Objetivo:
Conhecer um dos distintos métodos de estudo de que se pode servir para a análise das obras de arte.
Conteúdos: 1. Definição. 2. Antecedentes. 3. Autores. 4. Críticas. 5. Influências e características
2. Objetivo:
Conhecer um dos distintos métodos de estudo de que se pode
servir para a análise das obras de arte.
Conteúdo:
1. Definição
2. Antecedentes
3. Autores
4. Críticas
5. Influências e características
2
Profa. Dra. Catarina Argolo
3. Do lat. METHODUS, “maneira de ir
ou de ensinar”;
Método: etimologia
3
Do gr. METHODOS, “investigação científica, modo de
perguntar”, originalmente, “perseguição, ato de ir
atrás”,
– de META-, “atrás, depois”, mais HODOS, caminho”.
Profa. Dra. Catarina Argolo
4. Iconografia: do grego eikôn (imagem) e graphein (descrição)
• É o ramo da história da arte que trata do tema ou
mensagem das obras de arte em contraposição à sua
forma (Panofsky, 2001, p. 54).
• Descrição e primeira interpretação do significado.
4
Profa. Dra. Catarina Argolo
5. 5
Iconologia: do grego eikôn (imagem) e logia (discurso)
A ICONOLOGIA se ocupa, junto à ICONOGRAFIA, da descrição
e da interpretação das imagens representadas nas obras de arte.
A utilização do método iconológico remonta ao séc. XVI,
tendo um amplo desenvolvimento no séc. XVIII através do
estudo do patrimônio figurativo de ordem sacra, dando
lugar a repertórios e manuais.
Profa. Dra. Catarina Argolo
6. Iconologia:
6
Ciência que estuda o objeto em questão:
- origens
- obras literárias
- processo pelo qual chegou a ter determinada interpretação
- relação com demais objetos
• Importância do SÍMBOLO como meio de representação simples
e compreensível.
Profa. Dra. Catarina Argolo
7. 7
Do latim simbŏlum, é a representação de
uma ideia que se percebe com os sentidos e
que responde a uma convenção socialmente
aceita.
SÍMBOLO: lat. symbolum: marca, crença;
gr. symbolon: senha, garantia - “aquilo que é
lançado junto” (de SYN-, “junto”, mais BALLEIN,
“lançar, jogar, atirar”).
Segundo Ernst Cassirer, o ser humano se caracteriza por viver num
universo SIMBÓLICO, cuja elaboração se deve à relação entre a
linguagem, mito, arte e religião.
Profa. Dra. Catarina Argolo
8. 8
Ainda que a atividade simbólica se
encontre presente em todos os
momentos históricos, os símbolos
mudam constantemente ao longo da
história.
Símbolo
Este aspecto terá uma grande influência neste método de
estudo.
Profa. Dra. Catarina Argolo
9. A Iconologia tem sua ORIGEM e desenvolvimento vinculados
ao grupo de estudiosos do Instituto Warburg, fundado por
Aby Warburg (1866 – 1929).
9
Profa. Dra. Catarina Argolo
10. Aby Warburg (1866 – 1929) é um dos mais importantes
representante s do método iconológico, porém, Panofsky foi
quem o concretizou na sua obra Significado das artes visuais.
A tese principal de seu trabalho se
baseia na crença de que a arte é um
indicador fidedigno de caráter
psicológico de uma época.
A iconologia é resultado de:
uma interação de forma e conteúdo
o estilo é um sintoma da mentalidade
de uma época
10
Profa. Dra. Catarina Argolo
11. Centra interesse no significado
da obra.
Indaga no conteúdo das
imagens.
Atribui aos testemunhos
figurativos o papel de fontes
históricas.
Ampliou o campo da
iconografia à uma
interpretação cultural da
forma artística.
WARBURG
11
Profa. Dra. Catarina Argolo
13. A Iconologia é um
método coetâneo ao
Formalismo e divergente,
porque:
• extrapola a forma, a
aparência;
• indaga, na
interpretação da obra;
• a concebe, segundo seu
contexto.
Se posiciona como
questionamento à
corrente positivista da
Escola de Viena que:
aborda somente o dado;
exclui toda consideração
que não esteja provada
empiricamente.
