Evento realizado no South America Hotel, RJ, em 20 de novembro de 2015, que debateu temas como planejamento de endomarketing, memória empresarial, engajamento e motivação.
2. Apresentação
• Especialista em Comunicação Integrada pela Escola Superior de
Propaganda e Marketing (ESPM), Jornalista pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) e Bacharel e Licenciada em História pela
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
• Com oito anos de experiência em Comunicação Corporativa, já atuou
em empresas multinacionais e das áreas de Ciência, Saúde e
Tecnologia.
• É Coordenadora Substituta da Assessoria de Comunicação do Instituto
de Tecnologia em Imunobiológicos, da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e editora do Portal Comunicação Integrada.
3. Memória: do Grego "mnemis“ ou
do latim, "memoria" – reter e
guardar para lembrar no futuro.
Deusa Mnemosine ou Mnemósine
preservava a todos do perigo do
esquecimento (lete): rio onde
almas bebiam água e esqueciam
existência anterior.
Antecedentes
4. Histórico
• Fim da ditadura militar, redemocratização do país,
promulgação da Constituição de 1988 e a revolução
tecnológica;
• Centros de Memória com mais liberdade em preservar e
organizar a história do país;
• Empresas seguem o mesmo caminho.
5. • A memória de uma empresa é um marco referencial a partir
do qual colaboradores redescobrem valores e reforçam
vínculos;
• Somos moldados pelo passado, conscientemente ou
inconscientemente, na esfera pública ou privada;
• O trabalho de "tecer" a memória empresarial é feito a muitas
mãos: historiadores, arquivistas, bibliotecários,
administradores, comunicadores e psicológos.
Conceito
7. Interfaces
• Memória passou a ser ferramenta estratégica na
comunicação organizacional, auxiliando na construção da
identidade das corporações;
• Paulo Nassar (2004) une história e memória como elementos
chave para construção do futuro das empresas.
8. Referências teóricas
• Maurice Halbwachs (1877-1945): grande difusor do campo
intelectual da memória, ao pesquisar sua função social e
desenvolver a ideia de "quadros sociais”;
• Estruturas construídas a partir de discursos e representações
simbólicas de uma sociedade, a exemplo dos costumes e o
imaginário, que influenciam indivíduos e grupos;
• Memoria e imagem compartilhada do passado.
10. Papel estratégico
• Karen Worcman (2004: 23) afirma que o modelo de memória
na empresa é agente catalisador no apoio aos negócios,
elemento de coesão entre responsabilidade social e história;
• Aliada à estratégia corporativa, a memória empresarial
revela-se uma poderosa ferramenta de comunicação interna,
despertando o desejo de pertencimento e orgulho em cada
um dos funcionários.
11. Papel estratégico
• A memória institucional tem como objetivo dar credibilidade
à história de uma empresa, valorizando o trabalho de ex e
atuais funcionários;
• Organizações modernas preservam sua identidade e
memória, que constroem valor unindo a comunicação e a
história como apoio às suas marcas e iniciativas.
13. Equipes e fontes
• Empresas investem em projetos de pesquisa sobre a sua
história, recolhendo depoimentos de seus trabalhadores,
acervo de produtos, objetos e marcas;
• Cem empresas no Brasil produzem algum projeto na área de
memória;
• História desenvolvida a partir de pesquisas que procuram
resgatar a sua memória através de documentos,
procedimentos e normas internas.
15. Possibilidades
• Valorização do contar histórias, repaginada pelo conceito de
storytelling - narração de histórias com uma nova linguagem
para atender às demandas dos negócios das organizações
privadas e públicas;
• Narrativa organizacional ganha atratividade e legitimidade
com a “contação” de histórias ou storytelling, um formato
envolvente, afetivo e de repercussão;
• Redes sociais quebram dinâmica informacional da
organização -> informações mais rápidas e fluidas.
17. Na prática
• Para elaborar um projeto de memória empresarial, os
objetivos devem estar alinhados às diretrizes da
comunicação institucional;
• Para apresentar a memória empresarial ao público interno,
há diversos mecanismos a serem adotados;
• Um deles é iniciar o desenvolvimento de um plano de
comunicação interna que vise conscientizar os colaboradores
sobre a importância da preservação da memória.
18. Na prática
• Livro Histórico e institucional, elaborado por especialistas,
fruto de pesquisa histórica;
• Folder para novos empregados, contando mais sobre a
história da empresa e documentário histórico;
• Área no site institucional que contenha a história da empresa
e Kits para estudantes, pesquisadores e imprensa, que
contenha informações relevantes sobre a história.
20. Etapas
• Definir qual o objetivo da campanha, público-alvo (que pode
compreender os stakeholders primários ou secundários);
• Após definição do objetivo, público e equipe envolvida, é
preciso estabelecer o cronograma e definir as principais
ações do plano de comunicação interna, além do orçamento
previsto.
23. O que foi feito?
• Empresa completa 100 anos de Brasil → Uso da história oral,
envolvimento e pertencimento;
• Relação entre o desenvolvimento do Banco e o do país “100
anos de progresso”;
• Storytelling e valor na vida do cliente - “você e o City”.
24. Posicionamento
“Há 100 anos no Brasil, o Citi preserva um relacionamento forte
e personalizado com cada cliente. Essa característica faz do
banco um verdadeiro parceiro capaz de mostrar caminhos e
trazer soluções únicas para cada pessoa”.
25. Reflexão
“Na economia da atenção, os números
chamam atenção dos investidores e
acionistas, mas apenas boas histórias
são capazes de tocar o coração e
permanecer na memória das pessoas e
corporações”.
Isabela Pimentel
www.comunicacaointegrada.com.br
26. Indicações
• HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo:
Vértice, 1990.
• LE GOFF, Jacques. Memória. História e Memória. Campinas:
• Ed. UNICAMP, 1994, p. 423-483.
• WORCMAN, Karen. Museu da pessoa: memória do futuro: um
desafio. In: NASSAR, Paulo (Org.). Memória de empresa:
história e comunicação de mãos dadas, a construir o futuro
das organizações. São Paulo: Aberje, 2004. p. 23-30.