O documento discute os desafios da sustentabilidade da cobertura oncológica na saúde suplementar brasileira em três frases:
Cita o aumento das doenças crônicas como câncer e o alto custo do tratamento como desafios, e propõe estratégias como foco na qualidade, saúde baseada em evidências e gestão de custos para lidar com o crescente gasto no setor. O papel da ANS é promover a qualidade, sustentabilidade e accountability no mercado de planos de saúde.
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OS DESAFIOS DA (SUSTENTABILIDADE
DA) COBERTURA ONCOLÓGICA NA
SAÚDE SUPLEMENTAR
Raquel Lisbôa
Gerente Geral de Regulação Assistencial
GGRAS/DIPRO/ANS
Maio 2016
2. Agenda
• Contexto
• Gasto em Saúde
• Impacto Econômico das Doenças Crônicas
• Desafios da Sustentabilidade
• Estratégias para Sustentabilidade
• O Papel da ANS
4. Taxa de cobertura dos planos privados de assistência médica
por Unidades da Federação (Brasil - dezembro/2015)
Fonte: SIB/ANS/MS - 12/2015 e População - IBGE/2012
4
5. Resumo do registro de operadoras
(Brasil - dezembro/2015)
Fontes: CADOP/ANS/MS - 12/2015 e SIB/ANS/MS - 12/2015
(1)Registros novos e cancelados no ano.
5
Registro Total
Operadoras médico-
hospitalares
Operadoras exclusivamente
odontológicas
Registros novos (1) 45 27 18
Registros cancelados (1) 126 91 35
Operadoras ematividade 1.340 974 366
Operadoras combeneficiários 1.156 828 328
6. Receitas e despesas das operadoras
médico-hospitalares, por tipo (Brasil - 2004-2014)
Fontes: DIOPS/ANS/MS - 24/11/2015 e FIP - 12/2006
Notas: 1. Dados preliminares, sujeitos à revisão.
2. Até 2006, o plano de contas das operadoras da modalidade Seguradora especializada em saúde (FIP) não permite a agregação com o das
demais operadoras (DIOPS).
3. As operadoras da modalidade Autogestão passaram a enviar informações financeiras, obrigatoriamente, a partir de 2007, com exceção
daquelas por SPC (Secretaria Previdência Complementar), obrigadas a partir de 2010. As Autogestões por RH (Recursos Humanos) não são
obrigadas a enviar informações financeiras.
(R$)
Ano
Receita de
contraprestações
Outras receitas
operacionais
Despesa assistencial
Despesa
administrativa
Despesa de
comercialização
Outras despesas
operacionais
2004 32.030.482.291 0 26.049.328.085 5.737.134.656 0 0
2005 36.526.953.474 0 29.737.522.511 6.347.068.989 0 0
2006 41.716.465.643 0 33.267.151.262 7.195.262.927 0 0
2007 51.113.068.482 8.525.119.801 41.200.117.052 9.612.658.267 1.323.040.191 8.075.076.848
2008 59.500.765.292 9.074.446.163 47.839.114.267 10.283.335.217 1.658.928.372 8.563.760.254
2009 64.466.255.780 11.922.974.619 53.514.888.841 10.912.420.357 1.920.218.287 9.947.346.038
2010 72.918.724.546 13.908.800.321 59.173.266.778 11.724.270.077 2.211.202.697 12.296.048.390
2011 82.605.523.640 15.194.692.744 68.097.417.992 12.603.634.528 2.612.065.853 14.042.803.275
2012 93.129.984.634 14.369.721.899 79.104.358.246 13.389.238.517 2.968.444.240 13.463.409.848
2013 108.560.657.451 15.006.192.225 90.919.453.668 14.132.832.596 3.393.986.064 13.725.988.675
2014 125.194.607.141 15.868.602.922 106.337.545.544 15.797.154.641 3.942.316.708 15.167.860.936
6
7. Receita de contraprestações e despesa assistencial
de todas as operadoras (Brasil - 2004-2014)
Fontes: DIOPS/ANS/MS - 24/11/2015 e FIP - 12/2006
32,6
37,3
42,6
52,2
60,7
65,8
74,6
84,7
95,4
111,1
128,0
26,4
30,1 33,7
41,7
48,4 54,2
59,9
69,1
80,2
92,1
107,6
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
(R$bilhões)
Receita de contraprestações
Despesa assistencial
7
8. Conta-satélite de saúde 2010-2013
• As contas-satélites são uma extensão do Sistema de Contas Nacionais.
Elas foram criadas para expandir a capacidade de análise das Contas
Nacionais sobre determinadas áreas, como a saúde. A divulgação pelo
IBGE da conta-satélite de saúde 2010-2013 ocorreu em dezembro de
2015.
