SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 41
ENTRE
LENDAS…
…do meu
ugal
Lenda do Monte das Corujeiras…
…de Terras de Santa Maria
Em tempos que já lá vão…
… das torres altaneiras do Castelo da Feira o alcaide mouro avistava toda a
terra em redor. Ali mesmo, no sopé do morro, balançava o seu majestoso
barco de velas desfraldadas. Ele sonhava com a bela donzela cristã daquela
vila ali ao pé, Gaia.
A belíssima donzela
era adorada por todos
os povos que a
conheciam, dado que
tudo o que possuía era
para dar aos
pobrezinhos
O alcaide mouro, roído de curiosidade, disfarçou-se
de pobre e foi até Gaia pedir esmola. Quando a viu,
ficou tão encantado que resolveu raptá-la.
E, pela calada da noite,
subornou uns criados
do castelo que a
apanharam, fingindo
um rapto. O mouro,
armado em homem
bom e defensor da
donzela, fingiu que
lutou para a libertar
dos seus raptores,
parecendo, aos olhos
desta, como um anjo
libertador. Com o
intuito de “fugir” aos
malfeitores,
convenceu-a a entrar
num barco e trouxe-a
para o Castelo da
Feira.
Esta donzela
há-de ser
minha!
Combinado o rapto com os seus criados, o alcaide simulou o
resgate. Desse modo, a donzela, agradecida, apaixonar-se-ia por
ele.
E durante
muitos
anos
viveram
felizes…
Ele era um mouro apaixonado e ela era
uma cristã devota, que ia ensinando
àquelas pessoas o Cristianismo.
Olhem, levem-na daqui, para esses montes e
matem-na lá, matem-na e que eu não a torne a
ver!”.
O alcaide tinha um irmão que morria de
inveja . Ele queria ser o senhor do
castelo e não gostava que uma cristã
viesse para as suas terras contar as leis
de Cristo.
Um dia, o mau irmão assalta o castelo, mata o
alcaide e quando ia matar a donzela, sentiu-se a
fraquejar, porque além de ser mulher, havia,
secretamente uma paixão pela cunhada .
Para não ser reconhecida, rasgou a face
com uma pedra afiada …
Ficou medonha e assustadora. Vestiu-se
de negro, e andava por ali à noite, como
alma penada.
Os soldados
abandonaram
a donzela no
meio das
giestas
Durante o dia,
sempre
bondosa,
recebia numa
barraca de
cascas e
folhas das
árvores e
arbustos, as
pessoas com
maleitas. A
todos tratava
bem. Curava
feridas dos
viandantes, e
dizia coisas
proféticas.
Começou a
ser conhecida
como a bruxa
do Monte da
Corujeira e
tudo o que
dizia batia
certo.
Então o mau
alcaide ouviu falar
da Bruxa do Monte
e também lá foi
ouvi-la numa altura
de crise.
Esta
noite vais
morrer!
Mas em terras em Santa Maria, o povo não aceitou a
maldade feita aos seus senhores.
Uma noite, amarram velas acesas aos seus bois imitando
um grande exército para atacarem o Castelo. Com medo, o
mau irmão foge, deixando aquelas terras ao mando da boa
donzela.
E em Terras de Santa Maria repete-se a lenda…
Pedro e Inês
• Quando o
Quando o príncipe D. Pedro
chegou à idade de casar, a
escolhida foi Constança Manuel,
que pertencia à família real
D. Pedro recebeu D. Constança como sua
mulher mas apaixonou-se perdidamente
por uma das aias que a acompanhavam
O rei e da rainha, furiosos, fecharam
Inês no Convento de Santa Clara, em
Coimbra. D. Pedro não a podia visitar,
mas continuava a contactar a sua
amada .
D. Pedro ficou viúvo. Durante alguns anos
viveram felizes e despreocupados na
Quinta das Lágrimas, com os seus três
filhos.
D. Afonso IV e os
três fidalgos
decidiram matá-
la e nem as suas
súplicas os
demoveram .
Maria Dulce Murteira Cirino
Diz-se também
que D. Pedro,
quando foi rei,
retirou Inês do
túmulo, a sentou
no trono e
obrigou a corte a
beijar-lhe a mão.
Lenda dos Tripeiros
No ano de 1415, construíam-se
nas margens do Douro as naus
e os barcos que haveriam de
levar os portugueses, nesse
ano, à conquista de Ceuta e,
mais tarde, à epopeia dos
Descobrimentos.
O Infante confidenciou ao mestre
Vaz, o fiel encarregado da
construção, as verdadeiras e
secretas razões que estavam na
sua origem: a conquista de
Ceuta.
Esse nome
de
"tripeiros"
é uma
verdadeira
honra para
o povo do
Porto.
Faremos o mesmo que
