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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.118 – Florianópolis (SC) –quarta-feira, 20 de julho de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – (Coluna semanal) Jeitinho Brasileiro
Bloco 3-IrWilliam Spangler – A Biblioteca de Damocles
Bloco 4-IrJoão Ivo Girardi - Politeia
Bloco 5-IrHercule Spoladore – Influência dos Símbolos dos Povos Antonigos na Maçonaria
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrTarcísio Alcântara (Salinas – MG)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico e versos do Ir. e Poeta Adilson Zotovici
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 2/23
Irmão Manoel Miguel
MM da Loja Colunas de São Paulo 4145 – GOB/GOSP – Or.’. de São Paulo.
Cel./WZ: 19 98401-0686
Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida
manoelmiguel@msn.com
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 202º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 164 para terminar este ano bissexto
Dia Internacional da Amizade
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
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Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin
 514 - Eleição do Papa Hormisdas.
 1304 - Tomada do Castelo de Stirling: Eduardo I de Inglaterra conquista a última fortaleza rebelde
na Guerra da Independência Escocesa.
 1810 - A Colômbia proclama sua independência da Espanha.
 1833 - Numa manifestação anti-Mórmon é destruída quase completamente a primeira edição do "Livro
dos Mandamentos"; os exemplares que restaram estão entre os livros mais valiosos do século XIX,
devido à sua raridade.
 1864 - Guerra Civil Americana: Batalha de Peachtree Creek - Perto de Atlanta, Geórgia, as forças
militares dos Confederados, dirigidas pelo General John Bell Hood tentam atacar, sem sucesso, as
tropas Unionistas do General William T. Sherman.
 1866 - A marinha austríaca, comandada pelo almirante Wilhelm von Tegetthoff, derrota a
armada Italiana perto da ilha de Vis, na Batalha de Lissa.
 1871 - A Colúmbia, então território britânico, junta-se à confederação do Canadá
 1897 - A Academia Brasileira de Letras realiza sua sessão inaugural.
 1917 - Sérvios, croatas e eslovenos se unem em um só reino, a Iugoslávia. A união dura até a década de
90.
 1934 - Getúlio Vargas toma posse na presidência da República. Ele já governava o país desde 1930,
depois do golpe que derrubou o presidente Washington Luís.
 1944 - Segunda Guerra Mundial: atentado a bomba contra a vida de Adolf Hitler, mas
o Führer sobrevive.
 1954 - Independência do Camboja.
 1958 - Fundação do Município de Cunha Porã, em Santa Catarina.
 1960 - Sirimavo Bandaranaike é eleita primeira-ministra do Ceilão (atual Sri Lanka), tornando-se a
primeira mulher a exercer o cargo em um país.
 1969 - A nave Apollo 11 pousa na Lua; Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornam-se os
primeiros humanos a caminhar na superfície do satélite.
 1988 - Os governos da África do Sul, de Cuba e de Angola concordam com a proposta de conceder a
independência da Namíbia e encerrar a guerra de Angola.
 1992 - Václav Havel renuncia à presidência da Checoslováquia.
EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 4/23
 2006 - World Jump Day, algo como Dia Mundial do Pulo.
 2015 - Reinstalação da Embaixada dos Estados Unidos em Cuba.
1821 Assume o governo catarinense o tenente-coronel Tomás Joaquim Pereira Valente, substituindo o
coronel João Vieira Tovar de Albuquerque.
1883 Morre, no Desterro, o padre e professor José Leite Mendes de Almeida. Doutor em latim, foi
diretor do Liceu Provincial.
1902 Circula, em Florianópolis, o primeiro número do jornal intitulado “A Penna”.
1958 Instalado o município de Cunha-Porã, criado pela Lei nr. 348, de 21 de junho de 1958.
1961 Lei nr. 738, desta data, criou o município de Guaraciaba, desmembrado de São Miguel do Oeste.
1964 Instalado, nesta data, o município de Balneário Camboriú, criado pela Lei nr. 960, de 8 de abril de
1964.
1742 Nasce William Preston, autor da famosa publicação Ilustrations of Masonry e patrono das
Prestonian Lectures, famosas palestras anuais.
1794 Executado do André Marie Chénier, poeta e idealista francês, membro da Loja Les Neuf Souers,
por opor-se aos estúpidos excessos dos radicais da Revolução Francesa.
1969 Edwin Aldrin, 33º. REAA, um dos três astronautas da Apolo 11, carregava consigo na viagem
uma bandeira do Supremo Conselho Jurisdição Sul – EUA.
1970 Fundação do Grande Oriente Estadual do Piauí.
1993 Fundação da Loja Liberdade Criciumense nr. 55, de Criciúma (GLSC)
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
históricos de santa catarina
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O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
prof.elisiario@uol.com.br
JEITINHO BRASILEIRO
Ser ético no Brasil virou exceção. A falta de moral é o corriqueiro na vida nacional.
Vivemos numa sociedade doente, onde a corrupção é encontrada em todas as camadas sociais. O
jeitinho brasileiro ganhou mais espaço. Levar vantagem, saciar-se, querer mais, a medida do T não
enche, são entre outras as expressões que mais se valorizaram.
A regra geral na sociedade é a inversão de valores. Troca-se o ser pelo ter, a obrigação pelo
favor, o desempenho eficiente pelo jeitinho. Esses comportamentos repercutem em todos os níveis
da atividade produtiva e segmentos sociais. O setor público é o mais visado.
A cultura do jeitinho tem sido alvo de reprovações constantes. Todavia, o jeitinho não pode
ser confundido com tolerância à corrupção, como nos fala o sociólogo Alberto Carlos de Almeida
no seu livro A Cabeça do Brasileiro. O jeitinho é a própria corrupção. Desse modo, quanto maior
a transparência na atividade pública menor a possibilidade da corrupção. Quanto maior for a
classe média no país maior a barreira contra a corrupção, posto que com uma multidão que
respeita a lei haverá muito menos pessoas a punir.
Não se pode aceitar que um presente dado ao funcionário público seja visto como uma troca
de favor, que uma bola dada ao guarda de trânsito seja tido como um reconhecimento pela sua
compreensão de uma ação involuntária, que uma recompensa numa licitação seja tida como um
agradecimento pela especial atenção despendida.e assim por diante. Pesquisa feita por aquele
sociólogo revela, porém, que “o favor ainda é concebido pela população como algo legítimo na
esfera pública”: 57% entre os analfabetos e 5% entre os de nível superior.
Esse jeitinho brasileiro tem contribuído para a construção de uma imagem negativa do país
no exterior. A pesquisa apresentada naquele livro mostra que 17% da população brasileira
aprovam o nepotismo nos cargos públicos e o jeitinho tem aprovação com índice de 30%.
Impactante, porém, é a constatação que a escolaridade baixa é a causa principal dos problemas
brasileiros.
Sem dúvidas, a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento de um país
e para a melhoria de vida da população. O jeitinho sempre foi prática predominante na história do
país. Precisa-se, pois, mudar a mentalidade do povo brasileiro, educar a todos, permitir a todos a
elevação dos níveis de escolaridade. Quanto mais se aumentar a escolaridade mais os valores
melhorarão, e o jeitinho haverá de desaparecer da realidade brasileira.
2 – Jeitinho Brasileiro
Ailton Elisiário
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IrWilliam Spangler MM
Loja União Diamantinense, 205
Diamantina MG
w.spangler9@gmail.com
A Biblioteca de Damocles.
“No Egito, as bibliotecas eram chamadas “Tesouros dos remédios da alma.” De fato é nelas que se cura a
ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.”
Jacques Benigne Bossuet – padre e orador francês ( 1627-1704)
O velho advogado, apesar de já estar aposentado e da artrite que o incomodava muito, ainda
fazia questão de ser um causídico em suas lides e como fator aleatório fazia seu trabalho também
para ajudar alguma pessoa em dificuldade e que fosse necessitada de assistência jurídica por ser
considerada sem recursos financeiros. Sendo o decano dos advogados da cidade, ele também
ajudava os novatos em suas lides quando era questionado sobre algum dispositivo da lei ou
jurisprudência que inserisse no processo alguma forma de defesa mais propicia à ação processual.
Para ele, em todas as instancias, os advogados eram seus amigos e não simplesmente adversários.
- Dr. Baltazar. Queria que desse uma olhada nesta petição inicial para ver se seria possível
adicionar alguma defesa que me tenha sido omitida e possa dar maior fulcro ao processo. Posso
contar com a sua experiência? Pediam os novos advogados quando tinham alguma duvida sobre a
forma legal e intuitiva para esclarecer e salientar a defesa em curso ou a propositura da ação em
suas petições iniciais.
- Tudo bem. Vá ao meu escritório e poderemos ver o que seja possível de inserir para dar um
lustro na petição inicial, além de tomar um bom cafezinho. Respondia com amabilidade e afeto
aos iniciantes.
3 – A Biblioteca de Damocles
William Spangler
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 7/23
Ao visitar o Dr. Baltazar em seu escritório, os visitantes percebiam o velho armário com portas
de vidro contendo vários livros enfileirados como um batalhão de soldados em variados tamanhos,
cores e títulos bem atrás de sua mesa. Bem manuseados, os livros apresentavam manchas,
pequenos rasgos nas capas, folhas amareladas com marcadores dobrados entre elas, mais
parecendo um sebo organizado que uma biblioteca.
- Vamos ver o que temos aqui nos meus alfarrábios. Respondia o advogado e abria o armário
retirando das prateleiras algum livro que era preciso para complementar a tese de defesa ou
alguma outra jurisprudência que fosse adequada ao processo em curso.
- Voilá. Pode usar esta jurisprudência e este dispositivo legal nesta ação processual meu caro
colega. Cabem como luvas de boxeador em sua tese. Vai dar muito trabalho ao litigante.
Salientava com um sorriso e entregava os livros com as paginas abertas ao advogado para que ele
estudasse e retirasse as teses possíveis que poderiam ser usadas no processo.
- Enquanto isso, vamos tonar um cafezinho. Pegava a garrafa térmica, servia um cafezinho e
ficava a elucubrar as teses com o advogado enquanto fumava um palheiro, perto da janela do
escritório. Terminado os estudos, geralmente o advogado saia bem satisfeito e agradecido pelos
esclarecimentos de suas dúvidas e empréstimo dos livros para tornar a ação mais efetiva aos olhos
do Juiz.
- Obrigado mestre Baltazar. Seus livros com jurisprudência foram muito uteis para mim. Mas
diga-me: porque sempre usa seus livros se com tanto tempo e experiência como advogado deveria
ter em sua mente já vários exemplos que não precisariam ser consultados? Muitos dos nossos
colegas já têm a resposta sem consultar. Perguntou com certa curiosidade o jovem advogado.
O velho advogado deu um leve pigarreio, tomou seu café, olhou para o jovem e calmamente
disse:
- Meu caro jovem. Jamais em minha mente eu guardaria todos os ensinamentos que estes livros
possuem. Eles são como estes cafezinhos que temos que tomar de vez em quando para ativar
nossa energia. No caso dos livros: nossa memória. Em nossa profissão nunca acredite piamente
em quem só usa sua memoria sem consultar os livros. A memória pode trair nosso conhecimento:
os livros jamais. E, em nossa profissão, um erro pode te condenar a ser sempre lembrado por ele.
Um descuido da memória pode ser fatal em uma tese de defesa. Portanto meu caro causídico
tenha em sua sala uma biblioteca jurídica. Ela é como a espada de Damocles sobre sua cabeça a
lembra-te que tudo o que sabes ainda é pouco e é necessário folhear estes alfarrábios para
atingir o muito que deseja. Anos e anos de advocacia me ensinaram que cada ação é especifica
ao seu termo e os casos inerentes são apenas simulacros que nos ajudam nas jurisprudências.
Copiar ou embasar uma defesa já existente é um erro. Use-a apenas para referência e faça a sua
própria. Seja sempre original, pois será reconhecido por isto. E, também, tenha bons livros de
romance, biografias, aventuras, sagas, mitologia para quando estiver sozinho e despido de sua
indumentária social e profissional seja apenas um homem a deleitar-se com a cultura e o prazer
da leitura na penumbra pacifica de nossos escritórios.
Levantando-se da cadeira o velho decano pegou na sua biblioteca um livro cujas paginas tinham
vários marcadores com as pontas para fora.
- Veja. Ás vezes uso este livro para minhas defesas mesmo já tendo feito varias consultas como
pode ver nas paginas já marcadas. É como uma mina: temos sempre que retirar mais uma pedra
preciosa desta lavra jurídica. Mesmo sabendo do teor deste livro as minhas elucubrações devem
ser revigoradas. Bom, vamos para o Fórum que hoje tenho uma audiência.
Os dois advogados saíram parolando sobre suas audiências. A lição estava dada. Aprender era
apenas uma opção pessoal.
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 8/23
O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”.
POLITEIA
”A mehor coisa em relação à minha arte é aquela que pode testar de todas as maneiras se
a mente... está produzindo uma mera imagem, uma impostura, ou um fruto verdadeiro e
genuíno”. (Platão, 427-348 a.C.)
1. O que é Politeia: Politeia (do grego antigo: politeía ou políteuma) era originalmente um termo
usado na Grécia Antiga para se referir às muitas cidades-estado (pólis) que possuíam uma
assembleia de cidadãos como parte de seu processo político.
Quando Platão escreveu o diálogo Politéia com significado de constituição ou governo de
muitos, ele jamais pensou que haveria um desvio na forma de governo - politéia, a qual deixaria
de expressar o sentido de uma sociedade organizada de maneira preventiva e passaria a ter como
característica a ordem repressiva dissimulada sob o nome de democracia.
