim como a loucura, estão profundamente ligadas à valorização histórica da emoção irracional sobre a razão. Quando Nietzsche anunciou a morte de Deus, estava a apontar a sobrevalorização do Ratio sobre a emoção irracional da crença quando esta se transformou em instituição. É neste contexto, em que o homem se deixa enganar por uma sociedade emocionalmente religiosa, que as economias capitalistas assim como as economias saídas dos países de leste, afirmaram o desenvolvimento de um sentido cumulativo do “ter” em detrimento de uma filosofia do “ser”. As emoções deixam-se enganar. É por isso que os discursos de Hitler, de Mussolini e de outros líderes, eram (e são) fundamentalmente emocionais; discursos dirigidos às multidões ávidas de emoções e fáceis de iludir. Os discursos políticos, que tendem geralmente a apelar às emoções, relacionam-se sempre com o elemento da loucura, da demência ou da desrazão. Porém, a razão não se deixa enganar e só numa sociedade emocionalizada (onde a desrazão impera) é que o homem é capaz de praticar uma economia contra si mesmo e contra os outros. É em sociedades assim que uma economia do ser se transforma num interdito, tal como foi com a loucura a partir do séc. XVII, com a sexualidade e com as revoluções culturais e científicas; a história da astronomia é um exemplo de interdito enquanto a falsidade do geocentrismo se sobrepôs à verdade do heliocentrismo. Uma nova verdade científica (económica) e social está a emergir por entre o sistema vigente, verdade que tem os claros contornos de uma filosofia do ecológico, do tecnológico e do existir sustentável. Mas uma nova verdade que ainda surge através de ideias dispersas, agregadas a associações e partidos emergentes frequentemente reformulados e sem futuro, que evidenciam a inquietude da consciência social face ao impasse do homem 14 Cf. J.C. Calazans, Globalização e Ciência das Religiões. Para uma Fenomenologia do Homem, uma Fenomenologia do Religare, in Cadernos de Ciência das Religiões, n.º 14, Lisboa, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2008, pp. 13, 53. 15 Cf. M. Foucault, Problematização do Sujeito: Psicologia, Psiquiatria e Psicanálise, Rio de Janeiro, Editora Forense Universitária, 2005.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 14/35 contemporâneo; que se encontram num impasse para resolver a questão do modelo a seguir. Uma nova verdade que surge e que se opõe ao modelo vigente como uma “desrazão”. De forma semelhante, a questão do inconsciente em economia (através da psicologia, da neurologia ou da Economia Transpessoal) não é uma questão de identidade cultural, mas da ordem dos limites entre a razão do ser e a desrazão; estudar a origem da perda de ética na prática económica, não é uma questão ligada à fenomenologia da história, mas à origem da perda da identidade do homem, e por isso pertence à análise da natureza da loucura e da desrazão, como à natureza da ética em filosofia. Perguntamos então, porquê insistir no inconsciente como factor fundamental na estruturação de uma matriz económica (em microeconomia)? Porque existe um inconsciente do saber em constante construção, que não se encontra sujeito à filosofia, que tem formas e regras específicas moldadas pelos acontecimentos históricos. É esta dinâmica interna do inconsciente do saber, que tem permitido a aquisição de outros saberes fora da nossa fronteira cultural e que, de um certo modo, não se reduz nem à lei geral do “progresso” nem à filosofia dita “ocidental”. Por outro lado, as filosofias ditas “orientais” comportaram-se durante muito tempo no seio do pensamento ocidental, como se fossem uma espécie de “incesto”, sendo por isso afastadas de participarem na solução de problemas sociais e económicos16 . Tal como Lévi-Strauss definiu a partir do método estruturalista sobre os sistemas negativos em sociedade (nomeadamente no caso do incesto), tudo o que é rejeitado ou aceite como negativo é, não por uma questão de valores mais ou menos estabelecidos, mas porque os padrões de cultura assim o ditam. O que importa realçar é o modelo em si desenvolvido por ele, e principalmente a forma como Foucault o aplicou ao estudo dos sistemas de pensamento no Ocidente, tendo como objectivo estudar “o que é rejeitado e excluído”. Ora, um grande número de filosofias orientais já entraram no quotidiano ocidental de muitas maneiras (e se considerarmos a filosofia tradicional da Kabbalah e do pensamento árabe no Al- Andalus, como parte integrante de um sector significativo da cultura europeia, então teremos de recuar até à idade média) o que demonstra a sua larga aceitação e consentimento17 . Mas ainda persiste um certo preconceito relativamente à aplicação de modelos tradicionais para inovar, melhorar e/ou solucionar problemas que são muito mais de ordem social e económica. O modelo de análise econométrica desenvolvido por Ravi Batra a partir de um sistema cronológico clássico indiano, é um exemplo de como a exclusão social por razões políticas se processa ao nível do económico, e de como um pensador muitas vezes tem de recorrer ao artifício do mimetismo para ele próprio não ser excluído da comunidade. 