Apostila do curso_atualizacao_em_tratamento_de_feridas_unlocked
Anotacoes de enfermagem_em_curativos
1. CURATIVOS E ANOTAÇÃO DE
ENFERMAGEM
Dagma Costa – Enfermeira saúde da criança e adolescente
Pollyane Silva – Enfermeira saúde do adulto
Roberta Tirone – Enfermeira saúde do idoso
Residencia Integrada multiprofissional em saúde
13. Membro inferior: face anterior ou ventral
Medial
Proximal
Lateral
Média
Distal
Fonte: Disponível em: < http://atlas.centralx.com.br/fmfiles/index.asp/::places::/cxatlas/Arterias-dos-membrosinferiores.jpg
14. Membro inferior: face posterior ou
dorsal
Trocanter
Sacral
Proximal
Poplítea
Média
Lateral
Medial
Distal
Calcâneo
http://www.herniadedisco.com.br/wp-content/uploads/2008/07/dor-ciatica.jpg
16. Ferida Cirúrgica: É uma ferida resultante de uma
intervenção cirúrgica. É quando as bordas saudáveis da
pele são aproximadas e suturadas.
17. Ferida Traumática - a ferida traumática é a "lesão
tecidual, causada por agente vulnerante que, atuando
sobre qualquer superfície corporal, de localização
interna ou externa, promove uma alteração na
fisiologia tissular, com ou sem solução de
continuidade do plano afetado". As lesões traumáticas
podem variar de simples escoriações a lesões amplas,
que podem causar deformidades ou amputações.
18. Ferida por queimadura - "queimaduras são feridas
traumáticas causadas, na maioria das vezes, por
agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos.
Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano,
determinando destruição parcial ou total da pele e seus
anexos, podendo atingir as camadas mais profundas,
como: tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e
ossos". A lesão térmica pode se manisfestar através de
um flictema (bolha) ou em formas mais graves,
proporcionando alterações sistêmicas na lesão. É
importante ressaltar que o tecido lesado estará
desvitalizado, o que favorece rápida colonização de
bactérias patogênicas. Portanto, a manipulação correta
da lesão é fundamental.
19.
20. ÚLCERAS POR PRESSÃO
A úlcera por pressão pode ser definida como uma
lesão de pele causada pela interrupção sanguínea
em uma determinada área, que se desenvolve
devido a uma pressão aumentada por um período
prolongado. Também é conhecida como úlcera de
decúbito, escara ou escara de decúbito. O termo
escara deve ser utilizado quando se tem uma parte
necrótica ou crosta preta na lesão.
21. ESTÁGIOS:
Estágio I
Quando a pele está intacta, mas se observa vermelhidão e um pouco de ulceração
de pele.
Estágio II
Quando a pele já está perdendo sua espessura, manifestando abrasão, bolha ou
cratera superficial.
Estágio III
Quando se observa uma ferida de espessura completa, envolvendo a epiderme, a
derme e o subcutâneo.
Estágio IV
Quando se tem uma lesão significante, onde há a destruição ou necrose para os
músculos, ossos e estruturas de suporte( tendões e cápsula articular).
23. TIPOS DE TECIDOS
Necrose
.
Manifestação final de uma célula que sofreu
lesões irreversíveis e representa um importante
fator de risco para contaminação e proliferação
bacteriana, além de servir como barreira ao
processo de cicatrização
DEALEY, 2008.
24. TIPOS DE TECIDOS
Necrose Liquefativa: Tecido delgado, de coloração
amarelada.
Necrose coagulativa: As células morrem devido a falta de
suprimento sanguíneo e se convertem em uma lápide
acidófila e opaca de coloração negra.
DEALEY, 2008
25. TIPOS DE TECIDOS
Escaras: Termo utilizado para caracterizar tecidos
dessecados e comprimidos de coloração negra,
consistência dura e seca aderido à superfície da pele.
DEALEY, 2008
26. TIPOS DE TECIDOS
Tecido de Granulação:
É o crescimento de pequenos vasos sanguíneos e de
tecido conectivo para preencher feridas de espessura
total. O tecido é saudável quando é brilhante, vermelho
vivo, lustroso e granular com aparência aveludada.
Quando o suprimento vascular é pobre, o tecido
apresenta-se de coloração rosa pálido ou esbranquiçado
para o vermelho opaco.
DEALEY, 2008
27. TIPOS DE TECIDOS
Tecido de Epitelização: Novo tecido que é formado
com o processo de cicatrização. Coloração rosada.
DEALEY, 2008
29. Alginato de
Cálcio em
Fibras
COBERTURAS
Fibras de não tecido compostas
por ácidos derivados de algas
marinhas. Utilizado como
curativo em lesões abertas e
altamente exsudativas.
DANTAS,2005.
30. COBERTURAS
Hidrocolóide
Resina sintética que estimula o
desbridamento autolítico. Possui três
apresentações: pó, pasta e placa.
Pó: aplicação direta em lesões abertas
Pasta: Preenchimento de cavidades
Placa: curativo primário de feridas pouco
exsudativas ou proteção da pele íntegra.
DANTAS,2005.
31. COBERTURAS
Hidrogel
Gel que
atua no sentido de amolecer o
tecido desvitalizado e auxiliar no
desbridamento autolítco. Indicado
para feridas com necrose ou
esfacelo.
DANTAS,2005.
32. COBERTURAS
Papaína
Enzima derivada do mamão papaia.
Realiza desbridamento químico, tem
ação bactericida, bacteriostática e
acelera o processo de cicatrização.
