Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Dos pré socráticos ao medievais
1. FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO
• PROFESSOR ALAN APARECIDO
• SISTEMA DE NOTAS
• 2 BLOCOS DE 10 PONTOS.
• ATIVIDADES E AVALIAÇÕES EM SALA.
• ATIVIDADES E AVALIAÇÕES ON LINE
• KAITEOS.BLOGSPOT.COM.BR
Pré Socráticos aos Medievais 1
3. O Filósofo
• Não é movido por interesses comerciais ou
financeiros;
• Não coloca o saber como propriedade sua;
• Não é movido pelo desejo de competir;
• Não faz das ideias e dos conhecimentos uma
habilidade para vencer competidores;
4. O Filósofo
• É movido pelo desejo de observar,
contemplar, julgar e avaliar a vida;
• É movido pelo desejo de saber.
5. A Verdade
• Não pertence a ninguém;
• Não é um prêmio conquistado por
competição;
• Está diante de todos nós;
• É algo a ser procurado;
• É encontrada por todos aqueles que a
desejarem, que tiverem olhos para vê-la e
coragem para buscá-la.
6. O surgimento da
Filosofia
• Gregos
– Começaram a fazer perguntas e buscar respostas para
a realidade;
Mundo
Natureza
Ser humano
Podem ser conhecidos pela razão humana
7. A questão do Mito
• Um mito é um relato em forma de narrativa com
carácter explicativo e/ou simbólico,
profundamente relacionado com uma dada
cultura e/ou religião.
• O termo é, por vezes, utilizado de forma
pejorativa para se referir às crenças comuns
(consideradas sem fundamento objetivo ou
científico, e vistas apenas como histórias de um
universo puramente maravilhoso) de diversas
comunidades.
Pré Socráticos aos Medievais 7
8. • Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais
são expressões particulares de arquétipos comuns a
toda a humanidade.
• Por exemplo, os mitos sobre a criação do mundo
repetem alguns temas, como o ovo cósmico, ou o
deus assassinado e esquartejado cujas partes vão
formar tudo que existe.
• Mito NÃO é o mesmo que fábula, conto
de fadas, lenda ou saga.
Pré Socráticos aos Medievais 8
10. • 1ª geração – Eram entidades que haviam gerado o
mundo. Eram forças primitivas e poderosas forças da
natureza.
• CRONOS
• Deus do tempo, filho de Urano (céu) e Gaia (terra),
esse titã tinha o péssimo hábito de comer seus filhos
assim que nascessem. Casou-se com...
• RÉIA
• Irmã de Cronos, ela conseguiu salvar um dos seus
filhos de ser comido pelo marido. Era o pequeno
Zeus.
Pré Socráticos aos Medievais 10
GENEALOGIA DOS DEUSES GREGOS
Três gerações do Olimpo :
11. • 2ª geração – Os Titãs, descendia da primeira, transmitia
uma visão agitada e indomada da natureza. Deuses de
aparência semelhante à humana.
• POSEIDON - Deus dos mares, era muito popular entre os
gregos.
• ZEUS - Deus dos deuses do monte Olimpo, comandava o
mundo com seu raio. Mesmo tendo a árdua tarefa de
dominar a Terra, tinha tempo de fazer um monte de filhos.
• HERA - Irmã gêmea e, como isso não era nenhum estorvo
entre os deuses, mulher de Zeus. Era a protetora do,
imagine só, casamento.
• HADES - Deus do mundo inferior, raptou Perséfone, filha de
sua irmã Deméter.
Pré Socráticos aos Medievais 11
12. • 3ª geração – Com o desaparecimento da potência
criadora e selvagem das duas primeiras gerações, surge
uma acomodação cada um em seu domínio.
• DEUSES OLÍMPICOS DE FORMA TOTALMENTE HUMANA.
• HEFESTO - Protetor do fogo e dos metais, era deficiente,
o que não o impediu de se casar com...
• AFRODITE - A deusa da beleza e do amor nasceu da
espuma do mar depois que Cronos jogou na água os
testículos de Urano. Traiu Hefesto várias vezes.
• ARES - Deus da guerra e um dos amantes de Afrodite.
Representava a fúria do espírito guerreiro.
Pré Socráticos aos Medievais 12
13. Adendos
•Cosmogonia - κοσμογονία (de κόσμος "Cosmos, Universo”)
(γονία “Nascimento”) Abrange lendas e teorias sobre o Nascimento
do universo.
•Teogonia - (em grego: Θεογονία [theos, deus + gonia,
nascimento]
•Cosmologia - (do grego κοσμολογία, κόσμος
="cosmos"/"ordem"/"mundo" + λογία="discurso"/"estudo") é o
ramo da astronomia que estuda a origem, estrutura e evolução
do Universo a partir da aplicação de métodos científicos.
•Teofania - é um conceito de cunho teológico que significa a
manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem
sua etimologia enraizada na língua grega: "theopháneia" ou
"theophanía".
Pré Socráticos aos Medievais 13
14. Modelo geral seguido pelas cosmogonias
dos primeiros filósofos:
• 1) No começo há o Caos, isto é, um estado de
indeterminação ou de indistinção em que
nada aparece (vazio primordial);
Pré Socráticos aos Medievais 14
15. • 2) dessa unidade primordial vão surgindo, por
segregação e separação, pares de opostos –
quente-frio, seco-umido - que diferenciarão as
quatro regiões principais do mundo ordenado
(cosmos), isto é, o céu de fogo, o ar frio, a
terra seca e o mar úmido;
Pré Socráticos aos Medievais 15
Modelo geral seguido pelas cosmogonias
dos primeiros filósofos:
16. • 3) os opostos começaram a se reunir, a se
mesclar, a se combinar, mas, em cada caso,
um deles é mais forte que os outros e triunfa
sobre eles, sendo o elemento predominante
da combinação realizada; desta combinação e
mescla nascem todas as coisas, que seguem
um ciclo de repetição interminável.
