O documento discute como problemas na organização do trabalho podem afetar a saúde mental dos trabalhadores, levando a conflitos e sofrimento. Ele também descreve como empresas tentam manter altos níveis de produção, mesmo que isso ultrapasse os limites de tolerância dos funcionários, levando a problemas de saúde e rotatividade. Finalmente, discute como a percepção de risco e pensar antes de agir são importantes para um comportamento seguro no trabalho.
3. Estudos indicam que certos problemas, geralmente percebidos como “dificuldades originadas nas relações humanas”, têm sua origem em problemas na organização do trabalho e podem, freqüentemente, degradar o convívio entre as pessoas, a ponto de torná-lo fonte de sofrimento e de atentado à saúde física e mental do trabalhador. Uma pesquisa realizada evidencia ainda que algumas dificuldades vivenciadas em relação à organização do trabalho (normas, conteúdo do trabalho, jornada, ritmo, comunicação, hierarquia) podem ser transferidas e convertidas em problemas aparentemente “pessoais”, entre trabalhadores, usuários e chefes imediatos. As análises feitas sob o título do “assédio moral”, geralmente, traduzem a idéia de um conflito, que é determinado unicamente pela “personalidade e sentimentos das pessoas”. Entretanto, observaremos o conceito de “assédio psicossocial”, que inclui otrabalho e suas condições objetivas de realização como fatores intimamente associados aos conflitos.
4. O SOFRIMENTO INVISÍVEL O sofrimento é controlado pelas estratégias defensivas do ser humano para impedir que se transforme em patologia. Quando se trata dentro de uma empresa o sofrimento é imediatamente detectado através do rendimento na produção. A punição é a exclusão imediata do trabalho. Exclusão já se observa em certas técnicas de seleção de pessoal, onde o trabalhador passa por várias etapas de seleção e, em algumas delas, observam seu comportamento e probabilidade de sofrimento.
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7. Este exemplo demonstra que os ritmos de trabalho são mantidos no nível máximo de tolerância, seus efeitos se farão sentir não somente à distância, mas na mesma semana, entre o começo e o fim dela e, até mesmo, entre o começo e fim do dia. Mas ainda assim, a chefia esforça-se para manter os ritmos de trabalho num nível tolerado para a maioria dos trabalhadores. É assim que se define uma norma. Uma norma de produção, é lógico, mas também uma norma mental.
8. Quando o limiar coletivo de tolerância não é ultrapassado, pode acontecer que um trabalhador, isoladamente, não consiga manter os ritmos de trabalho ou manter seu equilíbrio mental. Forçosamente, a saída será individual. Três soluções lhes são possíveis: largar o trabalho, trocar de posto ou mudar de empresa. É a famosa fórmula da globalização: ROTATIVIDADE!
10. O sofrimento mental e a fadiga são proibidos de se manifestarem numa fábrica. Só a doença é admissível!! O trabalhador deve apresentar um atestado médico!
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12. AS QUATRO FONTES DE MOTIVAÇÃO 1ª - Você mesmo: seus pensamentos, atitudes, conceitos familiares. 2ª - Amigos, parentes e colegas solidários: são o time de ouro. 3ª - Mentor emocional: pessoa real ou fictícia. 4ª - Ambiente: ar, iluminação, sons, mensagens motivadoras.