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C.E. Prof.ª MARIA LUIZA RODRIGUES DE SOUSA
Anexo I, Povoado Cassimiro, Bom Jardim – MA.
2° Ano, 1ª Aula do 4º Período – Não presencial, 2020
O ROMANTISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL
Prof. José Arnaldo da Silva
Licenciado em Letras
Romantismo em Portugal (1823 – 1865)
Este inferno de amar
Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui nalma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tam serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
Almeida Garrett
Síntese do Romantismo em Portugal
Em Portugal, o Romantismo tem início em 1825, com a publicação do
poema Camões de Almeida Garrett e permanece no cenário literário até
as primeiras atitudes de rebeldia de um grupo de estudantes de Coimbra,
1865, – na famosa Questão Coimbrã que abre caminho para um novo
movimento: o Realismo.
O Romantismo é a escola literária que sucede o Arcadismo. Ele surge
num momento histórico de insatisfação e transformação econômica,
política e social, destacando-se a Revolução Francesa, as Guerras
Napoleônicas e as Revoluções de 1830 e 1848.
O imperador francês, Napoleão Bonaparte, ameaça invadir Portugal. Com
isso, em 1807, D. João VI e sua corte fogem de Portugal para o Brasil.
Nesse contexto conturbado, de disputa entre constitucionalistas e
absolutistas, os artistas portugueses sentiram a necessidade de recorrer
ao nacionalismo para unir e fortalecer a nação.
A escola romântica não encerra somente o significado da palavra
romântico no sentido restrito ao sentimento do amor e da paixão.
Principais Caraterísticas
 Libertação Estilística – Dar a liberdade da criação existente nesse novo estilo
que dispensa as regras exaltadas pelos clássicos e, inclusive, faz uso de uma
linguagem muito próxima à coloquial.
 Subjetivismo – Valorização de opiniões e expressão de pensamento.
 Sentimentalismo – Exaltação dos sentimentos, em detrimento do
racionalismo. Há uma forte expressão de tristeza, melancolia e saudade.
 Idealização – Visão ideal das coisas, que não são vistas de forma verdadeira,
mas idealizadas, perfeitas.
 Nacionalismo – Uma forma de recuperar o orgulho português e os seus
valores, a pátria é exaltada, destacando-se apenas suas qualidades.
 Culto ao Fantástico – Forte tendência para a fantasia, para os sonhos, em
detrimento à razão.
 Culto à Natureza – Forte tendência para expressar sentimentos situando-os
em ambientes naturais.
 Saudosismo – Necessidade de refugiar-se no passado, com forte expressão
de melancolia e saudade.
A partir de suas principais
características e da variedade
temática, toda a produção literária
desse período, divide-se em três
gerações: Primeira, Segunda e
Terceira geração Romântica.
A seguir serão citadas as gerações
românticas com seus principais
autores e respetivas obras.
GERAÇÕES ROMÂNTICAS
PORTUGUESA
Aquarela do artista português Alfredo Gameiro (1864-1935)
para o romance As pupilas do senhor reitor, de Júlio Diniz,
publicado em 1866.
Primeira Geração (1825 – 1840)
Na primeira Geração encontramos autores ainda presos a certos
valores neoclássicos. Mas foram eles os responsáveis pela incorporação
do novo estilo. As duas grandes figuras são: Almeida Garrett e
Alexandre Herculano.
Víbora
Como a víbora gerado,
No coração se formou
Este amor amaldiçoado
Que à nascença o espedaçou.
Para ele nascer morri;
E em meu cadáver nutrido,
Foi a vida que eu perdi
A vida que tem vivido.
Almeida Garrett.
In: Folhas Caídas.
O soldado
I Veia tranquila e pura
De meu paterno rio,
Dos campos, que ele rega,
Mansíssimo armentio.
Rocio matutino,
Prados tão deleitosos,
Vales, que assombravam selvas
De sinceirais frondosos,
Terra da minha infância,
Tecto de meus maiores,
Meu breve jardinzinho,
Minhas pendidas flores,
[...]
