3. Introdução
Os lipídeos são conhecidos como gorduras.
Apresentam baixa solubilidade em água e outros
solventes polares e alta solubilidade em solventes
apolares.
São fundamentais pra vida: interface entre os
meios extra- e itracelular; reserva energética;
combustível celular; isolante térmico; isolamento e
proteção de órgãos; precursores de hormônios e
vitaminas etc.
4. Classificação
Diversas classificações possíveis, mas aqui se
limita à presença ou não de ácidos graxos na
composição dos lipídeos.
Ácidos graxos são ácidos orgânicos com cadeia
alquila com mais de 12 átomos de carbono.
Assim, pela hidrólise alcalina, tem-se: lipídeos
com ácidos graxos ou lipídeos saponificáveis vs.
lipídeos sem ácidos graxos ou lipídeos não
saponificáveis.
5. Classificação
Lipídeos com ácidos graxos ou lipídeos não
saponificáveis: insaturados vs. saturados.
Insaturados: uma ou mais duplas ligações e
geralmente líquidos à temperatura ambiente,
presentes, por exemplo, em óleos vegetais.
Saturados: sem duplas ligações e geralmente
sólidos à temperatura ambiente, presentes, por
exemplo, em gorduras de origem animal.
8. Classificação
Esfingolipídeos ou esfingomielinas
1 ácido graxo + 1 esfingosina + 1 ácido fosfórico
ESFINGOLIPIDOSES
DOENÇA DE NIEMANN-PICK
DOENÇA DE FABRY
DOENÇA DE KRABBE
DOENÇA DE GAUCHER
DOENÇA DE TAY-SACHS
9. Classificação
Esteroides
Derivados do colesterol (função estrutural) e mantenedores
da estrutura ciclopentanoperidrofenantreno, que possui
aneis A, B, C e D.
VITAMINA VITAMINA D
HORMÔNIOS
MINERALOCORTICOIDES
(ALDOSTERONA ETC.)
GLICOCORTICOIDES
(CORTISOL ETC.)
HORMÔNIOS SEXUAIS
(TESTOSTERONA, PROGESTERONA ETC.)
CICLOPENTANOPERIDROFENANTRENO
A B
C D
10. Classificação
Ceras
1 ácido graxo + 1 álcool graxo
AMPLO USO COMERCIAL
GIZÕES DE CERA
AÇÃO CONTRA ELETROCORROSÃO
EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
MEDICAMENTOS
COSMÉTICOS
DEPILATÓRIOS
11. Teste da Mancha em Papel de Filtro
A mancha em papel de filtro serve para a observação de
formação de mancha característica de lípideos.
❖ Fundamento teórico: em contato com as fibras do papel de
filtro, os lipídeos são substâncias capazes da formação de
uma mancha que não se desfaz, deixando um aspecto
transparente.
12. Teste de Solubilidade
O teste de solubilidade serve para a verificação da
solubilidade dos lipídeos nos mais variados tipos de
solventes.
❖ Fundamento teórico: os lipídeos são moléculas apolares; por
isso, formam soluções monofásicas quando misturados a
substâncias apolares. Já na presença de substâncias polares,
os lipídeos formam soluções não monofásicas.
13. Teste de Saponificação
O teste de saponificação serve para a identificação de
sais de ácido graxo.
❖ Fundamento teórico: no teste de saponificação, o lipídeo é
colocado na presença de uma base, como o KOH, para que
ocorra uma hidrólise alcalina com a subsequente liberação
de sais de ácidos graxos ou sabão.
Sabão de potássio
(sais de ácido graxo)
K
K
K
K
14. A reação de Salkowiski serve para a detecção de
colesterol.
❖ Fundamento teórico: para além do
ciclopentanoperidrofenantreno, a molécula de colesterol
apresenta uma função alcóolica em C3 do anel A, uma cadeia
alquila em C17 do anel D e uma insaturação entre C5 e C6
do anel B; essa insaturação é base para a reação de
Salkowiski, em que ocorre desidratação dessa insaturação e
subsequente formação de composto colorido
Reação de Salkowiski
16. Teste de Iodo
O teste de iodo serve para a identificação da presença
de ácidos graxos insaturados.
❖ Fundamento teórico: no teste de iodo ocorre uma reação de
halogenação, em que o iodo reage com as duplas ligações do
ácido graxo insaturado, de forma que quão mais houver
duplas ligações, mais iodo será consumido e menos intensa
será a coloração rósea da solução de iodo.
