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Síndrome DRESS
Drug Reaction with Eosinophilia and
       Sistemic Symptoms
Síndrome DRESS
• Condição grave e potencialmente fatal

• Reação de hipersensibilidade a drogas
   – Rash, anormalidades hematológicas, linfadenopatia e
     acometimento de órgãos internos

• Longo período de latência entre exposição e sintomas

• Recaídas frequentes

• Associação com reativação de herpes virus
Síndrome DRESS
• Incidência incerta
   – 0,9/100.000
   – Mais alta com anticonvulsivantes – 1-5/10.000

• Em 80% dos casos uma droga é identificada como agente
  causal provável
   – Em 20 % não é possível estabelecer relação

• Anticonvulsivantes
  (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, lamotrigina)

• Sulfonamidas, alopurinol, dapsona, vancomicina
Fisiopatologia
• Pontos chaves
  – Resposta imune à droga
  – Reativação de herpes virus (HHV-6, HHV-7, EBV)

• Evento inicial
  – Reação à droga agindo como gatilho para
    reativação viral
  – Reativação viral clinicamente silenciosa causando
    reação cruzada à droga
Manifestações Clínicas
• Duas a oito semanas após exposição
   – Período mais longo que outras reações
   – 4-9 dias para erupções morbiliformes
   – 4-28 dias para Stevens-Johnson/Lyell

• Febre alta, mal estar, linfadenopatia, rash

• Pele
   – Rash morbiliforme – eritema difuso e confluente
   – Inicialmente face, tronco e extremidades
Manifestações Clínicas
• Edema facial em 50% dos casos

• Inflamação e dor em mucosas em 50% dos casos
   – Sítio único, sem erosão

• 20-30% progridem para dermatite esfoliativa
  envolvendo > 90% da superfície corporal

• Podem ocorrer vesículas, bolhas e pústulas

• Linfadenopatia em 30-60%. Mais de um sítio
Clínica – Envolvimento Visceral
• Pelo menos um órgão – 90%. Dois ou mais – 50-
  60%

• Fígado
  – Principal acometido
  – Hepatomegalia dolorosa, icterícia. Pode ocorrer
    hepatite silenciosa
  – Pode ocorrer hepatite fulminante
  – Principal causa de mortalidade
  – Indicação de transplante
Clínica – Envolvimento Visceral
• Rim – 10-30% dos casos
   – NIA
   – Elevação de uréia e creatinina, proteinúria, sedimento urinário
     alterado

• Pulmão – 5-25%
   – Tosse, febre, dispnéia, hipoxemia
   – Pneumonite intersticial, derrame pleural

• Coração
   – Miocardite eosinofílica, miocardite

• TGI
   – Diarréia, erosão de mucosa, sangramento
Clínica – Envolvimento Visceral
• Tireóide
   – Tireoidite autoimune. Pode ser de surgimento tardio, sequela

• Sistema nervoso
   – Encefalite, meningite, polineuropatia periférica

• Músculos
   – Miosite, elevação de CPK

• Olhos
   – Uveíte

• Raros casos – CIVD e sd. hemofagocítica
Laboratório
• Leucocitose e eosinofilia > 700/microL – 50-
  90%

• Linfocitose atípica – 30-70%

• Elevações de TGP – 80%

• Infecção pelo HHV-6 – 40-60%
Diagnóstico
• Quando suspeitar
  – Rash característico
  – Febre alta
  – Edema facial
  – Adenopatia
  – Acometimento orgânico


• Exposição a drogas – tempo de latência
Diagnóstico
• Sorologia para hepatites

• Sorologia para herpes virus
  – Não há impacto no tratamento
  – Não há recomendações específicas
  – Dosado na admissão e a intervalos de 2-3 semanas

• Imagem
  – TC ou RX se sintomas pulmonares
Diagnóstico
• Diagnóstico incerto em apresentações atípicas
  – Sem exposição clara a drogas
  – Sem rash
  – Sem eosinofilia
  – Sem sintomas sistêmicos

• É possível fazer o diagnóstico sem “D”, “R”, “E”
  ou “S”
  – Escore
DRESS x Stevens-Johnson/Lyell
• DRESS                        • SSJ/Lyell
  – 4-8 semanas                   – 4-28 dias
  – 1 sítio de envolvimento       – Mucosas gravemente
    de mucosas, sem                 envolvidas, úlceras e
    erosões. 50%                    erosões, > 1 sítio. 90%
  – Eosinofilia, linfocitose      – Leucopenia, linfopenia
    atípica                       – Elevação discreta de
  – 50% tem hepatite                transaminases. Hepatite
  – Nefrite intersticial            em 10%
                                  – Pré-renal
Manejo
• Identificação e suspensão imediata da droga
  – Evitar introduzir novas medicações

• Fluidos, eletrólitos, suporte nutricional

• Sem envolvimento orgânico grave
  – Suporte sintomático
  – Recuperação completa na maioria dos casos
  – Sem evidências de benefícios com corticóides
Manejo
• Corticóides sistêmicos
  – Não há estudos
  – Consenso geral recomenda sua utilização quando
    há comprometimento orgânico
    grave, principalmente pulmonar e renal
  – Aplicados até evidência de melhora
  – A maioria dos pacientes recebe corticóides
  – Parece não haver malefício
Manejo
• Antivirais
  – Não há estudos
  – Toxicidade X resolução espontânea
  – Geralmente não são utilizados
  – Pacientes com reativação viral comprovada e
    suspeita de contribuir para complicações graves
    (encefalite, hemofagocitose)
Prognóstico
• Recuperação completa na maioria dos casos

• Doenças autoimunes após anos
   – Monitorização

• Mortalidade: 5-10%. Com ou sem corticoides
   – Falência hepática, falência múltipla de órgãos, miocardite
     fulminante, hemofagocitose