2. Platão, que sonhou com um mundo melhor: Platão nasceu em 427 antes da Era Cristã,
exatamente um ano depois da morte de Péricles. Como Goethe, era dotado de todas as qualidades
com que os deuses podem cumular um mortal - pais ricos, boa aparência, e um espírito são em
corpo sadio. Era chamado Platão por causa de seus ombros largos.
Educado na atmosfera nervosa da guerra do Peloponeso, revelou de começo certa propensão
militarista. Com vinte anos, sob a influência de Sócrates, afastou-se das ocupações guerreiras para
dedicar-se aos estudos. A partir dessa época foi discípulo de Sócrates até a morte deste.
Quando Sócrates morreu, Platão achou conveniente deixar a cidade. Atenas já não era então
lugar seguro para filósofos. Durante doze anos andou viajando. Foi à Itália, à Sicília, familiarizou-
se com a escola mística de Pitágoras, o pescador de homens, que descobria sermões na Aritmética
e verdades divinas na Geometria.
Contava 40 anos de idade quando voltou de suas viagens. Fundou uma academia filosófica
onde palestrava com seus discípulos sobre os mistérios da vida, da morte e do destino humano.
Em suas horas vagas escrevia. Desgostoso com o mundo que condenou à morte um homem como
Sócrates, sonhava com um mundo mais perfeito e traduzia esses sonhos numa série de diálogos
dramáticos, na maior parte dos quais cabe o papel principal a Sócrates. Este em geral expressa
mais o ponto de vista platônico que o socrático. A voz é a de Sócrates, porém os pensamentos são
de Platão.
A Terra, dizia, é uma profunda caverna que a luz da razão não consegue atravessar. Somos
prisioneiros acorrentados nessa caverna e os objetos que vemos são meras sombras da realidade,
4 – Politeia
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 9/23
a passar nas paredes escuras, diante de nossa vida. O mundo perfeito, o mundo real, existe numa
idéia (no céu) e o mundo em que vivemos é apenas sua imagem imperfeita.
Platão, como Moisés, imaginava Deus como uma espécie de engrandecimento divino de si
mesmo, sentado no jardim celeste, exatamente como Platão sentava no jardim de sua academia,
contemplando a idéia perfeita de um belo mundo e procurando reproduzir uma cópia com o
material imperfeito de que dispunha. Tencionando fazer um céu de pedras e paus, Deus formou a
Terra, e depois, desejando fazer um anjo de barro, criou o homem. Não é necessário nos
demorarmos na metafísica de Platão. Ele próprio era um tanto incerto a esse respeito, como o são
todos os metafísicos. O próprio Aristóteles, talvez o maior intelectual da História, via-se às vezes
incapaz de compreender o misticismo de Platão.
Quando Platão interrompe suas teorias sobre as idéias de Deus e volta às suas próprias idéias,
torna-se um dos mais eminentes mestres de todos os tempos. Platão é o eterno modernista. Suas
doutrinas políticas e sociais avançaram não só além da época em que viveu, mas vão ainda
além do nosso tempo.
Não existe, quase, assunto de interesse vital para a atualidade de que Platão não tivesse
cogitado em seu compreensivo resumo do drama humano. A fraternidade universal, a eugenia, o
controle de nascimento, a comunidade das mulheres, a abolição da família, os filhos como
patrimônio do Estado, a igualdade dos sexos, a abolição da propriedade individual, o amor livre, a
censura de livros, a proibição - estes são apenas alguns dos problemas discutidos em seus
diálogos. Todas essas dissertações têm por base uma única finalidade - o desejo firme e
consciente de ver a justiça reinar sobre a Terra. A justiça para o indivíduo, a justiça para o
Estado. Ambicionava ver um Estado onde um Sócrates, em vez de ser assassinado, fosse
proclamado rei. Platão nos descreve um país imaginário, ideal, em sua A República, a primeira
utopia da História.
Certo dia - tinha então oitenta e um anos de idade - foi assistir a uma festa por ocasião do
casamento de um jovem amigo. O barulho dos convivas cansou-o. Pediu desculpas e foi para
outra dependência para tirar uma soneca, como disse. A folia tornou-se cada vez mais barulhenta.
Os convidados esqueceram-se do velho filósofo fatigado que procurava descansar durante a festa.
Platão, enquanto isso estava profundamente adormecido na sala contígua. Os ruídos
insignificantes do mundo não mais o perturbavam. O filósofo-rei, o rei dos filósofos, tinha sido
por fim chamado a comparecer à República tranquila da Morte! Em sua lápide ficou registrado:
Aqui jaz o divino Arístocles, que em prudência e justiça soube exceder a todos os mortais... Se a
sabedoria eleva alguém às alturas... estes a consegui. (Do livro, A História da Humanidade,
Henry Thomas).
3. O dia em que o Brasil descobriu Platão: Nunca o nome de Platão havia sido citado tão
generosamente pela mídia depois da 14ª Operação da Lava-Jato, quando a denominou de Politeia.
O Brasil inteiro recorreu aos livros para entender o significado desta palavra, sabiamente cunhada
pela Polícia Federal.
Fábio Konder Comparato, no artigo Réquiem para uma Constituição escreve: - Para o
pensamento da Grécia clássica, um Estado não vive sem constituição (politéia). Ela é a alma da
pólis, como disse Isócrates. Tem o mesmo poder do pensamento no corpo: é ela que delibera
sobre tudo, que conserva os êxitos e procura evitar as desgraças; é ela que deve servir de modelo
às leis, aos oradores e aos simples particulares. Se a alma da pólis vai ser executada, é
importante que se saiba quem será esse assassino espiritual de nossa Constituição. Para dizer a
verdade, são vários. É o conjunto dos Poderes da República, sem exceção alguma: o Executivo
como autor principal, eficazmente acolitado pelo Congresso Nacional; os tribunais superiores,
liderados pelo Supremo, com o acumpliciamento solícito do Procurador-Geral da República. Belo
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 10/23
corpo de réus para o juizo final de um regime! A politéia, na Grécia clássica, designava
primariamente tanto a esfera da vida privada, quanto à vida pública dos cidadãos.
Secundariamente, ela era a organização das diferentes magistraturas no sentido antigo, isto é, dos
agentes públicos aos quais o povo devia obediência.
O fundamento dessa organização constitutiva da pólis era a autoridade da tradição e das leis
fundadoras. Na época moderna, a idéia de Constituição tomou um sentido bem diverso,
marcadamente funcional: ela existe para proteger o ser humano, mesmo o indivíduo mais réprobo
e hediondo, contra o abuso de poder. A Constituição moderna é um instrumento de defesa dos
governados contra os governantes. Se ela não exerce esse papel, se ela se limita a suprimir os
freios ou obstáculos ao exercício do poder em nome da governabilidade, não se está diante de uma
Constituição. E, no entanto, a apropriação indébita do poder constituinte vem sendo praticada
quase cotidianamente pelos nossos governantes, a modo de um crime continuado. Os ladrões da
soberania popular são, decididamente, cleptomaníacos políticos.
4. Mais Platão, Menos Prozac: [...] Reconhecer que você tem uma crença falsa e destrutiva em
relação a si mesmo é uma coisa; substituí-la por uma convicção verdadeira e construtiva é outra.
Em geral, não alteramos convicções profundamente arraigadas simplesmente reconceitualizando-
as. A única maneira de alterá-lo é acumular uma qualidade diferente de experiência – orientada
por convicções construtivas de si mesmo – e substituir o edifício da autodestruição, tijolo por
tijolo, pela auto-afirmação. Isso é realizado, literalmente, um dia – mesmo uma hora ou um
minuto – de cada vez.
(Do livro, Mais Platão, Menos Prozac, Lou Marinoff).
MAÇONARIA
1. Alegoria das Cavernas: Na Teoria das Ideias, ou Teoria das Formas de Platão é apresentada
através de uma alegoria ou mito no Diálogo, A República. O famoso Mito da Caverna é uma
metáfora sobre a ilusão do mundo sensível, isto é, aquele que é apreendido pelos sentidos em
contraposição ao mundo inteligível, o apreendido pelo intelecto.
Imagine homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à
luz, desde crianças de pernas e pescoços acorrentados, não podem mexer-se, nem ver, senão, o
que está diante deles. A luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina, por detrás deles.
Entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada e um pequeno muro, por onde homens
transportam objetos de toda a espécie. Se os da caverna pudessem se comunicar uns com os
outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam daqueles homens e
objetos? Tais homens não atribuirão realidades, senão às sombras? Sócrates conta ainda que
certo dia, um desses prisoneiros foge da caverna, quase cegando com o sol lá fora, aos poucos,
porém, ele se acostuma e acaba extasiado com a verdadeira forma das coisas, as quais antes só
enxergava sombras. No final, o fugitivo volta à caverna para contar sua descoberta aos outros,
mas ninguém lhe dá crédito.
Para Platão, o mundo que nos cerca é a caverna, a luz do fogo que a ilumina e projeta sombras
é ilusão propiciada pelos sentidos, oprisioneiro fugitivo é o filósofo e à subida à região superior é
a ascensão da alma ao mundo inteligível, ao sol do conhecimento.
Platão acredita que tudo o que existe no mundo sensível, de pessoas, animais, de conceitos
abstratos, como por exemplo, o bom, o belo, tudo existe antes no mundo inteligível, ideal, onde
fica a sua ideia perfeita, correspondente. Para ele, o mundo dos sentidos é uma imitação
imperfeita ou simulacro, mutável e efêmero do mundo das ideias. O mundo das ideias, lá onde a
alma já andou, antes de fazer parte do corpo, esse sim, é perfeito, imutável, eterno e universal.
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2. Monografia Maçônica: O Irmão João Guimarães assim explica maçônicamente essa alegoria:
[...] Esse mito deixado por Platão é um dos maiores ensinamentos filosóficos, bem aplicáveis na
problemática atual por que passa a humanidade.
A caverna é o mundo atual, a sociedade e seus sistemas/costumes variáveis, o deslumbramento
pelo novo, enfim, tudo aquilo que serve como moeda de troca pelos melhores anos da vida de
alguém. Ou seja, tudo aquilo que esse alguém deixará para trás ao abandonar o que se chama de
vida. O reflexo dos objetos é a realidade e inexiste outra visão, salvo a imagem projetada à frente.
Desaparece, assim, de maneira consciente, a experiência acumulada ao longo de milhares de anos
de história da civilização humana. Por isso, cabem, sempre, as perguntas: de onde viemos? Para
onde vamos? A grande maioria das pessoas solidariza-se com suas próprias ilusões; a
massificação leva à carência de consciência e de identidade, a insegurança transforma o cativo em
animal. O mito permite ver que o gênero humano deve ser e, não só o que o homem é. É dever
da espécie humana conhecer-se a si mesmo. Caverna e ilusão são sinônimas; luz e verdade
também o são, entre si. Unificando-se pensamento e ação, como quer a doutrina da Ordem
Maçônica, a harmonia interior se faz presente. Há a necessidade imediata de reordenar a
sociedade, harmonizar o indivíduo e aproximá-lo de sua própria essência. Portanto, a humanidade
tem muito a caminhar e a realizar, à medida que as pessoas se reciclem, recapacitem-se e os males
da sociedade sejam exorcizados por uma utopia.
3. Palingenesia: Platão era adepto da teoria da transmigração ou do eterno retorno das almas,
fenômeno conhecido como palingenesia. Tudo o que existe aqui no mundo real, em nosso mundo,
não passa de uma projeção materializada do mundo das ideias, que está bem além da nossa
percepção sensitiva, conservando-se nele todas as formas que existem (tanto os objetos, tais como
cadeiras e mesas, como as ideias morais). Nosso corpo, ao morrer, faz com que a alma se
desprenda dele e flutue em direção ao lugar celestial onde se encontram as ideias ou formas (o
tópos ouranós). A alma dos filósofos, dos homens amantes do saber, é a que mais se aproxima
deste mundo, percebendo então na suas plenitudes, mais do que as almas das gentes comuns, as
ideias de bondade, beleza e justiça.
É exatamente esta qualidade da alma do homem sábio é que o torna mais qualificado para
ser governante da sociedade perfeita.
4. Rituais: (...) Entendeis a Iniciação maçônica como palingenesia, isto é, renascimento? -
Rigorosamente considerando, não o é, tal como se procede atualmente. Mas é, sem dúvida,
tomada de nova posição na vida, no sentido do Bem. (Ritual de Aprendiz - Rito Brasileiro).
5. Complemento II à Instrução Preliminar (AM) (GLSC, 1999). Este fascículo complementar,
no capítulo, O Ser Espiritual, cita: [...] Para a penetração do pensamento de Sócrates tal como
exposto por seus discípulos sobre a alama e a imortalidade e à época em que se encontrava na
sociedade grega antiga, é suficiente o exame de alguns trechos do Fédon, de Platão, onde, em
forma dialogada, Sócrates, estando na prisão à espera da ingestão do veneno, discute com seus
amigos a questão da morte. O texto tem cinco páginas.
6. Altos Graus: A cripta estudada no Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo) é um local
secreto, afastado do mundo profano e altamente consagrado. Nesse local, estão reunidos
os Grandes Filósofos da Humanidade, reverenciados pelo REAA: Zoroastro, Buda, Confúcio,
Moisés, Hermes Trismegisto, Platão, Jesus de Nazaré e Maomé. (Rizzardo Da Camino).
Para finalizar: A Filosofia platônica se faz sentir nos ensinamentos do 2° Grau.
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O Ir Hercule Spoladore – da
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
Influência dos Símbolos dos Povos Antigos na
Maçonaria
Em todas as civilizações antigas, em determinado momento de sua
história considerando-se suas crenças, sua lendas e mitos, o seu medo
da noite e da morte, o culto solar predominou.