Alexandre Herculano
Segunda Geração (1840 – 1860)
Na segunda Geração temos a intensificação das características românticas, ou
seja, essas características são levadas ao exagero. É o chamado ultrarromantismo.
Soares de Passos e Camilo Castelo Branco são os poetas mais populares.
Partida
Ai, adeus! acabaram-se os dias
Que ditoso vivi a teu lado;
Soa a hora, o momento fadado;
É forçoso deixar-te e partir.
Quão formosos, quão breves que foram
Esses dias d’amor e de ventura!
E quão cheios de longa amargura
Os da ausência vão ser no porvir!
[...]
Soares de Passos
Amor de perdição
(fragmento)
Baltasar Coutinho lançou-se de
ímpeto a Simão. Chegou a apertar-
lhe a garganta nas mãos; mas
depressa perdeu o vigor dos dedos.
Quando as damas chegaram a
interpor-se entre os dois, Baltasar
tinha o alto do crânio aberto por
uma bala, que lhe entrara na
fronte. Vacilou um segundo, e caiu
desamparado aos pés de Teresa.
[...]
Camilo Castelo Branco
Terceira geração (a partir de 1860)
Já na terceira geração, encontramos um prenúncio do Realismo, com
os autores se distanciando das características românticas do período
inicial. Destacam-se nesse momento João de Deus e Júlio Dinis.
Militarão
Um valente militar
Ficou tão abarrotado
Num opíparo jantar
A que fora convidado,
Que o que fazia era ímpar,
E estava dando cuidado.
Diz-lhe aflita uma das manas:
«Meta dois dedos na boca,
Provoque as ânsias, a ver!»
-Dois dedos na boca...louca?
Se eu os pudesse meter,
Metia duas bananas.
João de Deus
As Pupilas do Senhor Reitor
(fragmento)
E Margarida?... Essa mais pungentes
sentia ainda as saudades. Sempre assim
acontece. Em todas as separações, tem mais
amargo quinhão de dores o que fica, do que o
que vai partir. A este esperam-no novos
lugares, novas cenas, novas pessoas;
sobretudo espera-o o atrativo do
desconhecido, que de antemão lhe absorve
quase todos os pensamentos. Vai
experimentar outras sensações, e à força de
distrair os sentidos, é raro que não acabe por
distrair o coração. Mas ao que fica... [...]
Júlio Dinis
Romantismo no Brasil (1836 – 1881)
A tristeza
XIV Triste sou como o salgueiro
Solitário junto ao lago,
Que depois da tempestade
Mostra dos raios o estrago.
De dia e noite sozinho
Causa horror ao caminhante,
Que nem mesmo à sombra sua
Quer pousar um só instante.
Fatal lei da natureza
Secou minha alma e meu rosto;
Profundo abismo é meu peito
De amargura e de desgosto.
À ventura tão sonhada,
Com que outrora me iludia,
Adeus disse, o derradeiro,
Té seu nome me angustia.
Do mundo já nada espero,
Nem sei por que inda vivo!
Só a esperança da morte
Me causa algum lenitivo.
Gonçalves de Magalhães. In: Suspiros
Poéticos e Saudades
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar – sozinho – à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras;
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho – à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que eu desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
Síntese do Romantismo no Brasil
O Romantismo no Brasil teve início em 1836, com a publicação
do livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de
Magalhães. Foi resultado de um contexto histórico que levou à
Independência do Brasil, em 1822, e despertou nos artistas
brasileiros o sentimento de nacionalismo, marcante na primeira
geração da poesia romântica.
A poesia romântica brasileira é dividida em três gerações:
indianista, enaltecedora do heroísmo indígena; ultrarromântica,
centrada nas temáticas do amor e morte; e condoreira, de cunho
social.
Já a prosa é separada em quatro tipos: urbana, cujo enredo se
passa no Rio de Janeiro; regionalista, em que o espaço da
narrativa é o interior do país; histórica, de ficção atrelada a um
fato histórico; e indianista, em que o índio é consagrado herói
nacional.
