O documento discute a importância da hermenêutica para a pregação, destacando o declínio da pregação nas igrejas e a necessidade de se voltar à pregação expositiva, que tem como características ser bíblica, cristocêntrica e fundamentada na exatidão exegética.
2. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Praticamente todos os livros que tratam a
respeito de pregação enfatizam que a
Igreja de nossos dias sofre com um
declínio da pregação.
Em muitas igrejas ela vem sendo
substituída por muitas outras atividades
como testemunhos, discursos, músicas,
etc.
3. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Na década de 70 Dr Martyn Lloyd-Jones dizia
que a pregação era a tarefa primordial da
Igreja e explicou que enfatizava isso por
causa da tendência de desprezar a
pregação substituindo-a por outras
atividades. Infelizmente de lá para cá a
situação não melhorou.
Na década de 90 John Timmerman disse que
em muitas igrejas, o sermão é uma ilha
diminuindo cada vez mais em um mar
turbulento de atividades.
4. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Bill Hybels (Willow Creek – Chicago – E.U.A) - não
podendo mais o fato do seu desvio da pregação do
Cristianismo "jurou que não ia ensinar mais sobre o
pecado e sobre o Cristianismo, e menos sobre cura
emocional. (Em 1983 Hybels declarou que ele via
finalmente sua imagem como uma ovelha " negra“)
Joel Osteen (Lakewood Church – Houston – Texas
E.U.A)- A Night of Hope (uma noite de esperança)
Não gosta de falar: arrependimento, pecado,
evita pregar todo o conselho de Deus.
leia – Gl 1:10-11
5. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
O que é pregação?
A pregação é constituída de 4 coisas:
Proclamar a mensagem dada pelo Rei –
Isto nos fala da fonte e autoridade da
pregação;
Anunciar boas novas – Isto nos fala da
qualidade e espírito da pregação;
6. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
É dar testemunho dos fatos – Isto nos fala da
natureza e da base na qual está fundamentada
a pregação;
É um esclarecimento das implicações da
mensagem – Isto nos fala do alvo (o coração do
ouvinte) e da medida do sucesso (mudança de
vida do ouvinte) da pregação.
8. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Como Deve ser a Pregação
A pregação da Palavra é central e inegociável
para uma adoração autentica. A pregação é
uma das marcas da verdadeira igreja.
John Stott disse que pregar é indispensável ao
cristianismo.
Mas se pregar é essencial de que tipo de
pregação estamos falando?
Estamos falando da pregação expositiva.
9. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Pregação Expositiva
Muito do que acontece em pulpitos evangélicos
hoje não é pregação.
Pregar não é dizer coisas interessantes sobre
Deus, ou apresentar um discurso religioso ou
ainda narrar uma história.
Pregar também não é trazer uma mensagem de
auto-ajuda.
10. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Em todos os casos citados a força
declarativa da Escritura é enfraquecida.
Um dos primeiros passos para
resgatarmos a pregação cristã autêntica
é definir o que queremos dizer quando
usamos o termo pregar.
11. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Em linhas gerais, como já dissemos, pregar é
ler o texto, explicar o texto e aplicar o texto.
Uma boa ilustração para pregação é
encontrada em Neemias 8.8. Ali diz que
Esdras tomou o livro da lei o leu e deu claras
explicações de maneira que o povo
entendesse.
Explicar é expor o texto, analisa-lo e tornar
claro o seu significado.
Este é o cerne da pregação expositiva, ou
seja, ler a Palavra de Deus e em seguida
explica-la às pessoas de modo que elas
entendam.
12. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Quais as características da pregação
expositiva?
A Pregação Expositiva é aquele tipo de
pregação cristã que tem como propósito
central a apresentação e a Aplicação do
texto Bíblico.
Todos os outros interesses são subordinados à
tarefa central de apresentar o texto bíblico.
O Texto da Escritura tem o direito de
estabelecer tanto o conteúdo quanto a
estrutura do sermão.
