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Crise da Ucrânia deixa Otan e países ocidentais sem opções viáveis
Relação Rússia-Ocidente enfrenta pior crise desde a queda do Muro.
Putin ultrapassou 'linha vermelha' estabelecida por Obama, diz analista.
Da Reuters
Com potências ocidentais cada vez mais concluindo que a Ucrânia perdeu a Crimeia para a Rússia,
os Estados Unidos e seus aliados contam com poucas opções viáveis e sérias questões sobre as
futuras relações entre os países.
Ao ignorar o aviso do presidente norte-americano, Barack Obama, na sexta-feira para ficar fora da
Ucrânia, a Rússia parece estar precipitando a maior crise nas relações Rússia-Ocidente, pelo menos
desde a queda do Muro de Berlim.
A maneira como os eventos vão se desenrolar nos próximos dias pode ajudar a moldar o mapa
geopolítico dos próximos anos.
Qualquer ação militar ocidental direta arriscaria uma guerra entre as superpotências nucleares.
Relativamente pequena e com arsenal reduzido, as forças da Ucrânia poderiam agir, mas correriam o
risco de incitar uma invasão russa muito mais ampla que poderia dominar o país.
Obama, em particular, enfrenta algumas exigências nacionais para apoiar a Ucrânia, embora o
apetite para o envolvimento militar está aparentemente ausente. No sábado, o Pentágono disse que
não houve mudança nas operações de suas tropas.
"Para o Ocidente, é uma posição muito difícil", disse Nikolas Gvosdev, professor de segurança
nacional do Naval War College dos Estados Unidos. "Obama definiu efetivamente as linhas
vermelhas dos Estados Unidos", disse ele. "Putin passou por cima delas."
As forças russas sem insígnia oficial tomaram o controle de importantes instalações na península da
Crimeia, no Mar Negro, ao longo dos últimos três dias e cercaram unidades militares ucranianas.
O melhor que pode ser feito agora, dizem algumas atuais e antigas autoridades, é evitar uma nova
escalada que faça Moscou assumir o leste industrializado da Ucrânia, também majoritariamente de
língua russa e muito maior e economicamente mais importante.
Washington e outras potências da Otan também precisam encontrar uma forma de tranquilizar os
Estados do Leste Europeu cada vez mais aflitos - especialmente os bálticos ex-soviéticos - de que
suas garantias de defesa serão honradas, sem escalar as tensões.
O risco de erros é alto. Assim como as forças convencionais, a Rússia pode cortar o fornecimento de
gás para a Europa, cujos gasodutos passam pela Ucrânia, e acredita-se que o país tenha
capacidades de ataque cibernéticos sofisticados que poderiam ser usadas contra a Ucrânia ou o
Ocidente.
"Esta é, sem dúvida, a situação mais perigosa na Europa desde a invasão soviética da
Tchecoslováquia em 1968", disse um diplomata ocidental que não quis ser identificado. "Com as
tropas de prontidão em exercício no distrito militar ocidental (da Rússia ), eles estão em uma posição
forte."
As tropas soviéticas invadiram a Tchecoslováquia em 1968, após a "Primavera de Praga" ver um
governo mais moderado chegar ao poder, considerado muito mais aberto para o Ocidente que para a
ua.
Nome: 22/04/14 2º BI- TEXTO 2- 3ºA
DISCIPLINA: ATUALIDADES Objetivo: compreender a crise envolvendo a
região da Crimeia
antiga União Soviética.
Apesar dos pedidos de ajuda feitos pela Tchecoslováquia, Washington e seus aliados ofereceram
pouco mais do que críticas, relutantes em arriscar uma guerra nuclear depois da crise dos mísseis
cubanos, seis anos antes.
O atual impasse é mais perigoso do que durante a guerra de 2008 na Geórgia, em que os países
ocidentais se contiveram em parte porque o governo da Geórgia foi acusado de promover uma
escalada da guerra por meio de uma tentativa de dominar a disputada região da Ossétia do Sul.
Com o envio de tropas para a Ucrânia, em contrapartida, Moscou é visto como tendo invadido
unilateralmente um Estado soberano - embora haja forças russas na Crimeia, em uma base alugada
para sua frota do Mar Negro, em Sebastopol.
Países membros da Otan não têm alianças que os vinculem à Ucrânia, apesar de autoridades
ocidentais terem sido amplamente favoráveis à derrubada do presidente pró-Moscou Viktor
Yanukovich na semana passada, depois que dezenas de manifestantes favoráveis à Europa foram
mortos a tiros.
