Este documento analisa jornais estudantis do período oitocentista na cidade de São Luís, Maranhão. Apresenta a história da imprensa no Brasil e como os jornais desempenharam um papel importante no desenvolvimento político e cultural da província do Maranhão. Destaca alguns jornais específicos como o Jornal de Instrução e Recreio criado por estudantes do Liceu Maranhense.
Analise comparativa entre jornais estudantis na cidade de São Luís no período oitocentista
1. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE JORNAIS ESTUDANTIS
NA CIDADE DE SÃO LUÍS NO PERÍODO OITOCENTISTA.
VII Encontro Maranhense de História da Educação
Infância, escola e família na História da Educação
2. A imprensa chegou ao Brasil somente em 1808,
com D. João VI fugindo das forças de Napoleão
Bonaparte, que invadiam Lisboa. (TEIXEIRA, 2008,
p. 74)
A leitura era considerada crime e algumas
oficinas de impressão brasileiras acabavam sendo
fechadas e destruídas. Assim, para entrar no Brasil, os
livros tinham que ser contrabandeados da Europa.
(TEIXEIRA, 2008, p. 74)
3. Conforme observado por Martins (2010, p. 2)
“Um fator muito decisivo para a consolidação da
atividade letrada no Maranhão foi o jornalismo
literário e político que surgiu, sobretudo em São Luís,
decorrente da intensa atividade tipográfica que ali se
instalou em começos do século XIX”.
4. O jornal O Conciliador transformou-se no
primeiro documento da história da imprensa
maranhense e do seu jornalismo, além de tornar-se
referência sobre as mudanças políticas ocorridas no
território e no Brasil. (PINHEIRO, 2003, p. 15)
5. O Maranhão enriqueceu particularmente
a fortuna dos senhores fazendeiros no ultimo
quartel do século XVIII com a abertura dos
portos e do comércio para o mercado
mundial, tornando-se o quarto maior porto do
país em importância comercial.
6. Os Jornais educacionais e literários maranhenses
analisados neste trabalho desempenharam papel
importante no desenvolvimento político e cultural da
província, seus artigos eram principalmente voltados
para a crítica literária, a divulgação e ao estímulo dos
talentos locais e nacionais. Apresentavam conteúdo
partidário ou literário, suas atuações no cenário local
exerceram forte influência sobre a opinião pública e o
meio intelectual, sobretudo na capital, São Luís.
7. Dos jornais em estudo se destaca o Jornal de
Instrução e Recreio criado no ano de 1845, criado pela
Associação Literária Maranhense, organizada e
elaborada pelos estudantes do Liceu Maranhense, entre
editores os quais constavam inicialmente Luís Antônio
Vieira da Silva, Antônio Henriques Leal, Pedro
Guimarães, Augusto Frederico Colin, Augusto César
dos Reis Raiol, entre outros.
8. Sociedade Philomáthica, que designa uma
sistematização de conhecimentos gerais, havia sido
criada em 03 de maio de 1845 com o objetivo declarado
de contribuir para o progresso material e moral da
província do Maranhão. Reunia parte da elite local da
época – econômica, política e social – tinha a pretensão
de se deter sobre as mais diversas áreas do
conhecimento: artes, ciências, letras e higiene pública.
9. Semanário Maranhense (1867-1868), importante
periódico literário da segunda metade do século 19,
responsável pela publicação e reconhecimento da
copiosa produção de toda uma nova e importante
geração de intelectuais e literatos maranhenses, após o
desaparecimento de Gonçalves Dias, Odorico Mendes,
João Francisco Lisboa, Gomes de Sousa e Trajano
Galvão de Carvalho.
10. Periódico literário importância para a
consolidação do mundo literário no Maranhão
oitocentista no período de (1864-1865), “publicação
dedicada à litteratura” que reuniu um conjunto menos
expressivo de literatos que ocupavam o cenário das
belas-letras maranhenses, entre os quais se destacava a
professora e escritora Maria Firmina dos Reis, autora do
romance de tema abolicionista Úrsula (1859),
considerado a primeira ficção do gênero escrita por uma
brasileira e um dos primeiros romances de autoria
feminina no Brasil.
11. Por fim podemos ressaltar que a imprensa
oitocentista foi de suma importância para a sociedade no
seu contexto social.
E que os jornais possuíam um espirito capaz de
alterar toda a rotina do meio ao qual estava inserido,
como também força para incentivar certas práticas e
fortalece-las.
12. TEIXEIRA, Nísio. Jornais. In:___. Introdução às fontes de informação. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2008. p. 67-88.
PINHEIRO, Roseane Arcarnjo. Nas linhas de O Conciliador do: jornalismo e política
no primeiro jornal do Maranhão. Disponivel em <http://www.slideshare.net/ Pic
huluco/nas-linhas-de-o-conciliador>. Acessado em 20 de jan. de 2013.
MARTINS, Ricardo André Ferreira. Breve panorama histórico da imprensa literária
no maranhão oitocentista. Disponível em: < http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
2.2.2/index.php/animus/article/view/2442>. Acessado em: 12 de jan. de 2013.