O documento apresenta um projeto de extensão sobre promoção da saúde e qualidade de vida desenvolvido por alunos do curso de enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Jequié. O projeto tem como objetivo estimular práticas de hábitos saudáveis e melhorar a qualidade de vida entre jovens e adultos da cidade de Jequié através de atividades participativas e dinâmicas de grupo. O projeto será realizado na Igreja Batista Betânia e contará com a participação de um
1. FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS DE JEQUIÉ
PROJETO DE EXTENSÃO
“Promoção a Saúde e Qualidade de Vida”
Caio Vinicius D’avila Alves,Cintia Alves da Silva Barreto, Cristiane Teixeira Silva,
Ivana Santos Ferraz, Laís Gomes Lobo, Lauren Silva Oliveira, Lorena Gomes
Freitas, Luciane Barbosa Santa Cruz, Martha Brito Santos, Rebeca Nery Porto,
Vanessa de Almeida Araújo, Vanildo Souza Araújo.
Jequié/BA
Setembro – 2012
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ENFERMAGEM
Caio Vinicius D’avila Alves,Cintia Alves da Silva Barreto, Cristiane Teixeira Silva,
Ivana Santos Ferraz, Laís Gomes Lobo, Lauren Silva Oliveira, Lorena Gomes
Freitas, Luciane Barbosa Santa Cruz, Martha Brito Santos, Rebeca Nery Porto,
Vanessa de Almeida Araújo, Vanildo Souza Araújo.
PROJETO DE EXTENSÃO
“Promoção a Saúde e Qualidade de Vida”
Projeto apresentado pelo curso de Enfermagem do 6º
Semestre da Faculdade de Tecnologia e Ciências de Jequié,
para a Disciplina Trabalho Interdisciplinar Dirigido IV (TID).
Professora: Vivian Mara
Jequié/BA
Setembro – 2012
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RESUMO
Foi a partir de pesquisas bibliográficas e em sites como: LILACS, BVS, Scielo e
Scholar, que se tevemaior embasamento teórico a respeito da promoção à saúde e
qualidade de vida da população.Pesquisar a cerca da promoção à saúde e
qualidade de vida, é de grande relevância para a atualidade, onde a todo tempo se é
discutido. O objetivo do estudo foi então, Estimular, práticas de hábitos saudáveis, e
melhorias da qualidade de vidaentre a população de Jovens e Adultos.O presente
projeto terá como forma de intervenção atividades realizadas através de um método
participativo, com trabalhos individuais e coletivos (dinâmicas de grupo) e reflexão
dialogada. Enquanto natureza será um projeto de intervenção onde a finalidade é
gerar conhecimentos novos e úteis para informar jovens e adultos sobre possíveis
riscos de saúde, estimulandoessa população a construírem uma vida mais saudável
em seus diferentes ambientes: trabalho, familiar e social.
Palavras Chaves: Promoção a Saúde; Qualidade de Vida; Jovens; Adultos.
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INTRODUÇÃO
A saúde, sendo uma esfera da vida de homens e mulheres emtoda sua
diversidade e singularidade, não permaneceu fora do desenrolar das mudanças da
sociedade nesse período. O processo de transformação da sociedade é também o
processo de transformação da saúde e dos problemas sanitários.
Nas últimas décadas, tornou-se mais e mais importante cuidar da vida de
modo que se reduzisse a vulnerabilidade ao adoecer e as chances de que ele seja
produtor de incapacidade, de sofrimento crônico e de morte prematura de indivíduos
e população.
No Brasil, pensar outros caminhos para garantir a saúde da população
significou pensar a redemocratização do País e a constituição de um sistema de
saúde inclusivo.
É neste intuito que iremos discutir sobre as contribuições da promoção da
saúde, como campo de conhecimento e de prática, para a qualidade de vida. Para
tanto, apresentaremos os conceitos que aproximam promoção da saúde e qualidade
de vida(QV).
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OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Estimular, práticas de hábitos saudáveis, e melhorias da qualidade de vida.
Objetivos Específicos:
Desenvolver promoção da saúde e a prática para a qualidade de vida;
Encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar
entre todos;
Possibilitar os participantes tomarem consciência de suas práticas cotidianas,
viabilizando a busca de todos os fatos relacionados com a saúde, tais como
bem estar físico, psicológico, emocional e mental.