Fronteiras da Ucrânia também foram garantidas pelo Memorando de Budapeste, de 1994, também
assinado por Rússia, EUA e Grã-Bretanha, em troca da desistência de armas nucleares da era
soviética restantes no país após o colapso da URSS.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo
Crise na Ucrânia: Punição a Putin é teste para Obama
Mark Mardell, Editor da BBC News em Washington
Obama e Putin conversam durante encontro bilateral, simultâneo à reunião do G8 de 2013
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou medidas destinadas a prejudicar a economia da
Rússia e isolar o país, como retaliação ao envio de tropas russas à Ucrânia. Autoridades americanas dizem que o
presidente russo Vladimir Putin tomou uma péssima decisão, que vai deixar o seu país em uma posição muito
mais fraca.
A crise política na Ucrânia acaba assim por ser um teste crítico da liderança de Obama, que vai demonstrar o
quanto os Estados Unidos ainda têm de influência no mundo. O secretário de Estado americano John Kerry está
a caminho da capital ucraniana, Kiev, enquanto os Estados Unidos tentam coordenar uma resposta internacional
para colocar pressão sobre o presidente Putin. Mas altos funcionários do governo americano praticamente já
descartaram a possibilidade de uma intervenção militar.
Lentidão
Os críticos de Barack Obama acusam o presidente de agir muito lentamente e, mais uma vez, permitir que
alguém cruze o limite de uma "linha vermelha" traçada por ele. Na sexta-feira à noite, Obama advertiu que
haveria "custos" à intervenção militar russa na Ucrânia. Horas mais tarde, as tropas russas entraram em território
ucraniano. Os EUA agora dizem que há mais de 6.000 soldados russos ocupando a região da Crimeia.
Há quem diga que Obama enfrenta um problema de credibilidade, o que tem encorajado Putin. Certamente, o
Ocidente parece mal preparado para esta escalada da crise que deveria ter sido prevista pelos líderes ocidentais.
Afinal, era óbvio que Putin não iria desistir facilmente. Mas o fator Obama pode estar sendo superestimado
aqui. Vale a pena lembrar que Putin foi à guerra na Geórgia quando George W. Bush estava no Salão Oval, e
ninguém achava que o presidente americano era um pacifista. Mas é claro que Bush pensou duas vezes antes de
lutar contra outra potência nuclear por uma antiga parte do ex-império soviético.
Altos funcionários do governo reagiram furiosamente à sugestão de que o comportamento passado de Obama
tenha encorajado Putin. Eles dizem que a política do líder russo na Ucrânia falhou, e que tudo que lhe restou foi
o uso do poder militar. Para eles, o mundo deveria culpá-lo, e não a Obama.
Pressão
Deve haver muito mais articulação nos próximos dias, com os Estados Unidos tentando coordenar um aperto
internacional sobre a Rússia. O primeiro ponto de pressão é a reunião de junho do G8, em Sochi, balneário russo
que acaba de sediar os Jogos Olímpicos de inverno. Estados Unidos, Canadá e Reino Unido cancelaram
reuniões de preparação para o encontro. O plano alternativo é enviar observadores internacionais para se
certificar de que os russos que vivem na Ucrânia estão seguros e não correm perigo. A oferta dificilmente terá
apelo junto a Putin.
Vale a pena lembrar que a Crimeia foi uma parte da Rússia a partir de 1783 e que nos primeiros anos da União
Soviética era uma república autônoma dentro da federação. O líder soviético Nikita Khrushchev transferiu o
território à Ucrânia em 1954. Agora Putin o quer de volta. Retirar-se seria um fracasso e uma humilhação para
ele.
O problema para Obama é que sanções econômicas levam muito tempo para funcionar. Putin pode
simplesmente não se importar com a pressão diplomática - ele parece gostar de incomodar os líderes ocidentais.
É fácil ver como a situação poderia ficar muito pior - e não é clara a forma como Obama reagiria a um
aprofundamento da crise.
Fonte: http://www.bbc.co.uk
Por que a Crimeia se transformou no coração da crise na Ucrânia
Como consequência da revolução na Ucrânia – na qual ucranianos nacionalistas e a favor do Ocidente tomaram
o poder depois da queda do presidente Viktor Yanukovych -, surgiu o medo de que a região da Crimeia, no sul
do país, possa se tornar um campo de batalha entre as forças leais à Ucrânia e aquelas leais à Rússia. Homens
armados içaram bandeiras sobre edifícios do governo declarando que “a Crimeia é a Rússia”, enquanto grupos
separatistas entraram em confronto nas ruas com grupos pró-Ucrânia.
