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MAIO/2013
RI XINGU
Governo do Estado do Pará
Simão Robison Oliveira Jatene
Governador
Helenilson Cunha Pontes
Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges
Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará
Maria Adelina Guglioti Braglia
Presidente
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural
Sérgio Castro Gomes
Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação
Andréa dos Santos Coelho
Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais
Gracyette Aguiar
Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
BOLETIM DO DESMATAMENTO E FOCOS
DE CALOR – REGIÃO DE INTEGRAÇÃO
XINGU
Expediente
Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais
Andréa dos Santos Coelho
Coordenação de Pesquisas e Estudos Ambientais
Nathalia Cristina Costa do Nascimento
Elaboração Técnica:
Maicon Silva Farias
Andréa dos Santos Coelho
Colaboração:
Marta Amorim
Revisão:
Fernanda Graim
Normalização:
Glauber Ribeiro
BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E DESMATAMENTO – REGIÃO
DE INTEGRAÇÃO XINGU, 2013. Belém: Instituto de Desenvolvimento
Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2013.
Mensal
16 p. (Boletim de focos de calor e desmatamento – Região de Integração
Xingu, 8)
1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará
(Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do
Pará. I.Série
CDD 333.3357
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CBERS - China-Brazil Earth-Resources Satélite.
ESEC – Estação Ecológica.
DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real.
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis.
IDESP –Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
MODIS – Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer.
NASA – National Aeronautics and Space Administration.
NOAA - Nacional Oceanic and Atmospheric Administration.
UHE – Usina Hidroelétrica.
WFI – Widw Field Imager.
Sumário
APRESENTAÇÃO............................................................................................................7
1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS......................................................................................8
1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER....8
1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS............9
2 BOLETIM REGIÃO DE INTEGRAÇÃO XINGU- ABRIL DE 2012....................11
2.1 DESMATAMENTO ............................................................................................................11
2.2 FOCOS DE CALOR............................................................................................................14
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................16
7
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
APRESENTAÇÃO
As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e científicos
tendo como objetivo diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação
antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento está ligado às
queimadas necessárias para o plantio de pastagens ou cultivos agrícolas, tanto em áreas de
vegetação primária quanto secundária. Os prejuízos causados são enormes e não se restringem
apenas à vegetação, causando grandes danos sociais a população local e regional.
Nesse sentido, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do
Pará (IDESP) busca contribuir para os estudos na Região de Integração Xingu, onde está
sendo construída a UHE de Belo Monte, através da ação intitulada Observatório Belo
Monte, projeto que visa estudar assuntos referentes aos impactos causados pela implantação
da UHE na região. Um dos produtos desse projeto é o Boletim com o objetivo de trabalhar a
dinâmica do desmatamento e das queimadas na Região de Integração Xingu. Este boletim
será apresentado mensalmente disponível no site do Instituto no endereço:
http://www.idesp.pa.gov.br/paginas/beloMonte/boletins.php.
Este acompanhamento será realizado com base na metodologia de monitoramento por
satélites. Hoje é possível obter informações, em tempo consideravelmente rápido, de
processos dinâmicos como o desmatamento, graças também à popularização do uso da
internet. O Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) e o Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob
responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ligado ao Ministério da
Ciência e Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na
Amazônia brasileira.
8
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS
1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER1
O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da
Amazônia. Com o esse instrumento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
divulga mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam
áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por
degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas de
manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. O DETER
utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), a
bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e WFI
(Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro CBERS-2B do INPE.
O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização através da produção de
um mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma, permite
aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio Ambiente,
Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de combate ao
desmatamento ilegal.
Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à fiscalização
e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Isso é devido à
resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens, variável de um
mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez de detectar novos desmatamentos,
o que possibilita gerar, em um curto período de tempo, dados para a fiscalização.
A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns
meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas cortadas
em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento
progressivo, mas cuja detecção não fora possível devido à cobertura de nuvens.
Ao analisar o dado de um determinado mês, é necessário considerar a área de
cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de nuvens de
todas as imagens utilizadas para a avaliação.
Para obter mais informações sobre a metodologia consulte:
http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf
1
INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento em
Tempo Real - Metodologia. Assim, as informações do DETER devem ser usadas apenas como um indicador de
tendência do desmatamento anual.
9
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2
O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para detectar
focos de queima de vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos satélites (ex.
imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA3
, as imagens dos satélites
geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR - Advanced Very High Resolution
Radiometer - e dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NOAA-18 e NOAA-
19).