Pré Socráticos aos Medievais 16
Modelo geral seguido pelas cosmogonias
dos primeiros filósofos:
18. O surgimento da
Filosofia
• Pensadores gregos:
– Verdade do mundo e dos humanos não era algo
secreto e misterioso;
– Verdade podia ser conhecida por todos por meio
das operações mentais de raciocínio;
– Linguagem respeita as exigências do pensamento;
– Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos
e ensinados a todos.
19. • A pergunta feita pelas cosmogonias é sempre
a mesma: como do caos surgiu o mundo
ordenado (cosmos)?
• As cosmogonias respondem a essa pergunta
fazendo uma genealogia dos seres, isto é, por
meio da personificação dos elementos ( água,
ar, terra, fogo) e de relações sexuais entre eles
explicam a origem de todas as coisas e a
ordem do mundo.Pré Socráticos aos Medievais 19
O surgimento da
Filosofia
21. Características
• Tendência à racionalidade
• Recusa de explicações preestabelecidas
• Tendência à argumentação
• Capacidade de generalização
• Capacidade de diferenciação = análise
22. Legado filosófico
grego
• Conhecimento = leis e princípios universais
– Verdade = provas ou argumentos racionais
– Conhecimento não se impõe aos outros
– Conhecimento deve ser compreendido por todos
– Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os
seres humanos
– Conhecimento só é verdadeiro quando explica
racionalmente seus objetos
23. • Natureza segue uma ordem necessária
– Opera obedecendo a leis e princípios necessários e
universais;
– Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo
nosso pensamento.
• Surgimento da cosmologia
• Surgimento da física
Legado filosófico
grego
24. • A razão (ou o nosso pensamento) também opera
obedecendo a princípios, leis, regras e normas
universais e necessários.
– Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso;
– Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da
contradição e da alternativa.
Legado filosófico
grego
25. • O agir humano exprime a conduta de um ser
racional dotado de vontade e de liberdade
– As práticas humanas não se realizam por imposições
misteriosas e incompreensíveis (forças secretas,
invisíveis, divinas e impossíveis de serem
conhecidas)
Legado filosófico
grego
26. • Seres humanos naturalmente aspiram:
– Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres
racionais)
– À justiça (pois são seres dotados de vontade livre)
– À felicidade (pois são seres dotados de emoções e
desejos)
Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas vidas e
às suas ações.
Legado filosófico
grego
28. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO...??
• O Mito pretende narrar como as coisas eram ou tinham sido
no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se
para o que era antes que tudo existisse tal como existe no
presente.
• O Mito aceita contradições e mesmo assim, era tido
como verdadeiro.
• A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por
que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na
totalidade do tempo), as coisas são como são;
• Não admite contradições – exige explicação
coerente e racional.
28Pré Socráticos aos Medievais
29. • A Ciência Moderna não mostra a verdade das
coisas em si mesmas; a ciência apresenta
apenas modelos teóricos provisórios que
tentam explicar a realidade. Essas ‘verdades’
que a ciência apresenta duram enquanto não
surgirem outros modelos teóricos melhores
Pré Socráticos aos Medievais 29
31. Os primeiros Filósofos/Cientistas: Filósofos da
Natureza. Cerca de 550 a.C..
Interesse:
Desvendar os fenômenos da natureza, as transformações
da natureza.
Estudar o Cosmos e o surgimento da vida.
Tales de Mileto,
Pitágoras de Samos,
Anaximandro de Mileto
Anaxímenes de Mileto
Heráclito de Éfeso
Parmênides
Demócrito
31Pré Socráticos aos Medievais
32. > Investigação cosmológicas (racionais)
>Investigavam a natureza e os processos naturais
>perceberam o dinamismo das mudanças que
ocorrem na physis - realidade primeira, originária
e fundamental (natureza).
>procuravam uma substância básica, um
princípio primordial (arché) causa de todas as
transformações da natureza
OS PRÉ-SOCRÁTICOS FILÓSOFOS DA NATUREZA
(NATURALISTAS) OU FISICISTAS
32Pré Socráticos aos Medievais
33. • Encontraram respostas diversas.
• Não queriam recorrer ao mito.
• Os primeiros a dar um passo na forma
científica de pensar.
33Pré Socráticos aos Medievais
34. • A palavra grega Physis pode ser traduzida
por natureza, mas seu significado é mais
amplo. Refere-se também à realidade, não
aquela pronta e acabada, mas a que se
encontra em movimento e transformação, a
que nasce e se desenvolve, o fundo eterno,
perene, imortal e imperecível de onde tudo
brota e para onde tudo retorna.
34Pré Socráticos aos Medievais
35. • Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou
arqué (ἀρχή; origem), seria um princípio que
deveria estar presente em todos os momentos
da existência de todas as coisas; no início, no
desenvolvimento e no fim de tudo. Princípio
pelo qual tudo vem a ser.
35Pré Socráticos aos Medievais
37. Tales de Mileto
(624 – 546 a.C)
Queria descobrir um elemento físico que
fosse constante em todas as coisas.
37Pré Socráticos aos Medievais
38. Água
• Observando a vida animal e vegetal concluiu
que a água, ou o úmido, é o princípio de
todas as coisas.
• somente a água permanece basicamente a
mesma, em todas as transformações dos
corpos, apesar de assumir diferentes
estados.
38Pré Socráticos aos Medievais
40. • Introduziu o conceito de arché para designar o
primum, a realidade primeira e última das coisas.
• A arché para ele é algo que transcende os limites
do observável.
• Denominou-o apeíron, termo grego que significa
“indeterminado”, “o infinito”
• O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres,
contendo em si todos os elementos contrários.
40Pré Socráticos aos Medievais
42. • Admitia que a origem é indeterminada, mas não
acreditava em seu caráter oculto.
• Tentou uma possível conciliação entre as
concepções de Tales e as de Anaximandro.
• concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.
42Pré Socráticos aos Medievais
43. O Ar
• o ar é a própria vida, a força vital, a divindade
que “anima” o mundo, aquilo que dá
testemunho à respiração.