Quais são as marcas da pregação
expositiva?
13. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Quais são as marcas da pregação
expositiva?
1. É caracterizada por autoridade
2. Cria um Senso de Reverencia
3. Está no centro do culto
4. Aponta para Cristo (Sua pessoa,
obra ou ensino)
14. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Qual o conteúdo da pregação
expositiva?
Uma das características mais distintivas da
pregação diz respeito ao seu conteúdo bíblico
e cristocentrico.
Em tempos em que a pregação tem como
conteúdo promessas de cura e prosperidade,
especulação filosofica, etc é sem dúvida
relevante indagar qual deve ser o conteúdo da
pregação.
15. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Bíblico
Os reformadores pregaram a Bíblia, toda
a Bíblia e só a Bíblia.
Foi o conteúdo bíblico que conferiu
autoridade a pregação deles.
Para os puritanos pregação verdadeira
sempre foi exposição da Bíblia.
Pregação bíblica é pregar a mensagem
da Bíblia, a partir da Bíblia e no contexto
em que a Bíblia a coloca.
16. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Cristocentrico
A pregação reformada é particularmente
cristocentrica.
Os reformadores pregavam a Bíblia toda tendo
Cristo, sua pessoa, obra e reino como tema
central.
Spurgeon certa vez em uma ilustração disse
que assim como de cada cidade, vila ou
povoado há uma caminho para Londres, assim
também de cada texto bíblico há um caminho
para Cristo.
17. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
Cristocentrico
Van Groningen disse que a Bíblia tem três linhas que a
percorrem toda: Reino, Aliança e Mediador.
O Reino corresponde ao povo de Deus.
A Aliança é o meio através do qual Deus se relaciona
com este povo.
O Mediador é aquele através de quem a aliança é
firmada.
Em todas as passagens bíblicas pelo menos um dos
temas está presente de modo que a partir deste se
consegue chegar aos demais chegando, portanto,
sempre ao mediador que é Cristo.
18. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
O Que Torna a Pregação excelente
Exatidão Exegética
Não haverá um pregador verdadeiro se
tudo o que ele disser não estiver
fundamentado em exatidão exegética.
19. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
O Que Torna a Pregação excelente
Exatidão Exegética
Pecamos quando pregamos aquilo que
imaginamos ser o que a Escritura ensina e
não o seu verdadeiro significado.
Não podemos chegar diante da
congregação e dizer que Deus disse o
que na verdade ele não disse.
20. POR QUE ESTUDAR
HERMENEUTICA
É preciso fugir:
Da Superstição – Ficar procurando
significados ocultos (numerologia, por
exemplo)
Alegoria – Exemplo:
Gen. 24 Abrãao é Deus, Isaque Cristo e o
servo de Abraão o Espírito Santo. Rebeca
é a Igreja e os camelos são as benção
espirituais com as quais o Espírito Santo
conduz a Igreja até Cristo.
22. DEFINIÇÕES DE HERMENEUTICA
Para uma boa pregação a
Hermeneutica é fundamental.
"Hermenêutica é a ciência que nos
ensina os princípios, as leis e os métodos
de interpretação". (Berkhof)
25. DEFINIÇÕES DE HERMENEUTICA
A hermenêutica é uma ciência e uma
arte.
É uma ciência porque é orientada
através de regras com um sistema.
É uma arte porque a aplicação das
regras é pela prática e não por
imitação mecânica.
26. O PROPÓSITO DA
HERMENEUTICA
O propósito primeiro da hermenêutica é
a interpretação das Escrituras. Um
propósito secundário é o de tornar o
texto e o seu sentido o mais claro
possível, à luz do próprio texto e
contexto.
27. A NECESSIDADE DA
HERMENEUTICA
Ela é necessária por ao menos quatro
fatores:
1. Diferenças Históricas: em razão do
tempo, estamos separados dos escritores
e leitores originais.
