Emílio Biel foi um fotógrafo alemão que viveu no Porto entre 1860 e 1915. Ele estabeleceu dois estúdios fotográficos na cidade e se tornou o fotógrafo da Casa Real portuguesa. Biel documentou paisagens, pessoas e eventos pelo país através de fotografias e publicações ilustradas. Suas técnicas principais eram albumina e fototipia.
2. Biografia
✤Emílio Biel nasceu na Alemanha em 1838, e veio para o Porto em 1860, como representante de
uma firma de Lisboa, por onde antes tinha passado. Mantinha relações com várias personalidades
ligadas à cultura e à arte, os pintores Silva Porto, Marques de Oliveira, Henrique Pousão, entre
outros. Deve destacar-se a atividade diretamente ligada à produção fotográfica e editorial. Foi
proprietário de dois “ateliers” fotográficos, a “Antiga Casa Fritz”,adquirida em 1874, e que veio
dar origem à “E. Biel & C.ª”. Devido às estreitas relações que mantinha com o rei D. Fernando de
Saxe Coburgo, torna-se o “Photographo da Casa Real”. Para além de retratos da família real,
fotografou diversas personalidades, tais como comerciantes e gente do povo. Premiado em muitas
exposições com medalhas de ouro e prata. Realizou diversas reportagens fotográficas pelo país. O
resultado desse gosto por viajar, pela arte, manifesta-se em várias publicações ilustradas. Pela sua
assinalável importância destaca-se a obra em 8 volumes “A Arte e Natureza em
Portugal”1902-1908, com um volume exclusivamente dedicado ao Porto e também uma série
dedicada à região do Douro. Em 1911 a sua firma edita a obra “O Douro” de Manuel Monteiro,
profusamente ilustrada com fotografias suas, e dos seus colaboradores. Mais tarde virá a lançar
uma outra edição “Arte Religiosa em Portugal”, que ficaria inacabada, devido à sua morte a 14 de
Setembro de 1915.
3. Técnica
Apresento-vos as técnicas utilizadas por Emilio Biel:
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✴Albumina
• Utiliza uma placa de vidro coberta com clara de ovo.
• Sensibilizada com iodeto de potássio e nitrato de prata
• Revelada com ácido gálico e fixada a base de tiosulfato de sódio.
• É mais preciosa em detalhes e o tempo de exposição é de 15 minutos.
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✴ Fototípia
• Utiliza uma chapa de metal (cobre).
• Polida, a chapa é tratada com pó de breu fino.
• Uma folha de papel gelatinado é sensibilizada com dicromato de potássio e depois exposta à luz.
• Após a exposição, a folha deve ser humedecida e depois transferida para a chapa.
• É então lavada em água morna, o que provoca a diluição das partes da gelatina não afectadas pela luz.
• É imersa numa solução de cloreto férrico cuja função é corroer as áreas não vedadas pela gelatina, isto é,
provocar o que os gravadores chamam de “mordedura”.
• Gravada e seca, a chapa é “entintada” e impressa nos moldes tradicionais de impressão em metal.
14. Autoria do Trabalho
Nº:
U.C: História das Artes Visuais e Contemporâneas
Nome: Hugo Tiago Rodrigues Gomes
Prof: Paulo Coutinho Martins Colaço Rosário
Curso: Licenciatura em Comunicação e Multimédia
ECT/UTAD
2013/2014