O Sol foi cultuado por todas as religiões antigas e fazia parte de todas ora como divindade
principal, ora como herói.
É claro que a princípio estas civilizações acreditavam no disco solar como o principio criador.
Julgavam-no a divindade principal, e não apenas um elemento da divindade, como aceitamos
atualmente.
Hoje se tem a consciência de que um grão de areia e o Sol são a mesma coisa perante o
Universo, considerando-o como um todo, mas os antigos pela própria natureza humana tinham um
pavor imenso das trevas, da noite fria e adoravam o Sol, porque no dia seguinte lhes trazia luz,
calor e também a vida. Os sucessivos desaparecimentos e ressurgimentos intermináveis do Sol
deu aos seus cultuadores a ideia de ressureição. Assim o Sol passou a ser adorado em todos os
seus movimentos e trajetos, sempre ressurgindo quer no sentido religioso, alegórico, simbólico e
mítico.
Acreditavam os antigos que o Sol renascia a cada dia, sendo, portanto um novo Sol, que do
nascente atingia o esplendor no zênite para depois declinar no poente, sendo vencido pelas trevas,
para ressurgir vitorioso, ressuscitado todos os dias. E também não só diariamente, mas também
anualmente levando-se em consideração a alegoria a respeito de seu trajeto no Zodíaco. O homem
também aprendeu pelas estações do ano, qual a importância do Sol. Assim nasceu o culto solar
que nada mais era que uma religião natural que satisfazia o ser humano quando ainda engatinhava
intelectualmente.
Os egípcios tinham seus deuses solares Rá ou Rê – Tem, ou Tem-Rá, Amon, Acton e ainda
Osires Entretanto Amenófeles IV mais conhecido como Aquenaton rejeitava a concepção de Aton
haver criado o disco (Sol) e achava que o disco solar era autocriado, portanto autossuficiente.
Aquenaton foi o primeiro faraó a criar uma religião monoteísta. Adorava a energia radiante
do Sol, fazendo, portanto distinção entre a energia criadora e a matéria criada, conceito este que
até então não existia no Egito. Os egípcios foram os primeiros a considerar a transcendência.
Posteriormente criaram o deus solar Osires que serviu de arquétipo para a Lenda maçônica de
Hiran.
Os povos da Mesopotâmia tinham sua religião baseada em divindades cósmicas e em
especial o Sol. Eles tinham o rei do céu, Anú, rei da Terra Enlil e o rei do oceano Ea. Estes deuses
acabaram criando os deuses astrais como Chamac o deus-sol e Sin a deusa-lua, além de outros
5 – Influência dos Símbolos dos Povos Antigos na Maçonaria
Hercule Spoladore
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deuses referentes aos planetas. Tinham ainda o deus Damuzi, uma espécie de deus agrário que
cuidava dos mortos e da ressureição anual do Sól.
Os sumerianos foram um dos primeiros a estudar a astronomia e a astrologia sendo a eles
atribuídos os doze signos do Zodíaco.
Os persas tinham como deus máximo Mazda, criador do mundo e logo em seguida Mitra –
deus do dia, deus do Sol. A doutrina de Mazda de fundamentava na constante luta entre o bem
(Ormuz) e mal (Ahriman) Zaratustra ou Zoroastro posteriormente modificou esta doutrina, dando-
lhe um caráter mais monoteísta pautado em um único deus – Mazda. O culto solar mitraico é
similiar aos outros cultos solares, sendo no hemisfério norte a noite mais comprida do ano de 24
para 25 de dezembro no início do solstício de Inverno. Era celebrada nesta data a festa do natalis
invicti solis (nascimento do Sol vitorioso). Este culto solar influenciou a Maçonaria, através do
cristianismo, porem com outra roupagem.
Com relação ao povo judeu, inúmeras alegorias fazem parte da sua história indicando pelo
menos em alguma ocasião possam ter sidos influenciados pelos astros. Se for lido capítulo 49 de
Gênesis e 33 de Deuteronimo se constatará que Jacó teve quatro esposas, doze filhos homens e
uma filha mulher. Aí se percebe uma alegoria astronômica em que o Sol seria Jacó as quatro
esposas seriam as quatro fases da Lua e seus filhos se identificariam com os signos do Zodíaco.
Assim Simão e Levi representariam o signo de Gêmeos, Virgem seria representado por Dinhah,
única filha de Jacó. Gad representaria Aries, Issachar a Touro, Benjamin a Câncer, Judá a Leão,
Assher a Libra, Dan a Escorpião, José a Sagitário, Naftali a Capricórnio, Rubens a Aquário e
Zebulon a Peixes.
O escritor judeu Josephus, refere que os judeus levavam os doze sígnos do Zodíaco em
suas bandeiras, acampando em torno do Tabernáculo, o qual continha o candelabro de sete braços,
representando o Sol e os planetas dentro do círculo formado pelos doze signos do Zodíaco.
Os judeus construíram seus templos da mesma maneira dos templos solares de tal forma
que a entrada ficasse voltada para o leste, ou seja, frente ao Sol nascente.
Saudavam o Sol com um sacrifício matinal e à tarde quando o Sol se punha no poente se
despediam dele com uma oblação vespertina e no seu sabbath faziam um sacrifício adicional, ao
Deus da raça “lunar” – Jeovah.
Na Páscoa uma das grandes festas do povo judeu coincide quando o Sol deixa o hemisfério
sul onde hibernava e inicia a sua caminhada para o hemisfério norte sendo saudado com alegria
pelos homens como o Salvador.
A última e mais importante festa dos Tabernáculos no outono, quando o Sol faz o trajeto
inverso, indo do norte para o sul, depois de ter dado ao povo “pão e vida”, com o qual poderá ser
sustentado até a próxima volta aos céus do norte.
Os seis signos pelos quais o Sol transita no inverno (Libra, Escorpião, Sagitário,
Capricórnio, Aquário e Peixes) são chamados pelo povo judeu de “Egito” porque é uma
lembrança má para este povo. Os sígnos boreais ou do norte (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão
e Virgem) são chamados de “céus” “terra prometida”, porque destilava “leite e mel”.
É claro que os judeus eram altamente espiritualizados e está se falando de meras alegorias
astronômicas que, no entanto, elas existem. Muitos, autores e exegetas não aceitam estas
explicações.
Entre os gregos com referência aos seus inúmeros deuses astrais, o Apolo era o Sol, esposo
de Géia a Terra. Os romanos tiveram também seu culto solar. Igualmente adotaram entre muitos
deuses o Apolo ou Febo já conhecido dos gregos como o Deus-Sol.
Em Roma o cristianismo disputava com o mitraismo ( persa) que praticava um culto solar, e
ambas as religiões estavam mais ou menos divididas em aceitação pelo povo romano. O
Imperador Constantino Magno, ou Constantino I no ano 313 d.C. deu liberdade aos cristãos tendo
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ele mesmo se convertido. Dai o cristianismo venceu e o mitraismo perdeu forças e acabou por se
extinguir, mas deixou sua influência pelo menos simbólica.
Interessante, que os cristãos antes perseguidos passaram a perseguir os chamados pagãos.
Substituíram o Sol por Jesus Cristo, como sendo a luz que se espargirá por toda a humanidade e o
deus mitraico Janus que era representado nas esculturas como tendo duas frontes que nada mais
simbolizava os dois solstícios e adotaram os dois São João, o Batista e o Evangelista, que para
alguns teria o mesmo significado que Janus. O cristianismo com uma nova proposta religiosa teve
que assimilar a prática dos antigos para que pudesse convertê-los mais facilmente e escolheram
uma data próxima do solstício de inverno no hemisfério norte e assim a igreja inventou a data do
nascimento de Cristo para 25 de Dezembro.
A Igreja queria apagar da memoria do povo, agora com uma nova religião oficial, o deus
Tamuz, o deus Janus e o deus Mitra. No século VI, no ano 525 d.C o Papa João I no ano 753 da
fundação de Roma transformou-o no século 01, afim de oficializar o nascimento de Jesus como
sendo o século do calendário e assim o povo esquecer o Mitra menino.
O Sol também era adotado pelas civilizações pré-colombianas, destacando-se os incas,
astecas e maias como seus principais adoradores.
A alegoria que será citada agora voltada para a Lenda de Hiran é dada por Ragon, o qual
nem sempre goza da aceitação da maioria dos autores. Ela é totalmente solar.
A Lenda de Hiran representaria o Sol nos seu solstício de verão. O Templo de Salomão
seria o universo solar que para o maçom significa grande fonte de estudos e evolução, uma
verdadeira escola de vida.
Hiran Abif seria o Sol que transita através dos doze signos do Zodíaco. No equinócio da
primavera, o Sol abandona o signo de Peixe entrando no signo de Aries onde a sua ação será
muito importante, porque com seu fogo criador ele fecundará com suas forças vivificantes as
sementes as quais germinarão. Durante o verão o Sol (Hiran) passa a dar a palavra sagrada, isto é
a vida.
Quando finalmente o Sol entra nos signos austrais no equinócio do outono, isto é, quando
ele voltar para o hemisfério sul, o Sol já não poderá dar a palavra, porque perdeu as suas forças
que podem dar a vida. Nesta fase encontrará os três assassinos representados pelos signos de
Libra, Escorpião e Sagitário. O primeiro signo o golpeia com uma régua de vinte e quatro
polegadas, simbolizando as vinte quatro horas que a Terra gira em seu próprio eixo. O símbolo da
segunda agressão é dado pelas quatro estações, quando o signo de Escorpião o golpeia com um
esquadro de ferro e finalmente o terceiro signo dá-lhe o golpe mortal com um malho redondo,
simbolizando que o Sol completou seu ciclo e morre para dar lugar a um novo Sol no próximo
ano.
Esta explicação de Ragon é uma das várias formas de explicar a Lenda de Hiran, por sinal
bastante relacionada com o Sol, porem esta versão é pouco aceita pela maioria absoluta dos
autores. Mas existem Irmãos que aceitam esta versão.
Dos ocultistas através da alquimia sabe-se que o Sol corresponde ao elemento Fogo. Ele á
ativo e quase sempre benéfico, podendo às vezes ser maléfico, pois o mesmo Sol que dá a vida aos
vermes poderá ocasionalmente destruí-los. O Sol se relaciona com o ouro juntamente com a Lua,
com o enxofre e o mercúrio. Uma das metas pretendidas pelos alquimistas era a Arvore-Solar
chamada também de Grande Obra do Sol, Magnum Opus.
A Maçonaria encerra em sua doutrina, uma série incalculável de princípios e ensinamentos,
os quais são a essência do próprio pensamento humano de todos os tempos. Ela é, portanto uma
doutrina filosófica e moral das mais elevadas da humanidade. Ela emprestou para si, a influência
de todas as vertentes do conhecimento humano desde os primórdios das civilizações.
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Ela sofreu influências das antigas civilizações e está profundamente marcada por elas, bem
como da corrente dos esotéricos, ocultistas, rosa-cruzes, alquimistas, cabala, das religiões além da
influência mais marcante, a Bíblia.
Tomou tudo emprestado, burilando, dando a própria vida aos seus símbolos, aproveitando
tudo o que melhor existia sem alterar o valor moral. Entre os inúmeros símbolos adotados o Sol
foi um deles.
O Sol aparece na Maçonaria nos painéis dos vários ritos na decoração do teto das lojas, em
trechos ritualísticos de quase todos os ritos, ou então simbolizado por um círculo como é o caso
do círculo com as paralelas tangencias, ou então especificamente no grau 28 do REAA como o
Cavaleiro do Sol, e no 51º grau do Rito de Misrain também o Cavaleiro do Sol.
O Sol que aparece no teto das lojas lembra o homem primitivo e a sua adoração ao astro-rei,
mas também lembra a evolução da humanidade o seu despertar para o conhecimento e para o
aprimoramento espiritual pela evolução da ciência e a procura incessante pelo autoconhecimento.
Hoje se sabe que o Sol é apenas uma manifestação da grandeza do Grande Arquiteto do Universo.
Ele faz parte de um todo e este todo é o Universo que é regido pelas leis da Harmonia, da da
Evolução e da Vibração. O Sol deverá estar pintado, esculpido ou desenhado no teto, do Oriente,
pois como se sabe a luz vem de lá. A pintura neste local deverá ser mais clara que no Ocidente,
pois representa o dia, Já no Ocidente onde estão a Lua e os planetas a cor deverá ser mais escura,
pois representa a noite.
Existe no Oriente da loja, um painel situado atrás do Venerável no qual aparece o Sol a Lua
e entre os dois, o Delta Luminoso. Neste retábulo ou painel do Oriente as posições do Sol e da
Lua devem coincidir com as figuras representativas destes astros inseridas no Painel Simbólico do
rito. O Orador da Loja deve estar sentado do mesmo lado do Sol no painel do Oriente porque ele é
um representante do Sol porque é dele que deve emanar parte da luz, como guarda da lei
maçônica.
Nos painéis simbólicos ou alegóricos dos ritos vê-se o Sol a Lua e as estrelas de interesse
maçônico.
Em certos rituais está escrito que os obreiros devem circular em loja como a Terra em torno
do Sol.
Em muitos rituais, especialmente os antigos havia uma pergunta que o venerável fazia ao
neófito
“Que viste ao receber a luz?” Este respondia: “O Sol, a Lua e o Venerável da Loja”. O Sol
para governar o dia, a Lua a noite, e o Venerável para governar a Loja.
Os maçons que fundaram a Grande Loja de Londres em 1717, quando acendiam os três
círios (velas) os chamavam de Três Grandes Luzes que representavam as três posições do Sol
durante o dia. Também afirmavam que elas simbolizavam o Sol, a Lua e o Venerável da Loja.