17. Procedimentos Práticos
Teste da Mancha em Papel de Filtro
❖ Soluções a serem testadas: água destilada e óleo de soja.
0,5mL de solução
a ser testada no centro
do papel de filtro
18. Procedimentos Práticos
Teste da Mancha em Papel de Filtro
❖ Após a aplicação sobre papel de filtro deve-se esperar por
um período de tempo de 20 minutos.
❖ Observar o desaparecimento da mancha no sítio de
aplicação da água e a persistência da mancha no sítio de
aplicação do óleo de soja.
O teste da mancha em papel de filtro deverá ser
positivo para o óleo de soja, que é um lipídeo; em
contrapartida, o teste da mancha em papel de filtro é
negativo com água destilada (controle negativo).
19. Procedimentos Práticos
Teste de Solubilidade
Primeira parte:
❖ Reagentes a serem adicionados: água destilada, ácido clorídrico a
0,1N (ou 0,1mEq/mL), hidróxido de sódio a 0,1N, etanol e éter
etílico.
1mL de óleo
de soja
3mL de reagente
a ser adicionado
20. Procedimentos Práticos
Teste de Solubilidade
Segunda parte:
2mL de éter
etílico
2 gotas de NaOH
a 0,1N + 1 gota de
fenolftaleína
Gotas de óleo
de soja rançoso
2mL de éter
etílico
2 gotas de NaOH
a 0,1N + 1 gota de
fenolftaleína
Gotas de óleo
de soja fresco
21. Procedimentos Práticos
Teste de Solubilidade
❖ Na primeira etapa do teste de solubilidade, o óleo de soja
pode apresentar alta solubilidade com o éter etílico; média
solubilidade com o etanol; e baixa solubilidade com
hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água
❖ Na segunda etapa do teste de solubilidade, a quantidade de
gotas necessárias para o descoramento com óleo rançoso de
soja é menor que aquela para óleo fresco de soja.
22. Procedimentos Práticos
Teste de Solubilidade
Na primeira etapa do teste de solubilidade, a alta
solubilidade do óleo de soja em éter etílico deve-se à
alta apolaridade desta subtância; a média solubilidade
do etanol, à polaridade comprometida pela pequena
cadeia carbônica apolar; e a baixa solubilidade em em
hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água, à
polaridade destas substâncias. Na segunda etapa do
teste de solubilidade, a menor quantidade requerida
pelo óleo de soja rançoso para o descoramento do
indicador ácido-base fenolftaleína indica que o óleo de
soja rançoso é mais ácido que o óleo de soja fresco.
23. Procedimentos Práticos
Teste de Saponificação
2mL de óleo
de soja
5mL de solução
de hidróxido de
potássio (potassa
cáustica) alcóolica
LEVAR AO BANHO
TERMOSTÁSTICO
ATÉ MONOFASIA (∼ 5MIN)
OK
24. Procedimentos Práticos
Teste de Saponificação
OK
7mL
2ML DA SOLUÇÃO + 1ML DE H20; AGITAR
2ML DA SOLUÇÃO + 5 GOTAS DE CLORETO DE CÁLCIO; AGITAR
1
2
25. Procedimentos Práticos
Teste de Saponificação
❖ Para o tubo de ensaio 1, a formação de espuma indica a
presença de sabão de potássio.
❖ Para o tubo de ensaio 2, a formação de precipitado indica a
presença de sabão de cálcio.
No teste de saponificação, o tubo de ensaio 1 apresenta
espuma por se ter um sabão de potássio. Em
contrapartida, no tubo de ensaio 2, a adição de cloreto
de cálcio à alíquota de sabão de potássio provocou
reação de simples troca, com síntese de sabão de cálcio,
que tende a se depositar no fundo do tubo de ensaio.
27. Procedimentos Práticos
Reação de Salkowiski
❖ Ao colocar o ácido sulfúrico, cuidar para que ele escorra
lentamente pela parede do tubo.
Na reação de Salkowiski, ocorre desidratação da dupla
ligação entre C5 e C6 do anel B do
ciclopentanoperidrofenantreno e subsequente formação
de composto colorido vermelho amarronzado.
28. Referências
HIRANO, ZMB et al. Bioquímica - Manual
Prático. 1 ed. Blumenau: Edifurb, 2008.
DOS SANTOS, APSA et al. Bioquímica Prática.
Disponível em: <http://www.repositorio.ufma.br:
8080/jspui/handle/1/445>. Acesso em: 3 set 2013.