Primeira geração da poesia
romântica brasileira (1830 – 1840) I-Juca Pirama
IV Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi..
[...]
Gonçalves Dias
O índio é o herói da Primeira geração romântica da
poesia brasileira.
Temas e características
 Amor idealizado;
 Mulher idealizada;
 Figura heroica: do índio brasileiro;
 Floresta como símbolo nacional;
 Rigor formal: metrificação e rima;
 Idealização da natureza;
 Cor local: características geográficas e culturais.
Principais autores
 Gonçalves de Magalhães (1811-1882);
 Gonçalves Dias (1823-1864).
Principais obras
 Suspiros poéticos e saudades (1836), de
Gonçalves de Magalhães;
 Últimos cantos (1851) e Os timbiras (1857), de
Gonçalves Dias.
Segunda geração da poesia
romântica brasileira (1840 – 1850)
Amor
Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Álvares de Azevedo. In:
Lira dos Vinte Anos
Características
 Escapismo;
 Pessimismo;
 Saudosismo;
 Egocentrismo.
 Evasão na morte;
 Sofrimento amoroso;
 Exagero sentimental;
 Idealização da vida, da mulher e do amor;
 “Mal do século”: tédio e desilusão
Temas principais
 Amor;
 Morte.
Principais autores
 Álvares de Azevedo (1831-1852);
 Casimiro de Abreu (1839-1860);
 Fagundes Varela (1841-1875).
Principais obras
Lira dos vinte anos (1853), de Álvares de Azevedo;
As primaveras (1859), de Casimiro de Abreu;
Vozes da América (1864), de Fagundes Varela.
Terceira geração da poesia
romântica brasileira (1860 – 1870)
Navio Negreiro
V [...]
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
[...]
Castro Alves
Temas e características
 Crítica social e política;
 Sem fuga da realidade;
 Hipérboles: imagens exageradas;
 Uso intenso de vocativos e
exclamações;
 Busca despertar a emoção e a ação
do leitor e da leitora.
Principais autores
 Castro Alves (1847-1871);
 Sousândrade (1833-1902).
Principais obras
 Espumas flutuantes (1870), Gonzaga
ou A revolução de Minas (1867) e Os
escravos (1883), de Castro Alves;
 O guesa errante (iniciado em 1858),
de Sousândrade.
A prosa romântica brasileira
A prosa romântica brasileira está dividida em quatro
partes: urbana, regionalista, histórica e indianista. A
seguir, vamos ver as características de cada uma delas.
Iracema,deJosédeAlencar
Prosa urbana
Temas e características
 Melodramática;
 Amor idealizado;
 Mulher idealizada;
 Público-alvo feminino;
 Espaço da ação: Rio de Janeiro;
 Divulga os valores morais burgueses;
 Representação dos costumes da elite
burguesa;
 Herói ou heroína enfrenta obstáculos para
encontrar a felicidade.
Principais autores
 Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882);
 José de Alencar (1829-1877);
 Manuel Antônio de Almeida (1830-1861).
Principais obras
 A moreninha (1844) e A luneta mágica
(1869), de Joaquim Manuel de Macedo;
 Lucíola (1862) e Senhora (1875), de José
de Alencar;
Prosa regionalista
Temas e características
 Amor idealizado;
 Mulher idealizada;
 Uso de termos regionais;
 Herói nacional: o homem do interior;
 Cor local: características culturais e
regionais;
 O herói é um homem rude que enfrenta as
dificuldades do espaço em que vive.
Principais autores
 José de Alencar (1829-1877);
 Visconde de Taunay (1843-1899);
 Bernardo Guimarães (1825-1884);
 Maria Firmina dos Reis (1822-1917).
Principais obras
 O gaúcho (1870), O tronco do ipê (1871) e
O sertanejo (1875), de José de Alencar;
 Inocência (1872), de Visconde de Taunay;
 A escrava Isaura (1875), de Bernardo
Guimarães;
 Úrsula (1859), de Maria Firmina dos Reis.