Desde 22 de setembro de 2011, o INPE utiliza o satélite AQUA (sensor MODIS)
como “satélite de referência”. Os dados diários de focos detectados pelo “satélite de
referência” são usados para compor a série temporal ao longo dos anos, e assim permitir a
análise de tendências de focos em uma região em determinado período. Anteriormente eram
utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e NOAA-12 como “satélites de referência”. Mas de
maneira geral, o número de focos nas imagens AQUA é maior que aquele nas imagens
NOAA-15.
Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade das
imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena
transmissora, o que impede o monitoramento das regiões norte e noroeste do País.
Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e do
Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequada nas
comparações temporais.
Mesmo indicando uma fração do número real de focos de queimadas e incêndios
florestais, por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos
anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências espaciais e
temporais dos focos.
O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação, sem avaliar o tamanho
da área queimada ou o tipo de vegetação afetada.
Os dados de focos de calor são divulgados diariamente pelo INPE, através da internet,
cerca de três horas após sua geração.
2
INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas frequentes e A mudança do
satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php.
3
AQUA – Aqua Project Science – Satélite americano idealizado para monitorar vários tipos de fenômenos
físicos referentes a circulação de energia e da água na Terra
(http://www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/aqua.htm)
10
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
Para análise temporal e a periodicidade dos dados, enfatiza-se que os dados de focos
de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”.
Para obter mais informações sobre a metodologia consulte:
http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/
11
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
2 BOLETIM REGIÃO DE INTEGRAÇÃO XINGU- MAIO DE 2013
A Região de Integração Xingu compreende os municípios de Altamira, Anapu,
Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e
Vitória do Xingu. Tal região registrou, no mês de maio de 2013, um desmatamento que
abrangeu uma área de 75,76 km² (DETER/INPE, 2013). No mesmo período não foram
detectados focos de calor. A Figura 1 ilustra a localização dos pontos centrais de
desmatamento e focos de calor na RI Xingu.
Figura 1 - Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em maio de 2013, na Região de
Integração Xingu.
Fonte: DETER/INPE
Elaboração: IDESP, 2013
2.1 DESMATAMENTO
Do desmatamento detectado no mês de maio na RI Xingu (75,67 km²), verifica-se
que se encontra localizado especificamente no município de Altamira, Tabela 1. Cabe
ressaltar que este valor corresponde a aproximadamente 56,52% do total de áreas
desmatadas no estado do Pará no mesmo período.
12
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por município na Região de Integração Xingu - maio de
2013.
Município Área (km²)
Altamira 75,76
Total geral 75,76
Fonte: DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.
Em relação ao desmatamento localizado em áreas protegidas, foi detectado na Zona
de Amortecimento Buffer interno ESEC da Terra do Meio um desmatamento que abrangeu
uma área de 1,07 km² (Tabela 2).
Tabela 2. Distribuição do desmatamento em áreas protegidas e zona de amortecimento, por
município, na Região de Integração Xingu - maio de 2013.
Município Zona de amortecimento Área (km²)
Altamira Buffer interno ESEC da Terra do Meio 1,07
Altamira Total 1,07
Ao comparar o desmatamento do mês de maio de 2013, com anos anteriores, em
uma série história desde 20104
, verifica-se que, no presente ano, foi registrada a maior área
desmatada na RI (75,76 km²), em comparação com o ano anterior houve um aumento
1.686,79 %, haja vista que o ano de 2012 foi quando a RI em questão apresentou a menor
área (4,24 km²).(Gráfico 1).
4
Ano do início das obras na UHE Belo Monte.
13
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
Gráfico 1 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de maio, de 2010 a 2013, no estado do
Pará.
Fonte: DETER/INPE.
Elaboração: IDESP.
Na Figura 2, verifica-se que o desmatamento no mês de maio localizou-se no
município de Altamira nas proximidades da rodovia BR- 163 (Rodovia Santarém-Cuibá) e
das Terras Indígenas do município.
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
km²
Anos
2010 2011 2012 2013
14
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
Figura 2 - Mapa de localização do desmatamento na Região de Integração Xingu, em maio de
2013.
Fonte: Queimadas/INPE
Elaboração: IDESP
2.2 FOCOS DE CALOR
Em relação aos focos de calor, no mês de maio de 2013, não foram detectados na
região, contudo ao observar a série histórica para a RI no período de 2010-2013, verifica-se
uma baixa ocorrência de focos na região, sendo registrado no máximo 1 foco, conforme
exposto no gráfico 2. Esta baixa ocorrência pode ser atribuída ao fato de o mês de maio
ainda apresentar um volume de chuvas considerável, e não coincidir com o calendário
agrícola do estado, quando as queimadas para limpeza ou preparo da terra para as
atividades agropecuárias costumam ser mais frequentes (DETER, 2013).
