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A MESOPOTÂMIA:
• Mesopotâmia é uma palavra de origem grega
  que significa "entre rios“; na verdade a
  Mesopotâmia é a Terra “entre rios” porque
  estava localizada entre os rios Tigre e
  Eufrates.
• Por volta de 4000 a.C., no começo da história,
  as primeiras grandes civilizações tiveram sua
  origem nas bacias dos grandes rios da
  Mesopotâmia, ou seja, ao longo das bacias
  dos grandes rios da Mesopotâmia, ao longo
  do Nilo no Egito e do Ganges na Índia.
• A Mesopotâmia é uma estreita faixa de terra
  situada na Ásia Ocidental, entre as mesetas do
  Irã, a Armênia, os desertos da Síria e da Arábia
  e o Golfo Pérsico. Seu clima é extremado com
  rigorosos invernos e ardentes verões. A parte
  sul, mais fértil, chamava-se Caldéia.
• Ao norte, numa região montanhosa, desolada,
  com escassas pastagens, encontrava-se a
  Assíria. A fertilidade do seu solo deve-se aos
  rios Tigre e Eufrates, que nascem nas
  montanhas da Armênia e deságuam no golfo
  Pérsico.
• As civilizações antigas da Mesopotâmia são
  normalmente chamadas de babilônicas, apesar
  de que a cidade de Babilônia não foi o centro de
  cultura do vale Mesopotâmico.
• A região sofreu diversas invasões de outros
  povos, mas que ao invés de interferirem
  negativamente em sua cultura, ao contrário
  aprenderam e adotaram muitos conhecimentos
  dos mesopotâmicos.
• A escrita era a cuneiforme, que talvez tenha
  surgido até mesmo antes da hieroglífica dos
  egípcios. O fato é que as cerâmicas, tabuletas,
  com escrita cuneiforme fornecem muito mais
  informação dos que os papiros egípcios
  devido a sua conservação.
• O aparecimento de tantas culturas nessa
  região é usualmente explicado pela
  fundamental importância dada aos regimes de
  cheias e vazantes que fertilizavam as terras da
  região. Ao longo desse processo, sumérios,
  assírios e acádios criaram vários centros
  urbanos, travaram guerras e promoveram
  uma intensa troca de valores e costumes.
• Segundo alguns estudos realizados, a ocupação
  dessa parcela do Oriente Médio aconteceu
  aproximadamente há 4000 a.C., graças ao
  deslocamento de pequenas populações
  provenientes da Ásia Central e de regiões
  montanhosas da Eurásia. Cerca de um milênio
  mais tarde, os povos semitas também habitaram
  essa mesma região. Já nesse período, a
  Mesopotâmia possuía um expressivo conjunto de
  cidades-Estado, como Nipur, Lagash, Uruk e Ur.
• Essas primeiras cidades são parte integrante da
  civilização sumeriana, tida como a primeira a
  surgir no espaço mesopotâmico. Dotadas de
  ampla autonomia política e religiosa, essas
  cidades viveram intensas disputas militares em
  torno de regiões férteis da Mesopotâmia. Nesse
  meio tempo, os semitas foram ocupando outras
  áreas onde futuramente nasceriam novos centros
  urbanos. Entre as cidades de origem semita,
  damos especial destaque a Acad, principal centro
  da civilização acadiana.
Portas de Ishtar:
• Nesse período de disputas e ocupações podemos
  observar riquíssimas contribuições provenientes
  dos povos mesopotâmicos. Entre outros pontos,
  podemos destacar a criação de uma ampla rede
  comercial, códigos jurídicos, escolas,
  conhecimentos matemáticos (multiplicação e
  divisão), princípios médicos, a formulação da
  escrita cuneiforme e a construção dos templos
  religiosos conhecidos como zigurates. Por volta
  de 2350 a.C., os acadianos, liderados por Sargão,
  dominaram as populações sumerianas.
• Em 1900 a.C., a civilização amorita – povo de
  origem semita – criou um extenso império
  centralizado na cidade de Babilônia. Hamurábi
  (1728 – 1686 a.C.), um dos principais reis desse
  império, foi responsável pela unificação de toda a
  Mesopotâmia e autor de um código de leis
  escritas conhecido como Código de Hamurábi.
  Esse conjunto de leis contava com cerca de 280
  artigos e determinava diversas punições com
  base em critérios de prestígio social.