28. A NECESSIDADE DA
HERMENEUTICA
2. Diferenças Culturais: há
diferenças culturais significativas da
época dos escritores e leitores e da
época contemporânea.
30. A NECESSIDADE DA
HERMENEUTICA
4. Diferenças Filosóficas: pontos de vistas
sobre a vida, circunstâncias, da natureza,
do universo diferem entre várias culturas.
Para se transmitir uma mensagem
incontestável de uma cultura para outra,
um tradutor ou leitor deve estar atento a
respeito das similaridades e contrastes de
âmbito geral.
31. A NECESSIDADE DA
HERMENEUTICA
Dois fatores contribuem para enfatizar tais
necessidades:
averiguar o que Deus tem dito nas Escrituras.
É importante determinar o que Deus tem dito
nas Escrituras. Esta averiguação deve ser
feita de forma cuidadosa, sistemática e de
acordo com o sistema bíblico de
interpretação, buscando o sentido primário
da palavra, conhecendo a época do
escritor e dos seus leitores.
32. A NECESSIDADE DA
HERMENEUTICA
Transpor as diferenças de nossas mentes
quanto às mentes dos escritores bíblicos.
As maiores divergências que dificultam a
interpretação são as de natureza
histórica, cultural, lingüística e filosófica.
33.
34. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
BÍBLICA
Pontos preliminares
O permanente e o temporal
Uma questão importante ao interpretar a Bíblia é
a determinação daquilo que tem caráter
invariável e geral e o que é apenas transitório ou
particular.
Para se diferenciar entre o que é permanente e
temporal deve-se, além de aplicar regras
hermenêuticas, considerar também o que é
relativo aos costumes e aos princípios.
O que é de natureza permanente nunca deve ser
anulado, sob quaisquer argumentações.
35. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
BÍBLICA
O essencial e o secundário
Deve-se ter sob considerações os graus
de importância dos textos bíblicos,
destacando-se o essencial como básico
para uma visão adequada das Escrituras
e para sua correta interpretação. A
nenhuma passagem pode-se atribuir um
significado contrário ao conteúdo
fundamental da Bíblia.
36. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
BÍBLICA
Pontos claros e obscuros
Nem todas as partes da Bíblia
apresentam idêntica clareza em todos os
seus temas. As doutrinas soteriológicas
são definidas, embora não com
simplicidade. Por outro lado, as
escatológicas não são tão claras.
Todavia, nenhum dos temas obscuros da
Bíblia é fundamental.
37. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
BÍBLICA
Abordaremos os seguintes Métodos:
Literal
Alegórico
Liberal
Histórico-crítico
Gramático-histórico
38. MÉTODO LITERAL
Método Literal
Este método baseia-se no princípio de
que um texto deve ser entendido sempre
em seu sentido literal, a menos que isto
seja racionalmente inadmissível, como
sucede no caso de metáforas, símbolos,
figuras de linguagem.
39. MÉTODO LITERAL
1. Uma palavra deve ser compreendida
em termos de sua sentença e a
sentença, em termos do seu contexto.
2. uma passagem clara deve dar
preferência a uma passagem obscura,
quando se trata do mesmo assunto.
40. MÉTODO ALEGÓRICO
A alegoria é uma metáfora ampliada.
Difere da parábola no sentido em que
esta tipicamente mantém a história
distinta de sua interpretação ou
aplicação, enquanto que aquela
entrelaça a história e seu significado.
41. MÉTODO ALEGÓRICO
Quando se trata de interpretação,
parábola e alegoria diferem em outro
ponto básico: a parábola possui um
ponto central, um núcleo e os detalhes
são significativos apenas enquanto se
relacionam com esse núcleo. A alegoria
geralmente tem diversos pontos de
comparação, não necessariamente
concentrados ao redor do ponto central.
42. MÉTODO ALEGÓRICO
A alegoria contém, dentro de si mesma,
a interpretação e, a coisa significada
está identificada com a imagem. (Mt
5.13; Jo 15.1).