43Pré Socráticos aos Medievais
44. Heráclito de Éfeso
544-484 a.C
• Concebia a realidade do
mundo como algo dinâmico,
em permanente
transformação.
• A vida era impulsionada
pela luta das forças
contrárias.
• É pela luta dessas forças
que o mundo se modifica e
evolui.
44Pré Socráticos aos Medievais
45. Origem do Cosmos:
• FOGO
• O fogo é um elemento natural que gera
transformações nos seres, nesse sentido, o
fogo está presente em todo o cosmos pois
tudo está em constante transformação.
45Pré Socráticos aos Medievais
46. O SER É e NÃO É
• Tudo está numa infinita transformação. Por
isso, não podemos entrar em um rio duas
vezes, o rio muda no passar de um
segundo, assim como nós mesmos.
• O ser é e não é.
• Devir: Eterna Transformação.
46Pré Socráticos aos Medievais
47. “Devir” - vir a ser
• “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo
rio”, pois na segunda vez não somos os
mesmo, e também o rio mudou.
47Pré Socráticos aos Medievais
48. Luta dos contrários
• Belo e feio Alegria e a tristeza
• Bem e mal
48Pré Socráticos aos Medievais
49. • só a mudança e o movimento são reais
• identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória
• Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo é
harmonia entre os contrários
• O que mantém o fluxo do movimento é a luta dos
contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”
49Pré Socráticos aos Medievais
50. Doutrina dos contrários
• O ser é múltiplo, por estar constituído de
oposições internas.
• a forma do ser é devir pelo qual todas as coisas
são sujeitas ao tempo e à sua relativa
transformação
• Heráclito chamou seu princípio de logos, que
significa regra segunda a qual todas as coisas se
realizam e lei comum que a todos governa –
incluiu racionalidade e inteligência.
50Pré Socráticos aos Medievais
52. Pitágoras de Samos
(570-490 a.C.)
• Fundador de poderosa
sociedade de caráter religioso
e filosófico - Sociedade
pitagórica
• As contribuições da escola
pitagórica são encontradas
matemática, música e
astronomia.
52Pré Socráticos aos Medievais
54. Número
• a essência de todas as
coisas reside nos
números, os quais
representam a simetria
ordem, harmonia,
limitado e ilimitado.
54Pré Socráticos aos Medievais
55. Fundamento de tudo é o NÚMERO !!!
# não abstrato,
# elemento essencial da realidade,
# dimensão espacial,
# par, ímpar e par-ímpar,
# harmonia.
55Pré Socráticos aos Medievais
56. • Acreditava na divindade do número.
• O um é o ponto, o dois determina a linha, o
três gera a superfície e o quatro produz o
volume.
• Os números constituem a essência de todas as
coisas segundo sua doutrina, e são a verdade
eterna.
56Pré Socráticos aos Medievais
57. Filolau
• Discípulo de Pitágoras, segue a
doutrina pitagórica.
57Pré Socráticos aos Medievais
58. Arquitas de Tarento
• Representante da escola
pitagórica de grande destaque
• um dos responsáveis por
mudanças fundamentais na
matemática do quinto século
antes de Cristo.
58Pré Socráticos aos Medievais
60. Parmênides de Eléia: o ser é imóvel
(540-470 a.C.)
• o principal expoente da
chamada escola eleática.
• critica a filosofia
heraclitiana.
• ao “tudo flui”, contrapõe
a imobilidade do ser.
• Arché- “o ser é”
60Pré Socráticos aos Medievais
61. Defendia a existência de dois caminhos para a
compreensão da realidade – expressou esse
pensamento no poema Sobre a Natureza.
• caminho da razão, que permite encontrar a
Verdade, imutável e perfeita (épistêmê)
• o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que só
nos permite conhecer as aparências das
coisas, confusas e contraditórias
61Pré Socráticos aos Medievais
62. O ser e o não ser
O caminho da verdade nos leva a
compreender que:
• “o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser não
pode ser conhecido.
• O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não-
ser não é e deve ser negado, e esta é a
verdade
• o ser é a única coisa pensável e exprimível
• o ser é único, imutável, incriado e eterno.
62Pré Socráticos aos Medievais
63. Mundo sensível e mundo
inteligível
• o movimento existe apenas no mundo
sensível, e a percepção pelos sentidos é
ilusória.
• Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está
submetido ao princípio que hoje chamamos
de identidade e de não-contradição.
63Pré Socráticos aos Medievais
64. • Uma das conseqüências dessa teoria é a
identidade entre o ser e o pensar:
o que não conseguir pensar não pode ser na
realidade.
Penso, logo sou!
Descartes
64Pré Socráticos aos Medievais
65. Adendo
• Pode-se também pensar que a filosofia de Parmênides, isto é, a do
imobilismo universal ou teoria do repouso absoluto, foi usada pelas
tradições religiosas (principalmente a cristã) para descrever Deus e o
céu. Notem que, em geral, os mortos são enterrados com máximas que
dizem: “Aqui jaz (repousa) fulano...”. Deus seria esse princípio Uno e
Todo sem partes divididas ou vazias que deveria ser compreendido,
através do pensamento, como princípio de todo o conhecimento. É
também interessante notar como a identidade entre SER e
PENSAMENTO e LINGUAGEM, de Parmênides também associa-se com a
tradição do Antigo Testamento. Neste, Deus se revela como o VERBO.
Em grego, o verbo é o LÓGOS, é palavra, discurso e razão. E se para
Parmênides o lógos é também o pensar e o ser, então é a divindade que
fala e que fornece a base para conhecermos, isto é, a via da verdade é a
razão, o lógosdivino. Por isso, Parmênides concebe o ser de forma
circular, pois é, entre os gregos, a forma da perfeição.