Concentrações:
•3% - granulação
•6%- exsudato purulento
•10%- necrose
DANTAS,2005.
33. COBERTURAS
Sulfadiazina de
Prata
Cobertura de sulfadiazina de prata a 1%,
com ação bactericida, bacteriostática e
fungicida pela liberação de ions prata que
levam à precipitação de proteinas.
Indicação: Prevenção de colonização e
tratamento de queimadura
Contra Indicações: uso prolongado, lembrar
que esta cobertura é nefrotóxica e citotóxica.
DANTAS,2005.
35. As anotações são
facilitadoras e
qualificadoras do cuidado,
pois, quando realizadas
adequadamente,
possibilitam o
desenvolvimento do
cuidado, permitindo a
avaliação das intervenções
realizadas e a
individualização do
processo de cuidar. Além
de constituir um registro
legal da assistência
prestada ao
paciente.(MEROTTO, 2003)
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44. ANOTAÇÃO Do
CURATIVO
Iniciar com descrição do LOCAL
onde o curativo foi realizado:
•Descrever área de abrangência
da lesão
•Extensão da lesão
•Aspectos da lesão (tipos de
tecidos encontrados)
•Aspecto da área adjacente à
lesão
•Características do exsudato
encontrado no momento
46. ANOTAÇÃO Do
CURATIVO
Descrever alguma OBSERVAÇÃO
como:
•Se é necessário medicar o paciente,
para dor, antes ou após a realização do
curativo.
•Se o paciente está tomando alguma
medicação, ou passando por alguma
questão alimentar, que possa atrasar ou
interferir no processo de cicatrização da
lesão.
•Se foi ou será coletado swab.
47.
48. MODELOS DE ANOTAÇÃO:
Exemplo 01
Realizado curativo oclusivo em região maleolar medial e lateral de MIE. A lesão da região maleolar
medial apresenta-se de grande extensão, aproximadamente 4x3 cm de comprimento e 1 cm de
profundidade. A lesão encontra-se recoberta por tecido de granulação de coloração vermelho escuro
brilhante em toda extensão, permeada por tecido de necrose de coloração amarelada e aderida ao leito,
recobrindo cerca de 15% da superfície da lesão. Apresenta três pontos de pele íntegra e maceração. O
exsudato apresenta-se em grande quantidade, de coloração amarelo-esverdeada, espesso, com presença
de odor fétido, e com moderada quantidade de sangue. As bordas apresentam-se aderidas ao leito,
irregulares e maceradas na parte superior e lateral. A lesão maleolar lateral apresenta-se de pequena
extensão, aproximadamente 2x1 cm de comprimento e 0,5 cm de profundidade. A mesma encontra-se
recoberta por tecido de granulação de coloração vermelho vivo em grande parte de sua extensão e por
tecido de necrose em cerca de 10% do leito, o mesmo apresenta-se de coloração amarelada, e aderida
ao leito. O exsudato apresenta-se em moderada quantidade, de coloração amarelada, espesso e sem
odor. As bordas apresentam-se regulares, aderidas ao leito. A região perilesional apresenta edema
antigo (endurecido) e hiperpigmentação. Pode-se visualizar a presença de varizes e edema de perna. As
lesões foram lavadas com SF 0,9% aquecido e em jato. Na lesão maleolar medial foi utilizado como
primeira cobertura papaína 6% e AGE em regiões perilesionais. Na lesão maleolar lateral foi utilizado
como primeira cobertura papaína 3% nas áreas de necrose e AGE em região perilesional. Como
segunda cobertura foi utilizado gazes estéreis e compressa estéril, sendo ocluído com faixa crepe.
Procedimento realizado sem intercorrências. Paciente não apresentou queixas álgicas. Assinatura e
COREN do responsável pela anotação.
49. Exemplo 02
Paciente apresentando BEG, apresenta ansiedade evidenciada por
sudorese nas mãos e agitação durante o procedimento. O curativo estava
ocluído com faixa crepe e esparadrapos para fixação. O pé apresentava
edema de intensidade 2+/4+. Realizado curativo oclusivo em região
maleolar direita. A lesão apresentava-se com média quantidade de
esxsudato, de aspecto serosanguinolento, presença de pontos sangrantes
na borda superior, exposição tendínea e óssea, queratose em região
perilesional, e tecido de granulação vermelho vivo em grande quantidade.
Lavado com SF 0,9%, aquecido, em jato. Como primeira cobertura,
utilizado AGE (ácidos graxos essenciais) em região perilesional e região
de exposição tendínea e óssea. Como segunda cobertura utilizado SAFGEL em região de granulação. Protegido com gazes estéreis, utilizada
compressa estéril para oclusão e realizado enfaixamento com faixa crepe.
Curativo realizado sem maiores intercorrências. Assinatura e COREN do
responsável pela anotação.
50. REFERÊNCIAS
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Dantas SRPE, Jorge, SA. Feridas e estomas. Campinas, SP: Edição do Autor,
2005.
Dealey C. Cuidando de Feridas – Um guia para as enfermeiras. 3ª ed. Editora
Atheneu, 2008.
Kurcgant P. Auditoria em enfermagem. Rev Bras Enferm. 1976;31(4):466-577.
Daniel, L. F. A enfermagem planejada. São Paulo: EPU, 1981.
DELIBERAÇÃO COREN-MG 135/00
Oguisso, T. Aspectos legais da anotação de enfermagem no prontuário do
paciente. Tese de livre-docência apresentada à Escola de Enfermagem Ana Neri –
UFRJ, Rio de Janeiro: 1975.