O documento discute a desnaturação proteica, que ocorre quando as proteínas perdem sua estrutura tridimensional nativa. A desnaturação pode ser causada por fatores como temperatura, ácidos, bases e metais pesados, que enfraquecem as ligações que mantêm a estrutura proteica. Experimentos demonstraram a precipitação de ovalbumina ao ser tratada com ácido tricloroacético ou acetato de chumbo.
3. Introdução
Em seu estado nativo a maior parte das proteínas
apresenta-se dobrada em estruturas
tridimensionais definidas.
Estrutura 3D da mioglobina:
estrutura compacta e globular
Estrutura 3D da miosina de classe II:
porções bastões e globulares
Estrutura 3D da queratina capilar:
esrtutura em bastão
4. Introdução
A desnaturação proteica ocorre quando da
mudança na estrutura original ordenada nativa
sem alteração da sequência de aminoácidos, ou
seja, manutenção da estrutura primária em
detrimento das demais.
A extensão da desnaturação proteica não é
sempre bem definida, cujo conceito é aplicável
somente a proteínas cuja estrutura nativa seja
ordenada.
5. Introdução
A desnaturação proteica pode ser causada por:
Agentes físicos: temperatura
Agentes químicos: ácidos e bases fortes,
soluções concentradas de ureia, sais de
guanidina, sais de salicilato, sais de picrato e
por detergentes
6. Introdução
Temperatura
Promove o enfraquecimento de ligações de
hidrogênio e interações hidrofóbicas, com
exposição ao meio externo de grupos
hidrofóbicos e SH que estavam mascarados pela
estrutura nativa.
Por consequência, há agregação molecular,
seguida de coagulação térmica e precipitação da
proteína.
7. Introdução
Ácidos e bases fortes
A formação nativa de uma proteínas é estável
apenas numa faixa estreita de valores de pH,
uma vez que em determinados valores de pH
onde há excesso de cargas positivas ou negativas,
as repulsões coulombianas correspondentes
concorrem para desestabilizar a estrutura
compacta da proteína.
O tratamento com ácidos e bases leva à alteração
da carga líquida da proteína.
8. Precipitação por
Ácidos Fortes
Os ácidos complexos, como o ácido tricloroacético,
são bons fornecedores de ânions, de forma que
suas interações com proteínas provocam a
formação de um sal onde a proteína atua como
cátion.
Proteína+ + Ânion- Proteína+Ânion-
9. Precipitação por
Metais Pesados
Os metais pesados, como o chumbo, são bons
fornecedores de cátions, de forma que suas
interações com muitas proteínas formam
precipitados insolúveis.
Essa precipitação é entendida como a formação
de um sal insolúvel não ionizável onde a proteína
atua como ânion a ser ligado a esses cátions
metálicos.
Proteína- + Metal+ Proteína-Metal+
11. Procedimentos Práticos
Precipitação por Ácidos Fortes
❖ Espera-se a formação de uma solução leitosa com
precipitados brancos.
❖ A precipitação por ácidos fortes deverá ser positiva
para a solução de ovalbumina, proteína que forma
complexo insolúvel quando em contato com ânions
acetato, disponibilizados pela solução de ácido
tricloroacético.
13. Procedimentos Práticos
Precipitação por Metais Pesados
❖ Espera-se a formação de uma solução leitosa com
precipitados brancos.
❖ A precipitação por metais pesados deverá ser
positiva para a solução de ovalbumina, proteína que
forma complexo insolúvel quando em contato com
cátions Pb2+, disponibilizados pela solução de acetato
de chumbo.
14. Referências
HIRANO, ZMB et al. Bioquímica - Manual
Prático. 1 ed. Blumenau: Edifurb, 2008.
DOS SANTOS, APSA et al. Bioquímica
Prática. Disponível em: <http://
www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/handle/
1/445>. Acesso em: 3 set 2013.