65Pré Socráticos aos Medievais
66. Zenão
• o que se move sempre está no
mesmo agora
• Tenta demonstrar que a própria
noção de movimento era inviável
e contraditória
• paradoxo de Zenão, que se refere
à corrida de Aquiles com uma
tartaruga
66Pré Socráticos aos Medievais
67. Aquiles e a tartaruga
• Zenão sabia que Aquiles
pode alcançar a tartaruga
ele pretendia demonstrar
as conseqüências
paradoxais de encarar o
tempo e o espaço como
constituídos por uma
sucessão infinita de
pontos e instantes
individuais consecutivos
67Pré Socráticos aos Medievais
68. Isso demonstram as dificuldades por que
passou o pensamento racional para
compreender conceitos como :
• movimento, espaço, tempo e infinito
68Pré Socráticos aos Medievais
69. Escola pluralista
• Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e
terra.
• Anaxágoras de Clazómena
• Leucipo de Abdera
• Demócrito de Abdera
69Pré Socráticos aos Medievais
70. Empédoclis de Agrigento
• arché: água, fogo, ar e terra.
• elementos são movidos e
misturados de diferentes
maneiras em função de dois
princípios universais opostos
70Pré Socráticos aos Medievais
71. • Amor (philia, em grego) – responsável pela
força de atração e união e pelo movimento de
crescente harmonização das coisas;
• ódio (neikos, em grego) – responsável pela
força de repulsão e desagregação e pelo
movimento de decadência, dissolução e
separação das coisas.
71Pré Socráticos aos Medievais
72. • Aceitava de Parmênides a racionalidade que
afirma a existência e permanência do ser
• procurava encontrar uma maneira de tornar
racional os dados captados por nossos
sentidos.
72Pré Socráticos aos Medievais
73. Anaxágoras de Clazómena
• propôs, um princípio que
atendesse tanto às exigências
teóricas do "ser" imutável, quanto
à contestação da existência das
múltiplas manifestações da
realidade.
• faz da multiplicidade o principal
objeto do seu pensamento,
• manifestando-se acerca da
natureza do múltiplo:
73Pré Socráticos aos Medievais
74. Arché: nous
• Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do
caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais,
age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e
constituindo o mundo sensível
• Homeomerias: sementes que dão origem a realidade
na pluralidade de manifestações
74Pré Socráticos aos Medievais
75. Leucipo de Abdera
• Primeiro professor da
escola atomista.
• Não se tem muito
informação sobre ele.
75Pré Socráticos aos Medievais
76. Demócrito de Abdera
(430-370)
• Responsável pelo desenvolvimento
do atomismo
• todas as coisas que formam a
realidade são constituídas por
partículas invisíveis e indivisíveis
(Δημόκριτος)
76Pré Socráticos aos Medievais
77. "Tudo que existe no universo é fruto do acaso e
da necessidade"
Tudo o que existe é composto por
elementos indivisíveis chamados Átomos
Demócrito avançou também com o conceito de um
Universo Infinito, onde existem muito outros mundos
como o nosso.
Uma coisa nasce quando se produz um
certo agrupamento de átomos; desaparece
quando esse grupo se desfaz, muda
quando muda a situação ou a disposição
desse grupo ou quando uma parte é
substituída por outra. Cresce quando Ihe
são acrescentados novos átomos. Toda
ação de uma coisa sobre outra se produz
pelo choque dos átomos.
77Pré Socráticos aos Medievais
78. • Para ele, o átomo seria o equivalente ao
conceito de ser em Parmênides.
• Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa
última do mundo.
78Pré Socráticos aos Medievais
80. • NOVA FASE FILOSÓFICA
caracterizada pelo interesse no próprio homem
e nas relações políticas do homem com a
sociedade.
80Pré Socráticos aos Medievais
81. • Eram professores viajantes que, por
determinado preço, vendiam ensinamentos
práticos de filosofia.
81Pré Socráticos aos Medievais
82. • Levando em consideração os interesses dos
alunos, ensinavam:
ELOQÜÊNCIA E SAGACIDADE MENTAL,
HABILIDADE RETÓRICA..
Ensinavam conhecimentos
úteis para o sucesso nos negócios públicos e
privados.
82Pré Socráticos aos Medievais
84. • Era uma época de lutas políticas e intenso
conflito de opiniões nas assembleias
democráticas. Por isso, os cidadãos mais
ambiciosos sentiam necessidade de aprender
a arte de argumentar em público para
conseguir persuadir em assembleias e, muitas
vezes, fazer prevalecer seus interesses
individuais e de classe.
84Pré Socráticos aos Medievais
86. Protágoras de Abdera: o homem
como medida de todas as coisas;
• Aprofundou o subjetivismo relativista de
Protágoras a ponto de defender o ceticismo
absoluto.
• Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo
como principio básico de sua doutrina a idéia
de que o homem é a medida de tudo que
existe. 86Pré Socráticos aos Medievais
87. • Todas as , coisas são relativas aos homem, isto
é, o mundo é o que o homem constrói e
destrói.
• Por isso não haveria verdades absolutas. A
verdade seria relativa a determinada pessoa,
grupo ou cultura.
87Pré Socráticos aos Medievais
89. Górgias de Leontini: o grande
Orador
• Aprofundou o subjetivismo relativista de
Protágoras a ponto de defender o ceticismo
absoluto.
• Afirma que:
a) nada existe;
b) se existisse, não poderia ser conhecido;
c) mesmo que fosse conhecido, não poderia
ser comunicado a ninguém.
89Pré Socráticos aos Medievais
90. • Essas características dos ensinamentos dos sofistas
favoreceram o surgimento de concepções filosóficas
relativistas sobre as coisas.
• o relativismo de suas teses fundamenta-se numa
concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a
compreensão do real.
• Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis,
diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade.
Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas.
90Pré Socráticos aos Medievais
91. • o termo sofista significa “sábio”.
Entretanto, com o decorrer do tempo,
ganhou o sentido de “impostor”, devido às
críticas de Platão.
