Este documento fornece orientações sobre como construir um texto dissertativo, incluindo procedimentos básicos como interpretar o tema, levantar ideias, fazer rascunhos e revisões. Também dá dicas sobre estruturar a dissertação com tese, desenvolvimento e conclusão, além de evitar erros como frases vagas e expressões sem carga informativa.
1. COMO CONSTRUIR UM TEXTO
DISSERTATIVO
Créditos: Professora Márcia Gurgel
2. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
01. Interpretação do tema
Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga
total a este implica zerar a prova de redação;
02. Levantamento de ideias
A melhor maneira de levantar ideias sobre o tema é a autoindagação;
03. Construção do rascunho
Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta
etapa, o conteúdo;
04. Pequeno intervalo
Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com
outras provas, para que possa desviar um pouco a atenção do
texto; evitando, assim, que determinados erros passem
despercebidos;
3. 05. Revisão e acabamento
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;
06. Versão definitiva
Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito
cuidado!
07. Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.
4. ORIENTAÇÕES
Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento
(exposição/argumentação) e conclusão.
Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular,
nem utilize a 1ª pessoa do plural.
Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda
expositivo e argumentativo). As ideias-núcleo devem ser bem
desenvolvidas, bem fundamentadas.
Evite que seu texto expositivo ou argumentativo seja uma
sequência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou
exemplificação.
5.
Atente para as expressões vagas ou significado amplo e
sua adequada contextualização. Ex.: conceitos como
“certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”,
“felicidade” etc.
Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”,
“péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico” etc.; são juízos de valor
sem carga informativa, imprecisos e subjetivos.
Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões
cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabedoria dos
velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem
oral devem ser evitados, bem como o uso de “etc.” e as
abreviações.
6.
Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com
correspondência na língua portuguesa: hippie, status, dark, punk,
laser, chips etc.
Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras
empregadas são fundamentais e informativas.
Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções
sem nexo (conjunções mal empregadas), falta de concatenação de
ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao
tema proposto.
7.
Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto,
verifique se a argumentação responde à pergunta. Se você
eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode
estar corretamente empregada desde que a argumentação responda
à questão. Se o texto for vago, a interrogação será retórica e vazia.
Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou
históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas,
pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes
culturais diversas.
Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas,
cada parágrafo pode ser desenvolvido entre 3 e 6 linhas. Você deve
ser flexível nesse número, em razão do tamanho da letra ou da
continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os
parágrafos prolixos ou muito curtos, bem corno os períodos muito
fragmentados, que resultam numa construção primária.