15
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de janeiro, de 2010 a 2013, na Região
de Integração do Xingu.
Fonte: Queimadas/INPE.
Elaboração: IDESP.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
NºdeFocos
Anos
2010 2011 2012 2013
16
Boletim do Desmatamento RI Xingu
Maio 2013
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente.
Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em
<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 08 de maio. 2013
_______. Monitoramento de queimadas e incêndios, Nov.. 2012. Disponível em
<http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 08 de maio. 2013.
BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento
em tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de
outubro 2012.
_______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, nov. 2012. Disponível
em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 08 de maio. 2013

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  • 2. Governo do Estado do Pará Simão Robison Oliveira Jatene Governador Helenilson Cunha Pontes Vice-Governador / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Maria Adelina Guglioti Braglia Presidente Cassiano Figueiredo Ribeiro Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Sérgio Castro Gomes Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Andréa dos Santos Coelho Diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais Gracyette Aguiar Diretora de Planejamento, Administração e Finanças
  • 3. BOLETIM DO DESMATAMENTO E FOCOS DE CALOR – REGIÃO DE INTEGRAÇÃO XINGU
  • 4. Expediente Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais Andréa dos Santos Coelho Coordenação de Pesquisas e Estudos Ambientais Nathalia Cristina Costa do Nascimento Elaboração Técnica: Maicon Silva Farias Andréa dos Santos Coelho Colaboração: Marta Amorim Revisão: Fernanda Graim Normalização: Glauber Ribeiro BOLETIM DE FOCOS DE CALOR E DESMATAMENTO – REGIÃO DE INTEGRAÇÃO XINGU, 2013. Belém: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2013. Mensal 16 p. (Boletim de focos de calor e desmatamento – Região de Integração Xingu, 8) 1. Focos de calor-queimadas. 2. Desmatamento. 3. Meio ambiente. 4. Pará (Estado). 5. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará. I.Série CDD 333.3357
  • 5. LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS CBERS - China-Brazil Earth-Resources Satélite. ESEC – Estação Ecológica. DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real. IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis. IDESP –Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. MODIS – Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer. NASA – National Aeronautics and Space Administration. NOAA - Nacional Oceanic and Atmospheric Administration. UHE – Usina Hidroelétrica. WFI – Widw Field Imager.
  • 6. Sumário APRESENTAÇÃO............................................................................................................7 1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS......................................................................................8 1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER....8 1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS............9 2 BOLETIM REGIÃO DE INTEGRAÇÃO XINGU- ABRIL DE 2012....................11 2.1 DESMATAMENTO ............................................................................................................11 2.2 FOCOS DE CALOR............................................................................................................14 REFERÊNCIAS ..............................................................................................................16
  • 7. 7 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 APRESENTAÇÃO As questões ambientais têm sido de grande interesse nos círculos políticos e científicos tendo como objetivo diminuir o impacto e/ou prever os cenários futuros resultantes da ação antrópica nos recursos florestais do Estado. O processo de desmatamento está ligado às queimadas necessárias para o plantio de pastagens ou cultivos agrícolas, tanto em áreas de vegetação primária quanto secundária. Os prejuízos causados são enormes e não se restringem apenas à vegetação, causando grandes danos sociais a população local e regional. Nesse sentido, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) busca contribuir para os estudos na Região de Integração Xingu, onde está sendo construída a UHE de Belo Monte, através da ação intitulada Observatório Belo Monte, projeto que visa estudar assuntos referentes aos impactos causados pela implantação da UHE na região. Um dos produtos desse projeto é o Boletim com o objetivo de trabalhar a dinâmica do desmatamento e das queimadas na Região de Integração Xingu. Este boletim será apresentado mensalmente disponível no site do Instituto no endereço: http://www.idesp.pa.gov.br/paginas/beloMonte/boletins.php. Este acompanhamento será realizado com base na metodologia de monitoramento por satélites. Hoje é possível obter informações, em tempo consideravelmente rápido, de processos dinâmicos como o desmatamento, graças também à popularização do uso da internet. O Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimada/Monitoramento de Focos, sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, monitoram diariamente o desmatamento e os focos de calor na Amazônia brasileira.
