2. Com a chegada/ permanência dos alunos da educação especial na
nossa escola, algumas acomodações foram necessárias: adaptações
curriculares, avaliações diferenciadas (conteúdo e estratégias),
professores mediadores e bi docentes.
A partir da preocupação com os transtornos de atenção e de
aprendizagem, foram tomadas medidas como: ambiente silencioso
com tempo extra durante as avaliações, ledores de provas,
estimulação dentro e fora do turno nos Laboratórios de
Aprendizagem.
Todas estas medidas vão além da proposta do MEC: Sala de
Recursos Multifuncionais apenas para o público alvo da Educação
Especial (DI,DF,TGD, Altas Habilidades) no contra turno da
escolarização regular com ênfase na superação dos obstáculos à
escolarização, sem abordagem de conteúdo.
3. Todas estas medidas estão relacionadas à inclusão.
Mas a ideia de inclusão pressupõe a existência de um grupo dos
diferentes que deve ser assimilado pelo grupo dominante.
A palavra que queremos destacar é DIVERSIDADE.
Pensar na Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva
regular ( Maria Teresa Mantoan).
Propor mecanismos para superar a desigualdade: só aí poderemos
perceber melhor as diferenças (David Rodrigues).
Equidade: deve nortear o resultado esperado, não a oferta (David
Rodrigues).
4. O conceito de arquitetura inclusiva está associado ao fim do homem
padrão.
Ele é baseado nos princípios do desenho universal, que prega
soluções simples e holísticas e busca criar ambientes que possam
ser usados por todos, na sua máxima extensão possível, sem
necessidade de adaptação ou projeto especializado para pessoas
com deficiência.
UDL (Universal Design for Learning): década de 90 (David Rose),
baseado nos princípios da neurociência, valoriza a flexibilização de
métodos e materiais.
Proposta: ir além e pensar na flexibilização de todo o currículo: o
exemplo da Escola da Ponte.
5. *Princípio: repensar a sala de aula comum a partir da ideia de
diversidade, utilizando o conceito de desenho universal.
Estudos de Barkley sobre TDAH: elementos para se construir na sala
de aula comum um ambiente que favoreça a aprendizagem de todos
os alunos, inclusive aqueles que têm dificuldade de atenção.
Dificuldade de atenção: TDAH, TCL (Barkley), nova forma de
inteligência construída na cibercultura (Lévy).
6. É um transtorno quantitativo do desenvolvimento (atraso na
maturação; regra dos 30%).
Transições que caracterizam a maturação do cérebro (30 anos):
externo privado
outros auto-regulação
agora antecipação do futuro
imediato gratificação adiada
Primeiro: falha em desenvolver a inibição motora e emocional
(dificuldade para lidar com frustrações, irritabilidade, raiva); depois:
atenção (sustentada direcionada para objetivos de médio e longo
prazos, moldada por meios internos, ≠ moldada pelas
contingências). Cegueira (ou miopia) temporal é a deficiência
fundamental.
7. Teoria de Barkley (2008) sobre TDAH: retardo evolutivo
em processos relacionados à inibição da resposta.
A inibição comportamental é essencial à privatização do
comportamento público (ele torna-se autodirigido e
encoberto) e à realização efetiva de quatro funções
executivas: memória de trabalho não verbal, memória
de trabalho verbal, regulação emocional e
reconstituição (planejamento e generatividade).
Função Executiva: processos neuropsicológicos
necessários para sustentar a resolução de problemas
em direção a um objetivo.
8. Quem tem TDAH tem problemas com:
tempo (capacidade de guardar imagens e outras informações do
passado na mente e projetá-las adiante no tempo para prever o
futuro contribui para formar o nosso sentido de tempo);
motivação ( se não se considera o tempo e o futuro, não se valoriza
as gratificações maiores posteriores sobre as gratificações mais
óbvias, imediatas e menores – esse aspecto melhora com a
maturidade);
comportamento regido por regras (fala internalizada orienta o
comportamento + desconsideração de consequências futuras);
déficit na compreensão da leitura (retardo na fala autodirigida e
déficit na memória de trabalho verbal).
9. TV e videogames não causam TDAH, aditivos como corantes
artificiais também não (mas podem exacerbar determinados
aspectos, segundo pesquisa publicada na revista Lancet, em
2011, por Lidy Pelsser).
1/3 adquirido (5% após o nascimento, 95% durante a
gravidez): envenenamento por chumbo, tratamento para a
leucemia, defesa do corpo contra streptococcus.
(mais propenso a convulsões do que os casos genéticos; mais
meninos que meninas).
2/3 : fatores genético hereditários.
- Cinco regiões do cérebro são 3 a 10% menores (destaque para o
cerebelo); isso não tem relação com a medicação.
-Determinadas áreas relacionadas às FE são 10-25% menos ativas.
Pesquisa genética : versões mais longas do gene
DAT1=muitas bombas de dopamina; interação entre genes e
ambiente: genes específicos + gestante fumante = 8 vezes
mais chance de desenvolver TDAH.
11. O professor não vai tirar o TDAH do seu aluno: pastor, não
engenheiro.
Modificar o ambiente.