A alegoria continuamente emprega
palavras em sentido metafórico e, sua
narração, por muito supositiva que seja é,
manifestamente fictícia.
43. MÉTODO ALEGÓRICO
A alegoria é um discurso no qual o
assunto principal está representado por
algum outro assunto com o qual tem
semelhança. Ec 12.3-7; Jo 10.1-16; 1Co
3.10-15; Gl 4.21-31).
44. MÉTODO LIBERAL
O liberalismo se guia por alguns princípios
que são considerados fundamentais no
desenvolvimento da teologia. Tais
princípios podem ser resumidos, como
segue:
45. MÉTODO LIBERAL
a liberdade de pensamento e ação.
autonomia da razão.
exaltação do homem como centro do
pensamento e da experiência religiosa.
46. MÉTODO LIBERAL
adaptação da teologia, ora à filosofia
ora às ciências naturais e históricas.
possibilidades de mudança nos conceitos
teológicos na medida em que o regresso
cultural a torne necessária.
47. MÉTODO LIBERAL
Regras do Método Liberal que são
aplicadas à interpretação das Escrituras:
1. a mentalidade moderna deve
governar a abordagem bíblica.
2. a Bíblia deve ser tratada apenas como
um livro humano.
48. MÉTODO LIBERAL
3. doutrinas como a do pecado,
depravação total, inferno devem ser
rejeitadas porque ofendem a
'sensibilidade' do homem moderno.
4. a ciência presume regularidade da
natureza; portanto, os milagres devem ser
rejeitados.
49. MÉTODO LIBERAL
5. a inspiração é redefinida.
5.1. todas as formas de inspiração
genuína são rejeitadas.
5.2. revelação é redefinida como um
discernimento humano para verdades
religiosas ou descobertas de verdades
religiosas.
50. MÉTODO LIBERAL
5.3. o supernatural é redefinido.
O supernatural pode significar: tudo aquilo
que é extraordinário, miraculoso, oracular,
não atingível ao conhecimento ou poder
pela natureza humana ordinária; ou, pode
significar: acima da ordem material, ou além
do simples processo natural, isto é, a oração,
ética, pensamento puro, imortalidade. A
ortodoxia histórica aceita o supernaturalismo
nos dois sentidos; por outro lado, o liberalismo
aceita apenas o último.
51. MÉTODO LIBERAL
5.4. tudo na Bíblia que é supernatural, em
princípio, é rejeitado.
5.4.1. quando o milagre ou o supernatural é
encontrado na Escritura é tratado como folclore,
mitologia ou elaboração poética.
5.4.2. o conceito de evolução é aplicado à
religião de Israel, e, portanto, aos documentos.
5.4.3. o primitivo e imaturo, ética e religiosamente
é o anterior; o avançado e elevado é o posterior.
Assim, pode-se recriar a religião de Israel e
reajustar os documentos adequadamente.
52. MÉTODO LIBERAL
5.5. o conceito de adaptação tem sido aplicado
à Bíblia.
5.5.1. muito do conteúdo teológico da Bíblia é
enfraquecido ou anulado por afirmar que as
declarações teológicas estão em moldes
transitórios ou perecíveis da terminologia antiga.
5.5.2. os únicos termos que Paulo poderia
descrever a morte de Cristo baseiam-se nos
sacrifícios sangrentos dos judeus. Assim, a doutrina
da expiação é conveniente às expressões do seu
tempo e estas não são adequadas a nós.
53. MÉTODO LIBERAL
5.6. a Bíblia foi interpretada historicamente -
como uma vingança.
A interpretação histórica é usada num
nivelamento especial e num sentido
reducionista pela interpretação liberal.
5.6.1. esforça-se por quebrar a unidade da
Bíblia.
5.6.2. torna a religião um fenômeno variante
e mutável, assim tornando impossível
'canonizar' qualquer período de seu
desenvolvimento ou de sua literatura.
