O documento discute as visões antropológicas sobre o conceito de homem desde os iluministas até perspectivas modernas. Apresenta que os iluministas viam o homem como um ser universal e racional, capaz de criar civilização, ao contrário dos animais. Também discute as noções de selvagem versus civilizado e a individualidade humana. Por fim, resume que a antropologia vê o homem como um ser cultural e social que se define por sua história e envolvimento comunitário.
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
O conceito de homem na antropologia
1. O CONCEITO DE HOMEM NA
ANTROPOLOGIA
PROFESSOR HERBERT GALENO
WWW.HERBERTGALENO.BLOGSPOT.COM.BR
2. OBJETIVO DA AULA
Entender a consideração Antropológica a cerca do ser
humano.
Obs: vale ressaltar que tais constatações foram elaboradas durante o século
XVIII pelo iluministas.
3. OS PRIMEIROS PASSOS DA ANTROPOLOGIA ILUMINISTA
NA BUSCA DA DEFINIÇÃO DO HOMEM
Os iluminista afirmavam a existência de um homem no sentido
universal. Ex: o que diferenciava um rei de um camponês não era
a natureza, mas, a cultura, a educação.
4. A IDEIA DE NATUREZA HUMANA
A declaração de independência dos Estados Unidos afirmava que
todos os homens eram iguais e dotados pelo Criador de certos
direitos inalienáveis, entre eles o direito à vida, à liberdade e à
busca da felicidade.
A ideia de igualdade natural informa uma natureza humana
específica, a liberdade. Enquanto os outros animais estão limitados
pela natureza a determinadas condições, o homem seria (é) capaz
de atuar e interferir na natureza formando uma “2ª natureza” a
civilização.
5. A CIVILIZAÇÃO E A RACIONALIDADE
A civilização é fruto da capacidade de raciocínio do Homem, de
sua racionalidade. A racionalidade, então, poderia ser
considerada outro atributo humano elemento intrínseco à sua
natureza.
6. A INDIVIDUALIDADE DO HOMEM
Uma variação diversa também pode ser considerada. Vinculadas
à individualidade cada homem apresenta certas aptidões e
características que lhes são únicos. Mais forte, mais fraco, mais
alto, mais baixo, e assim por diante.
7. A TEOLOGIA E A ANTROPOLOGIA
Ao contrário da Teologia, as ideias iluministas a cerca do Homem
se divergiam. A Antropologia nascia afirmando o homem pelo
homem, por sua capacidade e isso não era afirmar ser esse
homem heterogêneo (transcendente em Deus), mas autônomo
(imanente).
8. A IDEIA DE SELVAGEM E CIVILIZADO
O selvagem era aquele que, apesar de possuir uma natureza
humana, não teria desenvolvido elementos que constituiriam o
homem civilizado. Para Rousseau, o estado natural do homem
(selvagem) era melhor que o civilizado.
Na visão Antropológica romântica, o homem é valorizado e
relacionado a sensibilidade, à emotividade e a paixão. É este ser
dotado de uma particularidade sensível, que aspira ao universo,
sendo indivíduo sensitivo.
9. A CIÊNCIA ANTROPOLÓGICA E A DEFINIÇÃO DO
HOMEM
A ciência antropológica chegou a afirmar, num claro viés
evolucionista, que alguns homens estariam em um estágio
inferior de desenvolvimento, constituindo-se em “raças” da
espécie humana que, por variações genéticas e culturais,
estariam a caminho da extinção, caso não houvesse um
empenho dos humanos mais desenvolvidos em ajuda-los.
É nesse contexto que se compreendem as justificativas
imperialistas que marcaram o processo de exploração de
território. Essa linha de interpretação foi mais física (biológica) do
que propriamente cultural.
10. CONCLUSÕES ANTROPOLÓGICAS ACERCA DO HOMEM
A liberdade humana, própria do indivíduo, provava (e ainda
prova) a capacidade de crítica e de reinvenção de valores a partir
de determinadas circunstâncias históricas e de certas vivências
sociais. Assim, o Homem compartilha valores e é humanizado
por sua participação.
É nesse contexto que se pode perceber a abrangência e a
potencialidade do homem, que não apenas comporta o convívio
e o relacionamento grupal, mas, informa também o seu poder
transformador.
11. CONCEITOS DE HOMEM NA
ANTROPOLOGIA
HÁ DIVERSAS LINHA DE PENSAMENTO SOBRE O HOMEM NA ANTROPOLOGIA, DESDE A LINHA
ROMÂNTICA ATÉ A ESFERA CULTURA EM SUAS VÁRIAS DIMENSÕES. VAMOS ANALISAR ALGUNS
DELES.
12. PERSPECTIVA NATURALISTA
Percebe as condições biológicas do homem como fundamentais
para sua capacidade de intervenção no mundo de uma maneira
diferente em relação aos outros animais.
13. PERSPECTIVA DA LEGITIMIDADE
Parte de uma visão que coloca o homem não apenas como
animal preocupado em satisfazer a necessidade de
sobrevivência, mas também como aquele que idealiza, cria
mundos imaginários coletivos e sente-os também de forma
individual.
14. PERSPECTIVA DISTINTIVA
Enquanto ser que racionaliza, compartilha experiências e institui
no convívio social normas, regras que podem ou não ter caráter
universal, pois cada uma delas representa a elaboração cultural
de uma vivência histórica específica, não transmissível ou
traduzível a outros contextos históricos.
15. PERSPECTIVA SOCIAL OU COMUNITÁRIA
O contexto individual do homem potencializa sua ação na vida
coletiva, mas que não perde sua particularidade existencial – e
isso lhe permite atuar de forma renovada na comunidade,
reinventando sua própria cultura.
16. Disso pode-se conceituar homem, no estudo
antropológico, como ser em cultura, que se
define a partir de sua história, suas ideias e
envolvimento social.
O homem se aventura na sua essência por meio
de sua “vocação” cultural. Nela, consciência,
moralidade, racionalidade e espiritualidade, por
vezes bem diferenciadas, expressam o que há de
próprio ao homem, independentemente do
tempo e do espaço.