Código de Hamurábi
• Por volta de 1300 a.C. o Império Babilônico
  entrou em decadência em resultado da expansão
  territorial dos assírios. Contando com uma
  desenvolvida estrutura militar, esse povo ficou
  conhecido pela violência com que realizavam a
  conquista de outros povos. As principais
  conquistas militares do Império Assírio
  aconteceram nos governos de Sargão II,
  Senaqueribe e Assurbanipal. Com o passar do
  tempo, esse opulento império não resistiu às
  revoltas dos povos por eles mesmos dominados.
Jardins suspensos da Babilônia:
Torre de Babel:
• No ano de 612 a.C., os caldeus empreenderam
  uma vitoriosa campanha militar que deu fim à
  hegemonia dos assírios. A partir dessa conquista
  ficava registrada a formação do Segundo Império
  Babilônico ou Neobabilônico. O auge desta nova
  hegemonia na Mesopotâmia ficou a cargo do
  Imperador Nabucodonosor II. Em seu governo,
  importantes construções, como a Torre de Babel
  e os Jardins Suspensos, representaram o notável
  progresso material dessa civilização.
• Em 539 a.C., durante o processo de formação
  do Império Persa, os babilônios foram
  subordinados aos exércitos comandados pelo
  imperador Ciro II. Essa conquista assinalou o
  fim das grandes civilizações de origem
  mesopotâmica que marcaram a história da
  Antigüidade Oriental.
Economia:
• Na Alta Mesopotâmia, região ocupada por uma
  das chamadas Civilizações Hidráulicas, as cheias
  dos rios Tigre e Eufrates ocorriam entre os meses
  de abril e maio, quando as geleiras das
  montanhas da Armênia derretiam e chegava a
  temporada das chuvas. Registros da época
  descrevem alagamentos que cobriam o solo "até
  onde os olhos não alcançam", muitas vezes
  destruindo tudo ao redor.
• As técnicas para controlar tais cheias se
  desenvolveram ao mesmo tempo em que a
  civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O
  trabalho árduo, de todos os membros das
  aldeias, possibilitou a construção de obras
  hidráulicas, como muros de contenção, diques,
  canais de irrigação e poços de armazenamento
  de água para o período da seca.
Rio Eufrates:
• E exatamente por que esses trabalhos exigiam
  grande quantidade de pessoas em atividade
  constante (limpando, reformando, ampliando)
  e um bom planejamento, surgiram, por volta
  de 3.700 a.C, Estados centralizadores, que
  coordenavam tais tarefas.
Estados teocráticos
• Especialistas na história da Mesopotâmia
  acreditam que os primeiros líderes políticos
  dessas cidades eram escolhidos por uma
  assembléia de cidadãos, já que a população
  que as habitava era pequena e cada família
  oferecia todos os seus membros aptos para as
  exaustivas tarefas nas obras de irrigação.
• A elite privilegiada era formada por sacerdotes
  que, a fim de aplacar a fúria dos deuses e impedir
  novos e graves alagamentos, arrebanhavam mão-
  de-obra para a construção de templos que
  serviam para o culto religioso e, também, como
  celeiro para o excedente de produção a ser
  oferecido ao panteão de divindades. Na prática,
  contudo, os grãos sustentavam os sacerdotes,
  representantes dos deuses na terra. Aos poucos,
  os reis foram sendo associados a essa elite
  religiosa, surgindo os Estados teocráticos.
• A base da alimentação era composta por
  cereais, principalmente a cevada e, em
  segundo plano, o trigo. O linho e o algodão
  também eram plantados. Com as obras
  hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava
  o sustento dos reis, de suas famílias e de um
  número cada vez maior de funcionários
  públicos.
Trigo:
• O comércio, à base de troca, também
  prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda
  é) muito pobre em metais, pedras preciosas
  ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a
  produção agrícola aumentava, mais os reis
  tinham condições de ir buscar em terras
  distantes produtos para ampliar a
  produtividade e ostentar seu poder.
• Além da agricultura, povos nômades viviam da
  criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos),
  o que complementava a alimentação e o
  comércio das cidades. Daí, também, ser
  necessária a contabilidade da receita que se
  ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto,
  para controlar a produtividade. As primeiras
  plaquetas de argila que contêm a escrita
  cuneiforme demonstram claramente essa
  importância. E tais plaquetas estão entre as mais
  antigas formas de escrita do homem.
• Invasões e guerras
• Porém, todo esse desenvolvimento trouxe sérios
  problemas para essas primeiras cidades: a
  rivalidade pelas terras mais férteis e a cobiça dos
  povos vizinhos. Ao contrário de outra civilização
  que se desenvolvia ao mesmo tempo, o Egito, as
  condições geográficas da Mesopotâmia não
  ofereciam proteção natural, o que ocasionou
  várias ondas de ataques, principalmente de
  povos vindos do leste.