Prosa histórica
Temas e características
 Amor idealizado;
 Mulher idealizada;
 Caráter nacionalista;
 Tempo da narrativa é sempre o
tempo passado;
 Temática central associada a um ou
mais fatos históricos;
 Personagens históricos convivem
com personagens ficcionais;
 Fatos históricos são essenciais na
construção do enredo, não apenas
pano de fundo.
Principal autor
 José de Alencar.
Principais obras
 Iracema (1865)|3|, As minas de prata
(1866) e A guerra dos mascates (1873),
de José de Alencar.
Prosa indianista
Temas e características
 Amor idealizado;
 Mulher idealizada;
 Figura heroica: índio brasileiro;
 Floresta como símbolo nacional;
 Idealização da natureza;
 Reconstituição do passado histórico
brasileiro;
 Cor local: características geográficas e
culturais;
 Miscigenação como símbolo de
harmonia entre colonizado e
colonizador.
Principal autor
 José de Alencar.
Principais obras
 O guarani (1857), Iracema (1865) e
Ubirajara (1874), de José de Alencar.
Iracema
Além, muito além daquela serra, que
ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que
tinha os cabelos mais negros que a asa da
graúna e mais longos que seu talhe de
palmeira.
O favo da jati não era doce como seu
sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a
morena virgem corria o sertão e as matas
do Ipu?" onde campeava sua guerreira
tribo da grande nação tabajara, o pé
grácil e nu, mal roçando alisava apenas a
verde pelúcia que vestia a terra com as
primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um
claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra
da oiticica, mais fresca do que o orvalho da
noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam
flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na
folhagem os pássaros ameigavam o canto
Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a
roreja, como à doce mangaba que corou em
manhã de chuva Enquanto repousa, empluma
das penas do gará as flechas de seu arco, e
concerta com o sabiá da mata, pousado no
galho próximo, o canto agreste
A graciosa ará, sua companheira e amiga,
brinca junto dela As vezes sobe aos ramos da
árvore e de lá chama a virgem pelo nome;
outras remexe o uru te palha matizada, onde
traza selvagem seus perfumes, os alvos fios do
crautá , as agulhas da juçara com que tece a
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José de Alencar

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Romantismo em-portugal-e-no-brasil

  • 1. C.E. Prof.ª MARIA LUIZA RODRIGUES DE SOUSA Anexo I, Povoado Cassimiro, Bom Jardim – MA. 2° Ano, 1ª Aula do 4º Período – Não presencial, 2020 O ROMANTISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL Prof. José Arnaldo da Silva Licenciado em Letras
  • 2. Romantismo em Portugal (1823 – 1865) Este inferno de amar Este inferno de amar - como eu amo! Quem mo pôs aqui nalma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há-de ela apagar? Eu não sei, não me lembra: o passado, A outra vida que dantes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho - Em que paz tam serena a dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar? Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei... Almeida Garrett
  • 3. Síntese do Romantismo em Portugal Em Portugal, o Romantismo tem início em 1825, com a publicação do poema Camões de Almeida Garrett e permanece no cenário literário até as primeiras atitudes de rebeldia de um grupo de estudantes de Coimbra, 1865, – na famosa Questão Coimbrã que abre caminho para um novo movimento: o Realismo. O Romantismo é a escola literária que sucede o Arcadismo. Ele surge num momento histórico de insatisfação e transformação econômica, política e social, destacando-se a Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas e as Revoluções de 1830 e 1848. O imperador francês, Napoleão Bonaparte, ameaça invadir Portugal. Com isso, em 1807, D. João VI e sua corte fogem de Portugal para o Brasil. Nesse contexto conturbado, de disputa entre constitucionalistas e absolutistas, os artistas portugueses sentiram a necessidade de recorrer ao nacionalismo para unir e fortalecer a nação. A escola romântica não encerra somente o significado da palavra romântico no sentido restrito ao sentimento do amor e da paixão.