Por que a Crimeia se tornou o foco da tensão?
A Crimeia é o epicentro do sentimento pró-Rússia no país, o que pode levar ao separatismo. A região – uma
península na costa ucraniana no Mar Negro – tem 2,3 milhões de habitantes, e a maioria deles se identifica
como parte de grupos étnicos russos e fala russo.
A região votou em peso em Yanukovych na eleição presidencial de 2010, e muitas pessoas acreditam que ele é
vítima de um golpe, o que levou separatistas a tentarem pressionar o parlamento da Crimeia a votar se a região
deveria se separar da Ucrânia.
A Crimeia é ucraniana de verdade?
A Rússia tem sido o poder dominante na Crimeia na maioria dos últimos 200 anos, desde que anexou a região
em 1783. No entanto, a Crimeia passou das mãos de Moscou para as da Ucrânia – então parte da União
Soviética – em 1954. Grupos étnicos russos que vivem na região consideram isso um erro histórico.
Mesmo assim, uma outra minoria importante, os tártaros muçulmanos da Crimeia dizem que eles já foram
maioria na Ucrânia, e foram deportados em massa pelo líder da União Soviética Joseph Stalin em 1944 sob a
acusação de colaborarem com a invasão nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Os membros de grupos étnicos ucranianos compõem 24% da população da Crimeia, segundo o censo de 2001,
em comparação com 58% de russos e 12% de tártaros. Os tártaros vêm retornando à região desde o colapso da
União Soviética em 1991, o que causa uma tensão contínua com os russos sobre o direito destas terras.
Qual é sua situação legal?
Ainda é legalmente parte da Ucrânia – uma situação que a Rússia comprometeu-se a garantir quando assinou,
junto com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, um memorando em 1994 dizendo que protegeria a
integridade territorial da Ucrânia.
Trata-se de uma república autônoma dentro da Ucrânia, com eleições parlamentares próprias. Mas o posto de
presidente da Crimeia foi abolido em 1995, logo depois que um separatista pró-Rússia conquistou o posto com
larga maioria. Agora, a Crimeia tem um representante presidencial e um primeiro-ministro, mas ambos são
indicados pelo governo na capital Kiev.
O que a Rússia pode fazer?
A Rússia mantém uma grande base naval da cidade de Sevastopol, na Crimeia, onde está baseada sua frota do
Mar Negro. Por isso, alguns ucranianos temem que os militares russos possam entrar em ação.
O acordo de arrendamento da área da base pela Rússia estipula que as tropas russas não podem sair desta área
com equipamentos ou veículos militares sem a permissão da Ucrânia. Olexandr Turchynov, presidente
ucraniano em exercício, alertou que qualquer movimentação de tropas russas fora da área da base “será
considerada uma agressão militar”.
Há relatos de que emissários russos estão distribuindo passaportes na península. As leis de defesa da Rússia
permitem ações militares no exterior para “proteger os cidadãos russos”. Isso gerou o medo de que a Rússia
esteja usando esses acontecimentos como um pretexto para uma invasão.
Isso já aconteceu antes?
A Rússia usou uma justificativa parecida em 2008 para enviar tropas à Ossétia do Sul, quando houve uma
escalada de tensão nesta região da Geórgia por causa de movimentos separatistas. Assim como com a Geórgia,
Moscou se ressente do que considera interferências da União Europeia e da OTAN na Ucrânia. E, ao fim de
tudo, a OTAN não saiu em defesa da Geórgia.
Mas a Crimeia é maior do que a Ossétia do Sul, a Ucrânia é maior do que a Geórgia, e a população da Crimeia
está mais dividida do que na Ossétia do Sul, onde a maioria é pró-Rússia – o que torna uma intervenção russa na
Ucrânia uma aposta mais arriscada.
Já houve guerra na Crimeia?
Já houve muitas disputas pela Crimeia ao longo da história. A mais famosa é a Guerra da Crimeia, que ocorreu
entre 1853 e 1856. A guerra foi resultado de ambições imperialistas, quando o Reino Unido e a França, em razão
de suspeitas sobre as ambições russas na região dos Balcãs depois da queda do Império Otomano, enviaram
tropas à Crimeia. A Rússia foi derrotada.
Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br
Após leitura do texto escreva um texto argumentativo sobre origens e desdobramentos da crise
envolvendo a Criméia.
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Texto 1- 2ºbimestre

  • 1. Crise da Ucrânia deixa Otan e países ocidentais sem opções viáveis Relação Rússia-Ocidente enfrenta pior crise desde a queda do Muro. Putin ultrapassou 'linha vermelha' estabelecida por Obama, diz analista. Da Reuters Com potências ocidentais cada vez mais concluindo que a Ucrânia perdeu a Crimeia para a Rússia, os Estados Unidos e seus aliados contam com poucas opções viáveis e sérias questões sobre as futuras relações entre os países. Ao ignorar o aviso do presidente norte-americano, Barack Obama, na sexta-feira para ficar fora da Ucrânia, a Rússia parece estar precipitando a maior crise nas relações Rússia-Ocidente, pelo menos desde a queda do Muro de Berlim. A maneira como os eventos vão se desenrolar nos próximos dias pode ajudar a moldar o mapa geopolítico dos próximos anos. Qualquer ação militar ocidental direta arriscaria uma guerra entre as superpotências nucleares. Relativamente pequena e com arsenal reduzido, as forças da Ucrânia poderiam agir, mas correriam o risco de incitar uma invasão russa muito mais ampla que poderia dominar o país. Obama, em particular, enfrenta algumas exigências nacionais para apoiar a Ucrânia, embora o apetite para o envolvimento militar está aparentemente ausente. No sábado, o Pentágono disse que não houve mudança nas operações de suas tropas. "Para o Ocidente, é uma posição muito difícil", disse Nikolas Gvosdev, professor de segurança nacional do Naval War College dos Estados Unidos. "Obama definiu efetivamente as linhas vermelhas dos Estados Unidos", disse ele. "Putin passou por cima delas." As forças russas sem insígnia oficial tomaram o controle de importantes instalações na península da Crimeia, no Mar Negro, ao longo dos últimos três dias e cercaram unidades militares ucranianas. O melhor que pode ser feito agora, dizem algumas atuais e antigas autoridades, é evitar uma nova escalada que faça Moscou assumir o leste industrializado da Ucrânia, também majoritariamente de língua russa e muito maior e economicamente mais importante. Washington e outras potências da Otan também precisam encontrar uma forma de tranquilizar os Estados do Leste Europeu cada vez mais aflitos - especialmente os bálticos ex-soviéticos - de que suas garantias de defesa serão honradas, sem escalar as tensões. O risco de erros é alto. Assim como as forças convencionais, a Rússia pode cortar o fornecimento de gás para a Europa, cujos gasodutos passam pela Ucrânia, e acredita-se que o país tenha capacidades de ataque cibernéticos sofisticados que poderiam ser usadas contra a Ucrânia ou o Ocidente. "Esta é, sem dúvida, a situação mais perigosa na Europa desde a invasão soviética da Tchecoslováquia em 1968", disse um diplomata ocidental que não quis ser identificado. "Com as tropas de prontidão em exercício no distrito militar ocidental (da Rússia ), eles estão em uma posição forte." As tropas soviéticas invadiram a Tchecoslováquia em 1968, após a "Primavera de Praga" ver um governo mais moderado chegar ao poder, considerado muito mais aberto para o Ocidente que para a ua. Nome: 22/04/14 2º BI- TEXTO 2- 3ºA DISCIPLINA: ATUALIDADES Objetivo: compreender a crise envolvendo a região da Crimeia
  • 2. antiga União Soviética. Apesar dos pedidos de ajuda feitos pela Tchecoslováquia, Washington e seus aliados ofereceram pouco mais do que críticas, relutantes em arriscar uma guerra nuclear depois da crise dos mísseis cubanos, seis anos antes. O atual impasse é mais perigoso do que durante a guerra de 2008 na Geórgia, em que os países ocidentais se contiveram em parte porque o governo da Geórgia foi acusado de promover uma escalada da guerra por meio de uma tentativa de dominar a disputada região da Ossétia do Sul. Com o envio de tropas para a Ucrânia, em contrapartida, Moscou é visto como tendo invadido unilateralmente um Estado soberano - embora haja forças russas na Crimeia, em uma base alugada para sua frota do Mar Negro, em Sebastopol. Países membros da Otan não têm alianças que os vinculem à Ucrânia, apesar de autoridades ocidentais terem sido amplamente favoráveis à derrubada do presidente pró-Moscou Viktor Yanukovich na semana passada, depois que