13
Profa. Dra. Catarina Argolo
14. • Panofsky (1892 – 1968) sofreu influxo de autores
ligados ao Instituto Warburg (Aby Warburg) na
construção de seu Método Iconográfico:
- Aloïs Riegl (1858 – 1905):
– Formalismo / Escola de Viena /Teoria da
visibilidade
-Ernst Cassirer (1874 – 1945): Filosofia das formas
simbólicas (1929)
Demais influências
14
Profa. Dra. Catarina Argolo
15. OBRA:
Em A perspectiva como forma simbólica (1927)
propõe que a perspectiva renascentista
constitui um modo de representação espacial
fruto de uma determinada concepção de
mundo revelando o particular conteúdo
espiritual de uma época.
Toda forma expressa valores simbólicos e a interpretação
iconológica é o meio para alcançar o significado intrínseco da
obra que revela a mais profunda atitude de um povo, de um
período ou de uma classe.
15
Profa. Dra. Catarina Argolo
16. OBRA:
Em Iconografia e iconologia: uma
introdução ao estudo da arte da
renascença, Panofsky expõe sua
metodologia iconológica de
trabalho e os processos ou fases
que esta segue.
16
Método de interpretação dos significados de temas antigos
que reaparecem na arte dos séculos XV e XVI investidos de
significado diferente do original.
Profa. Dra. Catarina Argolo
17. • Iconografia: estudo do tema. O que está
representado (descrição).
• Iconologia: estudo do significado. O que a(s)
imagem(ns) quer(em) dizer.
• Obra de arte: resultado do ambiente histórico.
Contextualização.
17
Profa. Dra. Catarina Argolo
19. Análise iconográfica:
consiste na identificação
de imagens, histórias e
alegorias.
Descritiva2
3 Análise iconológica:
é o verdadeiro objetivo da
análise da obra de arte.
Explicação do significado
intrínseco e dos conteúdos
da imagem.
Caráter interpretativo
19
Profa. Dra. Catarina Argolo
20. Repercussão:
Nesse contexto cabe citar o
trabalho de GOMBRICH, que é fruto
do resultado de cruzamento de
diferentes orientações:
A iconologia, considerada por ele
como uma disciplina de
interpretação dos símbolos
presentes na história da arte.
1
20
Profa. Dra. Catarina Argolo
21. Influência da psicanálise,
observada no seu interesse pela
análise desse universo simbólico.
Análise dos processos perceptivos
da arte, ainda que concede igual
importância à experiência e aos
condicionantes culturais do
público no momento de analisar a
obra de arte.
2
3
21
Profa. Dra. Catarina Argolo
22. Para GOMBRICH (dirigiu o
Instituto Warburg, de 1959 a
1976),
a obra de arte é como uma
tela onde projetamos certos
conteúdos;
a compreensão da imagem é
um ato de interpretação;
nosso olhar está sempre
condicionado tal e como se
desenvolve em seu estudo, A
imagem e o olho.
22
Profa. Dra. Catarina Argolo
24. Hermann Bauer:
Critica o Método argumentando que Panofsky separa a
experiência vital, da tradição cultural sem levar em
consideração que os movimentos e a percepção humanas
estão marcados por esta tradição.
24
Profa. Dra. Catarina Argolo
25. Hermann Bauer:
Nas segunda e terceira etapas de
análise da obra (análises
iconográfica e iconológica)
sublinham o que a obra de Arte
mostra, mas não o que ela oculta,
postergando a concepção
completa da realidade.
25
Profa. Dra. Catarina Argolo
26. Por influxo de Cassirer, os
iconógrafos não consideram
sinais como valores simbólicos,
uma vez que, um sinal não é um
símbolo.
O Instituto Warburg e Panofsky
(Cassirer), concebem a obra de
arte como um ‘sinal’ da História da
Cultura e seu caráter ‘revelador’,
como um símbolo da cultura.
26
Profa. Dra. Catarina Argolo
27. Censura os iconógrafos por demonstrarem mais interesse
pelas conotações da imagem que por ela própria, além
de desprezarem a mímesis (reflexo da realidade), por
considerá-la algo artificial.
27
Profa. Dra. Catarina Argolo
28. A proposta de Bauer é fazer uma Historiografia da Arte na
qual a mímesis seja compatível com o significado da
imagem, tanto histórica como supra-historicamente.
28
Profa. Dra. Catarina Argolo
29. 1. A História da teoria das proporções humanas como
reflexo da História dos Estilos
2. Iconografia e Iconologia: uma introdução ao estudo
da Renascença.
29
Profa. Dra. Catarina Argolo