16 A descoberta das filosofias orientais pelos pensadores e escritores românticos do ocidente, tiveram poucas aplicações práticas e não foram além de referências pontuais no discurso filosófico como na literatura; Schopenhauer (1788-1860) é um dos exemplos da introdução a filosofia do Budismo e do pensamento indiano na metafísica alemã. A linguística indo- europeia e a história comparada das religiões deram início a uma revolução epistemológica no final do séc. XIX e princípios do XX, mas só algumas décadas mais tarde é que a sua influência se começou a fazer sentir. 17 Recentemente foram publicados alguns estudos sobre o ADN das populações peninsulares e o resultado evidenciou uma antiga suspeita: a grande parte da população de Espanha e Portugal têm como antepassados as populações oriundas do Norte de África, possivelmente muçulmanas. Nos últimos anos tem-se difundido a ideia de um Islão ibérico altamente cosmopolita, cientificamente avançado, culturalmente brilhante. A matemática, a medicina, a poesia, a filosofia, o direito, a cartografia, a astronomia, etc., desenvolvidas durante o Califado de Córdova, possibilitaram que os reinos cristãos mais tarde se lançassem em grandes descobertas e fossem a cabeça da Europa. Cf. Filipa M. Ribeiro e Luísa Pereira, O Património Genético Português, Gradiva Publicações, 2009.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 15/35 A ridícula comparação entre a exclusão da loucura e a exclusão de modelos tradicionais em micro e macroeconomia — salvo a recente excepção da criação do microcrédito por Muhammad Yunus — não deixa de ter a sua razão de ser. Não se podem comparar níveis e estados de consciência individual e colectiva fora dos seus contextos culturais (como Ruth Benedict fez espuriamente em relação aos índios Kwakiutl)18 , como não se podem recusar modelos de pensamento a partir de uma avaliação dos nossos próprios modelos, porque simplesmente não existem filosofias mas uma Filosofia e várias formas de a interpretar. Porém, vemo-nos muitas vezes obrigados a admitir que é necessário imitar a loucura para estabelecer novos campos de estudo provocando rupturas epistemológicas. A introdução do inconsciente na ciência económica, pode de facto representar uma revolução epistemológica, e de uma certa forma o seu regresso à filosofia de onde saiu, sem que para isso tenha de alterar a sua identidade. Por outro lado, a ciência económica, pela sua natureza, não trata das relações entre o inconsciente e as necessidades do sujeito social, isso é matéria da psicologia e da psiquiatria. Mas desde que o inconsciente foi descoberto que ele está presente em todas as estruturas linguísticas e é por isso tomado em consideração em muitas decisões, por se construir precisamente como uma linguagem e não, como se pensava, uma emergência fenomenológica. Foi pensando assim que o sujeito fenomenológico foi desqualificado pela psicanálise, antes de Lacan ter devolvido ao inconsciente uma estrutura de linguagem que se pode ler e descodificar. Pela mesma razão, a ciência económica excluiu durante muito tempo o inconsciente, por achar que se tratava de um fenómeno além de uma linguagem perceptível, e portanto, impossível de estruturar, de lhe dar uma ordem sensível ao entendimento da própria economia e finalmente para lhe tirar proveito. Tal como a linguística e a psicanálise, a ciência económica só muito lentamente descobriu a linguagem do inconsciente, e foi para entender as idiossincrasias dos mercados e o factor comportamental que surgiram a Psicologia Económica e a Neuroeconomia. O modelo que proponho com o nome de Economia Transpessoal, parte desse inconsciente que se decifra e se lê, através de um sistema universal que se encontra em muitas filosofias tradicionais, incluindo as tradições andaluza, judaico-cristã e indo-europeia. Tem assim como objectivo, reintegrar o sujeito económico e social com o inconsciente colectivo, a partir da reinterpretação e adaptação de um fundo comum ao pensamento, representado através dos tempos pelos mitos, por uma ordem das coisas, por uma episteme dos sistemas do mundo e do universo que se desdobra na ideia de uma economia sustentável. ___________________________ A inércia criada durante muitas décadas no seio da ciência económica, relativamente ao reconhecimento do inconsciente para explicar as dinâmicas internas (business cycles, etc.) e da sua utilidade para prever os movimentos, originou uma certa aversão epistémica em relação às emoções como objecto indicador na previsão de flutuações de mercado. É claro que a economia não tem um discurso emocional, e é também por isso mesmo que não considerou o inconsciente nem os sistema tradicionais de pensamento como modelos possíveis na sua própria ciência, porque em última análise eles manifestam-se através do mundo das emoções; justamente as emoções que tanto têm baralhado as previsões dos mercados. Porém, a ausência do inconsciente e dos sistemas tradicionais no pensamento económico, revelou-se como um erro no percurso epistémico e sistémico da ciência económica, tal como o equívoco do geocentrismo na história da 18 Ruth Benedict, Padrões de Cultura, Lisboa, Edição Livros do Brasil, [s.d.].