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REFERÊNCIAL TEÓRICO
Promoção à Saúde
A Organização Mundial de Saúde define como promoção da saúde o
processo que permite às pessoas aumentar o controle e melhorar a sua saúde. A
promoção da saúde representa um processo social e político, não somente incluindo
ações direcionadas ao fortalecimento das capacidades e habilidades dos indivíduos,
mas também ações direcionadas a mudanças das condições sociais, ambientais e
econômicas para minimizar seu impacto na saúde individual e pública. Entende-se
por promoção da saúde o processo que possibilita as pessoas aumentarem seu
controle sobre os determinantes da saúde e através disto melhorar sua saúde,
sendo a participação das mesmas essenciais para sustentar as ações de promoção
da saúde (HPA, 2004).
A promoção de saúde envolve segundo Cerqueira (1997), duas dimensões: a
conceitual – princípios, premissas e conceitos que sustentam o discurso da
promoção de saúde - e a metodológica – que se referem às práticas, planos de
ação, estratégias, formas de intervenção e instrumental metodológico.
Promoção da saúde é um conceito antigo, que vem sendo retomado e
discutido nas últimas décadas, principalmente a partir do Informe Lalonde, no início
da década de 70 (MOURA; GONÇALVES; CÔRREA, 2002), é importante também
lembrar que a idéia de promover saúde antecede o uso explícito do termo (SOUZA;
GRUNDY, 2004).
Na Constituição Federal de 1988, o estado brasileiro assume como seus
objetivos principais a redução das desigualdades sociais e regionais, a promoção do
bem de todos e a construção de uma sociedade solidária sem quaisquer formas de
discriminação. Tais objetivos marcam o modo de conceber os direitos de cidadania e
os deveres do estado no País, entre os quais a saúde (BRASIL, 1988).
A partir das definições constitucionais, da legislação que regulamenta o SUS,
das deliberações das conferências nacionais de saúde e do Plano Nacional de
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Saúde (2004-2007) (BRASIL, 2004b), o Ministério da Saúde propõe a Política
Nacional de Promoção da Saúde num esforço para o enfrentamento dos desafios de
produção da saúde num cenário sócio histórico cada vez mais complexo e que exige
a reflexão e qualificação contínua das práticas sanitárias e do sistema de saúde.
É importante também, que se reflita com cuidado antes de se afirmar que a
promoção da saúde é fantástica e fascinante como declara Saan (2001), pois ao
mesmo tempo em que pode ser em seus aspectos ideológicos, um empreendimento
de natureza holística que, conectado a dinâmicas de transformação social, demanda
estratégias articuladas às necessidades sentidas, percebidas e desejadas pela
população (MELLO, 2000), pode também ser um instrumento de biopoder como
afirma Guilam (2003), isto é, o grande foco da educação e promoção à saúde são os
riscos relacionados aos chamados estilos de vida. Indivíduos identificados como de
alto risco para uma doença em particular são encorajados a mudar aspectos de suas
vidas e a monitorar seu comportamento. Este projeto é dirigido no sentido de
maximizar a sua própria saúde e minimizar o “peso” que o indivíduo possa causar à
sociedade (GUILAM, 2003).
Qualidade de Vida
O conceito qualidade de vida (QV) é um termo utilizado em duas vertentes: na
linguagem cotidiana, por pessoas da população em geral, jornalistas, políticos,
profissionais de diversas áreas e gestores ligados às políticas públicas; no contexto
da pesquisa científica, em diferentes campos do saber, como economia, sociologia,
educação, medicina, enfermagem, psicologia e demais especialidades da saúde.
Na área da saúde, o interesse pelo conceito QV é relativamente recente e
decorre, em parte, dos novos paradigmas que têm influenciado as políticas e as
práticas do setor nas últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do
processo saúde-doença são multifatoriais e complexos. Assim, saúde e doença
configuram processos compreendidos como um continuo, relacionados aos aspectos
econômicos, socioculturais, à experiência pessoal e estilos de vida. Consoante essa
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mudança de paradigma, a melhoria da QV passou a ser um dos resultados
esperados, tanto das práticas assistenciais quanto das políticas públicas para o
setor nos campos da promoção da saúde e da prevenção de doenças.
