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Esta parábola é escatológica, portanto, ela nos revela acontecimentos
futuros, mas também fala do passado, enfim, ela relata a história da
humanidade desde o princípio da criação até a implantação do Reino de
Deus no coração dos homens.
Encontramos esta parábola somente no Evangelho de Mateus; ela nos
ensina os progressos dessa semente celeste e os perigos que acompanham
seu desenvolvimento exterior. A parábola mostra qual será a forma
exterior deste reino: os bons e os maus viverão lado a lado até o fim dos
tempos.
O objetivo deste estudo é, com o auxílio da literatura espírita, ampliar a
nossa capacidade de interpretar o texto desta parábola, influenciada pelo
simbolismo e interposição da dogmática católica.
A PARÁBOLA
Um semeador, durante todo o dia, semeou grãos de trigo no seu campo.
Ao por do sol voltou para casa, cansado, mas feliz por haver realizado sua
missão de trabalho. Semeara trigo e estava contente porque aquele trigo
seria, em breve, transformado em pão, para alimento de muita gente.
Porém, esse homem tinha um inimigo que invejava suas plantações. O
inimigo era mau e queria, a todo custo prejudicar as sementeiras do
fazendeiro. "Que farei?" - pensava o inimigo. E teve a ideia maldosa de
semear pequenas pedras no campo de trigo; mas, poderiam ser retiradas e
seu ódio não ficaria satisfeito. Resolveu, então, semear joio onde o trigo
havia sido semeado. Foi esse o plano maldoso do inimigo do semeador.
O joio é uma planta muito parecida com o trigo, mas, não serve para a
alimentação do homem, podendo até envenená-lo. Eis porque o inimigo
do fazendeiro quis fazer a mistura do joio com o trigo no campo, visando
prejudicar a colheita e causar males aos que se alimentassem do produto
daquele campo. O inimigo fez o que pensou. Durante a noite, enquanto o
fazendeiro e seus trabalhadores dormiam, o homem maldoso entrou no
campo e semeou joio no meio do trigal. Completada sua obra de ódio e
ruindade, ele se retirou, cuidadosamente.
Algum tempo depois, quando as espigas de trigo já surgiam no campo,
apareceu também o joio. Então, os trabalhadores foram dizer ao
fazendeiro o que haviam visto no campo: Senhor, não semeaste no campo
somente boas sementes?
Por que, então, está nascendo joio no trigal?
O fazendeiro já havia descoberto tudo e respondeu aos servidores:
- Foi um inimigo que fez isso...
Os trabalhadores lhe perguntaram:
- Senhor, queres que vamos, agora mesmo, arrancar o joio?
O senhor, porém, lhes respondeu com uma explicação:
- Não é possível fazer isso agora. Vocês sabem que o joio é muito parecido
com o trigo. Se vocês quiserem arrancar o joio, que foi plantado junto com
o bom grão, arrancarão também o trigo, pois as raízes de ambos muitas
vezes se entrelaçam. Deixem que cresçam juntos o joio e o trigo. Na época
da ceifa, eu direi aos ceifeiros que colham primeiro o joio e o atem em
feixes para queimá-lo;
E, depois, juntem o trigo no meu celeiro.
"Explica-nos a parábola do joio no campo". "Aquele que semeou a boa
semente é o Filho do homem. O campo é o mundo, e a boa semente são os
filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia
é o diabo. A colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são
anjos. "Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também
acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e
eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o
mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de
dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino do seu Pai. Aquele
que tem ouvidos, ouça".
Na explicação da parábola, o apóstolo Mateus usa as palavras "Anjo",
"diabo", "fornalha de fogo" e "ranger de dentes". São termos da teologia
dogmática que precisam ser reexaminados sob o ângulo do Espiritismo.
Na dogmática católica há alusão ao Céu, ao Inferno e ao Purgatório. Estes
termos, de acordo com o Espiritismo, não são lugares circunscritos, uma
região fixa no Espaço, mas estados da alma. Nesse sentido, toda e
qualquer situação em que nos encontramos podemos estar no céu ou no
inferno, pois depende de nossa percepção interior daquilo que se nos
apresenta.
Para mais informações, consultar o livro Céu e Inferno, de Allan Kardec.
O QUE PODEMOS APRENDER?
Jesus mostrou que a boa semente representa os filhos do Reino de Deus,
que foram espalhados pelo mundo afora. E o joio são aquelas pessoas
rebeldes às leis divinas, que também foram espalhados no “campo” para
confundir aqueles que trabalham para o Agricultor (Deus). No primeiro
período do crescimento, o joio e trigo são muito parecidos, e até mesmo os
mais experientes poderiam ser confundidos por tamanha semelhança. Mas,
quando as espigam desabrocham, qualquer pessoa pode ver a diferença
entre as plantas.