91Pré Socráticos aos Medievais
92. • Considerou-se a sofística - a arte dos
sofistas - apenas uma atitude viciosa do
espírito, uma arte de manipular
raciocínios, de produzir o falso, de iludir
os ouvintes, sem qualquer amor pela
verdade.
92Pré Socráticos aos Medievais
93. •A verdade, em grego – aletheia - a
manifestação daquilo que é, o não-oculto, se
opõe a pseudos que significa o falso, aquilo
que se esconde, que ilude.
Os sofistas parecem não buscar a aletheia,
se contentam com pseudos. Tanto assim, que se
usa a palavra sofisma, derivada de sofista, para
designar um raciocínio aparentemente correio,
mas que na verdade é falso ou inconclusivo,
geralmente formulado com o objetivo de
enganar alguém.
93Pré Socráticos aos Medievais
94. Quem foi Sócrates?
• Local:
Atenas.
• Nascimento:
470 a.C.
• Falecimento:
339 a.C.
• Escola/tradição:
Filosofia Grega.
• Principais interesses:
Ética, Epistemologia, Virtude.
Sócrates
94Pré Socráticos aos Medievais
95. Quem foi Sócrates?
• Idéias notáveis:
Ironia, Método Socrático.
• Influências:
Anaxágoras, Parmênides,
Pródigo.
• Influenciados:
Platão, Aristóteles, Aristipo
de Cirene, Antístenes,
Filosofia Ocidental.
95Pré Socráticos aos Medievais
96. Método Socrático
• Sócrates é considerado o “Pai da
Filosofia” por procurar atingir a
verdade a partir da prática filosófica
do diálogo.
• Para ele a busca pelo conhecimento
verdadeiro passava pelas questões
humanas, pela reflexão sobre o
Homem.
• Diferencia-se dos filósofos anteriores
que procuravam refletir sobre a
natureza ou praticar a retórica.
96Pré Socráticos aos Medievais
97. Método Socrático
Diálogo Teeteto de Platão:
Filósofo como sendo uma parteira:
seu objetivo era dar à luz
Idéias!
MAIÊUTICA:
A verdade é acessível a todos e o
filósofo (como a parteira) auxilia o
encontro com a verdade, por meio
das perguntas, do diálogo!
97Pré Socráticos aos Medievais
98. Sócratese a Maiêutica
• Quando se diz que a maiêutica é a
arte de dar à luz as idéias, está se
subentendendo que o conhecimento
está dentro da pessoa e por meio
maiêutica ela vai “parir” o
conhecimento.
98Pré Socráticos aos Medievais
99. Método SocráticoO primeiro passo para se
chegar a verdade era
reconhecer a própria
ignorância!
Só sei que nada sei!
Conhece-te a ti mesmo!
Usava a Ironia nos diálogos
para abalar as crenças e
expor a fragilidade das
argumentações.
99Pré Socráticos aos Medievais
100. Sócratese a Maiêutica
• Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.
• Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as
pessoas chegassem ao conhecimento e para isso criou
a maiêutica.
• Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu
interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a
perceber por si só sua própria ignorância sobre os
assuntos tratados.
100Pré Socráticos aos Medievais
101. Sócrates
• Seus primeiros estudos e
pensamentos discorrem sobre a
essência da natureza da alma
humana.
101Pré Socráticos aos Medievais
102. Sócrates
• Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio.
• Como atingir a sabedoria?
• Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa
pelo conhecimento de si mesmo.
• Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo:
conhece-te a ti mesmo.
• À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de
que não sabe nada.
• Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria
ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.
102Pré Socráticos aos Medievais
103. • Por meio da ironia, fazendo perguntas e
respondendo as perguntas com outras
perguntas, levava o interlocutor a cair em
contradição, Sócrates o conduzia a
confessar a própria ignorância.
• Uma vez confessada a ignorância, o
interlocutor estaria disposto a percorrer o
caminho da verdade.
103Pré Socráticos aos Medievais
104. • A ironia pode ter um significado
depreciativo, sarcástico ou de zombaria,
mas no grego, quer dizer “interrogação”, e
Sócrates fazia isso e no decorrer do
dialogo
104Pré Socráticos aos Medievais
105. O Destino de Sócrates
• A maior arte de Sócrates era a
investigação, feita com o auxílio de
seus interlocutores. Aquele que
investiga, questiona. Aquele que
questiona, perturba a ordem
estabelecida. Isso faz surgir muitos
inimigos de Sócrates.
105Pré Socráticos aos Medievais
106. • Sócrates é acusado de corromper a
juventude e de desprezar os deuses da
cidade. Com base nessas acusações
ele é condenado a beber cicuta (veneno
extraído de uma planta do mesmo
nome). Segundo testemunho de Platão
em Apologia de Sócrates, ele ficou
imperturbável durante o julgamento e,
no final, ao se despedir de seus
discípulos, ele diz:
Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para
viverdes. Quanto a quem vai para um lugar
melhor, só deus sabe. 106Pré Socráticos aos Medievais
108. Platão
• É filho de uma nobre família ateniense e seu nome
verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à
sua constituição física e significa “ombros largos”. Ele
foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas
viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões.
• Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola
de filosofia, nos jardins construídos pelo seu amigo
Academus, o que deu à escola o nome de Academia. É
uma das primeiras instituições de ensino superior do
mundo ocidental.
108Pré Socráticos aos Medievais
109. • Platão, diferentemente se Sócrates, tinha o hábito de
escrever sobre suas idéias. Foi ele quem resgatou boa
parte do pensamento de seu mestre Sócrates.
• Platão não andava promovendo debates pelos locais
públicos como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma
academia de filosofia.
• Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a
ele somente quem pudesse entrar na academia, ou seja,
os filhos dos aristocratas da época.
109Pré Socráticos aos Medievais
110. Platão
• Do mundo sensível das opiniões ao mundo
inteligível das idéias.
• Segundo Platão, os sentidos só podem nos
fornecer o conhecimento das sombras da
verdadeira realidade, e através deles só
conseguimos ter opiniões.