  • 8. 8 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 1 INFORMAÇÕES TÉCNICAS 1.1 O SISTEMA DE DETECÇÃO DO DESMATAMENTO EM TEMPO REAL - DETER1 O DETER é um sistema de apoio à fiscalização e controle do desmatamento da Amazônia. Com o esse instrumento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulga mensalmente um mapa de alertas, com áreas maiores que 25 ha. Esses mapas indicam áreas totalmente desmatadas (corte raso) e áreas em processo de desmatamento por degradação florestal progressiva (quando há uma alta intensidade de perturbação). Áreas de manejo florestal de baixo impacto, em geral, não são detectadas por esse sistema. O DETER utiliza imagens dos sensores MODIS (Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer), a bordo do satélite TERRA, da NASA (National Aeronautics and Space Administration) e WFI (Wide Field Imager), a bordo do satélite sino-brasileiro CBERS-2B do INPE. O objetivo do DETER é fornecer indicadores para fiscalização através da produção de um mapa digital com todas as ocorrências de desmatamento observadas. Dessa forma, permite aos órgãos responsáveis pela fiscalização (IBAMA, Secretarias de Meio Ambiente, Promotoria Pública, etc.) planejar suas ações de campo e operações de combate ao desmatamento ilegal. Ressalta-se que o DETER é uma ferramenta concebida para dar suporte à fiscalização e não para fornecer um mapa fiel do desmatamento mensal da Amazônia. Isso é devido à resolução pouco detalhada dos satélites utilizados e à cobertura de nuvens, variável de um mês para outro. A vantagem desse sistema está na rapidez de detectar novos desmatamentos, o que possibilita gerar, em um curto período de tempo, dados para a fiscalização. A conversão de floresta primária até o estágio de corte raso pode levar de alguns meses até vários anos para ser concluída. Os dados do DETER podem incluir áreas cortadas em períodos anteriores ao do mês de mapeamento ou em processo de desmatamento progressivo, mas cuja detecção não fora possível devido à cobertura de nuvens. Ao analisar o dado de um determinado mês, é necessário considerar a área de cobertura de nuvens. Assim, são disponibilizadas informações de cobertura de nuvens de todas as imagens utilizadas para a avaliação. Para obter mais informações sobre a metodologia consulte: http://www.obt.inpe.br/deter/metodologia_v2.pdf 1 INPE - Coordenação-Geral de Observação da Terra - OBT, Sistema DETER - Detecção de Desmatamento em Tempo Real - Metodologia. Assim, as informações do DETER devem ser usadas apenas como um indicador de tendência do desmatamento anual.
  • 9. 9 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 1.2 O SISTEMA DE MONITORAMENTO DE FOCOS DE CALOR - QUEIMADAS2 O monitoramento dos focos de calor é realizado diariamente pelo INPE para detectar focos de queima de vegetação. Para tanto, o INPE utiliza imagens de diversos satélites (ex. imagens MODIS dos satélites polares, NASA TERRA e AQUA3 , as imagens dos satélites geoestacionários GOES-12 e MSG-2, imagens AVHRR - Advanced Very High Resolution Radiometer - e dos satélites polares NOAA-15, NOAA-16, NOAA-17, NOAA-18 e NOAA- 19). Desde 22 de setembro de 2011, o INPE utiliza o satélite AQUA (sensor MODIS) como “satélite de referência”. Os dados diários de focos detectados pelo “satélite de referência” são usados para compor a série temporal ao longo dos anos, e assim permitir a análise de tendências de focos em uma região em determinado período. Anteriormente eram utilizadas imagens do satélite NOAA-15 e NOAA-12 como “satélites de referência”. Mas de maneira geral, o número de focos nas imagens AQUA é maior que aquele nas imagens NOAA-15. Esta alteração para o AQUA decorreu de limitações e degradação na qualidade das imagens do NOAA-15, que apresentam muito ruído devido a restrições em sua antena transmissora, o que impede o monitoramento das regiões norte e noroeste do País. Em termos de impacto nos dados de focos, com o AQUA o norte do Amazonas e do Pará, Roraima e Acre passam a ter cobertura regular e, portanto, mais adequada nas comparações temporais. Mesmo indicando uma fração do número real de focos de queimadas e incêndios florestais, por usarem o mesmo método e o mesmo horário de imageamento ao longo dos anos, os resultados do "satélite de referência" permitem analisar as tendências espaciais e temporais dos focos. O sistema do INPE detecta a existência de fogo na vegetação, sem avaliar o tamanho da área queimada ou o tipo de vegetação afetada. Os dados de focos de calor são divulgados diariamente pelo INPE, através da internet, cerca de três horas após sua geração. 2 INPE - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Queimadas. Perguntas frequentes e A mudança do satélite de referencia. Disponível em: http://www.inpe.br/queimadas/faq.php. 3 AQUA – Aqua Project Science – Satélite americano idealizado para monitorar vários tipos de fenômenos físicos referentes a circulação de energia e da água na Terra (http://www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/aqua.htm)
  • 10. 10 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 Para análise temporal e a periodicidade dos dados, enfatiza-se que os dados de focos de calor divulgados neste boletim referem-se ao “satélite de referência”. Para obter mais informações sobre a metodologia consulte: http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/
  • 11. 11 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 2 BOLETIM REGIÃO DE INTEGRAÇÃO XINGU- MAIO DE 2013 A Região de Integração Xingu compreende os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu. Tal região registrou, no mês de maio de 2013, um desmatamento que abrangeu uma área de 75,76 km² (DETER/INPE, 2013). No mesmo período não foram detectados focos de calor. A Figura 1 ilustra a localização dos pontos centrais de desmatamento e focos de calor na RI Xingu. Figura 1 - Mapa de localização do desmatamento e focos de calor em maio de 2013, na Região de Integração Xingu. Fonte: DETER/INPE Elaboração: IDESP, 2013 2.1 DESMATAMENTO Do desmatamento detectado no mês de maio na RI Xingu (75,67 km²), verifica-se que se encontra localizado especificamente no município de Altamira, Tabela 1. Cabe ressaltar que este valor corresponde a aproximadamente 56,52% do total de áreas desmatadas no estado do Pará no mesmo período.