A Maçonaria não pratica o culto solar explicitamente, mas mostra em seus rituais o curso e
o esplendor do Sol quer no dia quer na noite, e nos solstícios de verão e inverno. Usa esta alegoria
como parte de seus trabalhos ritualísticos.
O curso do Sol durante o dia está muito bem lembrado nos rituais de todos os ritos
praticados no Brasil porque os trabalhos sempre são abertos simbolicamente ao meio-dia e
terminam à meia-noite. Nos ritos em que o Sol é mencionado, ele é representado pelo venerável,
como o Sol nascente, ao meio dia, quando está no zênite, pelo segundo vigilante e quando está no
poente ou acaso pelo primeiro vigilante. No final no fechamento da loja o segundo vigilante
informa que é meia-noite, que é hora de descanso hora em que o Sol está no nadir, portanto hora
do primeiro vigilante anunciar que o Sol se esconde no Ocidente devendo, portanto fechar a loja
por ordem do venerável.
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O caminho do iniciado quando penetra no templo é pelo ocidente, onde o Sol está no poente
indo para o nadir, onde só há escuridão, então o candidato caminhará pelo Sul e pelo Norte até
chegar no Oriente onde brilha o Sol, de onde emana a luz iniciática. O Altar dos Juramentos na
Maçonaria antiga estava acertadamente localizado no Oriente. Foi transferido para o Centro da
Loja, especialmente no REAA, considerado como Ocidente, erradamente porque desta forma
quebraram o trajeto do iniciando, o qual deve por tradição e por lógica receber a luz no Oriente e
não no Ocidente.
Quanto aos solstícios de verão e inverno eles estão representados na Táboa de Delinear do
Trabalho de Emulação, e no chamado Painel Alegórico do REAA, copia do Trabalho de
Emulação do primeiro grau onde aparece um pequeno altar quadrado em cuja face anterior está
desenhado um círculo que simboliza o Sol ladeado por duas linhas paralelas, que no caso são as
próprias linhas limite dos lados de um quadrado. Trata-se do círculo com as paralelas tangenciais.
Elas representam o Trópico de Câncer e Capricórnio, além de representar São João Batista e São
João Evangelista.
Quanto ao grau 28 do REAA – Os Cavaleiros do Sol – este é totalmente voltado ao Sol
como símbolo com menção aos demais planetas conhecidos dos antigos. O Sol é o tema central.
Em determinada passagem do ritual, o presidente da loja deste grau assim se refere: “O Sol
é a fonte de toda a atividade na superfície do globo terrestre. Não mais o adoramos, porem
aceitamos como manifestação mais alta e o símbolo apropriado da Energia Suprema”.
Como se pode observar apesar do Sol ser o principal símbolo do grau, a Maçonaria o vê
apenas como uma tradição, já que dado o seu caráter espiritual é voltado totalmente ao Grande
Arquiteto do Universo no qual os maçons têm a sua crença, sendo o Sol apenas mais uma das suas
manifestações no Universo como um todo.
Portanto, a influência do Sol na Maçonaria é muito marcante ainda que apenas iniciática,
alegórica e simbólica. Toda essa influência, além dos demais símbolos, ajuda o maçom, hoje
imbuído de uma concepção altamente espiritual, chegar ao seu auto aprimoramento e a um melhor
conhecimento do Universo e da grandeza do Grande Arquiteto do Universo.
Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” –Londrina- Pr.
REFERÊNCIAS
CASTELLANI, José Origens do Misticismo na Maçonaria
Editora Traço - São Paulo, 1982
CASTELLANI, José A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações
Editora Resenha Universitária - São Paulo, 1977
CIRLOT, J. Eduardo – Dicionário dos Símbolos
Editora Moraes Ltda. São Paulo, 1984
FIGUEIREDO, J. Gervásio-Dicionário de Maçonaria
Editora Pensamento - São Paulo, 1984
JONES, Bernard E. Freemason Guide and Compendium
MACKENZIE, Jonh, L. SJ – Dicionário Bíblico
Edições Paulinas - São Paulo, 1983
PALOU, Jean Franco-Maçonaria – Simbólica e Iniciática
Editora Pensamento
TRONDIAU, Julien O Ocultismo
Editora Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1964
Rituais dos Ritos usados no Brasil
Ritual do Grau 28 do REAA – Supremo Conselho do Brasil – Aprovado em 1925 e revisto em 1959
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Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
às segundas, quartas e sextas-feiras
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR
Cumprimento ao delta
Em 24/11/2015 o Respeitável Irmão Tarcísio Alcantara, Loja Acácia do Vale, REAA, GOB-MG,
Oriente de Salinas, Estado de Minas Gerais, solicita esclarecimento.
tarcisioalcantara@yahoo.com.br
Venho mais uma vez solicitar a sua ajuda para sanar uma dúvida. Existe um manual
de ritualística (GOB MG) que orienta os Irmãos a cumprimentarem o Delta, com uma parada ao
cruzar a linha do Equador. O Irmão já manifestou a sua opinião no sentido de que tal
procedimento não existe no REAA. Pesquisei vários rituais e em nenhum deles consta este
cumprimento. Já comentei com o Venerável da Loja que como não consta no ritual, a tal parada
não deve ser executada, mas o argumento é que sempre foi feito desta maneira. O Irmão poderia
me informar de onde copiaram, certamente por "achar bonito", este procedimento ou me indicar
uma literatura onde possa encontrar a resposta?
Considerações:
Até onde eu sei o Art. 5º do Decreto 1.102 de maio de 2009 do Grão-Mestre Geral ainda
não foi revogado. Diz o dito no artigo citado: “Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data da sua
publicação revogada todos os Manuais de Dinâmica Ritualística e as disposições em contrário”.
Sob esse aspecto, a existência de qualquer Manual a meu ver é ilegítimo, além do quê
essa prática (de saudar o Delta) não está prevista no Ritual em vigência do GOB, portanto
inexistente.
Essa “estória” de justificar que foi sempre feito assim é desculpa capenga e
desrespeito ao que está previsto no Ritual – o que valeria mais, o Ritual ou o um Manual?
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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No tocante a história dessa saudação, ela é inexistente no REAA desde as alterações
sofridas na topografia do Templo na França por ocasião da extinção das Lojas Capitulares.
Explico superficialmente: antes do aparecimento dessas Lojas (ver a sua história),
não existia no simbolismo escocês desnível entre o Oriente e o Ocidente e nem mesmo a
balaustrada. Na verdade o costume acompanhava a tradição “antiga” que foi trazida para a
França por maçons egressos das Lojas Azuis norte-americanas, cuja prática maçônica do Craft
se baseava - e se baseia até o presente - nos “Antigos” de 1.751 da Maçonaria inglesa (ver a
organização da Maçonaria norte-americana por Thomas Smith Web e o Ducan’s Ritual).
Nesse sistema, o do Craft (inglês e norte-americano), o nível do piso da sala da Loja é
um só, destacando-se apenas a elevação por três degraus para o sólio. Em síntese, sem a
demarcação de um espaço específico para o Oriente, já que na vertente inglesa da Maçonaria o
Leste se resume àquilo que estiver posicionado junto e imediatamente à frente da parede
oriental, e é só.
Dados esses pormenores, o primeiro ritual do REAA foi elaborado na França em 1.804,
justamente por maçons franceses oriundos dos Estados Unidos da América do Norte
acostumados à prática maçônica dos “Antigos”, sistema esse desconhecido na França de
então, pois em solo francês apenas se praticava a maçonaria dos “Modernos” oriundos da
Primeira Grande Loja em Londres de 1.717.
Assim os primeiros rituais simbólicos do escocesismo se fundamentavam na
disposição antiga (daí o termo antigo no seu título), isso antes do aparecimento das já
mencionadas Lojas Capitulares por volta da primeira década do Século XIX. Nesse sentido é que
na prática ritualística inicial do simbolismo escocês, sem desnível e demarcação do Oriente,
havia o costume de, durante a circulação, ao se atravessar o eixo (equador) do Templo estando
o protagonista bem próximo ao Delta (em frente do Venerável), o protagonista saudava pelo
Sinal o símbolo ternário. Alguns rituais da época, inclusive orientavam essa saudação sempre
que se atravessasse o eixo, em se estando próximo ou distante do Oriente.
Com o aparecimento das Lojas Capitulares que envolviam os Graus do simbolismo
até o Capítulo (18º), a circulação em Loja - devida à característica do desnível e da demarcação
do Oriente - ficaria agora restrita apenas ao Ocidente do recinto, reservando-se a saudação ao
Delta apenas àquele que entrasse ou saísse do espaço oriental e não mais ao se cruzar o eixo.
Com a posterior separação do simbolismo do sistema capitular (as coisas voltavam
ao seu lugar), acabou permanecendo o caráter de se elevar e demarcar o Oriente tal como ele é
conhecido até hoje. Assim a circulação em Loja continuou restrita apenas ao Ocidente e, a
saudação ao Delta, nesse caso, passaria a ser destinada somente ao Venerável Mestre quando
da entrada ou saída do quadrante oriental.
Desse modo o antigo costume de saudação ao Delta quando da transposição do eixo
(equador), hábito adquirido anterior ao aparecimento das Lojas Capitulares, acabaria mais tarde
por se tornar anacrônico na maioria dos rituais simbólicos do REAA ao ponto dela não mais
existir.
Concluindo, eu recomento ao pesquisador que é primordial o conhecimento dos fatos
que envolveram historicamente a Maçonaria inglesa e francesa a partir do Século XVIII – deles
os Antigos e os Modernos, o simbolismo do REAA a partir do Segundo Supremo Conselho na
França e o primeiro ritual de 1.804, bem como a distinção entre os dois sistemas principais da
Moderna Maçonaria. Só assim o estudante chegará à conclusão dos fatos e dos porquês,
mesmo que sejam eles restritos simplesmente à saudação ao Delta.
T.F.A.
PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Fev/2016
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome Oriente
01.07.1977 Alferes Tiradentes, nr. 20 Florianópolis
07.07.1999 Solidariedade Içarense, nr. 73 Içara
07.07.2005 Templários da Nova Era, nr. 91 Florianópolis
10.07.2007 Obreiros da Maravilha, nr. 96 Maravilha
12.07.1980 XV de Novembro, nr. 25 Imbituba
21.07.1993 Liberdade Criciumense, nr. 55 Criciuma
28.07.2006 Anhatomirim, nr. 94 Florianópolis
27.07.2012 Aliança, Verdade e Justiça nr. 106 Florianópolis
31.07.1975 Obreiros de Hiram, nr. 18 Xanxerê
31.07.2007 Acácia Palhocense, nr. 97 Palhoça
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
02.07.01 Renovação - 3387 Florianópolis
03.07.78 Flor da Acácia - 2025 Itajaí
08.07.10 Lealdade - 3058 Florianópolis
13.07.01 Frat. Alcantarense - 3393 Biguaçú
14.07.2006 Acadêmica Razão e Virtude nr. 3786 Brusque - SC
17.07.02 Colunas da Serra - 3461 Joinville
17.07.02 Mestres da Fraternidade-3454 Florianópolis
17.07.97 Compasso das Águas -3070 São Carlos
23.07.1875 Luz e Caridade - 327 São Francisco do Sul
26.07.05 Frat. Acad. Ciência e Artes - 3685 Jaraguá do Sul
29.07.96 Estrela Matutina - 2965 Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de julho
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GOSC
https://www.gosc.org.br
Visite o novo Site da Loja Templários da Nova Era
http://www.templarios91.com.br
Data Nome da Loja Oriente
04/07/1999 Giuseppe Garibaldi Florianópolis
04/07/2002 Léo Martins São José
11/07/2009 Universitária Luz de Moriah Chapecó
11/07/2009 Passos dos Fortes Xaxim
12/07/2006 Colunas Da Concórdia Concórdia
18/07/2003 Ardósia do Vale Rio do Sul
21/07/1973 Silêncio de Elêusis Chapecó
22/07/1981 Acácia da Ilha Florianópolis
24/07/2013 Triângulo Força e União Cocal do Sul
25/07/1995 Gitahy Ribeiro Borges Florianópolis
26/07/1980 União da Fronteira São Miguel do Oeste
27/07/1981 Arquitetos do Oriente Xanxerê
27/07/2009 Luz da Acácia Capivari de Baixo
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
BREVIÁRIO MAÇÔNICO
Para o dia 20 de julho
LIBERDADE
Nada há mais perigoso que esse conjunto de nove letras, porque frequentemente, em
nome da liberdade, comentem-se os mais hediondos crimes.
A liberdade exige um conjunto de ações complementares; uma falsa liberdade oprime
e desajusta, desequilibra e desilude.
Como exemplo temos as constituições dos países que se proclamam livres e que se
inserem no texto que “todos são iguais”, com as mesmas oportunidades, o que não é
exato.
Nem toda a população em idade escolar pode usufruir do ensino; nem todos os
enfermos, de atenções médicas; nem todos que desejam trabalhar, empregos; o lazer,
a diversão não são distribuídos equitativamente; a igualdade fica na dependência dos
recursos financeiros; assim, um pobre que apenas consegue subsistir porque ganha
somente para a escassa alimentação, não pode fazer parte do maravilhoso preceito
constitucional de igualdade!
Você, maçom, que é livre, deve apreciar essa conquista e contribuir para que todos
tenham a ampla liberdade desejada.
A liberdade é um direito, as também é uma benção.
Livre e de bons costumes é característica do maçom e ele deve fazer jus a essa
benesse.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 220.
