4. É impossível duvidar da nossa
existência enquanto pensamento,
embora seja possível duvidar da
existência do nosso corpo..
5. A essência do sujeito que duvida é uma substância
meramente pensante, à qual Descartes dá o nome
de alma (RES COGITANS).
Se não preciso do corpo para existir, então a
alma – o que eu sou – é distinta do corpo e
mais fácil de conhecer do que este.
7. 1.Ponto de partida: o “sujeito pensante” pensa em ideias,
nomeadamente na ideia de perfeição (ideia inata, clara e distinta).
2. Pelo entendimento, Descartes apercebe-se de que: 1) Qualquer efeito (realidade) tem uma
causa, e 2) Não pode haver mais realidade (perfeição) no efeito do que na causa (Princípio de
Adequação Causal).
3. O efeito, ideia de perfeição, exige: 1) causa, e 2)
causa igualmente perfeita.
4-Qual é a causa da ideia de perfeição (ser omnipotente,
omnisciente, eterno, veraz, infinito )?
8. O critério de decisão entre as várias causas possíveis reside
na aplicação do Princípio de Adequação Causal (não pode haver mais
perfeição (realidade) no efeito do que na causa).
Qual é a causa da ideia de perfeição?
5-Existência de várias hipóteses de “causa”:1) NADA, - ora
do nada (imperfeição) nada pode provir – hipótese rejeitada;
2) EU PENSANTE - este é um ser que duvida, imperfeito. Seria
absurdo que o efeito – a ideia de perfeição – tivesse mais realidade e perfeição do que a
causa –o sujeito pensante – hipótese rejeitada;
9. 3) SER PERFEITO
de um ser que tem todas as propriedades contidas na ideia de perfeição, tais como a
omnipotência, a omnisciência, e a eternidade - hipótese correca.
Apenas um ser perfeito pode ser a causa da ideia de
perfeição. Deus.
.
11. O termo solipsismo designa a possibilidade de, para além
do Cogito e dos seus pensamentos, nada mais existir.
Deus é o ser cuja existência que não depende do sujeito
pensante. Logo, este não está sozinho.
12. 2. Afastar a desconfiança
no funcionamento correto
do nosso entendimento.
Os objetivos da
prova
13. Provado que Deus – por ser perfeito – não pode enganar,
podemos confiar nas operações do nosso entendimento/razão.
O critério da evidência é fundamentado de modo que aquilo que
considero claro e distinto – evidente – é claro e distinto,
absolutamente indubitável.
14. 3. Mostrar que Deus é o fundamento
metafísico das crenças verdadeiras e
que sem ele não há verdade objetiva.
16. Garante-as absolutamente, porque garante que as evidências atuais são
realmente indubitáveis, como também que o serão sempre.
O conhecimento torna-se assim um conjunto de
verdades objetivas, independentes do sujeito pensante.