54. MÉTODO LIBERAL
5.6.3. crê que há condições sociais que criaram
crenças teológicas e a tarefa do intérprete não é
defender estas crenças (como a ortodoxia), mas
compreender as condições sociais que as
produziram.
5.6.4. enfatiza a continuidade da religião bíblica
com as religiões, e enfatiza o ecumenismo,
sincretismo.
5.6.5. enfatiza tanto a necessidade de encontrar o
significado de uma passagem para os leitores
originais dela, que repudia o elemento profético ou
preditivo da profecia.
5.6.6. rejeita a tipologia e a profecia preditiva como
abusos cristãos do Antigo Testamento.
55. MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO
Este método tem a sua origem na expansão do humanismo
renascentista, embora não tenha adquirido caráter próprio até a
época do iluminismo.
Seu objetivo é descobrir o sentido dos textos bíblicos dentro do
contexto da história de Israel, referente ao Antigo Testamento. Este
método, quando corretamente aplicado, é útil. Inclui a
investigação de fatos, tais como o autor, a data em que o livro foi
escrito, possíveis fontes de informações usadas pelo autor bíblico,
gênero literário, "background", peculiaridades lingüísticas,
informações arqueológicas, procedência de fontes literárias que
ajudam na interpretação do texto e na determinação de seu
significado básico.
A dificuldade quanto a este método é que sua ênfase principal
não se baseia na indagação histórica, e sim, na crítica. Por si
mesmo, também é insuficiente para atingir a plenitude do
significado de um texto bíblico.
56. MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO
Este método tem a sua origem na
expansão do humanismo renascentista,
embora não tenha adquirido caráter
próprio até a época do iluminismo.
57. MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO
Seu objetivo é descobrir o sentido dos textos
bíblicos dentro do contexto da história de Israel,
referente ao Antigo Testamento. Este método,
quando corretamente aplicado, é útil. Inclui a
investigação de fatos, tais como o autor, a data
em que o livro foi escrito, possíveis fontes de
informações usadas pelo autor bíblico, gênero
literário, "background", peculiaridades lingüísticas,
informações arqueológicas, procedência de
fontes literárias que ajudam na interpretação do
texto e na determinação de seu significado
básico.
58. MÉTODO HISTÓRICO-CRÍTICO
A dificuldade quanto a este método é
que sua ênfase principal não se baseia
na indagação histórica, e sim, na crítica.
Por si mesmo, também é insuficiente para
atingir a plenitude do significado de um
texto bíblico.
59. MÉTODO GRAMÁTICO-
HISTÓRICO
Este método tem como objetivo achar o
significado de um texto sobre o que suas
palavras expressam em seu sentido pleno
e simples à luz do contexto histórico em
que foram escritos.
60. MÉTODO GRAMÁTICO-
HISTÓRICO
A interpretação se efetua de acordo
com as regras semânticas e gramaticais
comuns à exegese de qualquer texto
literário, no marco da situação do autor e
dos leitores originais.
É tarefa do intérprete determinar com a
maior precisão possível o que o escritor
realmente intencionou dizer.
61. MÉTODO GRAMÁTICO-
HISTÓRICO
O estudo gramático-histórico de um texto
inclui sua análise lingüística (palavras,
gramática, contexto, textos paralelos,
linguagem figurada) e o exame do seu
"background".
62. ANÁLISE LINGUÍSTICA
Deve ser considerado inadequado
começar a análise de um texto,
estudando separadamente cada um de
seus vocábulos. O valor e o significado de
uma palavra não dependem de si
mesmas se não de sua relação com
todas as palavras do contexto.
63. ANÁLISE LINGUÍSTICA
É aconselhável começar a análise
lingüística com uma leitura do texto no
seu contexto mais amplo; o que, às vezes,
pode ser todo um livro.