O que Jesus nos revela nesta parábola é uma verdadeira batalha no mundo.
Enquanto as boas sementes, aqueles que já compreendem e praticam os
bons ensinamentos, crescem para o bem, aqueles que têm o coração
endurecido, representados pelo joio, fazem de tudo para atrapalhar,
causando contendas, desunião e induzindo-os a desobedecerem a Deus.
Porém, mesmo que o Agricultor não deixe seus empregados arrancarem o
joio por conta própria, Ele não foi pego de surpresa pelo seu inimigo. Ele
está no controle da situação e orienta seus servos a agirem da melhor
forma com relação a isso. Por isso, temos que saber orar e vigiar, para
sabermos lidar com as ciladas do mundo. Jesus ainda disse que, no final da
história, o Agricultor já sabe o que vai fazer com o joio e o trigo.
Aqueles que não seguirem ao Cristo serão queimados no inferno, e os
cristãos nascidos de novo, serão salvos para sempre no Reino de Deus.
A SEMENTE E O CAMPO
Jesus utilizava-se de uma figura material conhecida para despertar algum
conhecimento de ordem moral. O campo mencionado é a Humanidade. O
semeador terá de arrotear o campo para que a semente possa frutificar, ou
seja, deverá em primeiro lugar preparar coração daquele que depois irá
ouvir a palavra divina.
VIGILÂNCIA
Diz a parábola que dormindo os homens, o inimigo se apodera do campo.
Aqui é um chamamento à vigilância. E precisamos dela em todos os
instantes de nossa vida. É pelo descuido do lavrador que a colheita se
perde, é pelo descuido do professor que o aluno se torna ocioso, é pelo
descuido da educação que os delinquentes juvenis surgem.
Assim, para que o bem se conserve e se dilate haverá necessidade de
esforço constante.
É verdade indiscutível que marchamos todos para a fraternidade universal,
para a realização concreta dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto
não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra, não
será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço
que nos compete.
Para defender-se de intempéries, de rigores climáticos, o homem edificou
o lar e vestiu-se, convenientemente. Semelhante lei de preservação vigora
em toda esfera de trabalho do mundo. E no serviço de construção cristã do
mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete.
DEIXAR O JOIO CRESCER JUNTO COM O TRIGO
“Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo,
não quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das
experiências da vida”.
O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação
do homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos
dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser
destruído de pronto.
Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento do
Lavrador Divino, mas sim porque o otimismo do Celeste Semeador nunca
perde a esperança na vitória final do bem. O joio surge ameaçando o
serviço.
Jesus, porém, manda aplicar processos defensivos com base na iluminação
e na misericórdia. O tempo e a bênção do Senhor agem devagarzinho e os
propósitos inferiores se transubstanciam.
O homem comum ainda não dispõe de visão adequada para identificar a
obra renovadora. Muitas plantas espinhosas ou estéreis são modificadas
em sua natureza essencial pelos filtros amorosos do Administrador da
Seara, que usa afeições novas, situações diferentes, estímulos inesperados
ou responsabilidades ternas que falem ao coração; entretanto, se chega a
época da ceifa, depois do tempo de expectativa e observação, faz-se então
necessária a eliminação do joio em molhos.
A INFLUÊNCIA ESPIRITUAL
A predominância do maligno faz-nos refletir sobre a influência espiritual
de que somos partícipes. Assim: Vingança, desespero, paixões e desânimo
são algumas das causas da fixação mental. Nosso cérebro funciona à
semelhança de um dínamo. Dado o primeiro estímulo, interno ou externo,
o que passa a contar é a manutenção de nosso pensamento num mesmo
teor de ideia. Quanto mais tempo permanecermos num assunto, mais as
imagens do tema se cristalizarão em nosso halo mental.
O fenômeno da sugestão mental é oportuno. Emitindo uma ideia,
passamos a refletir as que se lhe assemelha. Nesse sentido, somos
herdeiros dos reflexos de nossas experiências anteriores, porém, com a
capacidade de alterar-lhe a direção.
Acionando a alavanca da vontade, poderemos traçar novos rumos para a
libertação de nosso espírito.
CONCLUSÃO
Vigilância e oração atenuam as investidas do maligno. Através delas,
pomo-nos em sintonia conosco mesmos, tornando-nos cada dia mais
autoconscientes. Percebendo claramente nossas reações do cotidiano,
criamos condições para arrancar o joio sem prejudicar a colheita do trigo.