  • 4. Principais Caraterísticas  Libertação Estilística – Dar a liberdade da criação existente nesse novo estilo que dispensa as regras exaltadas pelos clássicos e, inclusive, faz uso de uma linguagem muito próxima à coloquial.  Subjetivismo – Valorização de opiniões e expressão de pensamento.  Sentimentalismo – Exaltação dos sentimentos, em detrimento do racionalismo. Há uma forte expressão de tristeza, melancolia e saudade.  Idealização – Visão ideal das coisas, que não são vistas de forma verdadeira, mas idealizadas, perfeitas.  Nacionalismo – Uma forma de recuperar o orgulho português e os seus valores, a pátria é exaltada, destacando-se apenas suas qualidades.  Culto ao Fantástico – Forte tendência para a fantasia, para os sonhos, em detrimento à razão.  Culto à Natureza – Forte tendência para expressar sentimentos situando-os em ambientes naturais.  Saudosismo – Necessidade de refugiar-se no passado, com forte expressão de melancolia e saudade.
  • 5. A partir de suas principais características e da variedade temática, toda a produção literária desse período, divide-se em três gerações: Primeira, Segunda e Terceira geração Romântica. A seguir serão citadas as gerações românticas com seus principais autores e respetivas obras. GERAÇÕES ROMÂNTICAS PORTUGUESA Aquarela do artista português Alfredo Gameiro (1864-1935) para o romance As pupilas do senhor reitor, de Júlio Diniz, publicado em 1866.
  • 6. Primeira Geração (1825 – 1840) Na primeira Geração encontramos autores ainda presos a certos valores neoclássicos. Mas foram eles os responsáveis pela incorporação do novo estilo. As duas grandes figuras são: Almeida Garrett e Alexandre Herculano. Víbora Como a víbora gerado, No coração se formou Este amor amaldiçoado Que à nascença o espedaçou. Para ele nascer morri; E em meu cadáver nutrido, Foi a vida que eu perdi A vida que tem vivido. Almeida Garrett. In: Folhas Caídas. O soldado I Veia tranquila e pura De meu paterno rio, Dos campos, que ele rega, Mansíssimo armentio. Rocio matutino, Prados tão deleitosos, Vales, que assombravam selvas De sinceirais frondosos, Terra da minha infância, Tecto de meus maiores, Meu breve jardinzinho, Minhas pendidas flores, [...] Alexandre Herculano
  • 7. Segunda Geração (1840 – 1860) Na segunda Geração temos a intensificação das características românticas, ou seja, essas características são levadas ao exagero. É o chamado ultrarromantismo. Soares de Passos e Camilo Castelo Branco são os poetas mais populares. Partida Ai, adeus! acabaram-se os dias Que ditoso vivi a teu lado; Soa a hora, o momento fadado; É forçoso deixar-te e partir. Quão formosos, quão breves que foram Esses dias d’amor e de ventura! E quão cheios de longa amargura Os da ausência vão ser no porvir! [...] Soares de Passos Amor de perdição (fragmento) Baltasar Coutinho lançou-se de ímpeto a Simão. Chegou a apertar- lhe a garganta nas mãos; mas depressa perdeu o vigor dos dedos. Quando as damas chegaram a interpor-se entre os dois, Baltasar tinha o alto do crânio aberto por uma bala, que lhe entrara na fronte. Vacilou um segundo, e caiu desamparado aos pés de Teresa. [...] Camilo Castelo Branco
  • 8. Terceira geração (a partir de 1860) Já na terceira geração, encontramos um prenúncio do Realismo, com os autores se distanciando das características românticas do período inicial. Destacam-se nesse momento João de Deus e Júlio Dinis. Militarão Um valente militar Ficou tão abarrotado Num opíparo jantar A que fora convidado, Que o que fazia era ímpar, E estava dando cuidado. Diz-lhe aflita uma das manas: «Meta dois dedos na boca, Provoque as ânsias, a ver!» -Dois dedos na boca...louca? Se eu os pudesse meter, Metia duas bananas. João de Deus As Pupilas do Senhor Reitor (fragmento) E Margarida?... Essa mais pungentes sentia ainda as saudades. Sempre assim acontece. Em todas as separações, tem mais amargo quinhão de dores o que fica, do que o que vai partir. A este esperam-no novos lugares, novas cenas, novas pessoas; sobretudo espera-o o atrativo do desconhecido, que de antemão lhe absorve quase todos os pensamentos. Vai experimentar outras sensações, e à força de distrair os sentidos, é raro que não acabe por distrair o coração. Mas ao que fica... [...] Júlio Dinis
