O documento discute as relações entre humanos e máquinas inteligentes no futuro. A autora expressa tanto entusiasmo quanto medo sobre como as novas tecnologias podem melhorar vidas humanas, mas também levantar questões sobre privacidade e liberdade. Ela enfatiza a importância de usar a tecnologia para tornar os humanos mais humanos.
2. Antes de começar...
mulher mãe de 2 planejadora mestra
andarilha adepta do movimento devagar
consultora poeta nas horas vagas
apaixonada por sociologia
Quem sou eu?
3. Dividir e somar conhecimento
partilhar uma vivência particular
promover questionamentos e reflexões
Antes de começar...
Porque estou aqui?
4. O início de tudo:
Estou me tornando quem eu quero ser?
O que espero do trabalho? Da vida?
“Estou em risco. Este meu eu pode estar em processo de vencimento. Será que sou o que serei? Que parte minha eu encontraria? Iria refazer, reinventar, revolucionar o que em mim? E no trabalho? Na relação com os outros? Minha forma de ver o mundo externo também mudaria?”
tive a percepção de que o conhecimento que eu acumulava sobre comportamento humano me ajudaria a entender melhor esse binômio poderoso: homem e tecnologia. É justamente nesse ponto de encontro que estarão localizados os grandes avanços, mas também as grandes questões éticas de uma nova relação homem-máquina.
Big Bang: inovações e tecnologias disruptivas que dão a tônica do Vale do Silício. Também sabia que algumas pessoas voltavam “meio loucas”.
Sempre duvidei de tudo o que é sério, metódico ou previsível demais. Afinal, não são os loucos aqueles que desafiam, inovam e, no fim, deixam um legado para o mundo?
Esta foi a primeira pergunta de uma série de outras ainda mais instigantes e perturbadoras que ao longo de seis dias intensos, por vezes intermináveis, em que mergulhamos no futuro das tecnologias e da nossa própria humanidade
Para os escandinavos o medo é um grande vírus do Vale do Silício, capaz de corromper toda a base de dados do mundo. A esperança era em um mundo regido pela economia circular, marcada pelo reúso e a reciclagem dos recursos. Para mim a esperança é um futuro sem grandes disparidades e o medo a tecnologia criar novos grupos de poder e aumentar as distâncias socio-culturais entre as pessoas.
falta de uma visão compartilhada sobre o futuro que queremos como coletivo e sobre como cuidar para que este futuro, que vai chegar em velocidades diferentes, possa ir sendo moldado e refraseado à medida que se tornar presente.
tecnologia está evoluindo mais rápido que nossa capacidade de refletir sobre seus impactos e consequências além do uso em si
Novo Big Bang: não estaremos limitados ao tamanho do nosso cérebro, pois haverá um neocortex artificial, muito mais eficiente e poderoso.
Ao mergulhar no universo da inteligência artificial e seus algoritmos, da robótica e toda sorte de apetrechos tecnológicos e sensores, vemos que homem e máquina iniciam um processo de fusão.
Também vemos toda uma nova gama de robôs que através do deep learning e da inteligência artificial, buscam ampliar seus parâmetros racionais para um tipo de interação mais emocional e engajadora. Robôs de companhia, robôs cuidadores, robôs cirurgiões prestes a entrar na casa, no trabalho e na vida cotidiana das pessoas como em hotéis, restaurantes e supermercados. Eles estarão aptos a analisar códigos faciais e expressões para irem calibrando suas respostas e, assim, entrar numa esfera menos lógica e mais subjetiva — ou emocional.
Se pensarmos no fogo, provavelmente o primeiro instrumento tecnológico primitivo produzido pelo homem; e depois nas lanças, na roda, vemos que eram inovações externas ao humano. Os limites eram claros, ficava fácil perceber onde começava um e terminava outro.
Neste movimento de aproximação, vemos a automação do humano e a humanização das máquinas e, dessa forma, irrompe uma nova relação com escalas e poderes sem precedentes. Ao fazermos uso de pulseiras, sensores, aplicativos que cuidam da nossa saúde, de nosso bem estar, estamos trazendo a tecnologia de forma ergonômica e simples para nossa vida. De forma ainda mais camuflada, vemos a presença de chips cerebrais para controlar braços mecânicos, o implante de nanorobôs na corrente sanguínea para aumentar o poder das nossas mitocôndrias ou glóbulos brancos.
Já não sabemos onde começa
um e termina o outro!
Além de ter precisão total e não incomodar o paciente, o dispositivo gera um histórico de dados que é repassado automaticamente para os apps cadastrados de pais, médicos etc.