dezenas de manifestantes favoráveis à Europa foram mortos a tiros. Fronteiras da Ucrânia também foram garantidas pelo Memorando de Budapeste, de 1994, também assinado por Rússia, EUA e Grã-Bretanha, em troca da desistência de armas nucleares da era soviética restantes no país após o colapso da URSS. Fonte: http://g1.globo.com/mundo Crise na Ucrânia: Punição a Putin é teste para Obama Mark Mardell, Editor da BBC News em Washington Obama e Putin conversam durante encontro bilateral, simultâneo à reunião do G8 de 2013 O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou medidas destinadas a prejudicar a economia da Rússia e isolar o país, como retaliação ao envio de tropas russas à Ucrânia. Autoridades americanas dizem que o presidente russo Vladimir Putin tomou uma péssima decisão, que vai deixar o seu país em uma posição muito mais fraca. A crise política na Ucrânia acaba assim por ser um teste crítico da liderança de Obama, que vai demonstrar o quanto os Estados Unidos ainda têm de influência no mundo. O secretário de Estado americano John Kerry está a caminho da capital ucraniana, Kiev, enquanto os Estados Unidos tentam coordenar uma resposta internacional para colocar pressão sobre o presidente Putin. Mas altos funcionários do governo americano praticamente já descartaram a possibilidade de uma intervenção militar. Lentidão Os críticos de Barack Obama acusam o presidente de agir muito lentamente e, mais uma vez, permitir que alguém cruze o limite de uma "linha vermelha" traçada por ele. Na sexta-feira à noite, Obama advertiu que haveria "custos" à intervenção militar russa na Ucrânia. Horas mais tarde, as tropas russas entraram em território ucraniano. Os EUA agora dizem que há mais de 6.000 soldados russos ocupando a região da Crimeia. Há quem diga que Obama enfrenta um problema de credibilidade, o que tem encorajado Putin. Certamente, o Ocidente parece mal preparado para esta escalada da crise que deveria ter sido prevista pelos líderes ocidentais. Afinal, era óbvio que Putin não iria desistir facilmente. Mas o fator Obama pode estar sendo superestimado aqui. Vale a pena lembrar que Putin foi à guerra na Geórgia quando George W. Bush estava no Salão Oval, e ninguém achava que o presidente americano era um pacifista. Mas é claro que Bush pensou duas vezes antes de lutar contra outra potência nuclear por uma antiga parte do ex-império soviético. Altos funcionários do governo reagiram furiosamente à sugestão de que o comportamento passado de Obama tenha encorajado Putin. Eles dizem que a política do líder russo na Ucrânia falhou, e que tudo que lhe restou foi o uso do poder militar. Para eles, o mundo deveria culpá-lo, e não a Obama. Pressão Deve haver muito mais articulação nos próximos dias, com os Estados Unidos tentando coordenar um aperto internacional sobre a Rússia. O primeiro ponto de pressão é a reunião de junho do G8, em Sochi, balneário russo
  • 3. que acaba de sediar os Jogos Olímpicos de inverno. Estados Unidos, Canadá e Reino Unido cancelaram reuniões de preparação para o encontro. O plano alternativo é enviar observadores internacionais para se certificar de que os russos que vivem na Ucrânia estão seguros e não correm perigo. A oferta dificilmente terá apelo junto a Putin. Vale a pena lembrar que a Crimeia foi uma parte da Rússia a partir de 1783 e que nos primeiros anos da União Soviética era uma república autônoma dentro da federação. O líder soviético Nikita Khrushchev transferiu o território à Ucrânia em 1954. Agora Putin o quer de volta. Retirar-se seria um fracasso e uma humilhação para ele. O problema para Obama é que sanções econômicas levam muito tempo para funcionar. Putin pode simplesmente não se importar com a pressão diplomática - ele parece gostar de incomodar os líderes ocidentais. É fácil ver como a situação poderia ficar muito pior - e não é clara a forma como Obama reagiria a um aprofundamento da crise. Fonte: http://www.bbc.co.uk Por que a Crimeia se transformou no coração da crise na Ucrânia Como consequência da revolução na Ucrânia – na qual ucranianos nacionalistas e a favor do Ocidente tomaram o poder depois da queda do presidente Viktor Yanukovych -, surgiu o medo de que a região da Crimeia, no sul do país, possa se tornar um campo de batalha entre as forças leais à Ucrânia e aquelas leais à Rússia. Homens armados içaram bandeiras sobre edifícios do governo