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 22/23
Irmão Adilson Zotovici,
Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo – GLESP
adilsonzotovici@gmail.com
(Homenagem do nosso poeta ao Dia do Amigo
e Dia Internacional da Amizade)
Amigo Confesso
Existe uma doce verdade
Há muito guardada comigo
Que nesta oportunidade
Feliz compartilho contigo
É algo de fraternidade
Sublime que até me empertigo
Beirando a própria vaidade
Que a ocultar não consigo !
É obra do PAI de bondade
Perene na senda que sigo
Que uma sincera amizade
JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 23/23
Um parceiro bastante antigo
Tamanha infinita lealdade
Tu...meu fiel e bom amigo !
Adilson Zotovici
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.118 – Florianópolis (SC) –quarta-feira, 20 de julho de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrAilton Elisiário – (Coluna semanal) Jeitinho Brasileiro Bloco 3-IrWilliam Spangler – A Biblioteca de Damocles Bloco 4-IrJoão Ivo Girardi - Politeia Bloco 5-IrHercule Spoladore – Influência dos Símbolos dos Povos Antonigos na Maçonaria Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrTarcísio Alcântara (Salinas – MG) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico e versos do Ir. e Poeta Adilson Zotovici
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 2/23 Irmão Manoel Miguel MM da Loja Colunas de São Paulo 4145 – GOB/GOSP – Or.’. de São Paulo. Cel./WZ: 19 98401-0686 Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida manoelmiguel@msn.com Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 202º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia) Faltam 164 para terminar este ano bissexto Dia Internacional da Amizade Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. LIVROS
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 3/23 Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin  514 - Eleição do Papa Hormisdas.  1304 - Tomada do Castelo de Stirling: Eduardo I de Inglaterra conquista a última fortaleza rebelde na Guerra da Independência Escocesa.  1810 - A Colômbia proclama sua independência da Espanha.  1833 - Numa manifestação anti-Mórmon é destruída quase completamente a primeira edição do "Livro dos Mandamentos"; os exemplares que restaram estão entre os livros mais valiosos do século XIX, devido à sua raridade.  1864 - Guerra Civil Americana: Batalha de Peachtree Creek - Perto de Atlanta, Geórgia, as forças militares dos Confederados, dirigidas pelo General John Bell Hood tentam atacar, sem sucesso, as tropas Unionistas do General William T. Sherman.  1866 - A marinha austríaca, comandada pelo almirante Wilhelm von Tegetthoff, derrota a armada Italiana perto da ilha de Vis, na Batalha de Lissa.  1871 - A Colúmbia, então território britânico, junta-se à confederação do Canadá  1897 - A Academia Brasileira de Letras realiza sua sessão inaugural.  1917 - Sérvios, croatas e eslovenos se unem em um só reino, a Iugoslávia. A união dura até a década de 90.  1934 - Getúlio Vargas toma posse na presidência da República. Ele já governava o país desde 1930, depois do golpe que derrubou o presidente Washington Luís.  1944 - Segunda Guerra Mundial: atentado a bomba contra a vida de Adolf Hitler, mas o Führer sobrevive.  1954 - Independência do Camboja.  1958 - Fundação do Município de Cunha Porã, em Santa Catarina.  1960 - Sirimavo Bandaranaike é eleita primeira-ministra do Ceilão (atual Sri Lanka), tornando-se a primeira mulher a exercer o cargo em um país.  1969 - A nave Apollo 11 pousa na Lua; Neil Armstrong e Edwin Aldrin tornam-se os primeiros humanos a caminhar na superfície do satélite.  1988 - Os governos da África do Sul, de Cuba e de Angola concordam com a proposta de conceder a independência da Namíbia e encerrar a guerra de Angola.  1992 - Václav Havel renuncia à presidência da Checoslováquia. EVENTOS HISTÓRICOS (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 4/23  2006 - World Jump Day, algo como Dia Mundial do Pulo.  2015 - Reinstalação da Embaixada dos Estados Unidos em Cuba. 1821 Assume o governo catarinense o tenente-coronel Tomás Joaquim Pereira Valente, substituindo o coronel João Vieira Tovar de Albuquerque. 1883 Morre, no Desterro, o padre e professor José Leite Mendes de Almeida. Doutor em latim, foi diretor do Liceu Provincial. 1902 Circula, em Florianópolis, o primeiro número do jornal intitulado “A Penna”. 1958 Instalado o município de Cunha-Porã, criado pela Lei nr. 348, de 21 de junho de 1958. 1961 Lei nr. 738, desta data, criou o município de Guaraciaba, desmembrado de São Miguel do Oeste. 1964 Instalado, nesta data, o município de Balneário Camboriú, criado pela Lei nr. 960, de 8 de abril de 1964. 1742 Nasce William Preston, autor da famosa publicação Ilustrations of Masonry e patrono das Prestonian Lectures, famosas palestras anuais. 1794 Executado do André Marie Chénier, poeta e idealista francês, membro da Loja Les Neuf Souers, por opor-se aos estúpidos excessos dos radicais da Revolução Francesa. 1969 Edwin Aldrin, 33º. REAA, um dos três astronautas da Apolo 11, carregava consigo na viagem uma bandeira do Supremo Conselho Jurisdição Sul – EUA. 1970 Fundação do Grande Oriente Estadual do Piauí. 1993 Fundação da Loja Liberdade Criciumense nr. 55, de Criciúma (GLSC) Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal históricos de santa catarina
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 5/23 O Irmão Ailton Elisiário, é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas. Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline. prof.elisiario@uol.com.br JEITINHO BRASILEIRO Ser ético no Brasil virou exceção. A falta de moral é o corriqueiro na vida nacional. Vivemos numa sociedade doente, onde a corrupção é encontrada em todas as camadas sociais. O jeitinho brasileiro ganhou mais espaço. Levar vantagem, saciar-se, querer mais, a medida do T não enche, são entre outras as expressões que mais se valorizaram. A regra geral na sociedade é a inversão de valores. Troca-se o ser pelo ter, a obrigação pelo favor, o desempenho eficiente pelo jeitinho. Esses comportamentos repercutem em todos os níveis da atividade produtiva e segmentos sociais. O setor público é o mais visado. A cultura do jeitinho tem sido alvo de reprovações constantes. Todavia, o jeitinho não pode ser confundido com tolerância à corrupção, como nos fala o sociólogo Alberto Carlos de Almeida no seu livro A Cabeça do Brasileiro. O jeitinho é a própria corrupção. Desse modo, quanto maior a transparência na atividade pública menor a possibilidade da corrupção. Quanto maior for a classe média no país maior a barreira contra a corrupção, posto que com uma multidão que respeita a lei haverá muito menos pessoas a punir. Não se pode aceitar que um presente dado ao funcionário público seja visto como uma troca de favor, que uma bola dada ao guarda de trânsito seja tido como um reconhecimento pela sua compreensão de uma ação involuntária, que uma recompensa numa licitação seja tida como um agradecimento pela especial atenção despendida.e assim por diante. Pesquisa feita por aquele sociólogo revela, porém, que “o favor ainda é concebido pela população como algo legítimo na esfera pública”: 57% entre os analfabetos e 5% entre os de nível superior. Esse jeitinho brasileiro tem contribuído para a construção de uma imagem negativa do país no exterior. A pesquisa apresentada naquele livro mostra que 17% da população brasileira aprovam o nepotismo nos cargos públicos e o jeitinho tem aprovação com índice de 30%. Impactante, porém, é a constatação que a escolaridade baixa é a causa principal dos problemas brasileiros. Sem dúvidas, a educação é de fundamental importância para o desenvolvimento de um país e para a melhoria de vida da população. O jeitinho sempre foi prática predominante na história do país. Precisa-se, pois, mudar a mentalidade do povo brasileiro, educar a todos, permitir a todos a elevação dos níveis de escolaridade. Quanto mais se aumentar a escolaridade mais os valores melhorarão, e o jeitinho haverá de desaparecer da realidade brasileira. 2 – Jeitinho Brasileiro Ailton Elisiário
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 6/23 IrWilliam Spangler MM Loja União Diamantinense, 205 Diamantina MG w.spangler9@gmail.com A Biblioteca de Damocles. “No Egito, as bibliotecas eram chamadas “Tesouros dos remédios da alma.” De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.” Jacques Benigne Bossuet – padre e orador francês ( 1627-1704) O velho advogado, apesar de já estar aposentado e da artrite que o incomodava muito, ainda fazia questão de ser um causídico em suas lides e como fator aleatório fazia seu trabalho também para ajudar alguma pessoa em dificuldade e que fosse necessitada de assistência jurídica por ser considerada sem recursos financeiros. Sendo o decano dos advogados da cidade, ele também ajudava os novatos em suas lides quando era questionado sobre algum dispositivo da lei ou jurisprudência que inserisse no processo alguma forma de defesa mais propicia à ação processual. Para ele, em todas as instancias, os advogados eram seus amigos e não simplesmente adversários. - Dr. Baltazar. Queria que desse uma olhada nesta petição inicial para ver se seria possível adicionar alguma defesa que me tenha sido omitida e possa dar maior fulcro ao processo. Posso contar com a sua experiência? Pediam os novos advogados quando tinham alguma duvida sobre a forma legal e intuitiva para esclarecer e salientar a defesa em curso ou a propositura da ação em suas petições iniciais. - Tudo bem. Vá ao meu escritório e poderemos ver o que seja possível de inserir para dar um lustro na petição inicial, além de tomar um bom cafezinho. Respondia com amabilidade e afeto aos iniciantes. 3 – A Biblioteca de Damocles William Spangler
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 7/23 Ao visitar o Dr. Baltazar em seu escritório, os visitantes percebiam o velho armário com portas de vidro contendo vários livros enfileirados como um batalhão de soldados em variados tamanhos, cores e títulos bem atrás de sua mesa. Bem manuseados, os livros apresentavam manchas, pequenos rasgos nas capas, folhas amareladas com marcadores dobrados entre elas, mais parecendo um sebo organizado que uma biblioteca. - Vamos ver o que temos aqui nos meus alfarrábios. Respondia o advogado e abria o armário retirando das prateleiras algum livro que era preciso para complementar a tese de defesa ou alguma outra jurisprudência que fosse adequada ao processo em curso. - Voilá. Pode usar esta jurisprudência e este dispositivo legal nesta ação processual meu caro colega. Cabem como luvas de boxeador em sua tese. Vai dar muito trabalho ao litigante. Salientava com um sorriso e entregava os livros com as paginas abertas ao advogado para que ele estudasse e retirasse as teses possíveis que poderiam ser usadas no processo. - Enquanto isso, vamos tonar um cafezinho. Pegava a garrafa térmica, servia um cafezinho e ficava a elucubrar as teses com o advogado enquanto fumava um palheiro, perto da janela do escritório. Terminado os estudos, geralmente o advogado saia bem satisfeito e agradecido pelos esclarecimentos de suas dúvidas e empréstimo dos livros para tornar a ação mais efetiva aos olhos do Juiz. - Obrigado mestre Baltazar. Seus livros com jurisprudência foram muito uteis para mim. Mas diga-me: porque sempre usa seus livros se com tanto tempo e experiência como advogado deveria ter em sua mente já vários exemplos que não precisariam ser consultados? Muitos dos nossos colegas já têm a resposta sem consultar. Perguntou com certa curiosidade o jovem advogado. O velho advogado deu um leve pigarreio, tomou seu café, olhou para o jovem e calmamente disse: - Meu caro jovem. Jamais em minha mente eu guardaria todos os ensinamentos que estes livros possuem. Eles são como estes cafezinhos que temos que tomar de vez em quando para ativar nossa energia. No caso dos livros: nossa memória. Em nossa profissão nunca acredite piamente em quem só usa sua memoria sem consultar os livros. A memória pode trair nosso conhecimento: os livros jamais. E, em nossa profissão, um erro pode te condenar a ser sempre lembrado por ele. Um descuido da memória pode ser fatal em uma tese de defesa. Portanto meu caro causídico tenha em sua sala uma biblioteca jurídica. Ela é como a espada de Damocles sobre sua cabeça a lembra-te que tudo o que sabes ainda é pouco e é necessário folhear estes alfarrábios para atingir o muito que deseja. Anos e anos de advocacia me ensinaram que cada ação é especifica ao seu termo e os casos inerentes são apenas simulacros que nos ajudam nas jurisprudências. Copiar ou embasar uma defesa já existente é um erro. Use-a apenas para referência e faça a sua própria. Seja sempre original, pois será reconhecido por isto. E, também, tenha bons livros de romance, biografias, aventuras, sagas, mitologia para quando estiver sozinho e despido de sua indumentária social e profissional seja apenas um homem a deleitar-se com a cultura e o prazer da leitura na penumbra pacifica de nossos escritórios. Levantando-se da cadeira o velho decano pegou na sua biblioteca um livro cujas paginas tinham vários marcadores com as pontas para fora. - Veja. Ás vezes uso este livro para minhas defesas mesmo já tendo feito varias consultas como pode ver nas paginas já marcadas. É como uma mina: temos sempre que retirar mais uma pedra preciosa desta lavra jurídica. Mesmo sabendo do teor deste livro as minhas elucubrações devem ser revigoradas. Bom, vamos para o Fórum que hoje tenho uma audiência. Os dois advogados saíram parolando sobre suas audiências. A lição estava dada. Aprender era apenas uma opção pessoal.