Transcender os limites de um corpo preso em si próprio, desafiar nosso próprio código genético e repará-lo para viver mais e melhor, utilizar próteses de órgãos, pele e partes do corpo via impressora 3D, expandir a medicina curativa para a preventiva capaz de entender cada genoma e prever remédios, respostas e tratamentos muito mais precisos e adequados.
Transcender os limites dos recursos, tornando-os abundantes com o uso de tecnologias exponenciais que têm a chance de converter a escassez em um cenário de abundância. Drones capazes de semear milhares de plantações, geração de energia a partir de fontes orgânicas como algas, artefatos para captar energia eólica advinda de diferentes alturas para captar diferentes velocidades de vento. É chamado “moonshot thinking” a busca por tornar o impossível possível pela crença no espírito humano, na coragem e na convergência de tecnologias para alçar resultados surpreendentes.
A realidade é quase uma ficção quando se ouve sobre produção de leite “cow free”, ou seja, “livre de vaca” pois são produzidos a partir de células do animal, o resgate de espécies extintas a partir da biotecnologia, o crescimento exponencial dos microbiomas ou o de bactérias que povoam nosso corpo para gerar soluções como, por exemplo, uma bactéria que “come” o chulé.
Transcender os limites dos recursos, tornando-os abundantes com o uso de tecnologias exponenciais que têm a chance de converter a escassez em um cenário de abundância. Drones capazes de semear milhares de plantações, geração de energia a partir de fontes orgânicas como algas, artefatos para captar energia eólica advinda de diferentes alturas para captar diferentes velocidades de vento. É chamado “moonshot thinking” a busca por tornar o impossível possível pela crença no espírito humano, na coragem e na convergência de tecnologias para alçar resultados surpreendentes.
A tecnologia é recente, mas seu desenvolvimento veloz conta com muitas aplicações de patente aberta, fruto da colaboração de cientistas e designers de todo o planeta trabalhando em prol da criação de um sem número de produtos acabados, que vão de sapatos femininos a próteses de membros. Destaque para as próteses infantis criadas pela E-nable em conjunto com o Hospital Johns Hopkins, em Maryland.
Será possível, ainda, que outros médicos partilhem da cirurgia a distância, tomando decisões junto com a equipe presencial.
Medicos especialistas de grandes centros de referencia podem dar consultas para pacientes em qualquer lugar.
iRobot is currently aiming the Ava 500 at enterprise businesses, who will be able to use it for collaboration, facility tours/inspections, remote management, training, presentation, and similar activities. The bot is expected to be available in early 2014, and priced at $2,000 – $2,500 a month, not including services.
Muitos laudos médicos podem ser interpretados automaticamente, de radiografias planas mais comuns até imagens mais complexas, como tomografias e ressonâncias magnéticas. Isso tem valor em triagens em massa, nas quais um programa pode indicar imagens que tenham anormalidades, chamando a atenção para exame detalhado pelo especialista.
para apoiar o processo de tomada de decisão do médico em relação a tratamentos contra o câncer. O Watson não responde a questões médicas, mas com base nos dados de entrada, ele pesquisa os resultados mais relevantes e auxilia no diagnostico
Ao passo que o homem se funde à tecnologia graças a sensores, tecnologias vestíveis, chips implantados, aplicativos que o tornam um super homem, ou melhor, um super ciborgue, vemos também um ônus atrelado a tudo isso. Quanto mais conectados, mais expostos estamos. E quanto mais expostos, menos livres. Será este o preço que pagaremos? Vivendo numa sociedade altamente tecnológica e interligada, nos tornamos facilmente hackeáveis e monitorados.
As fronteiras mais tênues dessa relação nos confrontam com limites entre o que é ético e o que não é. O que é real e o que não é. O que é humano e o que é divino.
Quando entrei no dormitório da NASA, abri todas as gavetas dos móveis de madeira esperando achar algo, um bilhete, um vestígio, um resto de uma experiência me indicasse um pouco de histórias passadas de pessoas que estiveram por lá, em outro tempo, no mesmo local. Nada. Fiquei imaginando quantas pessoas deveriam ter passado por aquela acomodação antes de mim, quem eram e como seriam. No último dia, ao fazer aquela última varredura para filmar a experiência na memória e repassar se nada fora esquecido, vi um pedaço de adesivo colocado ao lado do criado-mudo. Cheguei mais perto e vi que era um coração. Rasgado pela metade.Ao ver aquilo, foi meu coração que bateu mais forte. Alguém lá sofreu por amor? Teve saudades? Um amor platônico? Quem rasgou o outro pedaço? Sim, aquele quarto simples e racionalizado tinha uma história humana escondida. Ela pulsava no símbolo vermelho e universal: um coração. Um lembrete incondicional da nossa própria humanidade.