[1] O documento discute como a publicidade está se adaptando aos dispositivos móveis e novas formas de interação, como o Bluetooth marketing. [2] Apresenta exemplos de campanhas em Salvador que usaram Bluetooth marketing com sucesso. [3] Argumenta que os meios de alcançar consumidores estão subutilizados e que as empresas devem reconhecer novas formas de interagir proporcionadas por gadgets.
1. a era do
MOBILE cadê o up
da publicidade
marketing nos dispositivos móveis?
Ian Castro de Souza
Bolsista de Iniciação científica (PIBIC - UFBA)
Faculdade de Comunicação
Universidade Federal da Bahia
Introdução e objetivos
O presente trabalho disserta sobre os novos ambientes de comunicação e as novas formas de interagir com eles
no âmbito da publicidade. Estes novos meios, e formas de comunicar, criam, modi cam e rede nem espaços
sociais consolidados – como o dito “horário nobre” da televisão, que já não mais concentra a plena atenção dos
lares brasileiros. As possibilidades de um mundo interconectado e interativo demarcam a passagem de uma era
baseada na massi cação para uma nova realidade cuja a perspectiva da individualização se mostra bem mais
sedutora. E há então a questão que não cala: como, efetivamente, chamar atenção? São apresentados aí
conceitos como o Mobile Marketing, que se utiliza de todas as possibilidades das tecnologias móveis e
altamente individualizadas para atingir o target, e a transição do próprio formato das mensagens – o foco
começa a migrar do coletivo para o indivíduo; um movimento natural quando se considera que a internet,
por exemplo, apesar de interconectar todo o mundo é acessada de modo individual.
Metodologia: análise de casos
A utilização do Bluetooth Marketing é um ótimo destes novos conceitos de abordagem – até porque grandes
anunciantes já investem neste tipo de interação. Em Salvador a estratégia já foi adotada pelo Festival de Verão,
que disponibilizou ringtones, papéis de parede e a programação do evento via bluetooth para os transeuntes nas
proximidades de sua loja no shopping Iguatemi. A campanha, que tinha como objetivo estreitar o relacionamento
com o público interessado, conseguiu admiráveis 1.864 downloads durante seus 14 dias de duração. O Salvador
Prime também brincou com esses novos meios e distribuiu seu folder, com informações bastante especí cas
sobre o empreendimento, via bluetooth para aqueles que estavam próximos ao seu stand de vendas, tendo ao
nal de 4 meses de campanha atingido o número de 1.114 downloads. Quantos milhares de pan etos
seriam distribuídos (e posteriormente descartados) para que o mesmo número de pessoas
interessadas no empreendimento fossem efetivamente atingidas? E para o Festival de Verão,
que tem um público-alvo muito maior e mais abrangente? Segmentar a comunicação é
seguir as tendências já estabelecidas pela nova era informacional da segmentação dos
interesses, uma tendência natural (e inevitável).
Resultados e conclusões
Os meios de atingir um possível consumidor são muitos, mas se encontram hoje subutilizados
pela maneira que esse alcance é buscado – vide o iPint. O que é o iPint? É um jogo, simples e
gratuito, para iPhones e iPods Touch cujo objetivo é fazer um copo de cerveja chegar ao outro
lado do balcão de um bar, sem se chocar com obstáculos ao longo do percurso. Seu real objetivo?
Marketing, é óbvio. Patrocinado pela Carling, uma cervejaria britânica, o jogo é repleto de
referências que são a real fonte do lucro para a Illusion Labs, empresa sueca de so ware que
recebeu o patrocínio da cervejaria para a feitura do jogo. O jogo é medíocre, mas o mérito da
Carling foi reconhecer as diversas formas de interação que os supracitados gadgets proporcionam
e como os usuários estão se apropriando dessas formas – e ainda mais: ver nelas um meio de
dialogar com seu consumidor. Este trabalho parte da premissa que, com a existência de
novos ambientes de comunicação, há novos formatos de interação. A partir desta constatação,
se faz necessário perceber como são consumidos e apropriados (os novos formatos) por
seus usuários, indaga: porque insistir em aplicar as mesmas fórmulas obsoletas e
saturadas a novas situações-problema?
http://altcore.blogspot.com