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 16/35 astronomia. Porém, o papel do erro é importante na história da verdade, pois ele põe em evidência a descontinuidade na história das ciências, e a economia não está fora da história como também não é alheia à oposição entre a verdade e o erro, no sentido em que os valores atribuídos a um e a outro são muitas vezes determinados pelos poderes vigentes. O erro é, portanto, intrínseco à vida e é com ele que evoluímos e aprendemos. O erro faz parte dos sistemas. Mas há ainda um outro ponto de igual importância, que se liga à ideia global de uma “sociedade do conhecimento”, no sentido em que a nova emergência humana no plano da organização dos sistemas e do próprio conhecimento tende para uma síntese, pois todas a acções passadas e presentes confluem para ela. É, portanto, no terceiro milénio e no seu primeiro século, que a “sociedade do conhecimento” fará a sua emergência, tal como tinha previsto Bernard Lonergan em meados do século XX19 . Será ao longo deste novo processo emergente que se observará (e começa já a notar-se), uma dimensão transcognitiva e ética aplicada aos sistemas económicos em geral, iniciando uma nova revolução sistémica e científica. Um dos efeitos decorrentes desta nova percepção é a noção de que o “crescimento económico acelerado”, como resposta à desaceleração e ao desequilíbrio súbito do sistema, é a resposta errada para reencontrar os níveis de um optimum económico; de que o mesmo “crescimento económico acelerado”, tomado como oportunidade para induzir a um crescimento económico ilimitado é uma opção desastrosa, um sinal de ganância e uma ausência de sentido do humano e de solidariedade. Ora, tal como Lonergan lucidamente afirma, o significado da desaceleração económica é mal entendido pelos agentes económicos, principalmente pelos banqueiros, que não reconhecem a “desaceleração” como factor integrante e dinâmico na melhoria do padrão de vida da sociedade20 . A desaceleração dos lucros e da expansão básica como fenómeno natural na dinâmica económica, revertendo num efectivo bem-estar e equilíbrio social, é contrária aos interesses bancários e financeiros dos grandes grupos internacionais. É esta antinomia que tem criado o obstáculo que se levanta quanto à aceitação da existência de uma dimensão transcognitiva no indivíduo, em economia em geral e na economia comportamental em particular, aplicada como modelo económico. Porém, é apenas à ignorância e à auto-preservação dos indivíduos e dos sistemas que esta oposição se faz, e só uma “sociedade do conhecimento” poderá esclarecer e ensinar um novo comportamento; de facto, na linguagem de Lonergan e à escala da macroeconomia, a educação é fundamental para a erradicação da ignorância, objecto substantivo que está na base da ganância e da avidez — dois sentimentos intrinsecamente ligados à primeira lei da natureza: auto- preservação. São portanto, a auto-preservação e a ganância que devem ser erradicadas, ao mesmo tempo que uma nova filosofia socioeconómica tem de ser implementada, baseada no princípio natural em que a “desaceleração económica” é um factor importante e positivo na dinâmica do próprio homem, mas acima de tudo do seu bem-estar. É neste sentido que o nosso esforço se orienta para uma “sociedade do conhecimento” e não para uma “sociedade do crescimento”, ponto em que estamos de acordo com Lonergan e Serge Latouche. Porém, a nossa incidência está concentrada num modelo aplicável em microeconomia, em que os conceitos “antropocósmico” (na relação homem / cosmos), “cosmológico” (na relação ciclicidade / bio-planetário), “ético-moral” (na relação laicidade / identidade) e “espiritual” (na 19 B. Lonergan (1904-1983) criticou a actual teoria e prática económicas, mas os seus trabalhos recentemente publicados ainda não tiveram o impacto desejado junto dos poderes económicos estabelecidos. 20 Em meados da década de oitenta do século XX uma nova teoria económica, do “decrescimento económico”, emergia na Europa, mas uma teoria que até hoje não apresenta um modelo prático Cf. Serge Latouche, Os perigos do mercado planetário, Lisboa, Instituto Piaget, 1999; La déraison de la raison économique: Du délire d'efficacité au principe de précaution, Paris, Albin Michel, 2001. Bruno Clèmentine e Vincent Cheynet, La décroissance Soutenable, Lyon, Silence, 2002.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 17/35 relação razão / intuição), são os ingredientes que dão forma à Economia Transpessoal, como uma teoria da realidade económica. É o nosso objectivo que a Economia Transpessoal possa contribuir para estabelecer uma ordem e um sentido no sistema económico, através da gestão dos recursos partindo de uma ciclicidade dada a priori, aplicável ao indivíduo e à célula familiar como à comunidade e ao comércio em geral. Com o modelo de Economia Transpessoal pretendo igualmente e de uma certa forma, poder responder à grande interrogação sobre como funciona (ou deve funcionar) o sistema comercial; na realidade, quer economistas, como políticos, banqueiros, negociantes, lobistas e até mesmo ONGs, não conseguem responder ainda a esta questão, e se a causa para esta incógnita se prende com o desconhecimento que se tem sobre o funcionam das unidades económicas, assim como à total ausência de uma teoria realista sobre a cooperação económica, devemos reconhecer que a inexistência de um método de gestão pré-estabelecido que permita uma colaboração equilibrada, ergonómica e holística, tem deixado a própria economia ao sabor das emoções, da ignorância, dos impulsos de auto-preservação e finalmente da ganância. São as ideias de “sociedade do conhecimento” e de “sociedade do decrescimento”, que podem tornar possível o estabelecimento de uma Economia Transpessoal, assim como celebrar o bem-estar e a paz social, a fraternidade e a solidariedade. Ir.’. Roman, M.’.M.’. Loja Salvador Allende – Lisboa