declarando que “a Crimeia é a Rússia”, enquanto grupos separatistas entraram em confronto nas ruas com grupos pró-Ucrânia. Por que a Crimeia se tornou o foco da tensão? A Crimeia é o epicentro do sentimento pró-Rússia no país, o que pode levar ao separatismo. A região – uma península na costa ucraniana no Mar Negro – tem 2,3 milhões de habitantes, e a maioria deles se identifica como parte de grupos étnicos russos e fala russo. A região votou em peso em Yanukovych na eleição presidencial de 2010, e muitas pessoas acreditam que ele é vítima de um golpe, o que levou separatistas a tentarem pressionar o parlamento da Crimeia a votar se a região deveria se separar da Ucrânia. A Crimeia é ucraniana de verdade? A Rússia tem sido o poder dominante na Crimeia na maioria dos últimos 200 anos, desde que anexou a região em 1783. No entanto, a Crimeia passou das mãos de Moscou para as da Ucrânia – então parte da União Soviética – em 1954. Grupos étnicos russos que vivem na região consideram isso um erro histórico. Mesmo assim, uma outra minoria importante, os tártaros muçulmanos da Crimeia dizem que eles já foram maioria na Ucrânia, e foram deportados em massa pelo líder da União Soviética Joseph Stalin em 1944 sob a acusação de colaborarem com a invasão nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Os membros de grupos étnicos ucranianos compõem 24% da população da Crimeia, segundo o censo de 2001, em comparação com 58% de russos e 12% de tártaros. Os tártaros vêm retornando à região desde o colapso da União Soviética em 1991, o que causa uma tensão contínua com os russos sobre o direito destas terras. Qual é sua situação legal? Ainda é legalmente parte da Ucrânia – uma situação que a Rússia comprometeu-se a garantir quando assinou, junto com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, um memorando em 1994 dizendo que protegeria a integridade territorial da Ucrânia. Trata-se de uma república autônoma dentro da Ucrânia, com eleições parlamentares próprias. Mas o posto de presidente da Crimeia foi abolido em 1995, logo depois que um separatista pró-Rússia conquistou o posto com larga maioria. Agora, a Crimeia tem um representante presidencial e um primeiro-ministro, mas ambos são indicados pelo governo na capital Kiev. O que a Rússia pode fazer? A Rússia mantém uma grande base naval da cidade de Sevastopol, na Crimeia, onde está baseada sua frota do Mar Negro. Por isso, alguns ucranianos temem que os militares russos possam entrar em ação.
  • 4. O acordo de arrendamento da área da base pela Rússia estipula que as tropas russas não podem sair desta área com equipamentos ou veículos militares sem a permissão da Ucrânia. Olexandr Turchynov, presidente ucraniano em exercício, alertou que qualquer movimentação de tropas russas fora da área da base “será considerada uma agressão militar”. Há relatos de que emissários russos estão distribuindo passaportes na península. As leis de defesa da Rússia permitem ações militares no exterior para “proteger os cidadãos russos”. Isso gerou o medo de que a Rússia esteja usando esses acontecimentos como um pretexto para uma invasão. Isso já aconteceu antes? A Rússia usou uma justificativa parecida em 2008 para enviar tropas à Ossétia do Sul, quando houve uma escalada de tensão nesta região da Geórgia por causa de movimentos separatistas. Assim como com a Geórgia, Moscou se ressente do que considera interferências da União Europeia e da OTAN na Ucrânia. E, ao fim de tudo, a OTAN não saiu em defesa da Geórgia. Mas a Crimeia é maior do que a Ossétia do Sul, a Ucrânia é maior do que a Geórgia, e a população da Crimeia está mais dividida do que na Ossétia do Sul, onde a maioria é pró-Rússia – o que torna uma intervenção russa na Ucrânia uma aposta mais arriscada. Já houve guerra na Crimeia? Já houve muitas disputas pela Crimeia ao longo da história. A mais famosa é a Guerra da Crimeia, que ocorreu entre 1853 e 1856. A guerra foi resultado de ambições imperialistas, quando o Reino Unido e a França, em razão de suspeitas sobre as ambições russas na região dos Balcãs depois da queda do Império Otomano, enviaram tropas à Crimeia. A Rússia foi derrotada. Fonte: http://www.diariodocentrodomundo.com.br Após leitura do texto escreva um texto argumentativo sobre origens e desdobramentos da crise envolvendo a Criméia. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________