• O conhecimento verdadeiro se consegue através
da dialética, que é a arte de colocar à prova todo
conhecimento adquirido, purificando-o de toda
imperfeição para atingir a verdade.
110Pré Socráticos aos Medievais
111. Platão e a
Teoria das ideias
• Ele procura explicar como se desenvolve o
conhecimento humano. O processo de
conhecimento se desenvolve por meio da
passagem progressiva do mundo das sombras
e aparências para o mundo das idéias e
essências.
111Pré Socráticos aos Medievais
112. • Para atingir esse mundo, o
homem não pode ter apenas
“amor às opiniões”, precisa
possuir um “amor ao saber”.
112Pré Socráticos aos Medievais
113. • Platão, assim como seu mestre Sócrates,
acreditava que o conhecimento era inato ao ser
humano, ou seja, todo o conhecimento estava
na pessoa, bastava exercitar ou refletir para
“relembrar” as respostas dos questionamentos.
113Pré Socráticos aos Medievais
115. Mito da Caverna
Explicação:
• As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna
representam as aparências da realidade e não a realidade em
si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância,
acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não
podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.
• Quando um desses homens consegue escapar da caverna e
tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as
projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois a
realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende
que sempre foi enganado pelas sombras. 115Pré Socráticos aos Medievais
116. O mito da caverna representa as etapas da
educação de um filósofo, ao sair do mundo das
sombras (das aparências) para alcançar o
conhecimento verdadeiro.
Após essa experiência ele deve voltar à caverna
e para orientar os demais e assumir o governo
da cidade.
116Pré Socráticos aos Medievais
117. Dois pontos de vista a analise da caverna:
• O político: com retorno do filósofo-político
que conhece a arte de governar;
• Epistemológico: quando o filósofo volta para
despertar nos outros o verdadeiro.
117Pré Socráticos aos Medievais
122. Platão distingue dois tipos de conhecimento:
O sensível e o inteligível.
• Na ilustração da caverna vemos:
1. As sombras: a aparência sensível das coisas;
2. As marionetes: a representação de animais,
plantas...;
3. O exterior da cave;rna: a realidade das ideias;
4. O Sol: suprema ideia do bem.
122Pré Socráticos aos Medievais
123. O muro representa a separação de
dois tipos de conhecimento:
O sensível
As duas primeiras realidades
O inteligível
As duas últimas
123Pré Socráticos aos Medievais
124. Platão e o Mundo das Ideias- Idealismo
• Explicou o mundo das idéias através do Mito
da Caverna contido em A República.
Mundo dos Idéias
Mundo Sensível
Real; supra-sensível; causa o
mundo sensível; contém idéias,
o verdadeiro ser das coisas;
possui hierarquia; a idéia de
Bem e Uno ocupa o ápice.
Participado
Não se explica a si mesmo; cópia
imperfeita do mundo das idéias;
existe por participação.
Cf. Mito da Caverna.
124Pré Socráticos aos Medievais
125. Platão e a Alma
A alma é composta de 3 partes;
*Vegetativa ou apetitiva: desejo de prazer
sensível.
*Irascível: superação do prazer sensível para
obter o bem árduo.
*Racional: corresponde ao cérebro: superior
deve subjugar todas as outras.
125Pré Socráticos aos Medievais
126. Platão: Sociedade, Política e Arte
Constrói um modelo de sociedade Justa.
Conceito de justiça para Platão:
“a cada um faça o que lhe compete fazer”
A justiça só existe exteriormente se existir antes
interiormente na alma.
O Estado deve ser governado por Filósofos, que
seriam as pessoas mais prudentes e honestas para
alcançar o bem da cidade.
126Pré Socráticos aos Medievais
127. Platão: Sociedade, Política e Arte
Modelo da Sociedade Justa, onde cada um deveria desempenhar
uma função social.
Filósofos: mente do Estado. Deveriam possuir a
virtude da sabedoria.
Guerreiros : o peito, o coração da sociedade;
encarregados da defesa; não teriam direitos
políticos. Deveriam possuir a virtude da
fortaleza
Trabalhadores ou operários: encarregados
da subsistência, não teriam nenhum direito
político. Exercitariam a virtude da
temperança.
127Pré Socráticos aos Medievais
130. “Aristóteles representa o apogeu do
pensamento filosófico grego, e o mesmo se
pode dizer para a filosofia do direito.
Após sua morte, durante toda a Antiguidade e
a Idade Média, suas reflexões jusfilosóficas
foram tidas como o mais alto patamar de
ideias sobre o direito e o justo já construídas”.
130Pré Socráticos aos Medievais
132. A acentuada tendência platônica a uma
construção filosófica ideal passa a ser amenizada
no pensamento de Aristóteles, na medida em que
a experiência é elemento fundamental de sua
reflexão.
Filho de médico, desde a infância em contato com
a empiria nos casos clínicos, Aristóteles construiu
sua filosofia tendo por base as realidade que se
apresentavam ao seu estudo”.
132Pré Socráticos aos Medievais
134. Foi ao mesmo tempo......
- Filósofo;
- Físico;
- Biólogo;
- Músico;
- Professor;
- Político;
134Pré Socráticos aos Medievais
135. CONHECIMENTO
• Aristóteles discorda de Platão e procura uma
outra forma de definir o conhecimento.
• Antes de qualquer coisa, ele rejeita a
proposta de que existem dois mundos, o
sensível e o inteligível.
• Para ele podemos obter o conhecimento
através de observações concretas, feitas no
mundo real.
135Pré Socráticos aos Medievais
136. Para Aristóteles, o verdadeiro conhecimento
é o conhecimento das causas, que pode
superar o engano e explicar as mutações que
ocorrem no mundo.
Ele utiliza a noção de substância como o
suporte de todos os atributos, como “aquilo
que é em si mesmo”.
136Pré Socráticos aos Medievais
137. O SER E A SUBSTÂNCIA
O conceito de ser não pode ser reduzido a um
gênero, menos ainda a uma espécie.