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 18/35 Anestor Porfírio da Silva M.I. e membro ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia-GO Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com O COMPROMISSO SOLENE E A PERDA MORAL PARA OS QUE NÃO O CUMPREM Um dos primeiros juramentos escritos de que se tem notícia é o de Hipócrates, médico, que viveu 83 anos. Ele nasceu na ilha grega de Cós, no ano de 460 a.C., e faleceu, provavelmente, no ano de 377 a.C. Seu corpo foi sepultado em Larissa, na Tessália, Grécia. O compromisso solene é uma forma de assumir publicamente, de modo condicional em certas ocasiões e, em outras, de livre vontade, em nome de Deus, em nome da lei, em nome dos pais de quem faz a promessa, ou em nome de qualquer outra coisa como, por exemplo, da própria honra, a garantia absoluta da verdade, a certeza de fidelidade e de lealdade em relação à outra pessoa, ou quanto à obediência hierárquica, à observância da lei, de estatutos e de regulamentos em relação aos seus respectivos princípios, ou quanto ao fiel cumprimento dos encargos assumidos perante a nação ou perante qualquer instituição pública ou privada quando, entre uma 4 – O Compromisso Solene e a Perda Moral para os que não o Cumprem – Anestor Porfírio da Silva
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 19/35 parte e a outra, decorrer o estabelecimento de relação jurídica na qual o promitente apareça como um de seus polos. Como garantia irremovível do cumprimento da palavra empenhada, o juramento, desde a época de Hipócrates assumiu o caráter de condição necessária e indispensável do ponto de vista moral e legal, passando a fazer parte de audiências judiciais, de cerimônias (inclusive religiosas), de atos e procedimentos formais solenes, quando sua finalidade for, por exemplo, a de depor em juízo como testemunha, de tomar posse em cargo público, de contrair núpcias, de legitimar o direito de desempenhar qualquer atividade lícita ou profissão regulamentada para a qual o compromissando esteja efetivamente apto, e assim por diante. Nota-se, pois, que o juramento se tornou, ao longo de todo esse tempo, um instrumento de valor moral e jurídico amplamente exercido como penhor da palavra, reconhecido universalmente, por isso, deve ser proferido com o firme propósito de cumpri-lo ao invés de sua verbalização ser externada de maneira leviana, irresponsável, como se o promitente estivesse atendendo tão somente ao cumprimento de mais uma formalidade de mero valor, sem quaisquer consequências caso não seja cumprido. Isso, do ponto de vista moral e legal, não é compreensível, nem aceito, pois trata-se de compromisso assumido em momento apropriado, perante várias testemunhas, sem coação alguma e, por isso, reveste-se de imperativos muito fortes que não admitem a renúncia o que, se de fato ocorrer, estará o seu autor incorrendo em crime de falso juramento, sendo considerado perjuro e traidor da boa-fé da outra parte que acreditou em suas palavras e, como de consequência, deu-lhe um voto de confiança. Para que não haja ruptura entre o compromisso assumido e o seu efetivo cumprimento por parte do promitente, antes de ser pronunciado o juramento, quem o proferir deverá ater-se na importância das promessas que irá fazer e no dever que lhe incumbe de ser fiel quanto ao cumprimento do que for afirmado. Isto porque o juramento é o penhor da palavra, a força que lhe dá sustentação e a mudança de intenção atinge diretamente a moral, a honra e a dignidade de quem assim age. Algum tempo depois de Hipócrates lançar de forma escrita o juramento sobre seus propósitos em relação à profissão que exercia, Jesus, o Messias, ao realizar mais uma de suas inúmeras pregações, desta vez, à multidão que o seguia rumo a uma sinagoga, em Jerusalém, referiu-se à palavra como algo de valor preciosíssimo, afirmando que ela, uma vez não honrada tornaria enfraquecida a dignidade da pessoa. E concluiu: “Se por vossas palavras houver ou não compromisso assumido, que o vosso sim seja sim, e que o vosso não seja não. O que passar daí vem do Maligno” (Mat. 5:37). É lamentável, no entanto, que, nos dias atuais, o que se tem a dizer a esse respeito é surpreendente, ou seja, o penhor da palavra empenhada, do juramento e de outros compromissos igualmente assumidos de forma solene, tenha se transformado em insignificância e já não vale mais nada para uma grande quantidade de pessoas. Esta realidade nos mostra a todo instante que o dever de realizar o gesto assumido tornou-se mecanismo usual considerado como algo de valor moral inexpressivo do qual as referidas pessoas se valem para renunciar, de maneira desavergonhada, das promessas feitas, cujos efeitos além de afetarem expectativas alheias, provocam perda de tempo, de dinheiro e o que é pior: os que prometem e não cumprem perdem o respeito, a honra e se tornam indignos de confiança.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 20/35 Assim sendo, na eventual ruptura de um compromisso solene, assumido por livre vontade, ambas as partes se transformam em vítimas, com substanciais perdas, embora sejam estas de naturezas diferentes. Os que prometem e não cumprem têm a garantia da palavra enfraquecida, perdem o respeito próprio e criam problemas para os outros. Para essas pessoas a realidade torna- se difícil de ser encarada, vez que, no seu dia a dia, a vergonha de seus atos lhes afugenta a liberdade de se fazerem presentes em qualquer lugar. Já os que se frustram com a violação do compromisso assumido por parte de quem lhes prometeu alguma coisa, perdem tempo e dinheiro. Num breve comparativo entre as diversas situações em que o compromisso solene é exigido, isto é, sem o qual as fases seguintes do respectivo ato ficarão prejudicadas, pois não terão como prosseguir, vemos em destaque o ritual maçônico de iniciação e a cerimônia de casamento, ocorrências nas quais, hoje em dia, esse fato se verifica, com frequência, como