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 8/23 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”. POLITEIA ”A mehor coisa em relação à minha arte é aquela que pode testar de todas as maneiras se a mente... está produzindo uma mera imagem, uma impostura, ou um fruto verdadeiro e genuíno”. (Platão, 427-348 a.C.) 1. O que é Politeia: Politeia (do grego antigo: politeía ou políteuma) era originalmente um termo usado na Grécia Antiga para se referir às muitas cidades-estado (pólis) que possuíam uma assembleia de cidadãos como parte de seu processo político. Quando Platão escreveu o diálogo Politéia com significado de constituição ou governo de muitos, ele jamais pensou que haveria um desvio na forma de governo - politéia, a qual deixaria de expressar o sentido de uma sociedade organizada de maneira preventiva e passaria a ter como característica a ordem repressiva dissimulada sob o nome de democracia. 2. Platão, que sonhou com um mundo melhor: Platão nasceu em 427 antes da Era Cristã, exatamente um ano depois da morte de Péricles. Como Goethe, era dotado de todas as qualidades com que os deuses podem cumular um mortal - pais ricos, boa aparência, e um espírito são em corpo sadio. Era chamado Platão por causa de seus ombros largos. Educado na atmosfera nervosa da guerra do Peloponeso, revelou de começo certa propensão militarista. Com vinte anos, sob a influência de Sócrates, afastou-se das ocupações guerreiras para dedicar-se aos estudos. A partir dessa época foi discípulo de Sócrates até a morte deste. Quando Sócrates morreu, Platão achou conveniente deixar a cidade. Atenas já não era então lugar seguro para filósofos. Durante doze anos andou viajando. Foi à Itália, à Sicília, familiarizou- se com a escola mística de Pitágoras, o pescador de homens, que descobria sermões na Aritmética e verdades divinas na Geometria. Contava 40 anos de idade quando voltou de suas viagens. Fundou uma academia filosófica onde palestrava com seus discípulos sobre os mistérios da vida, da morte e do destino humano. Em suas horas vagas escrevia. Desgostoso com o mundo que condenou à morte um homem como Sócrates, sonhava com um mundo mais perfeito e traduzia esses sonhos numa série de diálogos dramáticos, na maior parte dos quais cabe o papel principal a Sócrates. Este em geral expressa mais o ponto de vista platônico que o socrático. A voz é a de Sócrates, porém os pensamentos são de Platão. A Terra, dizia, é uma profunda caverna que a luz da razão não consegue atravessar. Somos prisioneiros acorrentados nessa caverna e os objetos que vemos são meras sombras da realidade, 4 – Politeia João Ivo Girardi
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 9/23 a passar nas paredes escuras, diante de nossa vida. O mundo perfeito, o mundo real, existe numa idéia (no céu) e o mundo em que vivemos é apenas sua imagem imperfeita. Platão, como Moisés, imaginava Deus como uma espécie de engrandecimento divino de si mesmo, sentado no jardim celeste, exatamente como Platão sentava no jardim de sua academia, contemplando a idéia perfeita de um belo mundo e procurando reproduzir uma cópia com o material imperfeito de que dispunha. Tencionando fazer um céu de pedras e paus, Deus formou a Terra, e depois, desejando fazer um anjo de barro, criou o homem. Não é necessário nos demorarmos na metafísica de Platão. Ele próprio era um tanto incerto a esse respeito, como o são todos os metafísicos. O próprio Aristóteles, talvez o maior intelectual da História, via-se às vezes incapaz de compreender o misticismo de Platão. Quando Platão interrompe suas teorias sobre as idéias de Deus e volta às suas próprias idéias, torna-se um dos mais eminentes mestres de todos os tempos. Platão é o eterno modernista. Suas doutrinas políticas e sociais avançaram não só além da época em que viveu, mas vão ainda além do nosso tempo. Não existe, quase, assunto de interesse vital para a atualidade de que Platão não tivesse cogitado em seu compreensivo resumo do drama humano. A fraternidade universal, a eugenia, o controle de nascimento, a comunidade das mulheres, a abolição da família, os filhos como patrimônio do Estado, a igualdade dos sexos, a abolição da propriedade individual, o amor livre, a censura de livros, a proibição - estes são apenas alguns dos problemas discutidos em seus diálogos. Todas essas dissertações têm por base uma única finalidade - o desejo firme e consciente de ver a justiça reinar sobre a Terra. A justiça para o indivíduo, a justiça para o Estado. Ambicionava ver um Estado onde um Sócrates, em vez de ser assassinado, fosse proclamado rei. Platão nos descreve um país imaginário, ideal, em sua A República, a primeira utopia da História. Certo dia - tinha então oitenta e um anos de idade - foi assistir a uma festa por ocasião do casamento de um jovem amigo. O barulho dos convivas cansou-o. Pediu desculpas e foi para outra dependência para tirar uma soneca, como disse. A folia tornou-se cada vez mais barulhenta. Os convidados esqueceram-se do velho filósofo fatigado que procurava descansar durante a festa. Platão, enquanto isso estava profundamente adormecido na sala contígua. Os ruídos insignificantes do mundo não mais o perturbavam. O filósofo-rei, o rei dos filósofos, tinha sido por fim chamado a comparecer à República tranquila da Morte! Em sua lápide ficou registrado: Aqui jaz o divino Arístocles, que em prudência e justiça soube exceder a todos os mortais... Se a sabedoria eleva alguém às alturas... estes a consegui. (Do livro, A História da Humanidade, Henry Thomas). 3. O dia em que o Brasil descobriu Platão: Nunca o nome de Platão havia sido citado tão generosamente pela mídia depois da 14ª Operação da Lava-Jato, quando a denominou de Politeia. O Brasil inteiro recorreu aos livros para entender o significado desta palavra, sabiamente cunhada pela Polícia Federal. Fábio Konder Comparato, no artigo Réquiem para uma Constituição escreve: - Para o pensamento da Grécia clássica, um Estado não vive sem constituição (politéia). Ela é a alma da pólis, como disse Isócrates. Tem o mesmo poder do pensamento no corpo: é ela que delibera sobre tudo, que conserva os êxitos e procura evitar as desgraças; é ela que deve servir de modelo às leis, aos oradores e aos simples particulares. Se a alma da pólis vai ser executada, é importante que se saiba quem será esse assassino espiritual de nossa Constituição. Para dizer a verdade, são vários. É o conjunto dos Poderes da República, sem exceção alguma: o Executivo como autor principal, eficazmente acolitado pelo Congresso Nacional; os tribunais superiores, liderados pelo Supremo, com o acumpliciamento solícito do Procurador-Geral da República. Belo
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 10/23 corpo de réus para o juizo final de um regime! A politéia, na Grécia clássica, designava primariamente tanto a esfera da vida privada, quanto à vida pública dos cidadãos. Secundariamente, ela era a organização das diferentes magistraturas no sentido antigo, isto é, dos agentes públicos aos quais o povo devia obediência. O fundamento dessa organização constitutiva da pólis era a autoridade da tradição e das leis fundadoras. Na época moderna, a idéia de Constituição tomou um sentido bem diverso, marcadamente funcional: ela existe para proteger o ser humano, mesmo o indivíduo mais réprobo e hediondo, contra o abuso de poder. A Constituição moderna é um instrumento de defesa dos governados contra os governantes. Se ela não exerce esse papel, se ela se limita a suprimir os freios ou obstáculos ao exercício do poder em nome da governabilidade, não se está diante de uma Constituição. E, no entanto, a apropriação indébita do poder constituinte vem sendo praticada quase cotidianamente pelos nossos governantes, a modo de um crime continuado. Os ladrões da soberania popular são, decididamente, cleptomaníacos políticos. 4. Mais Platão, Menos Prozac: [...] Reconhecer que você tem uma crença falsa e destrutiva em relação a si mesmo é uma coisa; substituí-la por uma convicção verdadeira e construtiva é outra. Em geral, não alteramos convicções profundamente arraigadas simplesmente reconceitualizando- as. A única maneira de alterá-lo é acumular uma qualidade diferente de experiência – orientada por convicções construtivas de si mesmo – e substituir o edifício da autodestruição, tijolo por tijolo, pela auto-afirmação. Isso é realizado, literalmente, um dia – mesmo uma hora ou um minuto – de cada vez. (Do livro, Mais Platão, Menos Prozac, Lou Marinoff). MAÇONARIA 1. Alegoria das Cavernas: Na Teoria das Ideias, ou Teoria das Formas de Platão é apresentada através de uma alegoria ou mito no Diálogo, A República. O famoso Mito da Caverna é uma metáfora sobre a ilusão do mundo sensível, isto é, aquele que é apreendido pelos sentidos em contraposição ao mundo inteligível, o apreendido pelo intelecto. Imagine homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz, desde crianças de pernas e pescoços acorrentados, não podem mexer-se, nem ver, senão, o que está diante deles. A luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina, por detrás deles. Entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada e um pequeno muro, por onde homens transportam objetos de toda a espécie. Se os da caverna pudessem se comunicar uns com os outros, não achas que tomariam por objetos reais as sombras que veriam daqueles homens e objetos? Tais homens não atribuirão realidades, senão às sombras? Sócrates conta ainda que certo dia, um desses prisoneiros foge da caverna, quase cegando com o sol lá fora, aos poucos, porém, ele se acostuma e acaba extasiado com a verdadeira forma das coisas, as quais antes só enxergava sombras. No final, o fugitivo volta à caverna para contar sua descoberta aos outros, mas ninguém lhe dá crédito. Para Platão, o mundo que nos cerca é a caverna, a luz do fogo que a ilumina e projeta sombras é ilusão propiciada pelos sentidos, oprisioneiro fugitivo é o filósofo e à subida à região superior é a ascensão da alma ao mundo inteligível, ao sol do conhecimento. Platão acredita que tudo o que existe no mundo sensível, de pessoas, animais, de conceitos abstratos, como por exemplo, o bom, o belo, tudo existe antes no mundo inteligível, ideal, onde fica a sua ideia perfeita, correspondente. Para ele, o mundo dos sentidos é uma imitação imperfeita ou simulacro, mutável e efêmero do mundo das ideias. O mundo das ideias, lá onde a alma já andou, antes de fazer parte do corpo, esse sim, é perfeito, imutável, eterno e universal.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 11/23 2. Monografia Maçônica: O Irmão João Guimarães assim explica maçônicamente essa alegoria: [...] Esse mito deixado por Platão é um dos maiores ensinamentos filosóficos, bem aplicáveis na problemática atual por que passa a humanidade. A caverna é o mundo atual, a sociedade e seus sistemas/costumes variáveis, o deslumbramento pelo novo, enfim, tudo aquilo que serve como moeda de troca pelos melhores anos da vida de alguém. Ou seja, tudo aquilo que esse alguém deixará para trás ao abandonar o que se chama de vida. O reflexo dos objetos é a realidade e inexiste outra visão, salvo a imagem projetada à frente. Desaparece, assim, de maneira consciente, a experiência acumulada ao longo de milhares de anos de história da civilização humana. Por isso, cabem, sempre, as perguntas: de onde viemos? Para onde vamos? A grande maioria das pessoas solidariza-se com suas próprias ilusões; a massificação leva à carência de consciência e de identidade, a insegurança transforma o cativo em animal. O mito permite ver que o gênero humano deve ser e, não só o que o homem é. É dever da espécie humana conhecer-se a si mesmo. Caverna e ilusão são sinônimas; luz e verdade também o são, entre si. Unificando-se pensamento e ação, como quer a doutrina da Ordem Maçônica, a harmonia interior se faz presente. Há a necessidade imediata de reordenar a sociedade, harmonizar o indivíduo e aproximá-lo de sua própria essência. Portanto, a humanidade tem muito a caminhar e a realizar, à medida que as pessoas se reciclem, recapacitem-se e os males da sociedade sejam exorcizados por uma utopia. 3. Palingenesia: Platão era adepto da teoria da transmigração ou do eterno retorno das almas, fenômeno conhecido como palingenesia. Tudo o que existe aqui no mundo real, em nosso mundo, não passa de uma projeção materializada do mundo das ideias, que está bem além da nossa percepção sensitiva, conservando-se nele todas as formas que existem (tanto os objetos, tais como cadeiras e mesas, como as ideias morais). Nosso corpo, ao morrer, faz com que a alma se desprenda dele e flutue em direção ao lugar celestial onde se encontram as ideias ou formas (o tópos ouranós). A alma dos filósofos, dos homens amantes do saber, é a que mais se aproxima deste mundo, percebendo então na suas plenitudes, mais do que as almas das gentes comuns, as ideias de bondade, beleza e justiça. É exatamente esta qualidade da alma do homem sábio é que o torna mais qualificado para ser governante da sociedade perfeita. 4. Rituais: (...) Entendeis a Iniciação maçônica como palingenesia, isto é, renascimento? - Rigorosamente considerando, não o é, tal como se procede atualmente. Mas é, sem dúvida, tomada de nova posição na vida, no sentido do Bem. (Ritual de Aprendiz - Rito Brasileiro). 5. Complemento II à Instrução Preliminar (AM) (GLSC, 1999). Este fascículo complementar, no capítulo, O Ser Espiritual, cita: [...] Para a penetração do pensamento de Sócrates tal como exposto por seus discípulos sobre a alama e a imortalidade e à época em que se encontrava na sociedade grega antiga, é suficiente o exame de alguns trechos do Fédon, de Platão, onde, em forma dialogada, Sócrates, estando na prisão à espera da ingestão do veneno, discute com seus amigos a questão da morte. O texto tem cinco páginas. 6. Altos Graus: A cripta estudada no Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo) é um local secreto, afastado do mundo profano e altamente consagrado. Nesse local, estão reunidos os Grandes Filósofos da Humanidade, reverenciados pelo REAA: Zoroastro, Buda, Confúcio, Moisés, Hermes Trismegisto, Platão, Jesus de Nazaré e Maomé. (Rizzardo Da Camino). Para finalizar: A Filosofia platônica se faz sentir nos ensinamentos do 2° Grau.