As várias coisas que são ditas exprimem significados
diversos do ser, mas, ao mesmo tempo, todas elas
implicam a referência a algo uno, que é a
substância.
Portanto, o centro unificador dos significados do ser
é a substância (ousía). A substância, é o princípio
em relação ao qual todos os outros significados
subsistem.
137Pré Socráticos aos Medievais
138. Dentre os atributos que compõem uma
substância, podemos destacar:
a) aquilo que é ESSENCIAL;
b) aquilo que é ACIDENTAL.
Se tomarmos o homem como exemplo,
veremos que ele tem propriedades que são
acidentais, isto é, que podem variar (altura,
peso, idade, aparência) e uma propriedade
que não varia, ou seja, que é essencial: o
homem é um ser racional.
138Pré Socráticos aos Medievais
139. Ainda para explicar a questão do movimento,
Aristóteles propõe os conceitos de
ATO e POTÊNCIA.
Potência significa ausência de perfeição, a
capacidade de se tornar alguma coisa.
Por exemplo:
- A semente de laranja lançada na terra tem a
potência de tornar-se uma laranjeira.
- O filhote de gato guarda em si a capacidade de
tornar-se adulto e procriar.
139Pré Socráticos aos Medievais
140. Os ciclos que compõem a vida de cada ser vão
se atualizando, isto é, a potência dentro deles
vai se realizando.
O que Aristóteles chama de ATO constitui cada
uma das etapas pelas quais a potência vai se
atualizando.
Todo ser tende a tornar atual a forma que tem
em si mesmo como potência.
Portanto, o movimento é a passagem da
potência para o ato.
140Pré Socráticos aos Medievais
141. • As Quatro Causas
•
• Segundo Aristóteles, há quatro causas
implicadas na existência de algo:
• - Causa material: daquilo que a coisa é feita
como, por exemplo, o ferro.
• - Causa formal: é a coisa em si como, por
exemplo, uma faca de ferro.
• - Causa eficiente: aquilo que dá origem a coisa
feita como, por exemplo, as mãos de um ferreiro.
• - Causa final: seria a função para a qual a coisa
foi feita como, por exemplo, cortar carne.
141Pré Socráticos aos Medievais
142. • Exemplo 1: A ESTÁTUA
- A causa material é o mármore (isto é, do que
a coisa é feita);
- A causa eficiente é o próprio escultor (aquilo
com que a coisa é feita);
- A causa formal é a forma da estátua, seus
contornos, sua aparência (aquilo que a coisa
vai ser)
- A causa final envolve a finalidade da estátua
(aquilo para o qual a coisa é feita)
142Pré Socráticos aos Medievais
144. • Formas de governo, retórica
(argumentação), etc.
• Em suma, ele organizou ou sistematizou
praticamente todo conhecimento
acumulado até então.
144Pré Socráticos aos Medievais
145. • Principais obras de Aristóteles:
• - Ética e Nicômano
• - Política
• - Órganon
• - Retórica das Paixões
• - A poética clássica
• - Metafísica
• - De anima (Da alma)
• - O homem de gênio e a melancolia
• - Magna Moralia (Grande Moral)
• - Ética a Eudemo
• - Física
• - Sobre o Céu
145Pré Socráticos aos Medievais
146. Afinal
O que é Filosofia
FILOSOFIA
Philo / Philia
Sophia
grego
= amizade,
amor fraterno
= sabedoria
146Pré Socráticos aos Medievais
147. O que é Filosofia
FILOSOFIA
Amizade pela sabedoria
Amor e respeito pelo saber
Indica um estado de espírito
Pessoa que ama, deseja o conhecimento
147Pré Socráticos aos Medievais
148. O que é Filosofia
FILÓSOFO
Aquele que ama a
sabedoria
Tem amizade pelo saber
Deseja saber
148Pré Socráticos aos Medievais
149. O nascimento da Filosofia
• Pitágoras = filósofo grego (séc.V a.C.)
– responsável pela invenção da palavra “Filosofia”
– Sabedoria plena e completa pertence aos deuses
– Homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se
filósofos.
149Pré Socráticos aos Medievais
151. O Filósofo
• Não é movido por interesses comerciais ou
financeiros;
• Não coloca o saber como propriedade sua;
• Não é movido pelo desejo de competir;
• Não faz das idéias e dos conhecimentos uma
habilidade para vencer competidores;
151Pré Socráticos aos Medievais
152. O Filósofo
• É movido pelo desejo de observar,
contemplar, julgar e avaliar a vida;
• É movido pelo desejo de saber.
152Pré Socráticos aos Medievais
153. A Verdade
• Não pertence a ninguém;
• Não é um prêmio conquistado por
competição;
• Está diante de todos nós;
• É algo a ser procurado;
• É encontrada por todos aqueles que a
desejarem, que tiverem olhos para vê-la e
coragem para buscá-la.
153Pré Socráticos aos Medievais
154. O surgimento da Filosofia
• Gregos
– Começaram a fazer perguntas e buscar respostas
para a realidade;
Mundo
Natureza
Ser humano
Podem ser conhecidos pela razão humana
154Pré Socráticos aos Medievais
155. O surgimento da Filosofia
• Pensadores gregos:
– Verdade do mundo e dos humanos não era algo
secreto e misterioso;
– Verdade podia ser conhecida por todos por meio
das operações mentais de raciocínio;
– Linguagem respeita as exigências do pensamento;
– Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos
e ensinados a todos.
155Pré Socráticos aos Medievais
156. Características
• Tendência à racionalidade
• Recusa de explicações preestabelecidas
• Tendência à argumentação
• Capacidade de generalização
• Capacidade de diferenciação = análise
156Pré Socráticos aos Medievais
157. Legado filosófico grego
• Conhecimento = leis e princípios universais
– Verdade = provas ou argumentos racionais
– Conhecimento não se impõe aos outros
– Conhecimento deve ser compreendido por todos
– Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os
seres humanos
– Conhecimento só é verdadeiro quando explica
racionalmente seus objetos
157Pré Socráticos aos Medievais
158. Legado filosófico grego
• Natureza segue uma ordem necessária
– Opera obedecendo a leis e princípios necessários e
universais;
– Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo
nosso pensamento.