algo rotineiro e em escalas sem precedentes. No pacto matrimonial a sua ruptura tem lá suas múltiplas razões, muitas delas de foro íntimo, enquanto que no juramento maçônico, também prestado de forma solene, em que o iniciando promete guardar segredo sobre os mistérios da Ordem que lhe vão ser confiados, ajudar e defender os irmãos, praticar a filantropia, reconhecer o Poder Central da maçonaria como Potência Maçônica e a esta prestar inteira obediência, a causa de sua ruptura quase sempre é uma só, a do erro de pessoa, a qual, em síntese, pode ser definida como aquela que foi aceita porque deu a impressão de que se tratava de alguém que vinha para somar esforços, mas que, na verdade, a escolha recaiu sobre quem não reúne as condições mínimas adequadas para ser um bom iniciado, isto é, aquele que não guarda afinidade em sua formação moral e intelectual com os preceitos da Ordem Maçônica. Essa incompatibilidade, que deve ser conhecida antes mesmo do candidato ser iniciado, não é detectada no momento oportuno por uma razão: entre as medidas e providências tidas como necessárias à instrução do processo investigatório adotado pela maçonaria não estão previstos, nem tão pouco sendo adotados, critérios subjetivos para se conhecer melhor o caráter de quem se apresenta como seu candidato. Isso facilita a aceitação e aprovação de propostas partidas de quem possui nível de consciência aquém do mínimo necessário, o que limita o campo de sua capacidade mental não lhe permitindo o discernimento, por exemplo, de qual é o verdadeiro sentido do penhor da palavra dada em relação ao dever de cumpri-la. Anestor Porfírio da Silva – < anestorporfirio@gmail.com M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia – Goiás Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 21/35 Osvaldo Pereira Rocha* Grão-Mestre “Ad Vitam” do GOAM. Colaborador do JB News - Registro DRT/MA 53. São Luiz - MA E-mail rocha.osvaldo@uol.com.br site www.osvaldopereirarocha.com.br REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Graças ao Grande Arquiteto do Universo (Deus), elaboro a seguinte síntese histórica da Proclamação da República Federativa do Brasil, proclamação essa em 15 de novembro de 1889. Crise da monarquia; Marechal Deodoro da Fonseca; movimento republicano, história do Brasil; fim da monarquia; democracia no Brasil: Registra a História do Brasil, que no final da década de 1880, a monarquia brasileira estrava em uma situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessária a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais. A referida crise pode ser explicada através de algumas questões, ou seja: a interferência de Dom Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica; críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do então Ministro da Guerra; a classe média (funcionários públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império; falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do oeste paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinha grande poder econômico. Diante das pressões supracitadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, principalmente da Maçonaria, o Imperador e seu governo, encontravam- se enfraquecidos e frágeis. Doente, Dom Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil. No supracitado dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o Marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório. Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro do mesmo ano, Dom Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira, com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de Presidente do Brasil. A partir de então, o país seria governado por um presidente escolhido pelo povo, através de eleição. Foi um grande avanço rumo à consolidação da democracia no Brasil. E o dia 15 de novembro é feriado nacional brasileiro. E mais, no dia 19 de novembro de 1889, foi escolhida a primeira Bandeira republicana do Brasil, um dos símbolos da nossa Pátria. Viva a Proclamação da República Federativa do Brasil! Viva a Bandeira Nacional do Brasil. Que o Grande Arquiteto do Universo continue nos abençoando! 5 – República Federativa do Brasil - Osvaldo Pereira Rocha
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 22/35 Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA) MI da Loja Estrela da Distinção Maçônica Brasil nr. 953 (GOB/GOERJ) Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva – = SINOPSE DA BIOGRAFIA DO EMINENTE MAÇOM “QUINTINO BOCAIÚVA” QUINTINO ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA nasceu no Rio de Janeiro em 04.12.1836, em Itaguaí, e faleceu em 1912 - tornou-se conhecido por QUINTINO BOCAIÚVA, político e jornalista. Seu patriotismo era tamanho, que imbuído do espírito nacionalista, adotou um nome nativista (prática em voga na sua época) passando a se chamar, Quintino Bocaiúva, (bocaiúva é uma espécie de coqueiro brasileiro, também chamado de macaúba e coco de catarro), abandonando o sobrenome de família ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA. A vida deste ilustre Maçom não foi fácil desde a sua infância. No entanto, seu espírito predestinado o fez digno de todas as homenagens, tanto assim que nas comemorações de seu centenário, o Acadêmico Afonso Costa proferiu as seguintes palavras: “QUINTINO BOCAIÚVA foi um homem notável, principalmente por duas grandes qualidades que suponho sejam as de maior grandeza e brilho no homem – a Inteligência e o Caráter. Sua inteligência era segura, norteada, superior, e à custa desta venceu todos os estágios da vida em que se iniciara. Unindo-se ao caráter, que era ilibado, sem qualquer jaça, consciente, de clareza diáfana e de segurança inalienável, tudo conseguiu, e de tudo de quanto aspirou, triunfou”. Já em 1851, com apenas 15 anos de idade, seu sonho de se tornar advogado era grande e por ele lutou, matriculando-se na Faculdade de Direito de São Paulo no Curso de Humanidades e contribuindo para jornais acadêmicos. Ainda estudante de Direito, e já filiado à corrente republicana, colaborou no Jornal Acadêmico Acaiaba. No ano seguinte, redigiu o Jornal “A Honra” com Antônio Ferreira Viana, jornal de cunho republicano. Já sem recursos para continuar seus 6 – Quintino Bocaiuva José Anselmo Cícero de Sá