  • 12. 12 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 Tabela 1 - Distribuição do desmatamento por município na Região de Integração Xingu - maio de 2013. Município Área (km²) Altamira 75,76 Total geral 75,76 Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. Em relação ao desmatamento localizado em áreas protegidas, foi detectado na Zona de Amortecimento Buffer interno ESEC da Terra do Meio um desmatamento que abrangeu uma área de 1,07 km² (Tabela 2). Tabela 2. Distribuição do desmatamento em áreas protegidas e zona de amortecimento, por município, na Região de Integração Xingu - maio de 2013. Município Zona de amortecimento Área (km²) Altamira Buffer interno ESEC da Terra do Meio 1,07 Altamira Total 1,07 Ao comparar o desmatamento do mês de maio de 2013, com anos anteriores, em uma série história desde 20104 , verifica-se que, no presente ano, foi registrada a maior área desmatada na RI (75,76 km²), em comparação com o ano anterior houve um aumento 1.686,79 %, haja vista que o ano de 2012 foi quando a RI em questão apresentou a menor área (4,24 km²).(Gráfico 1). 4 Ano do início das obras na UHE Belo Monte.
  • 13. 13 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 Gráfico 1 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de maio, de 2010 a 2013, no estado do Pará. Fonte: DETER/INPE. Elaboração: IDESP. Na Figura 2, verifica-se que o desmatamento no mês de maio localizou-se no município de Altamira nas proximidades da rodovia BR- 163 (Rodovia Santarém-Cuibá) e das Terras Indígenas do município. 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 km² Anos 2010 2011 2012 2013
  • 14. 14 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 Figura 2 - Mapa de localização do desmatamento na Região de Integração Xingu, em maio de 2013. Fonte: Queimadas/INPE Elaboração: IDESP 2.2 FOCOS DE CALOR Em relação aos focos de calor, no mês de maio de 2013, não foram detectados na região, contudo ao observar a série histórica para a RI no período de 2010-2013, verifica-se uma baixa ocorrência de focos na região, sendo registrado no máximo 1 foco, conforme exposto no gráfico 2. Esta baixa ocorrência pode ser atribuída ao fato de o mês de maio ainda apresentar um volume de chuvas considerável, e não coincidir com o calendário agrícola do estado, quando as queimadas para limpeza ou preparo da terra para as atividades agropecuárias costumam ser mais frequentes (DETER, 2013).
  • 15. 15 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 Gráfico 2 - Comparativo do total de focos de calor no o mês de janeiro, de 2010 a 2013, na Região de Integração do Xingu. Fonte: Queimadas/INPE. Elaboração: IDESP. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 NºdeFocos Anos 2010 2011 2012 2013
  • 16. 16 Boletim do Desmatamento RI Xingu Maio 2013 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Ministério do meio ambiente. Monitoramento de queimadas e incêndios, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 08 de maio. 2013 _______. Monitoramento de queimadas e incêndios, Nov.. 2012. Disponível em <http://www.inpe.br/queimadas/> Acesso em: 08 de maio. 2013. BRASIL. Ministério de Ciência e Tecnologia. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, dez. 2010. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 09 de outubro 2012. _______. Sistema Deter: detecção de desmatamento em tempo real, nov. 2012. Disponível em <http://www.inpe.br/deter/> Acesso em: 08 de maio. 2013