O documento discute obesidade, definindo-a como um desequilíbrio energético onde a ingestão de calorias supera a taxa metabólica basal, levando a um aumento da reserva de gordura corporal associado a problemas de saúde. Ele também aborda as taxas crescentes de obesidade no Brasil e no mundo, atribuindo-as principalmente a dietas hipercalóricas e estilos de vida sedentários nas sociedades ocidentais. Por fim, discute o tratamento da obesidade focado em dieta equilibrada e exerc
1. Obesidade é uma doença crónica multifactorial, na qual a
reserva natural de gordura aumenta até ao ponto em que
passa a estar associada a certos problemas de saúde ou o
aumento da taxa de mortalidade. É o resultado do
balanço energético positivo, ou seja, a ingestão alimentar
é superior ao gasto energético.
Apesar de se tratar de uma condição clínica individual, é
vista cada vez mais, como um sério e crescente problema
de saúde pública: o excesso de peso predispõe o
organismo a uma séria de doenças, em particular doença
cardiovascular, diabetes melitos tipo 2, apneia de sono e
osteoartrite.
Segundo o IBGE, em pesquisa feita em 2008 e 2009, no
Brasil a obesidade atinge 12,4% dos homens 16,9% das
mulheres com mais de 20 anos, 4,0% dos homens e 5,9
das mulheres entre 10 e 19 anos e 16,6 dos meninos e
11,8 das meninas entre 5 e 9 anos. A obesidade
aumentou entre 1989 e 1997 de 11% para 15% e se
manteve razoavelmente estável desde então sendo maior
sudeste do país e menor no nordeste.
2. Estilo de vida
Pesquisadores já concluíram que o aumento da incidência
de obesidade em sociedades ocidentais nos últimos 25
anos do século XX teve como principais causas o consumo
excessivo de nutrientes combinado com crescente
sedentarismo. Embora informações sobre o conteúdo
nutricional dos alimentos esteja bastante disponível nas
embalagens dos alimentos, na internet, em consultórios
médicos em escolas, é evidente que o consumo excessivo
de alimentos continua sendo um problema. Devido a
diversos factores sociológicos, o consumo médio de
calorias quase quadruplicou entre 1977 e 1995. Porém, a
dieta, por si só, não explica o significativo aumento nas
taxas de obesidade em boa parte do mundo
industrializado nos anos recente. Um estilo de vida cada
vez mais sedentário teve um papel importante. Outros
factores que podem contribuído para esse aumento.
3. Doenças
Determinadas doenças físicas e mentais e algumas
substâncias farmacêuticas podem predispor a obesidade.
Além da cura dessas situações poder diminuir a
obesidade, a presença de sobrepeso pode agravar a
gestão de outras.
4. Tratamento
O principal tratamento para a obesidade é a redução da
gordura corporal por meio de adequação da dieta e
aumento do exercício físico. Programas de dieta e
exercício produzem perda média de aproximadamente
8% da massa total (excluindo os que não concluem os
programas). Nem todos ficam satisfeitos com esses
resultados, mas até a perda de 5% da massa pode
contribuir significativamente para a saúde. Mais difícil do
que perder peso, é manter o peso reduzido. Entre 85% e
95% daqueles que perdem 10% ou mais de sua massa
corporal, recuperam todo o peso perdido em dois a cinco
anos. O corpo tem sistemas que mantêm sua homeostase
em certos pontos fixos, incluindo peso. Existem 5
recomendações para o tratamento clínico da obesidade.