  • 9. Romantismo no Brasil (1836 – 1881) A tristeza XIV Triste sou como o salgueiro Solitário junto ao lago, Que depois da tempestade Mostra dos raios o estrago. De dia e noite sozinho Causa horror ao caminhante, Que nem mesmo à sombra sua Quer pousar um só instante. Fatal lei da natureza Secou minha alma e meu rosto; Profundo abismo é meu peito De amargura e de desgosto. À ventura tão sonhada, Com que outrora me iludia, Adeus disse, o derradeiro, Té seu nome me angustia. Do mundo já nada espero, Nem sei por que inda vivo! Só a esperança da morte Me causa algum lenitivo. Gonçalves de Magalhães. In: Suspiros Poéticos e Saudades
  • 10. Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar – sozinho – à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras; Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho – à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que eu desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Gonçalves Dias
  • 11. Síntese do Romantismo no Brasil O Romantismo no Brasil teve início em 1836, com a publicação do livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. Foi resultado de um contexto histórico que levou à Independência do Brasil, em 1822, e despertou nos artistas brasileiros o sentimento de nacionalismo, marcante na primeira geração da poesia romântica. A poesia romântica brasileira é dividida em três gerações: indianista, enaltecedora do heroísmo indígena; ultrarromântica, centrada nas temáticas do amor e morte; e condoreira, de cunho social. Já a prosa é separada em quatro tipos: urbana, cujo enredo se passa no Rio de Janeiro; regionalista, em que o espaço da narrativa é o interior do país; histórica, de ficção atrelada a um fato histórico; e indianista, em que o índio é consagrado herói nacional.
  • 12. Primeira geração da poesia romântica brasileira (1830 – 1840) I-Juca Pirama IV Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi.. [...] Gonçalves Dias O índio é o herói da Primeira geração romântica da poesia brasileira. Temas e características  Amor idealizado;  Mulher idealizada;  Figura heroica: do índio brasileiro;  Floresta como símbolo nacional;  Rigor formal: metrificação e rima;  Idealização da natureza;  Cor local: características geográficas e culturais. Principais autores  Gonçalves de Magalhães (1811-1882);  Gonçalves Dias (1823-1864). Principais obras  Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães;  Últimos cantos (1851) e Os timbiras (1857), de Gonçalves Dias.
  • 13. Segunda geração da poesia romântica brasileira (1840 – 1850) Amor Amemos! Quero de amor Viver no teu coração! Sofrer e amar essa dor Que desmaia de paixão! Na tu’alma, em teus encantos E na tua palidez E nos teus ardentes prantos Suspirar de languidez! Álvares de Azevedo. In: Lira dos Vinte Anos Características  Escapismo;  Pessimismo;  Saudosismo;  Egocentrismo.  Evasão na morte;  Sofrimento amoroso;  Exagero sentimental;  Idealização da vida, da mulher e do amor;  “Mal do século”: tédio e desilusão Temas principais  Amor;  Morte. Principais autores  Álvares de Azevedo (1831-1852);  Casimiro de Abreu (1839-1860);  Fagundes Varela (1841-1875). Principais obras Lira dos vinte anos (1853), de Álvares de Azevedo; As primaveras (1859), de Casimiro de Abreu; Vozes da América (1864), de Fagundes Varela.