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 12/23 O Ir Hercule Spoladore – da Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br Influência dos Símbolos dos Povos Antigos na Maçonaria Em todas as civilizações antigas, em determinado momento de sua história considerando-se suas crenças, sua lendas e mitos, o seu medo da noite e da morte, o culto solar predominou. O Sol foi cultuado por todas as religiões antigas e fazia parte de todas ora como divindade principal, ora como herói. É claro que a princípio estas civilizações acreditavam no disco solar como o principio criador. Julgavam-no a divindade principal, e não apenas um elemento da divindade, como aceitamos atualmente. Hoje se tem a consciência de que um grão de areia e o Sol são a mesma coisa perante o Universo, considerando-o como um todo, mas os antigos pela própria natureza humana tinham um pavor imenso das trevas, da noite fria e adoravam o Sol, porque no dia seguinte lhes trazia luz, calor e também a vida. Os sucessivos desaparecimentos e ressurgimentos intermináveis do Sol deu aos seus cultuadores a ideia de ressureição. Assim o Sol passou a ser adorado em todos os seus movimentos e trajetos, sempre ressurgindo quer no sentido religioso, alegórico, simbólico e mítico. Acreditavam os antigos que o Sol renascia a cada dia, sendo, portanto um novo Sol, que do nascente atingia o esplendor no zênite para depois declinar no poente, sendo vencido pelas trevas, para ressurgir vitorioso, ressuscitado todos os dias. E também não só diariamente, mas também anualmente levando-se em consideração a alegoria a respeito de seu trajeto no Zodíaco. O homem também aprendeu pelas estações do ano, qual a importância do Sol. Assim nasceu o culto solar que nada mais era que uma religião natural que satisfazia o ser humano quando ainda engatinhava intelectualmente. Os egípcios tinham seus deuses solares Rá ou Rê – Tem, ou Tem-Rá, Amon, Acton e ainda Osires Entretanto Amenófeles IV mais conhecido como Aquenaton rejeitava a concepção de Aton haver criado o disco (Sol) e achava que o disco solar era autocriado, portanto autossuficiente. Aquenaton foi o primeiro faraó a criar uma religião monoteísta. Adorava a energia radiante do Sol, fazendo, portanto distinção entre a energia criadora e a matéria criada, conceito este que até então não existia no Egito. Os egípcios foram os primeiros a considerar a transcendência. Posteriormente criaram o deus solar Osires que serviu de arquétipo para a Lenda maçônica de Hiran. Os povos da Mesopotâmia tinham sua religião baseada em divindades cósmicas e em especial o Sol. Eles tinham o rei do céu, Anú, rei da Terra Enlil e o rei do oceano Ea. Estes deuses acabaram criando os deuses astrais como Chamac o deus-sol e Sin a deusa-lua, além de outros 5 – Influência dos Símbolos dos Povos Antigos na Maçonaria Hercule Spoladore
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 13/23 deuses referentes aos planetas. Tinham ainda o deus Damuzi, uma espécie de deus agrário que cuidava dos mortos e da ressureição anual do Sól. Os sumerianos foram um dos primeiros a estudar a astronomia e a astrologia sendo a eles atribuídos os doze signos do Zodíaco. Os persas tinham como deus máximo Mazda, criador do mundo e logo em seguida Mitra – deus do dia, deus do Sol. A doutrina de Mazda de fundamentava na constante luta entre o bem (Ormuz) e mal (Ahriman) Zaratustra ou Zoroastro posteriormente modificou esta doutrina, dando- lhe um caráter mais monoteísta pautado em um único deus – Mazda. O culto solar mitraico é similiar aos outros cultos solares, sendo no hemisfério norte a noite mais comprida do ano de 24 para 25 de dezembro no início do solstício de Inverno. Era celebrada nesta data a festa do natalis invicti solis (nascimento do Sol vitorioso). Este culto solar influenciou a Maçonaria, através do cristianismo, porem com outra roupagem. Com relação ao povo judeu, inúmeras alegorias fazem parte da sua história indicando pelo menos em alguma ocasião possam ter sidos influenciados pelos astros. Se for lido capítulo 49 de Gênesis e 33 de Deuteronimo se constatará que Jacó teve quatro esposas, doze filhos homens e uma filha mulher. Aí se percebe uma alegoria astronômica em que o Sol seria Jacó as quatro esposas seriam as quatro fases da Lua e seus filhos se identificariam com os signos do Zodíaco. Assim Simão e Levi representariam o signo de Gêmeos, Virgem seria representado por Dinhah, única filha de Jacó. Gad representaria Aries, Issachar a Touro, Benjamin a Câncer, Judá a Leão, Assher a Libra, Dan a Escorpião, José a Sagitário, Naftali a Capricórnio, Rubens a Aquário e Zebulon a Peixes. O escritor judeu Josephus, refere que os judeus levavam os doze sígnos do Zodíaco em suas bandeiras, acampando em torno do Tabernáculo, o qual continha o candelabro de sete braços, representando o Sol e os planetas dentro do círculo formado pelos doze signos do Zodíaco. Os judeus construíram seus templos da mesma maneira dos templos solares de tal forma que a entrada ficasse voltada para o leste, ou seja, frente ao Sol nascente. Saudavam o Sol com um sacrifício matinal e à tarde quando o Sol se punha no poente se despediam dele com uma oblação vespertina e no seu sabbath faziam um sacrifício adicional, ao Deus da raça “lunar” – Jeovah. Na Páscoa uma das grandes festas do povo judeu coincide quando o Sol deixa o hemisfério sul onde hibernava e inicia a sua caminhada para o hemisfério norte sendo saudado com alegria pelos homens como o Salvador. A última e mais importante festa dos Tabernáculos no outono, quando o Sol faz o trajeto inverso, indo do norte para o sul, depois de ter dado ao povo “pão e vida”, com o qual poderá ser sustentado até a próxima volta aos céus do norte. Os seis signos pelos quais o Sol transita no inverno (Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes) são chamados pelo povo judeu de “Egito” porque é uma lembrança má para este povo. Os sígnos boreais ou do norte (Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem) são chamados de “céus” “terra prometida”, porque destilava “leite e mel”. É claro que os judeus eram altamente espiritualizados e está se falando de meras alegorias astronômicas que, no entanto, elas existem. Muitos, autores e exegetas não aceitam estas explicações. Entre os gregos com referência aos seus inúmeros deuses astrais, o Apolo era o Sol, esposo de Géia a Terra. Os romanos tiveram também seu culto solar. Igualmente adotaram entre muitos deuses o Apolo ou Febo já conhecido dos gregos como o Deus-Sol. Em Roma o cristianismo disputava com o mitraismo ( persa) que praticava um culto solar, e ambas as religiões estavam mais ou menos divididas em aceitação pelo povo romano. O Imperador Constantino Magno, ou Constantino I no ano 313 d.C. deu liberdade aos cristãos tendo
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 14/23 ele mesmo se convertido. Dai o cristianismo venceu e o mitraismo perdeu forças e acabou por se extinguir, mas deixou sua influência pelo menos simbólica. Interessante, que os cristãos antes perseguidos passaram a perseguir os chamados pagãos. Substituíram o Sol por Jesus Cristo, como sendo a luz que se espargirá por toda a humanidade e o deus mitraico Janus que era representado nas esculturas como tendo duas frontes que nada mais simbolizava os dois solstícios e adotaram os dois São João, o Batista e o Evangelista, que para alguns teria o mesmo significado que Janus. O cristianismo com uma nova proposta religiosa teve que assimilar a prática dos antigos para que pudesse convertê-los mais facilmente e escolheram uma data próxima do solstício de inverno no hemisfério norte e assim a igreja inventou a data do nascimento de Cristo para 25 de Dezembro. A Igreja queria apagar da memoria do povo, agora com uma nova religião oficial, o deus Tamuz, o deus Janus e o deus Mitra. No século VI, no ano 525 d.C o Papa João I no ano 753 da fundação de Roma transformou-o no século 01, afim de oficializar o nascimento de Jesus como sendo o século do calendário e assim o povo esquecer o Mitra menino. O Sol também era adotado pelas civilizações pré-colombianas, destacando-se os incas, astecas e maias como seus principais adoradores. A alegoria que será citada agora voltada para a Lenda de Hiran é dada por Ragon, o qual nem sempre goza da aceitação da maioria dos autores. Ela é totalmente solar. A Lenda de Hiran representaria o Sol nos seu solstício de verão. O Templo de Salomão seria o universo solar que para o maçom significa grande fonte de estudos e evolução, uma verdadeira escola de vida. Hiran Abif seria o Sol que transita através dos doze signos do Zodíaco. No equinócio da primavera, o Sol abandona o signo de Peixe entrando no signo de Aries onde a sua ação será muito importante, porque com seu fogo criador ele fecundará com suas forças vivificantes as sementes as quais germinarão. Durante o verão o Sol (Hiran) passa a dar a palavra sagrada, isto é a vida. Quando finalmente o Sol entra nos signos austrais no equinócio do outono, isto é, quando ele voltar para o hemisfério sul, o Sol já não poderá dar a palavra, porque perdeu as suas forças que podem dar a vida. Nesta fase encontrará os três assassinos representados pelos signos de Libra, Escorpião e Sagitário. O primeiro signo o golpeia com uma régua de vinte e quatro polegadas, simbolizando as vinte quatro horas que a Terra gira em seu próprio eixo. O símbolo da segunda agressão é dado pelas quatro estações, quando o signo de Escorpião o golpeia com um esquadro de ferro e finalmente o terceiro signo dá-lhe o golpe mortal com um malho redondo, simbolizando que o Sol completou seu ciclo e morre para dar lugar a um novo Sol no próximo ano. Esta explicação de Ragon é uma das várias formas de explicar a Lenda de Hiran, por sinal bastante relacionada com o Sol, porem esta versão é pouco aceita pela maioria absoluta dos autores. Mas existem Irmãos que aceitam esta versão. Dos ocultistas através da alquimia sabe-se que o Sol corresponde ao elemento Fogo. Ele á ativo e quase sempre benéfico, podendo às vezes ser maléfico, pois o mesmo Sol que dá a vida aos vermes poderá ocasionalmente destruí-los. O Sol se relaciona com o ouro juntamente com a Lua, com o enxofre e o mercúrio. Uma das metas pretendidas pelos alquimistas era a Arvore-Solar chamada também de Grande Obra do Sol, Magnum Opus. A Maçonaria encerra em sua doutrina, uma série incalculável de princípios e ensinamentos, os quais são a essência do próprio pensamento humano de todos os tempos. Ela é, portanto uma doutrina filosófica e moral das mais elevadas da humanidade. Ela emprestou para si, a influência de todas as vertentes do conhecimento humano desde os primórdios das civilizações.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 15/23 Ela sofreu influências das antigas civilizações e está profundamente marcada por elas, bem como da corrente dos esotéricos, ocultistas, rosa-cruzes, alquimistas, cabala, das religiões além da influência mais marcante, a Bíblia. Tomou tudo emprestado, burilando, dando a própria vida aos seus símbolos, aproveitando tudo o que melhor existia sem alterar o valor moral. Entre os inúmeros símbolos adotados o Sol foi um deles. O Sol aparece na Maçonaria nos painéis dos vários ritos na decoração do teto das lojas, em trechos ritualísticos de quase todos os ritos, ou então simbolizado por um círculo como é o caso do círculo com as paralelas tangencias, ou então especificamente no grau 28 do REAA como o Cavaleiro do Sol, e no 51º grau do Rito de Misrain também o Cavaleiro do Sol. O Sol que aparece no teto das lojas lembra o homem primitivo e a sua adoração ao astro-rei, mas também lembra a evolução da humanidade o seu despertar para o conhecimento e para o aprimoramento espiritual pela evolução da ciência e a procura incessante pelo autoconhecimento. Hoje se sabe que o Sol é apenas uma manifestação da grandeza do Grande Arquiteto do Universo. Ele faz parte de um todo e este todo é o Universo que é regido pelas leis da Harmonia, da da Evolução e da Vibração. O Sol deverá estar pintado, esculpido ou desenhado no teto, do Oriente, pois como se sabe a luz vem de lá. A pintura neste local deverá ser mais clara que no Ocidente, pois representa o dia, Já no Ocidente onde estão a Lua e os planetas a cor deverá ser mais escura, pois representa a noite. Existe no Oriente da loja, um painel situado atrás do Venerável no qual aparece o Sol a Lua e entre os dois, o Delta Luminoso. Neste retábulo ou painel do Oriente as posições do Sol e da Lua devem coincidir com as figuras representativas destes astros inseridas no Painel Simbólico do rito. O Orador da Loja deve estar sentado do mesmo lado do Sol no painel do Oriente porque ele é um representante do Sol porque é dele que deve emanar parte da luz, como guarda da lei maçônica. Nos painéis simbólicos ou alegóricos dos ritos vê-se o Sol a Lua e as estrelas de interesse maçônico. Em certos rituais está escrito que os obreiros devem circular em loja como a Terra em torno do Sol. Em muitos rituais, especialmente os antigos havia uma pergunta que o venerável fazia ao neófito “Que viste ao receber a luz?” Este respondia: “O Sol, a Lua e o Venerável da Loja”. O Sol para governar o dia, a Lua a noite, e o Venerável para governar a Loja. Os maçons que fundaram a Grande Loja de Londres em 1717, quando acendiam os três círios (velas) os chamavam de Três Grandes Luzes que representavam as três posições do Sol durante o dia. Também afirmavam que elas simbolizavam o Sol, a Lua e o Venerável da Loja. A Maçonaria não pratica o culto solar explicitamente, mas mostra em seus rituais o curso e o esplendor do Sol quer no dia quer na noite, e nos solstícios de verão e inverno. Usa esta alegoria como parte de seus trabalhos ritualísticos. O curso do Sol durante o dia está muito bem lembrado nos rituais de todos os ritos praticados no Brasil porque os trabalhos sempre são abertos simbolicamente ao meio-dia e terminam à meia-noite. Nos ritos em que o Sol é mencionado, ele é representado pelo venerável, como o Sol nascente, ao meio dia, quando está no zênite, pelo segundo vigilante e quando está no poente ou acaso pelo primeiro vigilante. No final no fechamento da loja o segundo vigilante informa que é meia-noite, que é hora de descanso hora em que o Sol está no nadir, portanto hora do primeiro vigilante anunciar que o Sol se esconde no Ocidente devendo, portanto fechar a loja por ordem do venerável.