fizemos há trinta anos
atrás aquando da guerra
com Castela: damos
toda a carne da
cidade e
comemos
apenas as
tripas.
Lenda da dama pé-de-cabra
The legend of goat foot
Em tempos que já lá vão
Quer acreditem ou não
O mundo tinha magia.
In ancient times
Believe it or not
The world was magic
The woods and the rivers
The lakes , the fogs
Were more than it seems
Os bosques e os
ribeiros
Os lagos, os
nevoeiros
Eram mais do que
se via.
O que é que isto quer dizer?
O que temos de aprender
E que dantes se sabia?
What does it mean?
What we need to learn
And what had you known?
Em florestas
encantadas
Eram demónios ou
fadas
Seduzindo quem lá
ia?
Demónios o que é
que são?
Fugimos deles ou
não?
O que é o
desconhecido?
In charmed woods
Were demons or fairies?
Seducting who went there ?
Demons, what are they?
E cavalos a voar
Onde nos podem
levar?
No voo, o que está
escondido?
And flying horses
Where can they take us?
What is hidden in the flight?
Em tempos que já lá vão
Quer acreditem ou não
Passou-se uma coisa estranha:
In passed times
Believe it or not
Something strange had hapen:
D. Diogo, cavaleiro
Que era hábil Monteiro
E caçava na montanha
Andando um dia a caçar
Perseguindo um javali
Ouviu uma voz a cantar
Em fonte perto dali:
D. Diogo, knight
He was an artful rider
And he hunts in the mountains
Spending all day hunting
Chasing a wild boar
Heard a voice singing
“Quem vem ao verde tão verde
Quem vem ao verde verá
Quem não vem em vão e vede
Que o verde o ajudará.”
“who comes to the green , so
green
Who comes to the green will
see
Who doesn’t come will not see
The green on will help him
“- Quem sois? Vossa
voz me chama!
- Sou de
mui alta
linhagem.
”
“- Sede minha, linda dama
E eu serei vosso pagem.”
“- Irei contigo, porém
Nunca mais te hás-de
benzer.”
“-who are you? Your voice calls for
me
“- I am from a high birth
“- Be mine, pretty lady
And I will be your servant
“- I will go with you, however
You will never get blessed yourself
again
P´ro seu castelo a levou
E com ela partilhou
Tudo o que tinha de seu.
Nada há que não lhe dê
Nem porta que não lhe abra.
Mesmo quando um dia vê
Que ela tinha pés de cabra.
To the castle he takes her
And with her he left
Everything that belongs him
He gives her everything that he
has
The door he opens to her
Even when a day ???
She has a goat feet
Pois mesmo assim a amou
E ela um filho lhe deu
D. Enheguez lhe chamou.
Depois veio uma menina
Bem rosada e pequenina
Que em seus braços embalou.
But in the same way he loves
her
And a son she gives him
His name was D. Enheguez
After that a litle girl comes
Very pinkish and very litle
In her arms snuggle them
And the time was passed
D. Diogo keeps on hunting
And the lady stays at home
E o tempo foi passando
D. Diogo ia caçando
E a dama em casa ficava
Até que um dia ao jantar
Estava D. Diogo a dar
A um dos cães um osso
Veio uma das cadelas
Pequena e às rosnadelas
Filou o cão p’lo pescoço.
E matou o seu alão!
E o cavaleiro, então
Ao ver isto se benzeu.
So one day at dinner
D. Diogo was given
A bone to one of his dogs
Comes a female dog
Litle and growling
Bite the dog in neck
E a dama, quando isto
ouviu
Quando viu a benzedura
Solta um uivo, um
assobio
Com sua filha sumiu
Pelo ar, a grande altura.
E subiu, subiu bem alto
Passou além do planalto
Se confundiu com a
verdura.
When the lady heard this
When the lady saw him getting
blessed
Gives a howl, a whistle
With her daughter she
vanishes
Through the air, big high
And climb, climb very high
Went beyond the plateau
Mixed with the bushes
E o tempo passou,
passou
Foi D. Diogo em cruzada
E contra os mouros
lutou
Mui valente se mostrou
Mas caiu numa
emboscada.
Mesmo lutando sem
medo
Por fim o bom cavaleiro
Foi levado prisioneiro
P’ra cidade de Toledo.
And the time passed, passed
D. Diogo went in a cruzade
And against moors he fought
He proved to be very brave
But in an ambush he felt
down
Even fighting without fear
Lastly the good knight
Was taken as prisioner