64. ANÁLISE LINGUÍSTICA
Para se conhecer a idéia central de um
texto é importante selecionar as palavras
que são mais significativas, para saber
quando a palavra é mais significativa,
deve-se notar os seguintes pontos:
65. ANÁLISE LINGUÍSTICA
se ela desempenha um papel importante
na passagem em consideração.
se ela tem ocorrido com freqüência em
contextos anteriores.
se ela é importante no curso da história
da salvação anterior ao texto.
66. ANÁLISE LINGUÍSTICA
Toda palavra selecionada deve ser
analisada com o objetivo de determinar
o seu significado.
Para isso é importante:
1. Considerar o significado que a palavra
tinha na linguagem comum em uma
determinada época.
Exemplo a palavra “carne” denotava:
67. ANÁLISE LINGUÍSTICA
1. carne de animal usada para o
alimento do homem.
2. o corpo humano na sua totalidade.
3. toda a humanidade, quando se refere
a toda carne.
68. ANÁLISE LINGUÍSTICA
Todavia, quando Paulo faz uso do termo
carne um novo significado é dado, ou
seja, é usado no sentido eminentemente
moral; a natureza do homem caído,
separado de Deus, a raiz e a origem de
todas as obras más. (Gl 5.19-21)
69. ANÁLISE LINGUÍSTICA
2. Considerar a variação de significados
que uma palavra pode ter em uma
mesma época, e, inclusive, nos escritos
de um mesmo autor.
Exemplo a palavra “mundo”denotava:
70. ANÁLISE LINGUÍSTICA
2. Considerar a variação de significados
que uma palavra pode ter em uma
mesma época, e, inclusive, nos escritos
de um mesmo autor.
Exemplo a palavra “mundo”:
71. ANÁLISE LINGUÍSTICA
A palavra “mundo” usada por João no
seu Evangelho 3.16 claramente tem um
sentido diferente do uso em I João 2.15.
72. ANÁLISE LINGUÍSTICA
Para se determinar o sentido de uma
palavra, quando este é variável, deve-se
observar os seguintes princípios:
o significado dado pelo próprio autor.
o sentido de muitos termos é
determinado por outras palavras,
expressões ou frases que se unem às
primeiras como complementos. (Ef 2.1)
73. ANÁLISE LINGUÍSTICA
o sentido das palavras é descoberto
através de contrastes ou oposição.
Determinadas passagens, especialmente
as poéticas, são ricas em paralelismo. Uma
mesma idéia pode ser expressa
duplamente mediante frases análogas ou
antitéticas, o que facilita a compreensão
de ambas.
74. CONTEXTO E PARALELISMO
Contexto
O termo “contexto” Aplicado a
documentos escritos, expressa a conexão
de pensamento que existe entre suas
diferentes partes para fazer dela um todo
coerente.
75. CONTEXTO E PARALELISMO
Extensão do Contexto
Temos o contexto remoto e o contexto
imediato. O primeiro, em seu sentido
amplo, é constituído de toda a Escritura.
Porém, desse contexto, deve-se passar
para outros cada vez menores: Antigo e
Novo Testamentos.
78. CONTEXTO E PARALELISMO
Tipos de Contextos
A conexão entre o texto e seu contexto
imediato pode ser:
1. Lógica: quando as idéias do texto
aparecem entrelaçadas na linha de
pensamento de toda seção.
2. Histórica: quando existe uma relação com
determinados atos ou acontecimentos.
3. Teológica: quando o conteúdo do texto
forma uma parte do argumento doutrinário.
79. CONTEXTO E PARALELISMO
Tipos de Contextos
A conexão entre o texto e seu contexto
imediato pode ser:
1. Lógica: quando as idéias do texto
aparecem entrelaçadas na linha de
pensamento de toda seção.
2. Histórica: quando existe uma relação com
determinados atos ou acontecimentos.
3. Teológica: quando o conteúdo do texto
forma uma parte do argumento doutrinário.