3. Como adictos, reagimos à palavra “impotência” de diversas formas. Alguns de nós
reconhecem que simplesmente não existe uma descrição mais exata da nossa
situação e admitimos nossa impotência com um sentimento de alívio.
Alguns recuam diante da palavra, relacionando-a com fraqueza ou acreditando que
indique algum tipo de defeito de caráter. Entender nossa impotência — e o quanto é
essencial para nossa recuperação aceitar a própria impotência — vai nos ajudar a
superar qualquer sentimento negativo relacionado a este conceito.
4. Somos impotentes quando as forças que movem nossas vidas estão fora de
controle. Nossa adicção certamente pode ser caracterizada como uma dessas forças
incontroláveis.
Não podemos moderar ou controlar nosso uso de drogas, nem outros
comportamentos compulsivos, mesmo quando estão nos levando a perder coisas
importantes para nós. Não conseguimos parar, mesmo quando isso está resultando
em um dano físico irreparável. Nós nos descobrimos fazendo coisas que nunca
faríamos se não fosse pela nossa adicção, que nos levam a tremer de vergonha
quando pensamos nelas. Podemos, inclusive, decidir que não queremos usar, que
não vamos usar e, ainda assim, sermos incapazes de evitar quando a oportunidade
se apresenta.
5. Podemos já ter tentado ficar abstinentes de drogas ou de outros comportamentos
compulsivos por algum tempo, sem um programa, e às vezes com algum
sucesso, para acabar descobrindo que, sem tratamento, nossa adicção nos leva de
volta para onde estávamos.
Para trabalhar o Primeiro
Passo, precisamos provar para nós
mesmos, profundamente, a nossa
impotência.