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho
Segundo o Espiritismo.

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Parábola do joio e do trigo

  • 1.
  • 2. Esta parábola é escatológica, portanto, ela nos revela acontecimentos futuros, mas também fala do passado, enfim, ela relata a história da humanidade desde o princípio da criação até a implantação do Reino de Deus no coração dos homens. Encontramos esta parábola somente no Evangelho de Mateus; ela nos ensina os progressos dessa semente celeste e os perigos que acompanham seu desenvolvimento exterior. A parábola mostra qual será a forma exterior deste reino: os bons e os maus viverão lado a lado até o fim dos tempos. O objetivo deste estudo é, com o auxílio da literatura espírita, ampliar a nossa capacidade de interpretar o texto desta parábola, influenciada pelo simbolismo e interposição da dogmática católica.
  • 3. A PARÁBOLA Um semeador, durante todo o dia, semeou grãos de trigo no seu campo. Ao por do sol voltou para casa, cansado, mas feliz por haver realizado sua missão de trabalho. Semeara trigo e estava contente porque aquele trigo seria, em breve, transformado em pão, para alimento de muita gente. Porém, esse homem tinha um inimigo que invejava suas plantações. O inimigo era mau e queria, a todo custo prejudicar as sementeiras do fazendeiro. "Que farei?" - pensava o inimigo. E teve a ideia maldosa de semear pequenas pedras no campo de trigo; mas, poderiam ser retiradas e seu ódio não ficaria satisfeito. Resolveu, então, semear joio onde o trigo havia sido semeado. Foi esse o plano maldoso do inimigo do semeador.
  • 4. O joio é uma planta muito parecida com o trigo, mas, não serve para a alimentação do homem, podendo até envenená-lo. Eis porque o inimigo do fazendeiro quis fazer a mistura do joio com o trigo no campo, visando prejudicar a colheita e causar males aos que se alimentassem do produto daquele campo. O inimigo fez o que pensou. Durante a noite, enquanto o fazendeiro e seus trabalhadores dormiam, o homem maldoso entrou no campo e semeou joio no meio do trigal. Completada sua obra de ódio e ruindade, ele se retirou, cuidadosamente. Algum tempo depois, quando as espigas de trigo já surgiam no campo, apareceu também o joio. Então, os trabalhadores foram dizer ao fazendeiro o que haviam visto no campo: Senhor, não semeaste no campo somente boas sementes?
  • 5. Por que, então, está nascendo joio no trigal? O fazendeiro já havia descoberto tudo e respondeu aos servidores: - Foi um inimigo que fez isso... Os trabalhadores lhe perguntaram: - Senhor, queres que vamos, agora mesmo, arrancar o joio? O senhor, porém, lhes respondeu com uma explicação: - Não é possível fazer isso agora. Vocês sabem que o joio é muito parecido com o trigo. Se vocês quiserem arrancar o joio, que foi plantado junto com o bom grão, arrancarão também o trigo, pois as raízes de ambos muitas vezes se entrelaçam. Deixem que cresçam juntos o joio e o trigo. Na época da ceifa, eu direi aos ceifeiros que colham primeiro o joio e o atem em feixes para queimá-lo;
  • 6. E, depois, juntem o trigo no meu celeiro. "Explica-nos a parábola do joio no campo". "Aquele que semeou a boa semente é o Filho do homem. O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia é o diabo. A colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são anjos. "Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino do seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça".
  • 7. Na explicação da parábola, o apóstolo Mateus usa as palavras "Anjo", "diabo", "fornalha de fogo" e "ranger de dentes". São termos da teologia dogmática que precisam ser reexaminados sob o ângulo do Espiritismo. Na dogmática católica há alusão ao Céu, ao Inferno e ao Purgatório. Estes termos, de acordo com o Espiritismo, não são lugares circunscritos, uma região fixa no Espaço, mas estados da alma. Nesse sentido, toda e qualquer situação em que nos encontramos podemos estar no céu ou no inferno, pois depende de nossa percepção interior daquilo que se nos apresenta. Para mais informações, consultar o livro Céu e Inferno, de Allan Kardec.
  • 8. O QUE PODEMOS APRENDER? Jesus mostrou que a boa semente representa os filhos do Reino de Deus, que foram espalhados pelo mundo afora. E o joio são aquelas pessoas rebeldes às leis divinas, que também foram espalhados no “campo” para confundir aqueles que trabalham para o Agricultor (Deus). No primeiro período do crescimento, o joio e trigo são muito parecidos, e até mesmo os mais experientes poderiam ser confundidos por tamanha semelhança. Mas, quando as espigam desabrocham, qualquer pessoa pode ver a diferença entre as plantas. O que Jesus nos revela nesta parábola é uma verdadeira batalha no mundo.