• Evitar a droga desencadeante
   – Paciente e familiares
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Síndrome DRESS - Reação grave a drogas

  • 1. Síndrome DRESS Drug Reaction with Eosinophilia and Sistemic Symptoms
  • 2. Síndrome DRESS • Condição grave e potencialmente fatal • Reação de hipersensibilidade a drogas – Rash, anormalidades hematológicas, linfadenopatia e acometimento de órgãos internos • Longo período de latência entre exposição e sintomas • Recaídas frequentes • Associação com reativação de herpes virus
  • 3. Síndrome DRESS • Incidência incerta – 0,9/100.000 – Mais alta com anticonvulsivantes – 1-5/10.000 • Em 80% dos casos uma droga é identificada como agente causal provável – Em 20 % não é possível estabelecer relação • Anticonvulsivantes (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, lamotrigina) • Sulfonamidas, alopurinol, dapsona, vancomicina
  • 4.
  • 5. Fisiopatologia • Pontos chaves – Resposta imune à droga – Reativação de herpes virus (HHV-6, HHV-7, EBV) • Evento inicial – Reação à droga agindo como gatilho para reativação viral – Reativação viral clinicamente silenciosa causando reação cruzada à droga
  • 6. Manifestações Clínicas • Duas a oito semanas após exposição – Período mais longo que outras reações – 4-9 dias para erupções morbiliformes – 4-28 dias para Stevens-Johnson/Lyell • Febre alta, mal estar, linfadenopatia, rash • Pele – Rash morbiliforme – eritema difuso e confluente – Inicialmente face, tronco e extremidades
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Manifestações Clínicas • Edema facial em 50% dos casos • Inflamação e dor em mucosas em 50% dos casos – Sítio único, sem erosão • 20-30% progridem para dermatite esfoliativa envolvendo > 90% da superfície corporal • Podem ocorrer vesículas, bolhas e pústulas • Linfadenopatia em 30-60%. Mais de um sítio
  • 11. Clínica – Envolvimento Visceral • Pelo menos um órgão – 90%. Dois ou mais – 50- 60% • Fígado – Principal acometido – Hepatomegalia dolorosa, icterícia. Pode ocorrer hepatite silenciosa – Pode ocorrer hepatite fulminante – Principal causa de mortalidade – Indicação de transplante
  • 12. Clínica – Envolvimento Visceral • Rim – 10-30% dos casos – NIA – Elevação de uréia e creatinina, proteinúria, sedimento urinário alterado • Pulmão – 5-25% – Tosse, febre, dispnéia, hipoxemia – Pneumonite intersticial, derrame pleural • Coração – Miocardite eosinofílica, miocardite • TGI – Diarréia, erosão de mucosa, sangramento
  • 13. Clínica – Envolvimento Visceral • Tireóide – Tireoidite autoimune. Pode ser de surgimento tardio, sequela • Sistema nervoso – Encefalite, meningite, polineuropatia periférica • Músculos – Miosite, elevação de CPK • Olhos – Uveíte • Raros casos – CIVD e sd. hemofagocítica
  • 14. Laboratório • Leucocitose e eosinofilia > 700/microL – 50- 90% • Linfocitose atípica – 30-70% • Elevações de TGP – 80% • Infecção pelo HHV-6 – 40-60%
  • 15. Diagnóstico • Quando suspeitar – Rash característico – Febre alta – Edema facial – Adenopatia – Acometimento orgânico • Exposição a drogas – tempo de latência
  • 16. Diagnóstico • Sorologia para hepatites • Sorologia para herpes virus – Não há impacto no tratamento – Não há recomendações específicas – Dosado na admissão e a intervalos de 2-3 semanas • Imagem – TC ou RX se sintomas pulmonares
  • 17. Diagnóstico • Diagnóstico incerto em apresentações atípicas – Sem exposição clara a drogas – Sem rash – Sem eosinofilia – Sem sintomas sistêmicos • É possível fazer o diagnóstico sem “D”, “R”, “E” ou “S” – Escore
  • 18.
  • 19. DRESS x Stevens-Johnson/Lyell • DRESS • SSJ/Lyell – 4-8 semanas – 4-28 dias – 1 sítio de envolvimento – Mucosas gravemente de mucosas, sem envolvidas, úlceras e erosões. 50% erosões, > 1 sítio. 90% – Eosinofilia, linfocitose – Leucopenia, linfopenia atípica – Elevação discreta de – 50% tem hepatite transaminases. Hepatite – Nefrite intersticial em 10% – Pré-renal
  • 20. Manejo • Identificação e suspensão imediata da droga – Evitar introduzir novas medicações • Fluidos, eletrólitos, suporte nutricional • Sem envolvimento orgânico grave – Suporte sintomático – Recuperação completa na maioria dos casos – Sem evidências de benefícios com corticóides
  • 21. Manejo • Corticóides sistêmicos – Não há estudos – Consenso geral recomenda sua utilização quando há comprometimento orgânico grave, principalmente pulmonar e renal – Aplicados até evidência de melhora – A maioria dos pacientes recebe corticóides – Parece não haver malefício
  • 22. Manejo • Antivirais – Não há estudos – Toxicidade X resolução espontânea – Geralmente não são utilizados – Pacientes com reativação viral comprovada e suspeita de contribuir para complicações graves (encefalite, hemofagocitose)
  • 23. Prognóstico • Recuperação completa na maioria dos casos • Doenças autoimunes após anos – Monitorização • Mortalidade: 5-10%. Com ou sem corticoides – Falência hepática, falência múltipla de órgãos, miocardite fulminante, hemofagocitose • Evitar a droga desencadeante – Paciente e familiares