Sabe-se que, já em meados da década de 70,Campbell (1976, a p u d
Awad&Voruganti 8 – p. 558) tentou explicitar as dificuldades que cercavam a
conceituação do termo qualidade de vida: “qualidade de vida é uma vaga e
etéreaentidade, algo sobre a qual muita gente fala,mas que ninguém sabe
claramente o que é”. A citação dessa afirmação, feita há cerca de trinta anos, ilustra
a ênfase dada na literatura mais recente às controvérsias sobre o conceito desde
que este começou a aparecer na literatura associado a trabalhos empíricos.
Uma definição clássica, do tipo global, é datada de 1974 (Andrews, apud
Bowling 1 2 – p.1448): “qualidade de vida é a extensão em queprazer e satisfação
têm sido alcançados”. A noção de que QV envolve diferentes dimensões configura-
se a partir dos anos 80, acompanhada de estudos empíricos para melhor
compreensão do fenômeno.
Duas tendências quanto à conceituação do termona área de saúde são
identificadas: qualidade de vida como um conceito mais genérico, e qualidade de
vida relacionada à saúde (health-relatedqualityoflife).
O termo qualidade de vida relacionada à saúde é muito frequente na literatura
e tem sido usado com objetivos semelhantes à conceituação mais geral. No entanto,
parece implicar os aspectos mais diretamente associados às enfermidades ou às
intervenções em saúde.
Há uma controvérsia associada ao uso demedidas específicas da QV
relacionada à saúde. Alguns autores defendem os enfoques mais específicos da
qualidade de vida, assinalando que esses podem contribuir para melhor identificar
as características relacionadas a um determinado agravo. Outros ressaltam que
algumas medidas de qualidade de vida relacionada à saúde têm abordagem
eminentemente restrita aos sintomas e às disfunções, contribuindo pouco para uma
visão abrangente dos aspectos não médicos associados à qualidade de vida.
As dificuldades relativas à avaliação da QV talvez limitem a sua inclusão na
prática clínica, em grande parte devido à ausência de informação das equipes de
saúde sobre as diferentes possibilidades hoje existentes para investigação da QV.
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METODOLOGIA
A fase inicial do projeto foi centrada na pesquisa bibliográfica e em sites
como: LILACS, BVS, Scielo e Scholar, para se ter um maior embasamento teórico a
respeito da promoção à saúde e qualidade de vida da população.
O projeto será realizado na Igreja Batista Betânia situada na Av. Lomanto Jr.;
Nº 1106 – Joaquim Romão, localizada na cidade de Jequié no interior da Bahia.
O presente projeto terá como forma de discussão atividades realizada através
de um método participativo, com trabalhos individuais e coletivos (dinâmicas de
grupo) e reflexos dialogados. Terá como ministrantes um Educador Físico e um
Nutricionista, que abordaram de maneira clara sobre “Promoção a Saúde e
Qualidade de Vida”, tendo como público alvo jovens e adultos.Enquanto natureza
será uma pesquisa básica onde o objetivo égerar conhecimentos novos e úteis para
informa o público alvo possíveis riscos de saúde.
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ATIVIDADES JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO
Levantamento x
Bibliográfico
Revisão x X
Bibliográfica
Construção do X x
Projeto
Apresentação do x
Projeto (Slide)
Entrega ao x
Orientador
Execução do x
Projeto
Entrega do X
Relatório
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REFERÊNCIAS
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operacionalização, Interface - Comunic, Saúde, Educ, v.7, n.12, p.91-112, 2003.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de
outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional n.° 39, de 2001. Brasília,
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<http://www.senado.gov.br/bdtextual/const88/con1988br.pdf>. Acesso em: 19/09/12
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Poder Executivo, Brasília, DF, 19 set. 1990a.
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http://www.espacoacademico.com.br/062/62neves.htm. Acesso em 20/09/12 ás
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SEID, Eliane Maria Fleury; ZNNON, Celia Maria Lana da Costa. Qualidade de Vida
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Universidade de Brasília . Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília , DF 7 0 9 1 0
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Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate
necessário. Ciência Saúde Coletiva 2000; 5:7-18.
Buss PM 1998. Promoção da Saúde e Saúde Pública.ENSP, Rio de Janeiro. 178
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