  • 14. Terceira geração da poesia romântica brasileira (1860 – 1870) Navio Negreiro V [...] Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa... Dize-o tu, severa Musa, Musa libérrima, audaz!... São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos. Hoje míseros escravos, Sem luz, sem ar, sem razão. . . [...] Castro Alves Temas e características  Crítica social e política;  Sem fuga da realidade;  Hipérboles: imagens exageradas;  Uso intenso de vocativos e exclamações;  Busca despertar a emoção e a ação do leitor e da leitora. Principais autores  Castro Alves (1847-1871);  Sousândrade (1833-1902). Principais obras  Espumas flutuantes (1870), Gonzaga ou A revolução de Minas (1867) e Os escravos (1883), de Castro Alves;  O guesa errante (iniciado em 1858), de Sousândrade.
  • 15. A prosa romântica brasileira A prosa romântica brasileira está dividida em quatro partes: urbana, regionalista, histórica e indianista. A seguir, vamos ver as características de cada uma delas. Iracema,deJosédeAlencar
  • 16. Prosa urbana Temas e características  Melodramática;  Amor idealizado;  Mulher idealizada;  Público-alvo feminino;  Espaço da ação: Rio de Janeiro;  Divulga os valores morais burgueses;  Representação dos costumes da elite burguesa;  Herói ou heroína enfrenta obstáculos para encontrar a felicidade. Principais autores  Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882);  José de Alencar (1829-1877);  Manuel Antônio de Almeida (1830-1861). Principais obras  A moreninha (1844) e A luneta mágica (1869), de Joaquim Manuel de Macedo;  Lucíola (1862) e Senhora (1875), de José de Alencar; Prosa regionalista Temas e características  Amor idealizado;  Mulher idealizada;  Uso de termos regionais;  Herói nacional: o homem do interior;  Cor local: características culturais e regionais;  O herói é um homem rude que enfrenta as dificuldades do espaço em que vive. Principais autores  José de Alencar (1829-1877);  Visconde de Taunay (1843-1899);  Bernardo Guimarães (1825-1884);  Maria Firmina dos Reis (1822-1917). Principais obras  O gaúcho (1870), O tronco do ipê (1871) e O sertanejo (1875), de José de Alencar;  Inocência (1872), de Visconde de Taunay;  A escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães;  Úrsula (1859), de Maria Firmina dos Reis.
  • 17. Prosa histórica Temas e características  Amor idealizado;  Mulher idealizada;  Caráter nacionalista;  Tempo da narrativa é sempre o tempo passado;  Temática central associada a um ou mais fatos históricos;  Personagens históricos convivem com personagens ficcionais;  Fatos históricos são essenciais na construção do enredo, não apenas pano de fundo. Principal autor  José de Alencar. Principais obras  Iracema (1865)|3|, As minas de prata (1866) e A guerra dos mascates (1873), de José de Alencar. Prosa indianista Temas e características  Amor idealizado;  Mulher idealizada;  Figura heroica: índio brasileiro;  Floresta como símbolo nacional;  Idealização da natureza;  Reconstituição do passado histórico brasileiro;  Cor local: características geográficas e culturais;  Miscigenação como símbolo de harmonia entre colonizado e colonizador. Principal autor  José de Alencar. Principais obras  O guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874), de José de Alencar.
  • 18. Iracema Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu?" onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas. Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela As vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru te palha matizada, onde traza selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá , as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão. [...] José de Alencar

Hinweis der Redaktion

  1. XIV   A TRISTEZA     Triste sou como o salgueiro Solitário junto ao lago, Que depois da tempestade Mostra dos raios o estrago.   De dia e noite sozinho Causa horror ao caminhante, Que nem mesmo à sombra sua Quer pousar um só instante.   Fatal lei da natureza Secou minha alma e meu rosto; Profundo abismo é meu peito De amargura e de desgosto.   À ventura tão sonhada, Com que outrora me iludia, Adeus disse, o derradeiro, Té seu nome me angustia.   Do mundo já nada espero, Nem sei por que inda vivo! Só a esperança da morte Me causa algum lenitivo.   Gonçalves de Magalhães. IN: Suspiros Poéticos e Saudades