• Os mesopotâmicos tiveram que se armar. As
  lutas eram constantes, tanto entre as cidades,
  quanto contra os saqueadores e
  conquistadores externos. Os líderes políticos
  transformaram-se em líderes militares e, pela
  primeira vez na história, um exército regular
  passou a ser mantido pelo Estado.
• Não foi o desenvolvimento técnico que fez os
  exércitos mesopotâmicos serem temidos, mas
  seu poder de organização, o que prova, mais uma
  vez, a capacidade de mobilização e de
  planejamento de suas cidades. Os registros
  mostram que, por volta de 2.500 a.C., as batalhas
  eram comuns na região. Elmos e armaduras
  (ainda muito primitivas) foram encontrados em
  vários sítios arqueológicos.
• No que diz respeito à arte da guerra, a
  Mesopotâmia tem uma vantagem geológica,
  pois possui uma reserva de estanho
  considerável. O estanho misturado ao cobre
  produz o bronze, metal muito mais duro do
  que o cobre, utilizado por muitos de seus
  inimigos.
• Os assírios
• Dentre os povos que governaram o vale dos rios
  Tigre e Eufrates, em se tratando da arte militar,
  os assírios se destacam. Povo rude, acostumado
  aos rigores do clima desértico, aprenderam
  rapidamente - com as tribos das estepes asiáticas
  - a usar o cavalo como arma de guerra, tornando-
  se muito temidos.
• O carro de guerra possibilitava dupla vantagem: a
  força animal, de ataque e locomoção, e a carroça
  (aperfeiçoada sobre duas rodas), que podia levar o
  condutor do animal e mais um arqueiro. Ao usarem
  seus carros de guerra (bigas) para conquistar a
  Mesopotâmia, não encontraram muita dificuldade, já
  que as infantarias das cidades quase nada podiam
  fazer para deter a força conjunta do cavalo e do
  arqueiro. Dessa forma, os assírios conseguiram
  dominar a Mesopotâmia e estender suas fronteiras
  para muito além do vale de seus rios.
• Mesmo assim, apesar de suas proezas
  tecnológicas, culturais e militares, marcos na
  evolução do homem, os povos da
  Mesopotâmia acabaram vencidos e
  conquistados pelos persas, uma civilização
  que tinha suas bases político-econômicas na
  expansão territorial.
A mesopotâmia
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A mesopotâmia

  • 2.
  • 3.
  • 4. • Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que significa "entre rios“; na verdade a Mesopotâmia é a Terra “entre rios” porque estava localizada entre os rios Tigre e Eufrates.
  • 5. • Por volta de 4000 a.C., no começo da história, as primeiras grandes civilizações tiveram sua origem nas bacias dos grandes rios da Mesopotâmia, ou seja, ao longo das bacias dos grandes rios da Mesopotâmia, ao longo do Nilo no Egito e do Ganges na Índia.
  • 6.
  • 7. • A Mesopotâmia é uma estreita faixa de terra situada na Ásia Ocidental, entre as mesetas do Irã, a Armênia, os desertos da Síria e da Arábia e o Golfo Pérsico. Seu clima é extremado com rigorosos invernos e ardentes verões. A parte sul, mais fértil, chamava-se Caldéia.
  • 8.
  • 9. • Ao norte, numa região montanhosa, desolada, com escassas pastagens, encontrava-se a Assíria. A fertilidade do seu solo deve-se aos rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da Armênia e deságuam no golfo Pérsico.
  • 10.
  • 11. • As civilizações antigas da Mesopotâmia são normalmente chamadas de babilônicas, apesar de que a cidade de Babilônia não foi o centro de cultura do vale Mesopotâmico. • A região sofreu diversas invasões de outros povos, mas que ao invés de interferirem negativamente em sua cultura, ao contrário aprenderam e adotaram muitos conhecimentos dos mesopotâmicos.
  • 12.
  • 13.
  • 14. • A escrita era a cuneiforme, que talvez tenha surgido até mesmo antes da hieroglífica dos egípcios. O fato é que as cerâmicas, tabuletas, com escrita cuneiforme fornecem muito mais informação dos que os papiros egípcios devido a sua conservação.
  • 15. • O aparecimento de tantas culturas nessa região é usualmente explicado pela fundamental importância dada aos regimes de cheias e vazantes que fertilizavam as terras da região. Ao longo desse processo, sumérios, assírios e acádios criaram vários centros urbanos, travaram guerras e promoveram uma intensa troca de valores e costumes.