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Cavaleiro da dinamarca resumo
Cavaleiro da dinamarca   resumoCavaleiro da dinamarca   resumo
Cavaleiro da dinamarca resumoCristina Marques
 
Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia AMLDRP
 
Cavaleiro de dinamarca resumo
Cavaleiro de dinamarca resumoCavaleiro de dinamarca resumo
Cavaleiro de dinamarca resumoElisabete Costa
 
A princesa baixinha power point
A princesa baixinha   power pointA princesa baixinha   power point
A princesa baixinha power pointlabeques
 
Atividade de Redação
Atividade de RedaçãoAtividade de Redação
Atividade de RedaçãoMaytê Mélo
 
O Conto da bela e a fera
O Conto da bela e a feraO Conto da bela e a fera
O Conto da bela e a feraDiego França
 
Barbara cartland a deusa vencida
Barbara cartland   a deusa vencidaBarbara cartland   a deusa vencida
Barbara cartland a deusa vencidaAriovaldo Cunha
 
Resumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - Daenerys
Resumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - DaenerysResumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - Daenerys
Resumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - DaenerysErick L. F.
 
Categorias da Narrativa em "A Aia"
Categorias da Narrativa em "A Aia"Categorias da Narrativa em "A Aia"
Categorias da Narrativa em "A Aia"Maria João C. Conde
 
Lendas de-portugal
Lendas de-portugalLendas de-portugal
Lendas de-portugalJWM V.
 
Barbara cartland a outra face do amor
Barbara cartland   a outra face do amorBarbara cartland   a outra face do amor
Barbara cartland a outra face do amorAriovaldo Cunha
 

Was ist angesagt? (19)

Cavaleiro da dinamarca resumo
Cavaleiro da dinamarca   resumoCavaleiro da dinamarca   resumo
Cavaleiro da dinamarca resumo
 
Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia Recensão crítica - a aia
Recensão crítica - a aia
 
Cavaleiro de dinamarca resumo
Cavaleiro de dinamarca resumoCavaleiro de dinamarca resumo
Cavaleiro de dinamarca resumo
 
A Arca Voadora
A Arca VoadoraA Arca Voadora
A Arca Voadora
 
Lendas de Portugal
Lendas de PortugalLendas de Portugal
Lendas de Portugal
 
O negrinho do pastoreio
O negrinho do pastoreioO negrinho do pastoreio
O negrinho do pastoreio
 
A princesa baixinha power point
A princesa baixinha   power pointA princesa baixinha   power point
A princesa baixinha power point
 
Atividade de Redação
Atividade de RedaçãoAtividade de Redação
Atividade de Redação
 
O Conto da bela e a fera
O Conto da bela e a feraO Conto da bela e a fera
O Conto da bela e a fera
 
Ficha de leitura
Ficha de leituraFicha de leitura
Ficha de leitura
 
A aia, de Eça de Queirós
A aia, de Eça de QueirósA aia, de Eça de Queirós
A aia, de Eça de Queirós
 
Barbara cartland a deusa vencida
Barbara cartland   a deusa vencidaBarbara cartland   a deusa vencida
Barbara cartland a deusa vencida
 
História patronatis
História patronatisHistória patronatis
História patronatis
 
Interpretaçao o sapo portugues
Interpretaçao o sapo portuguesInterpretaçao o sapo portugues
Interpretaçao o sapo portugues
 
Resumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - Daenerys
Resumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - DaenerysResumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - Daenerys
Resumos e Resenhas: A guerra dos Tronos - #06 - Daenerys
 
Categorias da Narrativa em "A Aia"
Categorias da Narrativa em "A Aia"Categorias da Narrativa em "A Aia"
Categorias da Narrativa em "A Aia"
 