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 23/35 estudos acadêmicos, retornou ao Rio de Janeiro, onde militou no “Correio Mercantil”, a partir de 1854, dedicando-se ao jornalismo e, dois anos após, estreou como teatrólogo, com a peça “Trovador”. No dia 25 de março de 1860, em seu quadragésimo ano, reaparece o Diário do Rio de Janeiro, sob a orientação de Quintino Bocaiúva e Saldanha Marinho, cuja programação, como nos informa Nicola Aslan, era voltada para os anseios nacionalistas – uma característica de Quintino Bocaiúva. No ano de 1861 foi Iniciado na Loja Maçônica “América”, Jurisdicionada ao Grande Oriente do Passeio, ou Grande Oriente Brasileiro, que posteriormente foi denominado de Grande Oriente do Brasil. Três anos após a sua Iniciação, filiou-se à “Loja Comércio do Rio de Janeiro”, Jurisdicionada ao Grande Oriente dos Beneditinos, quando, à época era seu Grão Mestre Joaquim Saldanha Marinho, e ainda, à ”Loja Segredo”, também do mesmo Oriente. Esta Loja continha em seu quadro diversos irmãos emancipacionistas. Não afirmamos abolicionistas, baseados na tese do irmão Frederico Guilherme Costa, por ser o termo mais coerente. Quintino Bocaiúva passou a ocupar o Cargo de Venerável Mestre. No ano de 1867, em meio à Monarquia, passou a escrever para o periódico “A República” e, posteriormente, em 1870, redigiu o famoso “Manifesto do Partido Republicano” e fundou o referido Partido. Após três anos, foi o redator do famoso manifesto republicano publicado no primeiro número do Jornal ”A República”, que viria a ser empastelado pelos monarquistas em 1873. Pouco menos de um ano depois, foi necessário o encerramento de suas atividades, passando Quintino Bocaiúva a fundar “O Globo” e “O País”, tendo este último exercido grande influência na campanha republicana. Por sua atuação na imprensa, ele foi cognominado por seus contemporâneos, “O Príncipe dos Jornalistas Brasileiros”. Quintino Bocaiúva desempenhou, também, missões jornalísticas no Uruguai e na Argentina, quando tratou amplamente da chamada “Questão Platina”. Finda a guerra do Paraguai, faria o confronto entre o Império e a República em artigos e conferências, estas em parte reunidas no volume “As Constituições e os povos do Rio de Prata” (1870). Este Venerabilíssimo Irmão, também figura entre os fundadores de “A República” e os redatores do “Manifesto Republicano”, o qual foi divulgado no primeiro número deste jornal, (em 03 de janeiro de 1870). Quintino Bocaiúva foi o político completamente fiel ao “Manifesto Republicano”, que propugnou o advento da República pela “evolução” e “revolução”. Por outro lado, foi também, contrário a tática que Antônio da Silva Jardim procurou imprimir ao movimento de janeiro de 1889, com a intensificação de comícios populares em todo território nacional. Optou por atitude mais discreta de comedimento, limitando a campanha à doutrinação pela imprensa, o que foi, afinal, aprovado pelo Congresso Republicano, reunido em São Paulo que deferiu a Quintino Bocaiúva a chefia da propaganda em maio de 1889. A esta altura, já se conspirava contra o Império. “Manifesto Republicano”, Quintino Bocaiúva foi quem aproximou o elemento civil (os ‘casacas’) dos militares descontentes. As primeiras articulações com Benjamim Constant e seus discípulos, abriram o caminho para a reunião decisiva
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 24/35 na casa do marechal Deodoro da Fonseca, em 11 de novembro de 1889 para a qual Quintino Bocaiúva levou os companheiros da causa. Tão grande era o seu prestígio, como líder republicano em todos os meios, inclusive no militar, que na madrugada de 15 de novembro de 1889, Quintino Bocaiúva cavalgou ao lado do marechal Deodoro da Fonseca como único civil a participar ativamente do capítulo final do movimento republicano, com a queda do segundo Império. Implantada a República, ele ocupou o Ministério do Exterior, durante o Governo Provisório. Deixou o Ministério em 1891, com as honras de General de Brigada Honorário, concedidas a todos os membros do governo provisório. Quintino Bocaiúva permaneceu como Senador até a votação da 1ª Constituição Republicana de 1891, tendo renunciado ao seu mandato para retornar às suas atividades jornalísticas, como diretor de “O País”. Em 1897 foi eleito Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Brasil. Dois anos depois foi eleito Senador Federal e Presidente do Estado do Rio de Janeiro, tendo tomado posse em 31 de dezembro de 1900. Ocupava este cargo quando foi eleito e empossado no cargo de Grão-Mestre do Grande Orientei do Brasil, em fevereiro de 1901, tendo como Grão-Mestre Adjunto, Henrique Valadares. Foi durante o seu Grão-Mestrado que começaram a ser implantados os Grandes Orientes Estaduais Federados, de acordo com a Constituição sancionada pelo Decreto nº 179, de 31 de dezembro de 1900, a qual facultava essa implantação. O primeiro Grande Oriente Estadual Federado a funcionar foi o do Estado de São Paulo, através do Decreto nº 195 de 1º de outubro de 1901, e regularmente instalado em 24 de junho de 1902. Em 21 de junho de 1904, Quintino Bocaiúva entregou o malhete de Supremo Mandatário da Maçonaria ao Senador e General Lauro Sodré. Em 1909 Quintino Bocaiúva foi novamente eleito senador da república, tendo exercido a vice-presidência do Senado, vindo a falecer três anos depois, no dia 11 de junho de 1912, aos 76 anos de idade, tendo morrido em um ambiente de pobreza no qual sempre viveu, pois jamais se locupletou com os cargos e funções que exerceu. Este Eminente Irmão deixou um testamento no qual ficou