  • 9. Enquanto as boas sementes, aqueles que já compreendem e praticam os bons ensinamentos, crescem para o bem, aqueles que têm o coração endurecido, representados pelo joio, fazem de tudo para atrapalhar, causando contendas, desunião e induzindo-os a desobedecerem a Deus. Porém, mesmo que o Agricultor não deixe seus empregados arrancarem o joio por conta própria, Ele não foi pego de surpresa pelo seu inimigo. Ele está no controle da situação e orienta seus servos a agirem da melhor forma com relação a isso. Por isso, temos que saber orar e vigiar, para sabermos lidar com as ciladas do mundo. Jesus ainda disse que, no final da história, o Agricultor já sabe o que vai fazer com o joio e o trigo. Aqueles que não seguirem ao Cristo serão queimados no inferno, e os cristãos nascidos de novo, serão salvos para sempre no Reino de Deus.
  • 10. A SEMENTE E O CAMPO Jesus utilizava-se de uma figura material conhecida para despertar algum conhecimento de ordem moral. O campo mencionado é a Humanidade. O semeador terá de arrotear o campo para que a semente possa frutificar, ou seja, deverá em primeiro lugar preparar coração daquele que depois irá ouvir a palavra divina. VIGILÂNCIA Diz a parábola que dormindo os homens, o inimigo se apodera do campo. Aqui é um chamamento à vigilância. E precisamos dela em todos os instantes de nossa vida. É pelo descuido do lavrador que a colheita se perde, é pelo descuido do professor que o aluno se torna ocioso, é pelo descuido da educação que os delinquentes juvenis surgem.
  • 11. Assim, para que o bem se conserve e se dilate haverá necessidade de esforço constante. É verdade indiscutível que marchamos todos para a fraternidade universal, para a realização concreta dos ensinamentos cristãos; todavia, enquanto não atingirmos a época em que o Evangelho se materializará na Terra, não será justo entregar ao mal, à desordem ou à perturbação a parte de serviço que nos compete. Para defender-se de intempéries, de rigores climáticos, o homem edificou o lar e vestiu-se, convenientemente. Semelhante lei de preservação vigora em toda esfera de trabalho do mundo. E no serviço de construção cristã do mundo futuro, é indispensável vigiar o campo que nos compete.
  • 12. DEIXAR O JOIO CRESCER JUNTO COM O TRIGO “Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, não quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das experiências da vida”. O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação do homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser destruído de pronto. Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento do Lavrador Divino, mas sim porque o otimismo do Celeste Semeador nunca perde a esperança na vitória final do bem. O joio surge ameaçando o serviço.
  • 13. Jesus, porém, manda aplicar processos defensivos com base na iluminação e na misericórdia. O tempo e a bênção do Senhor agem devagarzinho e os propósitos inferiores se transubstanciam. O homem comum ainda não dispõe de visão adequada para identificar a obra renovadora. Muitas plantas espinhosas ou estéreis são modificadas em sua natureza essencial pelos filtros amorosos do Administrador da Seara, que usa afeições novas, situações diferentes, estímulos inesperados ou responsabilidades ternas que falem ao coração; entretanto, se chega a época da ceifa, depois do tempo de expectativa e observação, faz-se então necessária a eliminação do joio em molhos.
  • 14. A INFLUÊNCIA ESPIRITUAL A predominância do maligno faz-nos refletir sobre a influência espiritual de que somos partícipes. Assim: Vingança, desespero, paixões e desânimo são algumas das causas da fixação mental. Nosso cérebro funciona à semelhança de um dínamo. Dado o primeiro estímulo, interno ou externo, o que passa a contar é a manutenção de nosso pensamento num mesmo teor de ideia. Quanto mais tempo permanecermos num assunto, mais as imagens do tema se cristalizarão em nosso halo mental. O fenômeno da sugestão mental é oportuno. Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelha. Nesse sentido, somos herdeiros dos reflexos de nossas experiências anteriores, porém, com a capacidade de alterar-lhe a direção.
  • 15. Acionando a alavanca da vontade, poderemos traçar novos rumos para a libertação de nosso espírito. CONCLUSÃO Vigilância e oração atenuam as investidas do maligno. Através delas, pomo-nos em sintonia conosco mesmos, tornando-nos cada dia mais autoconscientes. Percebendo claramente nossas reações do cotidiano, criamos condições para arrancar o joio sem prejudicar a colheita do trigo. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.