• Surgimento da cosmologia
• Surgimento da física
158Pré Socráticos aos Medievais
159. Legado filosófico grego
• A razão (ou o nosso pensamento) também opera
obedecendo a princípios, leis, regras e normas
universais e necessários.
– Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso;
– Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da
contradição e da alternativa.
159Pré Socráticos aos Medievais
160. Legado filosófico grego
• O agir humano exprime a conduta de um ser
racional dotado de vontade e de liberdade
– As práticas humanas não se realizam por imposições
misteriosas e incompreensíveis (forças secretas,
invisíveis, divinas e impossíveis de serem
conhecidas)
160Pré Socráticos aos Medievais
161. Legado filosófico grego
• Seres humanos naturalmente aspiram:
– Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres
racionais)
– À justiça (pois são seres dotados de vontade livre)
– À felicidade (pois são seres dotados de emoções e
desejos)
Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas
vidas e às suas ações.
161Pré Socráticos aos Medievais
163. Períodos da História da Filosofia
Filosofia Medieval Escolástica
Patrística
Renascimento
Período: queda do Império Romano (sec. V) ao sec. XV.
Guerras, a fome e as grandes epidemias.
O cristianismo propaga-se por diversos povos. Crenças e
superstições.
A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos .
163Pré Socráticos aos Medievais
164. Aspectos gerais
Correntes da filosofia
medieval e principais
representantes: Patrística
(séc. II-V), com Agostinho
de Hipona, e Escolástica
(séc. IX-XV), com Tomás
de Aquino.
A herança da filosofia antiga
pagã foi adaptada à tradição
cristã pelos teólogos da
patrística, os chamados
Padres da Igreja.
Os textos antigos foram preservados pelos monges medievais.
CRISTIANOPALAZZINI/SHUTTERSTOCK
Castelo medieval de Cascassone,
na França, em 2011
164Pré Socráticos aos Medievais
165. Patrística
Os apologistas adaptaram os textos
platônicos, mais adequados à nova fé.
Principais temas: a natureza de Deus e
da alma, a vida futura, o confronto entre o
bem e o mal, a noção de pecado e de
salvação, a questão do tempo.
Agostinho de Hipona redigiu:
Confissões, De magistro, A cidade de
Deus, Sobre a trindade, entre outras
obras.
Santo Agostinho,
quadro de Piero della
Francesca, século XV
BRIDGEMAN/KEYSTONE
165Pré Socráticos aos Medievais
166. •Período: do século I até o século VII
•a criação do mundo por Deus,
•pecado original,
•Deus e a trindade una,
•encarnação e morte de Deus, juízo final, ressurreição,
•origem do mal, já que tudo foi criado por Deus.
Filósofos:
Santo Ireneu, Tertúliano, Justino, Clemente de Alexandria,
Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio Magno, Gregório de Nissa
Destaque: Santo Agostinho.
166Pré Socráticos aos Medievais
167. Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio,
como faculdade da razão e da vontade.
Para ele, o mal não tem uma existência real, mas é uma
carência, a ausência do Bem.
Desenvolveu a teoria da iluminação, segundo a qual
possuímos as verdades eternas porque as recebemos
de Deus.
O tempo é percebido pela nossa consciência, na qual
o passado existe como memória e o futuro, como
expectativa.
Ao discutir sobre as relações entre política e religião,
refere-se às duas cidades, a “cidade de Deus” e a
“cidade terrestre”.
Agostinho de Hipona
167Pré Socráticos aos Medievais
168. Escolástica
A escolástica sofreu influência
decisiva do aristotelismo.
Principal representante da escolástica:
Tomás de Aquino, século XIII, auge
da escolástica.
As universidades foram importantes
como foco de fermentação intelectual.
Principais temas: prova da existência
de Deus, criação do mundo, verdade,
ética, imortalidade da alma, política.
São Tomás de Aquino,
pintura de Adam Elsheimer,
século XVI
PETWORTHHOUSE,SUSSEX/BRIDGEMAN/KEYSTONE
168Pré Socráticos aos Medievais
169. •Período:do século XIII ao século XIV
•a questão da razão e da fé, da filosofia e da
teologia.
•As investigações científicas e filosóficas não
poderiam contrariar as verdades estabelecidas pela fé
católica
•a prova da existência de Deus e da imortalidade da
alma, ou seja, a prova racional da existência do
criador e do espírito imortal
Filósofos:
Boaventura. Alberto Magno. Mestre Eckhart. Nicolau de Cusa. Santo
Anselmo. Pedro Abelardo
Destaque: Santo Tomás de Aquino
169Pré Socráticos aos Medievais
170. A questão dos universais
O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a
todas as coisas.
A questão era: os universais seriam realidades, ideias ou
apenas palavras?
Principais respostas: realismo (Anselmo), realismo
moderado (Tomás de Aquino), nominalismo (Guilherme
de Ockham) e conceptualismo (Pedro Abelardo).
170Pré Socráticos aos Medievais
171. Tomás de Aquino
A grande síntese aristotélico-tomista expressa-se na obra
Suma Teológica.
Aquino prioriza a fé, mas valoriza a importância da razão.
Na teoria do conhecimento, reconhece a participação dos
sentidos e do intelecto.
Diferentemente de Aristóteles, destaca a imortalidade
da alma.
Aquino segue de perto a ética aristotélica, mas, segundo ele,
pela revelação e pela fé, pode-se alcançar uma felicidade
mais alta.
171Pré Socráticos aos Medievais
172. Provas da existência de Deus
As “cinco vias” são baseadas nas provas aristotélicas
sobre a causa primeira, o Primeiro Motor Imóvel.
São elas: o movimento, a causa eficiente, a
contingência, os graus de perfeição, a causa final.
172Pré Socráticos aos Medievais