evidenciada uma absoluta coerência com o seu modo de ser e de viver, durante toda a sua existência. Homem simples que foi, rejeitou qualquer pompa em seus funerais; espiritualista, rejeitou qualquer símbolo material que sobre sua cova recordasse sua existência; filho de uma época de intolerância religiosa entendia que a pureza da Doutrina Cristã ainda estava longe de ser alcançada pela Humanidade, exatamente em decorrência do radicalismo do clero da época. Com a dignidade e a coragem de se declarar, sem subterfúgios, ser “MAÇOM LIVRE E PENSADOR”, rejeitou os sufrágios da Igreja, numa época em que muitos ocultavam sua qualidade maçônica e procuravam as benesses do clero, como “passaporte seguro para o reino dos céus”. QUINTINO BOCAIÚVA, esse Eminente Maçom que fez da sua própria vida um paradigma patriótico, cívico, humanístico, político, social e maçônico, por todas as suas virtudes tornou-se PATRONO DA CADEIRA Nº 29, DA ACADEMIA MAÇÔNICA DE ARTES, CIÊNCIAS E LETRAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – (AMACLERJ), a qual tenho a imensa honra e elevada satisfação de ocupar, desde 28 de julho de 2008.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 25/35 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau 10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz 14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim 14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste 17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis 17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis 18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste 19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis 21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz 21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal 21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis 24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis 03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos 03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville 07/11/2001 Zodiacal Florianópolis 11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Novembro
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 26/35 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome da Loja Oriente 03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis 04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau 09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque 12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó 15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 27/35 LOJA MAÇÔNICA FRATERNIDADE BRAZILEIRA DE ESTUDOS E PESQUISAS XXIII ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS CARTA DE FLORIANÓPOLIS Aos quinze dias do mês de outubro de 2016, os Maçons, na busca do saber para o constante aperfeiçoamento pessoal e aprimoramento dos conhecimentos maçônicos, reuniram-se na cidade de FLORIANÓPOLIS/SC, para a realização do XXIII Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas, promovido pela Loja Maçônica Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas do oriente de Juiz de Fora/MG, com o apoio do Grande Oriente de Santa Catarina e do Grande Oriente de Minas Gerais, após ouvirem e debaterem sobre os temas: “COMO DEFINIR VOCAÇÃO MAÇÔNICA” e “A MAÇONARIA NAS REDES SOCIAIS” proclamam aos maçons espalhados pelos quatro cantos do Brasil, a síntese de seus trabalhos como contribuição ao fortalecimento e engrandecimento da Maçonaria no Brasil. Para tanto, recomendam: - Que as Lojas e Potências conceituem as características e habilidades necessárias para os candidatos à Ordem, de maneira a proporcionar condições para despertar, pós-iniciação, a vocação maçônica - fator preponderante para o comprometimento nos valores e princípios maçônicos. - A participação proativa dos maçons nos aspectos sociais de sua comunidade, desde que fundamentados nos valores da Ordem. - Que as Potências e Lojas, estabeleçam um código de conduta para regular a participação dos maçons nas redes sociais. - A constante instrução em Loja da função social da maçonaria, como Ciência, Filosofia, Moral e Ética e, o seu consequente inter-relacionamento no ambiente virtual como fator de adaptação, renovação e evolução de seus propósitos. - Que a simplicidade, como princípio basilar da Ordem, deve ser perseguida incessantemente pelos maçons. - A prudência e o cuidado necessários ao trato e participação em manifestações e movimentos sociais que possam macular a Instituição, por atitudes e comportamentos profanos ou midiáticos não condizentes com os princípios e valores da Ordem. - O exercício da lógica e da razão em contraposição à emoção, para que o maçom não seja induzido ao erro comum, fator de discórdia, ignorância e intolerância no mundo atual, que impedem a manifestação da verdade. Florianópolis/SC, 15 de outubro de 2016 Coordenador do Encontro: Miguel Simão Neto Relator: Antonio Campos Silva Junior
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 28/35 Loja Fé e Amor e o Lar dos Idosos São Vicente de Paulo (Tanabi SP) É com enorme alegria que estamos enviando o encontro que os IIr.". da ARLS " Fé e Amor" - nº 42 - GLESP - Oriente de Tanabi - S.P. Foi realizado no Lar dos Idosos de nossa cidade, levando alegria aos residentes dessa Instituição no último sábado (5), onde nos reunimos, juntamente com as cunhadas do Clube das Acácias e De Molays do Capitulo "Vale da Luz" de Tanabi - SP. Se possível publique no JB- News , o qual sou leitor assíduo. Da esquerda para direita Ir.". João Paulo, sentado Ir.". Ado, DeMolay Thales, Ir.".V.".M.". Cássio, Ir.". Danilo e o animado Ir.". Missena famoso Pé de Valsa.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 29/35 Da esquerda para a direita Ir.". Silas e Ir.". Júlio, nossos comandantes da cozinha, nota 1000 para o lanche de lombo. A cunhada Dagmar, esposa do Ir.". Júlio e atual presidente do Clube das Acácias. Irmãos, cunhadas e sobrinhos, reunidos para uma selfie.
