4. • Mesopotâmia é uma palavra de origem grega
que significa "entre rios“; na verdade a
Mesopotâmia é a Terra “entre rios” porque
estava localizada entre os rios Tigre e
Eufrates.
5. • Por volta de 4000 a.C., no começo da história,
as primeiras grandes civilizações tiveram sua
origem nas bacias dos grandes rios da
Mesopotâmia, ou seja, ao longo das bacias
dos grandes rios da Mesopotâmia, ao longo
do Nilo no Egito e do Ganges na Índia.
6.
7. • A Mesopotâmia é uma estreita faixa de terra
situada na Ásia Ocidental, entre as mesetas do
Irã, a Armênia, os desertos da Síria e da Arábia
e o Golfo Pérsico. Seu clima é extremado com
rigorosos invernos e ardentes verões. A parte
sul, mais fértil, chamava-se Caldéia.
8.
9. • Ao norte, numa região montanhosa, desolada,
com escassas pastagens, encontrava-se a
Assíria. A fertilidade do seu solo deve-se aos
rios Tigre e Eufrates, que nascem nas
montanhas da Armênia e deságuam no golfo
Pérsico.
10.
11. • As civilizações antigas da Mesopotâmia são
normalmente chamadas de babilônicas, apesar
de que a cidade de Babilônia não foi o centro de
cultura do vale Mesopotâmico.
• A região sofreu diversas invasões de outros
povos, mas que ao invés de interferirem
negativamente em sua cultura, ao contrário
aprenderam e adotaram muitos conhecimentos
dos mesopotâmicos.
12.
13.
14. • A escrita era a cuneiforme, que talvez tenha
surgido até mesmo antes da hieroglífica dos
egípcios. O fato é que as cerâmicas, tabuletas,
com escrita cuneiforme fornecem muito mais
informação dos que os papiros egípcios
devido a sua conservação.
15. • O aparecimento de tantas culturas nessa
região é usualmente explicado pela
fundamental importância dada aos regimes de
cheias e vazantes que fertilizavam as terras da
região. Ao longo desse processo, sumérios,
assírios e acádios criaram vários centros
urbanos, travaram guerras e promoveram
uma intensa troca de valores e costumes.
16.
17. • Segundo alguns estudos realizados, a ocupação
dessa parcela do Oriente Médio aconteceu
aproximadamente há 4000 a.C., graças ao
deslocamento de pequenas populações
provenientes da Ásia Central e de regiões
montanhosas da Eurásia. Cerca de um milênio
mais tarde, os povos semitas também habitaram
essa mesma região. Já nesse período, a
Mesopotâmia possuía um expressivo conjunto de
cidades-Estado, como Nipur, Lagash, Uruk e Ur.
18.
19. • Essas primeiras cidades são parte integrante da
civilização sumeriana, tida como a primeira a
surgir no espaço mesopotâmico. Dotadas de
ampla autonomia política e religiosa, essas
cidades viveram intensas disputas militares em
torno de regiões férteis da Mesopotâmia. Nesse
meio tempo, os semitas foram ocupando outras
áreas onde futuramente nasceriam novos centros
urbanos. Entre as cidades de origem semita,
damos especial destaque a Acad, principal centro
da civilização acadiana.
21. • Nesse período de disputas e ocupações podemos
observar riquíssimas contribuições provenientes
dos povos mesopotâmicos. Entre outros pontos,
podemos destacar a criação de uma ampla rede
comercial, códigos jurídicos, escolas,
conhecimentos matemáticos (multiplicação e
divisão), princípios médicos, a formulação da
escrita cuneiforme e a construção dos templos
religiosos conhecidos como zigurates. Por volta
de 2350 a.C., os acadianos, liderados por Sargão,
dominaram as populações sumerianas.
22.
23. • Em 1900 a.C., a civilização amorita – povo de
origem semita – criou um extenso império
centralizado na cidade de Babilônia. Hamurábi
(1728 – 1686 a.C.), um dos principais reis desse
império, foi responsável pela unificação de toda a
Mesopotâmia e autor de um código de leis
escritas conhecido como Código de Hamurábi.
Esse conjunto de leis contava com cerca de 280
artigos e determinava diversas punições com
base em critérios de prestígio social.
26. • Por volta de 1300 a.C. o Império Babilônico
entrou em decadência em resultado da expansão
territorial dos assírios. Contando com uma
desenvolvida estrutura militar, esse povo ficou
conhecido pela violência com que realizavam a
conquista de outros povos. As principais
conquistas militares do Império Assírio
aconteceram nos governos de Sargão II,
Senaqueribe e Assurbanipal. Com o passar do
tempo, esse opulento império não resistiu às
revoltas dos povos por eles mesmos dominados.
30. • No ano de 612 a.C., os caldeus empreenderam
uma vitoriosa campanha militar que deu fim à
hegemonia dos assírios. A partir dessa conquista
ficava registrada a formação do Segundo Império
Babilônico ou Neobabilônico. O auge desta nova
hegemonia na Mesopotâmia ficou a cargo do
Imperador Nabucodonosor II. Em seu governo,
importantes construções, como a Torre de Babel
e os Jardins Suspensos, representaram o notável
progresso material dessa civilização.
31. • Em 539 a.C., durante o processo de formação
do Império Persa, os babilônios foram
subordinados aos exércitos comandados pelo
imperador Ciro II. Essa conquista assinalou o
fim das grandes civilizações de origem
mesopotâmica que marcaram a história da
Antigüidade Oriental.