  • 16.
  • 17. • Segundo alguns estudos realizados, a ocupação dessa parcela do Oriente Médio aconteceu aproximadamente há 4000 a.C., graças ao deslocamento de pequenas populações provenientes da Ásia Central e de regiões montanhosas da Eurásia. Cerca de um milênio mais tarde, os povos semitas também habitaram essa mesma região. Já nesse período, a Mesopotâmia possuía um expressivo conjunto de cidades-Estado, como Nipur, Lagash, Uruk e Ur.
  • 18.
  • 19. • Essas primeiras cidades são parte integrante da civilização sumeriana, tida como a primeira a surgir no espaço mesopotâmico. Dotadas de ampla autonomia política e religiosa, essas cidades viveram intensas disputas militares em torno de regiões férteis da Mesopotâmia. Nesse meio tempo, os semitas foram ocupando outras áreas onde futuramente nasceriam novos centros urbanos. Entre as cidades de origem semita, damos especial destaque a Acad, principal centro da civilização acadiana.
  • 21. • Nesse período de disputas e ocupações podemos observar riquíssimas contribuições provenientes dos povos mesopotâmicos. Entre outros pontos, podemos destacar a criação de uma ampla rede comercial, códigos jurídicos, escolas, conhecimentos matemáticos (multiplicação e divisão), princípios médicos, a formulação da escrita cuneiforme e a construção dos templos religiosos conhecidos como zigurates. Por volta de 2350 a.C., os acadianos, liderados por Sargão, dominaram as populações sumerianas.
  • 22.
  • 23. • Em 1900 a.C., a civilização amorita – povo de origem semita – criou um extenso império centralizado na cidade de Babilônia. Hamurábi (1728 – 1686 a.C.), um dos principais reis desse império, foi responsável pela unificação de toda a Mesopotâmia e autor de um código de leis escritas conhecido como Código de Hamurábi. Esse conjunto de leis contava com cerca de 280 artigos e determinava diversas punições com base em critérios de prestígio social.
  • 25.
  • 26. • Por volta de 1300 a.C. o Império Babilônico entrou em decadência em resultado da expansão territorial dos assírios. Contando com uma desenvolvida estrutura militar, esse povo ficou conhecido pela violência com que realizavam a conquista de outros povos. As principais conquistas militares do Império Assírio aconteceram nos governos de Sargão II, Senaqueribe e Assurbanipal. Com o passar do tempo, esse opulento império não resistiu às revoltas dos povos por eles mesmos dominados.
  • 27.
  • 28. Jardins suspensos da Babilônia:
  • 30. • No ano de 612 a.C., os caldeus empreenderam uma vitoriosa campanha militar que deu fim à hegemonia dos assírios. A partir dessa conquista ficava registrada a formação do Segundo Império Babilônico ou Neobabilônico. O auge desta nova hegemonia na Mesopotâmia ficou a cargo do Imperador Nabucodonosor II. Em seu governo, importantes construções, como a Torre de Babel e os Jardins Suspensos, representaram o notável progresso material dessa civilização.
  • 31. • Em 539 a.C., durante o processo de formação do Império Persa, os babilônios foram subordinados aos exércitos comandados pelo imperador Ciro II. Essa conquista assinalou o fim das grandes civilizações de origem mesopotâmica que marcaram a história da Antigüidade Oriental.
  • 32. Economia: • Na Alta Mesopotâmia, região ocupada por uma das chamadas Civilizações Hidráulicas, as cheias dos rios Tigre e Eufrates ocorriam entre os meses de abril e maio, quando as geleiras das montanhas da Armênia derretiam e chegava a temporada das chuvas. Registros da época descrevem alagamentos que cobriam o solo "até onde os olhos não alcançam", muitas vezes destruindo tudo ao redor.
  • 33.
  • 34. • As técnicas para controlar tais cheias se desenvolveram ao mesmo tempo em que a civilização chegou aos povos mesopotâmicos. O trabalho árduo, de todos os membros das aldeias, possibilitou a construção de obras hidráulicas, como muros de contenção, diques, canais de irrigação e poços de armazenamento de água para o período da seca.
  • 36. • E exatamente por que esses trabalhos exigiam grande quantidade de pessoas em atividade constante (limpando, reformando, ampliando) e um bom planejamento, surgiram, por volta de 3.700 a.C, Estados centralizadores, que coordenavam tais tarefas.