Lendas de-portugal
Lendas de-portugalLendas de-portugal
Lendas de-portugal
 
Barbara cartland a outra face do amor
Barbara cartland   a outra face do amorBarbara cartland   a outra face do amor
Barbara cartland a outra face do amor
 
Fada oriana
Fada oriana Fada oriana
Fada oriana
 

Andere mochten auch

Lenda do Galo de Barcelos
Lenda do Galo de BarcelosLenda do Galo de Barcelos
Lenda do Galo de Barcelostecaromeugil
 
Vila Nova de Gaia/ PORTUGAL
Vila Nova de Gaia/ PORTUGALVila Nova de Gaia/ PORTUGAL
Vila Nova de Gaia/ PORTUGALIrene Aguiar
 
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaela
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaelaA lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaela
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaelaisabel preto
 
Lenda da obra s. engrácia
Lenda da obra s. engráciaLenda da obra s. engrácia
Lenda da obra s. engráciaisabel preto
 
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)Belmira Baptista
 
José rúben, bea e andreia 7º6
José rúben, bea e andreia 7º6José rúben, bea e andreia 7º6
José rúben, bea e andreia 7º61324658709
 
Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)
Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)
Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)pedrorusso
 
Milagre
MilagreMilagre
MilagreEBseis
 
Milagre das rosas
Milagre das rosasMilagre das rosas
Milagre das rosasRodrigo
 
A Lenda Das Sete Cidades
A Lenda Das Sete CidadesA Lenda Das Sete Cidades
A Lenda Das Sete Cidadesgolfinhos23
 
Lenda milagre das rosas
Lenda milagre das rosasLenda milagre das rosas
Lenda milagre das rosas5acolegiovale
 
Lendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de PortugalLendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de Portugalguest1b247a
 

Andere mochten auch (20)

Lenda do Galo de Barcelos
Lenda do Galo de BarcelosLenda do Galo de Barcelos
Lenda do Galo de Barcelos
 
Freguesia de Canela
Freguesia de CanelaFreguesia de Canela
Freguesia de Canela
 
Vila Nova de Gaia/ PORTUGAL
Vila Nova de Gaia/ PORTUGALVila Nova de Gaia/ PORTUGAL
Vila Nova de Gaia/ PORTUGAL
 
cais de gaia
cais de gaia cais de gaia
cais de gaia
 
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaela
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaelaA lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaela
A lenda do galo de barcelos da catarina franco e da ana rafaela
 
Lenda da obra s. engrácia
Lenda da obra s. engráciaLenda da obra s. engrácia
Lenda da obra s. engrácia
 
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
Lendas de-portugal-110326094657-phpapp02 (1)
 
A Lagoa das Sete Cidades
A Lagoa das Sete Cidades   A Lagoa das Sete Cidades
A Lagoa das Sete Cidades
 
José rúben, bea e andreia 7º6
José rúben, bea e andreia 7º6José rúben, bea e andreia 7º6
José rúben, bea e andreia 7º6
 
Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)
Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)
Astronomia & Ecoturismo (in Portuguese)
 
Milagre
MilagreMilagre
Milagre
 
Milagre das rosas
Milagre das rosasMilagre das rosas
Milagre das rosas
 
Rio Tejo
Rio TejoRio Tejo
Rio Tejo
 
A Lenda Das Sete Cidades
A Lenda Das Sete CidadesA Lenda Das Sete Cidades
A Lenda Das Sete Cidades
 
Lenda milagre das rosas
Lenda milagre das rosasLenda milagre das rosas
Lenda milagre das rosas
 
Rio tejo
Rio tejoRio tejo
Rio tejo
 
Lendas de portugal 2
Lendas de portugal 2Lendas de portugal 2
Lendas de portugal 2
 
O milagre das rosas
O milagre das rosasO milagre das rosas
O milagre das rosas
 
Milagre das rosas
Milagre das rosasMilagre das rosas
Milagre das rosas
 
Lendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de PortugalLendas das regiões autónomas de Portugal
Lendas das regiões autónomas de Portugal
 

Ähnlich wie Lendas de Portugal

O castelo de almourol
O castelo de almourolO castelo de almourol
O castelo de almourolMara Ferreira
 