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 30/35 Os idosos se deliciando com o lanche e refrigerante.
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 31/35 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Para o dia 8 de novembro: Recreação Quando oportuno, a Loja necessita suspender seus trabalhos ritualísticos. O Venerável Mestre determina que o Livro Sagrado seja fechado, com o mesmo cerimonial da abertura e os trabalhos suspensos. Erroneamente, há Venerável que não procedem ritualisticamente e entendem que os momentos de Recreação podem passar dentro do templo. Recreação significa descanso, liberdade no uso da palavra, retirada dos lugares e saída do templo. Fechado o Livro Sagrado, todos devem, mantendo o mesmo respeito da entrada, retirarem- se para a sala dos passos perdidos, onde poderão ficar à vontade. O templo é um lugar sagrado, uma vez que foi ritualisticamente consagrado. Na se confunda esse “sagrado” com um templo religioso; o maçom crê que o Grande Arquiteto do Universo está sempre presente no templo e por esse motivo o venera e respeita. O templo é um local místico e cerimonioso. O emprego de um ritual e de uma ritualística é motivo suficiente para o Respeito e Veneração; dentro do templo deve haver silencio e cerimônia. O maçom sabe disso e mantém a tradição a qualquer custo. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 331. Visite o site da Loja Professor Mâncio da Costa nr. 1977 www.manciodacosta.mvu.com.br Florianópolis
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 32/35 Iniciado na Loja Palestina Nº 357, de Detroit, Michigan em 7/11/1894. Exaltado alguns dias depois, dia 28, Henry Ford, foi um dos grandes nomes da indústria automobilística. Nasceu em 1863, Greenfield Townshi - Michigan faleceu em 1947, Dearborn, Michigan. Fundou a Henry Ford Company. Pioneiro: lançou a construção em série integralmente do seu primeiro automóvel, com um motor de 4cv, a água. Um carro simples a 850 dólares. Acessível e fácil de usar. O Modelo T foi um sucesso. Vendidos 15 milhões em 20 anos.
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 33/35 1 – Quem disse que chá não é bebida de verão? 2 – Esta é a melhor forma de limpar dispositivos eletrônicos! 3 – Os vencedores do Prêmio de Fotografia de Animais Selvagens! 4 – Poema telhamento: Poema Telhamento.mp4 5 – Teatro Nacional de Beijiinj: Teatro Nacional de Beijing.pps 6 - Será o Benedito?: Será o Benedito.mp4 7 – Filme do dia “O Ladrão” - dublado No outono de 1952, Katya e seu filho Sanya, de seis anos, atravessam de trem a gelada e faminta Rússia do pós-guerra, na tentativa de conseguirem viver com um mínimo de condições. Durante a viagem, a jovem viúva apaixona-se por Tolyan, um oficial bonito e gentil. Mas, será que ele é realmente quem parece ser? Indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ao Félix de Melhor Filme Europeu do Ano e vencedor de três Prêmios no Festival de Veneza. https://www.youtube.com/watch?v=ZtcMWQelQGw
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 34/35 Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481 MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737 Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182 Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas raimundoaugusto.corado@gmail.com A ALMA NÃO ESMAECE -com apenas um click as raízes vêm à tona- Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 13 de outubro de 2015 Distância apenas gera saudades; Tempo nos arremessa à recordação; É sem preço o valor das amizades; O bom amigo é comparado a irmão. Tudo na vida cai no esquecimento; Os guardados da alma jamais se esquece; Não importa lugar, distancia ou momento; Quem é vivo um dia aparece.
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.230– Florianópolis (SC) – terça-feira, 8 de novembro de 2016 Pág. 35/35 Seguro no mouse do PC da vida; Clicando numa pagina antes lida; Voltamos aos tempos de menino. Do fojo, do futebol, do giz e da lousa; Reencontrando Elias Francisco de Souza; O popular amigo, Elias de Pantino.