• Segundo o IBGE, Em 2013, o consumo final de bens e serviços de saúde no
Brasil foi de R$ 424 bilhões (em reais de 2013);
• Desse total, R$ 223 bilhões foram despesa de consumo das famílias, R$
190 bilhões, consumo do governo e R$ 6 bilhões, consumo de instituições
sem fins de lucro a serviço das famílias (ONGs, igrejas etc.);
• Em 2013, as despesas de famílias e instituições sem fins de lucro com
consumo final de bens e serviços de saúde somaram R$ 1.162 por pessoa;
• A despesa per capita do governo com consumo desses bens e serviços foi
de R$ 946, em reais correntes de 2013.
16. • As DCNT dificultam os esforços para aliviar a pobreza e ameaçam o
alcance dos objetivos de desenvolvimento internacional. Quando as
pessoas adoecem e morrem no auge de suas vidas, a produtividade
diminui. E o custo do tratamento de doenças pode ser devastador - tanto
para o indivíduo quanto para o sistema de saúde do país.
• De 2011 a 2025 as perdas econômicas acumuladas em um cenário
comum nos países de baixa e média renda estão estimadas em 7 trilhões
de dólares. A OMS estima que o custo de reduzir a carga global DCNT é
11,2 bilhões de dólares por ano: um investimento anual de 1-3 dólares
per capita.
• Segundo o National Institute of Cancer, nos EUA são estimados 1.685.210
novos casos de câncer e 595.690 mortes pela doença em 2016. O gasto
nacional com o tratamento do câncer nos EUA foi de 125 bilhões de
dólares em 2010 e pode chegar a 156 bilhões em 2020.
Impacto Econômico das Doenças Crônicas
Fonte: From Burden to “Best Buys”: Reducing the Economic Impact of Non-Communicable
Diseases in Low- and Middle-Income Countries, OMS, 2011
17. Impacto Econômico das Doenças Crônicas
Fonte: From Burden to “Best Buys”: Reducing the Economic Impact of Non-Communicable
Diseases in Low- and Middle-Income Countries, OMS, 2011
18. Impacto Econômico das Doenças Crônicas
Fonte: The Global Economic Burden of Non-communicable Diseases, report by the
World Economic Forumand the Harvard School of Public Health, September 2011
19. Impacto Econômico das Doenças Crônicas
Fonte: The Global Economic Burden of Non-communicable Diseases, report by the
World Economic Forumand the Harvard School of Public Health, September 2011
20. Desafios da Sustentabilidade
• O aumento do gasto em saúde;
• O envelhecimento populacional e o consequente aumento da demanda por
cuidados de saúde;
• O aumento das doenças crônicas, entre elas o câncer;
• O alto custo do desenvolvimento de novas tecnologias, inovação tecnológica e
farmacológica;
• População mais esclarecida, com fácil acesso a informação que demanda
cuidados de saúde de ponta;
• Fragmentação do cuidado em saúde;
• Alocação ineficiente de recursos – foco no tratamento da doença;
• Aumento dos custos produtivos unitários;
• Uma desalinhamento entre o modo como os sistemas de saúde estão
organizados e os serviços de saúde que deveriam ser entregues a população. A
questão do VALOR em saúde.
21. Valor em Saúde
“O valor na área de saúde deve ser mensurado pelos resultados
que são obtidos pelos pacientes e não pelo volume de serviços
de saúde ofertado. Maior oferta de serviços nem sempre
significa melhor cuidado em saúde. Essa mudança de foco, do
volume de serviços para o resultado do cuidado, é um grande
desafio.”
– What is value in health care? Michael E. Porter
22. Estratégias para Sustentabilidade
• Investimento em Inovação e Tecnologia da Informação;
• Foco na qualidade;
• Saúde centrada no paciente;
• Saúde baseada em evidências;
• Parametrização: utilização de métricas/indicadores de
desempenho;
• Padronização de procedimentos;
• Gestão Clínica;
• Investimento em promoção de saúde e prevenção de
doenças;
• Gestão de custos;
• Engajamento dos stakeholders.
23. O papel da ANS
• Fomento
– Qualidade
– Sustentabilidade
– Accountability
• Mediação
• Regulamentação
• Garantia do equilíbrio do mercado
25. Turning Point – the critical point in a situation, process, or system beyond
which a significant and often unstoppable effect or change takes place
Saúde Suplementar – Mudança de Paradigma
Para aproveitar momentos de virada, são necessários 3 elementos
fundamentais:
From countries’ perspective, chronic diseases reduce life expectancy and ultimately economic productivity, thus depleting the quality and quantity of countries’ labour force. This may result into lower national output in national income (GDP and GNI).