Alexandre herculano a dama pé de cabra
Alexandre herculano   a dama pé de cabraAlexandre herculano   a dama pé de cabra
Alexandre herculano a dama pé de cabraTulipa Zoá
 
Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C
Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C
Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C Juliana Cosenza Camara
 
Daenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoesDaenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoesarkj145236
 
Daenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoesDaenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoesarkj145236
 
Lendas de Mondim de Basto Licínio Borges
Lendas de Mondim de Basto   Licínio BorgesLendas de Mondim de Basto   Licínio Borges
Lendas de Mondim de Basto Licínio BorgesLicinio Borges
 
Lendas 4ª série B e 4ª série C
Lendas 4ª série B e 4ª série CLendas 4ª série B e 4ª série C
Lendas 4ª série B e 4ª série Cemefjardel1
 
Resumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hpResumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hpziquinha
 
Princesa baixinha
Princesa baixinhaPrincesa baixinha
Princesa baixinhaboazonas
 
Roteiro de Leitura
Roteiro de LeituraRoteiro de Leitura
Roteiro de Leituravialongadt
 
A cidade e_as_serras
A cidade e_as_serrasA cidade e_as_serras
A cidade e_as_serrasemsbarretos
 
Anlisedeocavaleirodadinamarca
AnlisedeocavaleirodadinamarcaAnlisedeocavaleirodadinamarca
Anlisedeocavaleirodadinamarcacnlx
 
14 maria de magdala
14 maria de magdala14 maria de magdala
14 maria de magdalasidneyjorge
 
Princesa baixinha
Princesa baixinhaPrincesa baixinha
Princesa baixinhagenarui
 

Ähnlich wie Lendas de Portugal (20)

O castelo de almourol
O castelo de almourolO castelo de almourol
O castelo de almourol
 
Alexandre herculano a dama pé de cabra
Alexandre herculano   a dama pé de cabraAlexandre herculano   a dama pé de cabra
Alexandre herculano a dama pé de cabra
 
Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C
Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C
Projeto "Uma lenda, duas lendas, tantas lendas..." 5º ano C
 
Lendas,Tradições
Lendas,TradiçõesLendas,Tradições
Lendas,Tradições
 
Daenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoesDaenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoes
 
Daenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoesDaenerys - A Mãe dos dragãoes
Daenerys - A Mãe dos dragãoes
 
Lendas de Mondim de Basto Licínio Borges
Lendas de Mondim de Basto   Licínio BorgesLendas de Mondim de Basto   Licínio Borges
Lendas de Mondim de Basto Licínio Borges
 
Lendas de Portugal
Lendas de PortugalLendas de Portugal
Lendas de Portugal
 
Lendas de-portugal
Lendas de-portugalLendas de-portugal
Lendas de-portugal
 
A dama pé de-cabra
A dama pé de-cabraA dama pé de-cabra
A dama pé de-cabra
 
Lendas E Mitos
Lendas E MitosLendas E Mitos
Lendas E Mitos
 
Lendas 4ª série B e 4ª série C
Lendas 4ª série B e 4ª série CLendas 4ª série B e 4ª série C
Lendas 4ª série B e 4ª série C
 
Resumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hpResumo cavaleiro dinamarca_hp
Resumo cavaleiro dinamarca_hp
 
A arca voadora
A arca voadoraA arca voadora
A arca voadora
 
Princesa baixinha
Princesa baixinhaPrincesa baixinha
Princesa baixinha
 
Roteiro de Leitura
Roteiro de LeituraRoteiro de Leitura
Roteiro de Leitura
 
A cidade e_as_serras
A cidade e_as_serrasA cidade e_as_serras
A cidade e_as_serras
 
Anlisedeocavaleirodadinamarca
AnlisedeocavaleirodadinamarcaAnlisedeocavaleirodadinamarca
Anlisedeocavaleirodadinamarca
 