  • 37. Estados teocráticos • Especialistas na história da Mesopotâmia acreditam que os primeiros líderes políticos dessas cidades eram escolhidos por uma assembléia de cidadãos, já que a população que as habitava era pequena e cada família oferecia todos os seus membros aptos para as exaustivas tarefas nas obras de irrigação.
  • 38. • A elite privilegiada era formada por sacerdotes que, a fim de aplacar a fúria dos deuses e impedir novos e graves alagamentos, arrebanhavam mão- de-obra para a construção de templos que serviam para o culto religioso e, também, como celeiro para o excedente de produção a ser oferecido ao panteão de divindades. Na prática, contudo, os grãos sustentavam os sacerdotes, representantes dos deuses na terra. Aos poucos, os reis foram sendo associados a essa elite religiosa, surgindo os Estados teocráticos.
  • 39. • A base da alimentação era composta por cereais, principalmente a cevada e, em segundo plano, o trigo. O linho e o algodão também eram plantados. Com as obras hidráulicas, o excedente agrícola possibilitava o sustento dos reis, de suas famílias e de um número cada vez maior de funcionários públicos.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44. • O comércio, à base de troca, também prosperou, pois a Mesopotâmia era (e ainda é) muito pobre em metais, pedras preciosas ou semipreciosas e madeira. Quanto mais a produção agrícola aumentava, mais os reis tinham condições de ir buscar em terras distantes produtos para ampliar a produtividade e ostentar seu poder.
  • 45. • Além da agricultura, povos nômades viviam da criação do gado miúdo (cabras, ovelhas, porcos), o que complementava a alimentação e o comércio das cidades. Daí, também, ser necessária a contabilidade da receita que se ampliava. A escrita se desenvolveu, portanto, para controlar a produtividade. As primeiras plaquetas de argila que contêm a escrita cuneiforme demonstram claramente essa importância. E tais plaquetas estão entre as mais antigas formas de escrita do homem.
  • 46. • Invasões e guerras • Porém, todo esse desenvolvimento trouxe sérios problemas para essas primeiras cidades: a rivalidade pelas terras mais férteis e a cobiça dos povos vizinhos. Ao contrário de outra civilização que se desenvolvia ao mesmo tempo, o Egito, as condições geográficas da Mesopotâmia não ofereciam proteção natural, o que ocasionou várias ondas de ataques, principalmente de povos vindos do leste.
  • 47. • Os mesopotâmicos tiveram que se armar. As lutas eram constantes, tanto entre as cidades, quanto contra os saqueadores e conquistadores externos. Os líderes políticos transformaram-se em líderes militares e, pela primeira vez na história, um exército regular passou a ser mantido pelo Estado.
  • 48.
  • 49. • Não foi o desenvolvimento técnico que fez os exércitos mesopotâmicos serem temidos, mas seu poder de organização, o que prova, mais uma vez, a capacidade de mobilização e de planejamento de suas cidades. Os registros mostram que, por volta de 2.500 a.C., as batalhas eram comuns na região. Elmos e armaduras (ainda muito primitivas) foram encontrados em vários sítios arqueológicos.
  • 50. • No que diz respeito à arte da guerra, a Mesopotâmia tem uma vantagem geológica, pois possui uma reserva de estanho considerável. O estanho misturado ao cobre produz o bronze, metal muito mais duro do que o cobre, utilizado por muitos de seus inimigos.
  • 51. • Os assírios • Dentre os povos que governaram o vale dos rios Tigre e Eufrates, em se tratando da arte militar, os assírios se destacam. Povo rude, acostumado aos rigores do clima desértico, aprenderam rapidamente - com as tribos das estepes asiáticas - a usar o cavalo como arma de guerra, tornando- se muito temidos.
  • 52.
  • 53.
  • 54. • O carro de guerra possibilitava dupla vantagem: a força animal, de ataque e locomoção, e a carroça (aperfeiçoada sobre duas rodas), que podia levar o condutor do animal e mais um arqueiro. Ao usarem seus carros de guerra (bigas) para conquistar a Mesopotâmia, não encontraram muita dificuldade, já que as infantarias das cidades quase nada podiam fazer para deter a força conjunta do cavalo e do arqueiro. Dessa forma, os assírios conseguiram dominar a Mesopotâmia e estender suas fronteiras para muito além do vale de seus rios.
  • 55.
  • 56. • Mesmo assim, apesar de suas proezas tecnológicas, culturais e militares, marcos na evolução do homem, os povos da Mesopotâmia acabaram vencidos e conquistados pelos persas, uma civilização que tinha suas bases político-econômicas na expansão territorial.