A parábola do mau rico e Lázaro ensina sobre: 1) as consequências das ações na vida após a morte; 2) a necessidade de usar a riqueza para ajudar os necessitados; 3) a comunicação entre os vivos e os mortos.
1. PALESTRA LEAN – 10/01/2010 [email_address] http://esde2009.blogspot.com A PARÁBOLA DO MAU RICO
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5. Lázaro representa os excluídos da sociedade terrena, aqueles que, quando muito, podem chegar ao portão dos grandes templos, aqueles que não podem atravessar os umbrais dos palácios dourados, aqueles que essa sociedade corrompida do mundo despreza, amaldiçoa, cobre de labéus, crava de setas venenosas que lhes chagam o corpo todo. Os Lázaros não são esses pobres orgulhosos do mundo, que não têm muitas vezes o que comer e o que vestir, mas estão cobertos com a púrpura do orgulho; não é essa gente que não tem dinheiro mas tem vaidade; não tem palácios, mas tem egoísmo; não tem jantares opíparos, mas tem prazeres nefastos; não, os pobres, de que Lázaro serviu de símbolo na parábola, são os que sofrem com resignação , são os que desprezam os bens da Terra, porque buscam as coisas de Deus, são aqueles que se vêem usurpados daquilo que por direito lhes pertence no mundo, mas, pacientes e resignados , não se revoltam, porque crêem no futuro e esperam as dádivas que lhes estão reservadas por Deus . (C. SCHUTEL)
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8. “ Todos os homens, desde o mais altamente colocado até o mais miserável, são construídos da mesma argila. Revestidos de andrajos ou de suntuosos hábitos, os seus corpos são animados por Espíritos da mesma origem e todos reunir-se-ão na vida futura. Aí somente o valor moral é que os distingue. O que tiver sido grande na Terra pode tornar-se um dos últimos no espaço; o mendigo, talvez, aí, venha a revestir uma brilhante roupagem .” (DENIS, Depois da Morte) “ (...) todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado .” (Lucas, 14:11)
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11. “ É-lhe esclarecido, então, o porquê de seu atual padecer e o da felicidade de Lázaro, situação essa impossível de ser modificada de pronto , em virtude do “ abismo ” existente entre ambos. Como facilmente se percebe, também aqui não se trata de abismo físico, mas sim moral . Havendo triunfado em sua provação, Lázaro alcançara um estado de paz interior que o mau rico não poderia experimentar, e este, em razão de seu fracasso, sentia-se angustiado e abrasado de remorsos, coisas que o outro, logicamente, não poderia sentir, pois os estados de consciência são pessoais e impermutáveis.” (CALLIGARIS, Parábolas Evangélicas)
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13. “ Acode-lhe então à mente pedir fossem avisados do que lhe acontecera os irmãos que ele deixara na Terra. A hipótese desse pedido, formulada na parábola, mostra ser real a crença na comunicabilidade dos mortos com os vivos , crença que, de fato, era corrente entre os judeus .” (SAYÃO, Elucidações Evangélicas) Provavelmente, pelo que podemos inferir da parábola, viviam os seus irmãos nas mesmas condições, mergulhados nos mesmos erros e excessos, e com os corações endurecidos com relação à prática do bem, quem sabe até, negligenciando outros Lázaros que já lhe estivessem batendo à porta. Daí a preocupação do irmão desencarnado em avisá-los sobre a seu destino após a morte.
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15. “ A negativa de Abraão, ao dizer: “Eles têm lá Moisés e os profetas: que os escutem”, foi muito lógica, pois ninguém precisa de orientação particular para nortear sua conduta, quando já tenha conhecimento dos códigos morais vigentes.” (CALLIGARIS, Parábolas Evangélicas) “ O mundo está repleto de mensagens e emissários, há milênios. O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender ao círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas .” (EMMANUEL, Pão Nosso – Cap. 116: Ouçam-nos)
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17. A) FALA DA LEI DE CAUSA E EFEITO (OU DA AÇÃO E REAÇÃO), PELA QUAL CADA UM COLHE O QUE SEMEOU . MOSTRA QUE A POSIÇÃO FUTURA DE CADA QUAL É CONSEQÜÊNCIA DE SEUS ATOS ATUAIS ;
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22. Este ensino é a proclamação da lei da caridade, cuja execução é imprescindível para todos os que se abrigam sob o seu pálio santo, como também para os que fogem aos seus generosos convites. (CAIRBAR SCHUTEL, Parábolas e Ensinos de Jesus )