14 maria de magdala
14 maria de magdala14 maria de magdala
14 maria de magdala
 
Princesa baixinha
Princesa baixinhaPrincesa baixinha
Princesa baixinha
 

Kürzlich hochgeladen

AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 

Lendas de Portugal

  • 2. Lenda do Monte das Corujeiras… …de Terras de Santa Maria
  • 3. Em tempos que já lá vão… … das torres altaneiras do Castelo da Feira o alcaide mouro avistava toda a terra em redor. Ali mesmo, no sopé do morro, balançava o seu majestoso barco de velas desfraldadas. Ele sonhava com a bela donzela cristã daquela vila ali ao pé, Gaia.
  • 4. A belíssima donzela era adorada por todos os povos que a conheciam, dado que tudo o que possuía era para dar aos pobrezinhos
  • 5. O alcaide mouro, roído de curiosidade, disfarçou-se de pobre e foi até Gaia pedir esmola. Quando a viu, ficou tão encantado que resolveu raptá-la.
  • 6. E, pela calada da noite, subornou uns criados do castelo que a apanharam, fingindo um rapto. O mouro, armado em homem bom e defensor da donzela, fingiu que lutou para a libertar dos seus raptores, parecendo, aos olhos desta, como um anjo libertador. Com o intuito de “fugir” aos malfeitores, convenceu-a a entrar num barco e trouxe-a para o Castelo da Feira. Esta donzela há-de ser minha!
  • 7. Combinado o rapto com os seus criados, o alcaide simulou o resgate. Desse modo, a donzela, agradecida, apaixonar-se-ia por ele.
  • 8. E durante muitos anos viveram felizes… Ele era um mouro apaixonado e ela era uma cristã devota, que ia ensinando àquelas pessoas o Cristianismo.
  • 9. Olhem, levem-na daqui, para esses montes e matem-na lá, matem-na e que eu não a torne a ver!”. O alcaide tinha um irmão que morria de inveja . Ele queria ser o senhor do castelo e não gostava que uma cristã viesse para as suas terras contar as leis de Cristo. Um dia, o mau irmão assalta o castelo, mata o alcaide e quando ia matar a donzela, sentiu-se a fraquejar, porque além de ser mulher, havia, secretamente uma paixão pela cunhada .
  • 10. Para não ser reconhecida, rasgou a face com uma pedra afiada … Ficou medonha e assustadora. Vestiu-se de negro, e andava por ali à noite, como alma penada. Os soldados abandonaram a donzela no meio das giestas
  • 11. Durante o dia, sempre bondosa, recebia numa barraca de cascas e folhas das árvores e arbustos, as pessoas com maleitas. A todos tratava bem. Curava feridas dos viandantes, e dizia coisas proféticas.
  • 12. Começou a ser conhecida como a bruxa do Monte da Corujeira e tudo o que dizia batia certo. Então o mau alcaide ouviu falar da Bruxa do Monte e também lá foi ouvi-la numa altura de crise. Esta noite vais morrer!
  • 13. Mas em terras em Santa Maria, o povo não aceitou a maldade feita aos seus senhores. Uma noite, amarram velas acesas aos seus bois imitando um grande exército para atacarem o Castelo. Com medo, o mau irmão foge, deixando aquelas terras ao mando da boa donzela.
  • 14. E em Terras de Santa Maria repete-se a lenda…
  • 16. • Quando o Quando o príncipe D. Pedro chegou à idade de casar, a escolhida foi Constança Manuel, que pertencia à família real
  • 17. D. Pedro recebeu D. Constança como sua mulher mas apaixonou-se perdidamente por uma das aias que a acompanhavam
  • 18. O rei e da rainha, furiosos, fecharam Inês no Convento de Santa Clara, em Coimbra. D. Pedro não a podia visitar, mas continuava a contactar a sua amada .
  • 19. D. Pedro ficou viúvo. Durante alguns anos viveram felizes e despreocupados na Quinta das Lágrimas, com os seus três filhos.
  • 20. D. Afonso IV e os três fidalgos decidiram matá- la e nem as suas súplicas os demoveram .
  • 21. Maria Dulce Murteira Cirino Diz-se também que D. Pedro, quando foi rei, retirou Inês do túmulo, a sentou no trono e obrigou a corte a beijar-lhe a mão.
  • 23. No ano de 1415, construíam-se nas margens do Douro as naus e os barcos que haveriam de levar os portugueses, nesse ano, à conquista de Ceuta e, mais tarde, à epopeia dos Descobrimentos.
  • 24. O Infante confidenciou ao mestre Vaz, o fiel encarregado da construção, as verdadeiras e secretas razões que estavam na sua origem: a conquista de Ceuta.