Torne pessoal a sua intervenção: toque, faça contato visual, seja
breve, mantenha o senso de humor, estabeleça prioridades,
perdoe, não culpe os pais, estabeleça uma troca contínua com a
família, encaminhe, crie parcerias.
Em aulas expositivas: carteiras viradas para frente. Estimular
trabalho em grupo, em dupla.
Dicas para adolescentes: definir um mentor/técnico, fazer cartão
de controle de comportamento semanal, sugerir que gravem
aulas importantes, ensinar a sistematização de informações
(SQ4R).
12. Regras de comportamento e instruções claras, concisas e
visíveis (exteriorizadas). Pedir para a criança repeti-las;
criar cartazes com símbolos (vermelho: aula expositiva,
amarelo: trabalho na carteira, verde: brincadeira livre).
As consequências (prêmios ou castigos) pelo
cumprimento/descumprimento das regras devem ser mais
frequentes, intensas e imediatas.
Prêmios devem ser constantemente modificados (sistema
de pontos: modificados a cada 2-3 semanas).
Feedback constante: o aluno deve se reportar a uma
pessoa durante o dia escolar; ele deve ser
responsabilizado (prestar contas) por suas ações.
Antecipação: antes de transições de atividades ou aulas,
rever com o aluno a mudança de regras.
13. Exteriorizar as informações (memória de trabalho): stick
notes, agendas, calendários, listas, cartazes.
Exteriorizar o tempo (timers, relógios, calendários,
agendas) e quebrá-lo em pequenos pedaços (3 páginas, 4
frases, 15 pontos; trabalho por 10 minutos, descanso por
3). Prova sem tempo extra, mas com timers.
Exteriorizar a resolução de problemas: material concreto,
ábacos, cartas para composição de redações.
E-R-C (estímulo/resposta/consequência) : manter
próximos, como num game.
Exteriorizar a motivação: behaviorismo???
14. Ênfase no planejamento das ações e no controle do tempo:
estimulação das funções executivas.
Calendários, listas de tarefas, sistematização das informações
(pesquisa sobre personagens), planejamento das etapas, trabalho
em equipe.
Valorização da cultura popular e do que é artesanal, valorização da
autoestima.
15. Site: http://adhdlectures.com (curso online gratuito, em inglês com
versão em espanhol).
Episódio dos Simpsons (Meu irmãozinho
drogado): https://www.youtube.com/watch?v=gfsv9uI-mzw
Email:
andreateixeira@globo.com
veronicaland1975@gmail.com
Hinweis der Redaktion
Falta o slide com fotos do projeto boneco de pano.`
Falta o slide com fotos do projeto boneco de pano.`
Barkley discorda da distinção TDAH e TDA: dentre os transtornos que envolvem atenção, para ele há apenas TDAH (déficit das funções executivas, com muitos ou poucos sintomas de hiperatividade/impulsividade) ou Tempo Cognitivo Lento/Déficit de Concentração (que pode ou não ter TDAH como comorbidade). No TCL temos crianças mais letárgicas, com dificuldade de compreensão; já no TDAH o problema está na produtividade, não na capacidade de compreensão.
Pessoas letárgicas, paradas, que sonham acordadas e tem pouca interação social.
Defesa do TDAH como TDFE: mais importância ao problema ≠ “Problemas de atenção? Vá ao Starbucks e tome um café!”
Inibição comportamental: inibir a resposta predominante (vontade de agir no momento), inibir respostas em andamento que se mostrem ineficientes (sensibilidade aos erros) e inibir respostas a eventos irrelevantes (controle de interferências).
: aumentam agitação em 1 em cada 20 crianças com menos de 5 anos
durante o trabalho de casa algum barulho ou música beneficia (em ambientes entediantes há mais dispersão)
A criança registra a sua produtividade num cartaz ou gráfico ao longo do dia.
Autoavaliação/avaliação pelo professor (participação em aula, realização de tarefas, cumprimento das regras, relacionamento, dever de casa).
O professor combina que quando falar “tartaruga” ou “resfriar”, a criança: pára o que está fazendo e junta as mãos e as pernas, olha ao redor da sua classe, pergunta a si mesma: o que eu deveria fazer?, retoma a tarefa que deveria estar fazendo.
No caso de adolescentes: combinar dicas secretas para que ele preste atenção, como um pedacinho de papel colocado na carteira.
Aulas expositivas, sente a criança na frente, não mande trabalho de aula para ser feito em casa, passe o dever de casa semanalmente, reduza ou elimine o dever de casa: pesquisas indicam a pouca relevância do trabalho de casa (Robinson & Pattall, 2006),, monitoria (pares), estimule a participação, não encorage a impulsividade fazendo perguntas para o primeiro que levantar a mão responder, alterne atividades chatas com atividades interessantes, coloque as atividades que exigem maior esforço no começo do dia (crianças), faça pausas frequentes, utilize material estruturado, deixe a criança escolher o objetivo do trabalho e o quanto ela acha que consegue fazer, aulas extras, estimule anotação do que é falado, tente recompensas para grupos.
survey, draft or look at questions, read 1 paragrafo, recite major information out loud, write down, review
Responsabilizar a criança pelas suas ações(ela sabe a diferença entre o que é certo e errado) e cobrá-la com mais frequência.