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 16/23 O caminho do iniciado quando penetra no templo é pelo ocidente, onde o Sol está no poente indo para o nadir, onde só há escuridão, então o candidato caminhará pelo Sul e pelo Norte até chegar no Oriente onde brilha o Sol, de onde emana a luz iniciática. O Altar dos Juramentos na Maçonaria antiga estava acertadamente localizado no Oriente. Foi transferido para o Centro da Loja, especialmente no REAA, considerado como Ocidente, erradamente porque desta forma quebraram o trajeto do iniciando, o qual deve por tradição e por lógica receber a luz no Oriente e não no Ocidente. Quanto aos solstícios de verão e inverno eles estão representados na Táboa de Delinear do Trabalho de Emulação, e no chamado Painel Alegórico do REAA, copia do Trabalho de Emulação do primeiro grau onde aparece um pequeno altar quadrado em cuja face anterior está desenhado um círculo que simboliza o Sol ladeado por duas linhas paralelas, que no caso são as próprias linhas limite dos lados de um quadrado. Trata-se do círculo com as paralelas tangenciais. Elas representam o Trópico de Câncer e Capricórnio, além de representar São João Batista e São João Evangelista. Quanto ao grau 28 do REAA – Os Cavaleiros do Sol – este é totalmente voltado ao Sol como símbolo com menção aos demais planetas conhecidos dos antigos. O Sol é o tema central. Em determinada passagem do ritual, o presidente da loja deste grau assim se refere: “O Sol é a fonte de toda a atividade na superfície do globo terrestre. Não mais o adoramos, porem aceitamos como manifestação mais alta e o símbolo apropriado da Energia Suprema”. Como se pode observar apesar do Sol ser o principal símbolo do grau, a Maçonaria o vê apenas como uma tradição, já que dado o seu caráter espiritual é voltado totalmente ao Grande Arquiteto do Universo no qual os maçons têm a sua crença, sendo o Sol apenas mais uma das suas manifestações no Universo como um todo. Portanto, a influência do Sol na Maçonaria é muito marcante ainda que apenas iniciática, alegórica e simbólica. Toda essa influência, além dos demais símbolos, ajuda o maçom, hoje imbuído de uma concepção altamente espiritual, chegar ao seu auto aprimoramento e a um melhor conhecimento do Universo e da grandeza do Grande Arquiteto do Universo. Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” –Londrina- Pr. REFERÊNCIAS CASTELLANI, José Origens do Misticismo na Maçonaria Editora Traço - São Paulo, 1982 CASTELLANI, José A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações Editora Resenha Universitária - São Paulo, 1977 CIRLOT, J. Eduardo – Dicionário dos Símbolos Editora Moraes Ltda. São Paulo, 1984 FIGUEIREDO, J. Gervásio-Dicionário de Maçonaria Editora Pensamento - São Paulo, 1984 JONES, Bernard E. Freemason Guide and Compendium MACKENZIE, Jonh, L. SJ – Dicionário Bíblico Edições Paulinas - São Paulo, 1983 PALOU, Jean Franco-Maçonaria – Simbólica e Iniciática Editora Pensamento TRONDIAU, Julien O Ocultismo Editora Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1964 Rituais dos Ritos usados no Brasil Ritual do Grau 28 do REAA – Supremo Conselho do Brasil – Aprovado em 1925 e revisto em 1959
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 17/23 Este Bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk, às segundas, quartas e sextas-feiras Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes – PR Cumprimento ao delta Em 24/11/2015 o Respeitável Irmão Tarcísio Alcantara, Loja Acácia do Vale, REAA, GOB-MG, Oriente de Salinas, Estado de Minas Gerais, solicita esclarecimento. tarcisioalcantara@yahoo.com.br Venho mais uma vez solicitar a sua ajuda para sanar uma dúvida. Existe um manual de ritualística (GOB MG) que orienta os Irmãos a cumprimentarem o Delta, com uma parada ao cruzar a linha do Equador. O Irmão já manifestou a sua opinião no sentido de que tal procedimento não existe no REAA. Pesquisei vários rituais e em nenhum deles consta este cumprimento. Já comentei com o Venerável da Loja que como não consta no ritual, a tal parada não deve ser executada, mas o argumento é que sempre foi feito desta maneira. O Irmão poderia me informar de onde copiaram, certamente por "achar bonito", este procedimento ou me indicar uma literatura onde possa encontrar a resposta? Considerações: Até onde eu sei o Art. 5º do Decreto 1.102 de maio de 2009 do Grão-Mestre Geral ainda não foi revogado. Diz o dito no artigo citado: “Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação revogada todos os Manuais de Dinâmica Ritualística e as disposições em contrário”. Sob esse aspecto, a existência de qualquer Manual a meu ver é ilegítimo, além do quê essa prática (de saudar o Delta) não está prevista no Ritual em vigência do GOB, portanto inexistente. Essa “estória” de justificar que foi sempre feito assim é desculpa capenga e desrespeito ao que está previsto no Ritual – o que valeria mais, o Ritual ou o um Manual? Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência. 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 18/23 No tocante a história dessa saudação, ela é inexistente no REAA desde as alterações sofridas na topografia do Templo na França por ocasião da extinção das Lojas Capitulares. Explico superficialmente: antes do aparecimento dessas Lojas (ver a sua história), não existia no simbolismo escocês desnível entre o Oriente e o Ocidente e nem mesmo a balaustrada. Na verdade o costume acompanhava a tradição “antiga” que foi trazida para a França por maçons egressos das Lojas Azuis norte-americanas, cuja prática maçônica do Craft se baseava - e se baseia até o presente - nos “Antigos” de 1.751 da Maçonaria inglesa (ver a organização da Maçonaria norte-americana por Thomas Smith Web e o Ducan’s Ritual). Nesse sistema, o do Craft (inglês e norte-americano), o nível do piso da sala da Loja é um só, destacando-se apenas a elevação por três degraus para o sólio. Em síntese, sem a demarcação de um espaço específico para o Oriente, já que na vertente inglesa da Maçonaria o Leste se resume àquilo que estiver posicionado junto e imediatamente à frente da parede oriental, e é só. Dados esses pormenores, o primeiro ritual do REAA foi elaborado na França em 1.804, justamente por maçons franceses oriundos dos Estados Unidos da América do Norte acostumados à prática maçônica dos “Antigos”, sistema esse desconhecido na França de então, pois em solo francês apenas se praticava a maçonaria dos “Modernos” oriundos da Primeira Grande Loja em Londres de 1.717. Assim os primeiros rituais simbólicos do escocesismo se fundamentavam na disposição antiga (daí o termo antigo no seu título), isso antes do aparecimento das já mencionadas Lojas Capitulares por volta da primeira década do Século XIX. Nesse sentido é que na prática ritualística inicial do simbolismo escocês, sem desnível e demarcação do Oriente, havia o costume de, durante a circulação, ao se atravessar o eixo (equador) do Templo estando o protagonista bem próximo ao Delta (em frente do Venerável), o protagonista saudava pelo Sinal o símbolo ternário. Alguns rituais da época, inclusive orientavam essa saudação sempre que se atravessasse o eixo, em se estando próximo ou distante do Oriente. Com o aparecimento das Lojas Capitulares que envolviam os Graus do simbolismo até o Capítulo (18º), a circulação em Loja - devida à característica do desnível e da demarcação do Oriente - ficaria agora restrita apenas ao Ocidente do recinto, reservando-se a saudação ao Delta apenas àquele que entrasse ou saísse do espaço oriental e não mais ao se cruzar o eixo. Com a posterior separação do simbolismo do sistema capitular (as coisas voltavam ao seu lugar), acabou permanecendo o caráter de se elevar e demarcar o Oriente tal como ele é conhecido até hoje. Assim a circulação em Loja continuou restrita apenas ao Ocidente e, a saudação ao Delta, nesse caso, passaria a ser destinada somente ao Venerável Mestre quando da entrada ou saída do quadrante oriental. Desse modo o antigo costume de saudação ao Delta quando da transposição do eixo (equador), hábito adquirido anterior ao aparecimento das Lojas Capitulares, acabaria mais tarde por se tornar anacrônico na maioria dos rituais simbólicos do REAA ao ponto dela não mais existir. Concluindo, eu recomento ao pesquisador que é primordial o conhecimento dos fatos que envolveram historicamente a Maçonaria inglesa e francesa a partir do Século XVIII – deles os Antigos e os Modernos, o simbolismo do REAA a partir do Segundo Supremo Conselho na França e o primeiro ritual de 1.804, bem como a distinção entre os dois sistemas principais da Moderna Maçonaria. Só assim o estudante chegará à conclusão dos fatos e dos porquês, mesmo que sejam eles restritos simplesmente à saudação ao Delta. T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com - Fev/2016
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 19/23 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br Data Nome Oriente 01.07.1977 Alferes Tiradentes, nr. 20 Florianópolis 07.07.1999 Solidariedade Içarense, nr. 73 Içara 07.07.2005 Templários da Nova Era, nr. 91 Florianópolis 10.07.2007 Obreiros da Maravilha, nr. 96 Maravilha 12.07.1980 XV de Novembro, nr. 25 Imbituba 21.07.1993 Liberdade Criciumense, nr. 55 Criciuma 28.07.2006 Anhatomirim, nr. 94 Florianópolis 27.07.2012 Aliança, Verdade e Justiça nr. 106 Florianópolis 31.07.1975 Obreiros de Hiram, nr. 18 Xanxerê 31.07.2007 Acácia Palhocense, nr. 97 Palhoça GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Loja Oriente 02.07.01 Renovação - 3387 Florianópolis 03.07.78 Flor da Acácia - 2025 Itajaí 08.07.10 Lealdade - 3058 Florianópolis 13.07.01 Frat. Alcantarense - 3393 Biguaçú 14.07.2006 Acadêmica Razão e Virtude nr. 3786 Brusque - SC 17.07.02 Colunas da Serra - 3461 Joinville 17.07.02 Mestres da Fraternidade-3454 Florianópolis 17.07.97 Compasso das Águas -3070 São Carlos 23.07.1875 Luz e Caridade - 327 São Francisco do Sul 26.07.05 Frat. Acad. Ciência e Artes - 3685 Jaraguá do Sul 29.07.96 Estrela Matutina - 2965 Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de julho
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 20/23 GOSC https://www.gosc.org.br Visite o novo Site da Loja Templários da Nova Era http://www.templarios91.com.br Data Nome da Loja Oriente 04/07/1999 Giuseppe Garibaldi Florianópolis 04/07/2002 Léo Martins São José 11/07/2009 Universitária Luz de Moriah Chapecó 11/07/2009 Passos dos Fortes Xaxim 12/07/2006 Colunas Da Concórdia Concórdia 18/07/2003 Ardósia do Vale Rio do Sul 21/07/1973 Silêncio de Elêusis Chapecó 22/07/1981 Acácia da Ilha Florianópolis 24/07/2013 Triângulo Força e União Cocal do Sul 25/07/1995 Gitahy Ribeiro Borges Florianópolis 26/07/1980 União da Fronteira São Miguel do Oeste 27/07/1981 Arquitetos do Oriente Xanxerê 27/07/2009 Luz da Acácia Capivari de Baixo
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 21/23 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) BREVIÁRIO MAÇÔNICO Para o dia 20 de julho LIBERDADE Nada há mais perigoso que esse conjunto de nove letras, porque frequentemente, em nome da liberdade, comentem-se os mais hediondos crimes. A liberdade exige um conjunto de ações complementares; uma falsa liberdade oprime e desajusta, desequilibra e desilude. Como exemplo temos as constituições dos países que se proclamam livres e que se inserem no texto que “todos são iguais”, com as mesmas oportunidades, o que não é exato. Nem toda a população em idade escolar pode usufruir do ensino; nem todos os enfermos, de atenções médicas; nem todos que desejam trabalhar, empregos; o lazer, a diversão não são distribuídos equitativamente; a igualdade fica na dependência dos recursos financeiros; assim, um pobre que apenas consegue subsistir porque ganha somente para a escassa alimentação, não pode fazer parte do maravilhoso preceito constitucional de igualdade! Você, maçom, que é livre, deve apreciar essa conquista e contribuir para que todos tenham a ampla liberdade desejada. A liberdade é um direito, as também é uma benção. Livre e de bons costumes é característica do maçom e ele deve fazer jus a essa benesse. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 220.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 22/23 Irmão Adilson Zotovici, Loja Chequer Nassif-169 de São Bernardo do Campo – GLESP adilsonzotovici@gmail.com (Homenagem do nosso poeta ao Dia do Amigo e Dia Internacional da Amizade) Amigo Confesso Existe uma doce verdade Há muito guardada comigo Que nesta oportunidade Feliz compartilho contigo É algo de fraternidade Sublime que até me empertigo Beirando a própria vaidade Que a ocultar não consigo ! É obra do PAI de bondade Perene na senda que sigo Que uma sincera amizade
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.118 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de julho de 2016 Pág. 23/23 Um parceiro bastante antigo Tamanha infinita lealdade Tu...meu fiel e bom amigo ! Adilson Zotovici ARLS Chequer Nasasif-169