  • 25. Esse nome de "tripeiros" é uma verdadeira honra para o povo do Porto. Faremos o mesmo que fizemos há trinta anos atrás aquando da guerra com Castela: damos toda a carne da cidade e comemos apenas as tripas.
  • 26. Lenda da dama pé-de-cabra The legend of goat foot
  • 27. Em tempos que já lá vão Quer acreditem ou não O mundo tinha magia. In ancient times Believe it or not The world was magic
  • 28. The woods and the rivers The lakes , the fogs Were more than it seems Os bosques e os ribeiros Os lagos, os nevoeiros Eram mais do que se via.
  • 29. O que é que isto quer dizer? O que temos de aprender E que dantes se sabia? What does it mean? What we need to learn And what had you known?
  • 30. Em florestas encantadas Eram demónios ou fadas Seduzindo quem lá ia? Demónios o que é que são? Fugimos deles ou não? O que é o desconhecido? In charmed woods Were demons or fairies? Seducting who went there ? Demons, what are they?
  • 31. E cavalos a voar Onde nos podem levar? No voo, o que está escondido? And flying horses Where can they take us? What is hidden in the flight?
  • 32. Em tempos que já lá vão Quer acreditem ou não Passou-se uma coisa estranha: In passed times Believe it or not Something strange had hapen:
  • 33. D. Diogo, cavaleiro Que era hábil Monteiro E caçava na montanha Andando um dia a caçar Perseguindo um javali Ouviu uma voz a cantar Em fonte perto dali: D. Diogo, knight He was an artful rider And he hunts in the mountains Spending all day hunting Chasing a wild boar Heard a voice singing
  • 34. “Quem vem ao verde tão verde Quem vem ao verde verá Quem não vem em vão e vede Que o verde o ajudará.” “who comes to the green , so green Who comes to the green will see Who doesn’t come will not see The green on will help him
  • 35. “- Quem sois? Vossa voz me chama! - Sou de mui alta linhagem. ” “- Sede minha, linda dama E eu serei vosso pagem.” “- Irei contigo, porém Nunca mais te hás-de benzer.” “-who are you? Your voice calls for me “- I am from a high birth “- Be mine, pretty lady And I will be your servant “- I will go with you, however You will never get blessed yourself again
  • 36. P´ro seu castelo a levou E com ela partilhou Tudo o que tinha de seu. Nada há que não lhe dê Nem porta que não lhe abra. Mesmo quando um dia vê Que ela tinha pés de cabra. To the castle he takes her And with her he left Everything that belongs him He gives her everything that he has The door he opens to her Even when a day ??? She has a goat feet
  • 37. Pois mesmo assim a amou E ela um filho lhe deu D. Enheguez lhe chamou. Depois veio uma menina Bem rosada e pequenina Que em seus braços embalou. But in the same way he loves her And a son she gives him His name was D. Enheguez After that a litle girl comes Very pinkish and very litle In her arms snuggle them
  • 38. And the time was passed D. Diogo keeps on hunting And the lady stays at home E o tempo foi passando D. Diogo ia caçando E a dama em casa ficava
  • 39. Até que um dia ao jantar Estava D. Diogo a dar A um dos cães um osso Veio uma das cadelas Pequena e às rosnadelas Filou o cão p’lo pescoço. E matou o seu alão! E o cavaleiro, então Ao ver isto se benzeu. So one day at dinner D. Diogo was given A bone to one of his dogs Comes a female dog Litle and growling Bite the dog in neck
  • 40. E a dama, quando isto ouviu Quando viu a benzedura Solta um uivo, um assobio Com sua filha sumiu Pelo ar, a grande altura. E subiu, subiu bem alto Passou além do planalto Se confundiu com a verdura. When the lady heard this When the lady saw him getting blessed Gives a howl, a whistle With her daughter she vanishes Through the air, big high And climb, climb very high Went beyond the plateau Mixed with the bushes
  • 41. E o tempo passou, passou Foi D. Diogo em cruzada E contra os mouros lutou Mui valente se mostrou Mas caiu numa emboscada. Mesmo lutando sem medo Por fim o bom cavaleiro Foi levado prisioneiro P’ra cidade de Toledo. And the time passed, passed D. Diogo went in a cruzade And against moors he fought He proved to be very brave But in an ambush he felt down Even fighting without fear Lastly the good knight Was taken as prisioner