O documento discute os braquetes autoligados e compara sua eficiência com as evidências científicas existentes. Vários estudos compararam o atrito e a taxa de deslizamento de braquetes autoligados versus convencionais, além de avaliar tempo de tratamento e retenção de placa. A conclusão é que os braquetes autoligados não demonstraram superioridade mecânica para justificar seu maior custo, com a maioria das informações derivando de relatórios promocionais e não de evidências científicas sólidas.

1. BRAQUETES AUTOLIGADOS:
EFICIÊNCIA X EVIDÊNCIAS
CIENTÍFICAS
Renata Castro*
* Mestre e doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de
Bauru – Universidade de São Paulo (FOB-USP). Professora do
programa de pós-graduação em Odontologia, área de concentração
Ortodontia, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp-SP).

2. FACULDADE MARIA MILZA
BRAQUETES AUTOLIGADOS: EFICIÊNCIA X
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICA
Docentes: Almy Pereira Santos Júnior e Cleiton Alberto Ribeiro das Neves
Discente: Icaro Augusto

3. Introdução
• Os braquetes autoligados têm sido apresentados como um
diferencial para o ortodontista clínico que procura se desdobrar na
tentativa de oferecer um tratamento de excelência no menor tempo
possível e com número mínimo de consultas. No entanto, a
quantidade de informações propiciadas por verdades estabelecidas
e não comprovadas a longo prazo cresce a uma velocidade
vertiginosa.

4. • A justificativa desses novos sistemas era que o seu desenho
permitiria um rápido nivelamento, devido ao fato dos dentes
deslizarem por um caminho de pouca, ou nenhuma, fricção entre o
braquete e a canaleta.

5. Metodologia
•Em 2007, Miles comparou a taxa de deslizamento entre braquetes
SmartClip e Twin convencionais
• Nesse mesmo ano, um estudo propectivo com 59 pessoas
comparou o tempo para correção do apinhamento inferior com
braquetes convencionais e com Damon II
•Em 2008, Araújo avaliou as inclinações dos dentes anteriores
decorrente do tratamento sem extrações (Damon II)

6. • Em um estudo in vitro, de comparação de atrito em braquetes
metalicos, estéticos e autoligados, foram utilizados 120 baraquetes
de 6 marcas diferentes.
• Em um estudo recente, com 14 pacientes, avliou a retenção de
placa bacteriana em braquetes convencinais com elastômeros e
autoligados.
• Uma revisão sistemática de 2009 analisou a quantidade de
resistência friccionalentre baquetes convencionais e autoligados in
vitro.

7. Conclusão
• Os braquetes autoligados ainda não demosntraram superioridade
mecânica em relação aos sistemas convencionais, de forma a
justificar seu maior custo. Além disso, a maioria das informações
com relação aos sistemas autoligados deriva de material
promocional das empresas, relatos de casos e congressos.

8. Referêcias
• CASTRO, R. Braquetes autoligados: eficiência x evidências
científicas. Rev. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. Maringá, v.
14, n. 4, p. 20-24, jul./ago. 2009.
• TERRA, Lidiana. Braquetes autoligados passivos, ativos,
interativos: considerações. Instituto de ciências da saúde
funorte/soebrás. Alfenas, 2010