32. Economia:
• Na Alta Mesopotâmia, região ocupada por uma
das chamadas Civilizações Hidráulicas, as cheias
dos rios Tigre e Eufrates ocorriam entre os meses
de abril e maio, quando as geleiras das
montanhas da Armênia derretiam e chegava a
temporada das chuvas. Registros da época
descrevem alagamentos que cobriam o solo "até
onde os olhos não alcançam", muitas vezes
destruindo tudo ao redor.
33.
34. • As técnicas para controlar tais cheias se
desenvolveram ao mesmo tempo em que a
civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O
trabalho árduo, de todos os membros das
aldeias, possibilitou a construção de obras
hidráulicas, como muros de contenção, diques,
canais de irrigação e poços de armazenamento
de água para o período da seca.
36. • E exatamente por que esses trabalhos exigiam
grande quantidade de pessoas em atividade
constante (limpando, reformando, ampliando)
e um bom planejamento, surgiram, por volta
de 3.700 a.C, Estados centralizadores, que
coordenavam tais tarefas.
37. Estados teocráticos
• Especialistas na história da Mesopotâmia
acreditam que os primeiros líderes políticos
dessas cidades eram escolhidos por uma
assembléia de cidadãos, já que a população
que as habitava era pequena e cada família
oferecia todos os seus membros aptos para as
exaustivas tarefas nas obras de irrigação.
38. • A elite privilegiada era formada por sacerdotes
que, a fim de aplacar a fúria dos deuses e impedir
novos e graves alagamentos, arrebanhavam mão-
de-obra para a construção de templos que
serviam para o culto religioso e, também, como
celeiro para o excedente de produção a ser
oferecido ao panteão de divindades. Na prática,
contudo, os grãos sustentavam os sacerdotes,
representantes dos deuses na terra. Aos poucos,
os reis foram sendo associados a essa elite
religiosa, surgindo os Estados teocráticos.
39. • A base da alimentação era composta por
cereais, principalmente a cevada e, em
segundo plano, o trigo. O linho e o algodão
também eram plantados. Com as obras
hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava
o sustento dos reis, de suas famílias e de um
número cada vez maior de funcionários
públicos.
44. • O comércio, à base de troca, também
prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda
é) muito pobre em metais, pedras preciosas
ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a
produção agrícola aumentava, mais os reis
tinham condições de ir buscar em terras
distantes produtos para ampliar a
produtividade e ostentar seu poder.
45. • Além da agricultura, povos nômades viviam da
criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos),
o que complementava a alimentação e o
comércio das cidades. Daí, também, ser
necessária a contabilidade da receita que se
ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto,
para controlar a produtividade. As primeiras
plaquetas de argila que contêm a escrita
cuneiforme demonstram claramente essa
importância. E tais plaquetas estão entre as mais
antigas formas de escrita do homem.
46. • Invasões e guerras
• Porém, todo esse desenvolvimento trouxe sérios
problemas para essas primeiras cidades: a
rivalidade pelas terras mais férteis e a cobiça dos
povos vizinhos. Ao contrário de outra civilização
que se desenvolvia ao mesmo tempo, o Egito, as
condições geográficas da Mesopotâmia não
ofereciam proteção natural, o que ocasionou
várias ondas de ataques, principalmente de
povos vindos do leste.
47. • Os mesopotâmicos tiveram que se armar. As
lutas eram constantes, tanto entre as cidades,
quanto contra os saqueadores e
conquistadores externos. Os líderes políticos
transformaram-se em líderes militares e, pela
primeira vez na história, um exército regular
passou a ser mantido pelo Estado.
48.
49. • Não foi o desenvolvimento técnico que fez os
exércitos mesopotâmicos serem temidos, mas
seu poder de organização, o que prova, mais uma
vez, a capacidade de mobilização e de
planejamento de suas cidades. Os registros
mostram que, por volta de 2.500 a.C., as batalhas
eram comuns na região. Elmos e armaduras
(ainda muito primitivas) foram encontrados em
vários sítios arqueológicos.
50. • No que diz respeito à arte da guerra, a
Mesopotâmia tem uma vantagem geológica,
pois possui uma reserva de estanho
considerável. O estanho misturado ao cobre
produz o bronze, metal muito mais duro do
que o cobre, utilizado por muitos de seus
inimigos.
51. • Os assírios
• Dentre os povos que governaram o vale dos rios
Tigre e Eufrates, em se tratando da arte militar,
os assírios se destacam. Povo rude, acostumado
aos rigores do clima desértico, aprenderam
rapidamente - com as tribos das estepes asiáticas
- a usar o cavalo como arma de guerra, tornando-
se muito temidos.
52.
53.
54. • O carro de guerra possibilitava dupla vantagem: a
força animal, de ataque e locomoção, e a carroça
(aperfeiçoada sobre duas rodas), que podia levar o
condutor do animal e mais um arqueiro. Ao usarem
seus carros de guerra (bigas) para conquistar a
Mesopotâmia, não encontraram muita dificuldade, já
que as infantarias das cidades quase nada podiam
fazer para deter a força conjunta do cavalo e do
arqueiro. Dessa forma, os assírios conseguiram
dominar a Mesopotâmia e estender suas fronteiras
para muito além do vale de seus rios.
55.
56. • Mesmo assim, apesar de suas proezas
tecnológicas, culturais e militares, marcos na
evolução do homem, os povos da
Mesopotâmia acabaram vencidos e
conquistados pelos persas, uma civilização
que tinha suas bases político-econômicas na
expansão territorial.