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Conferência o valor de educar.nov.2017

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Conferência o valor de educar.nov.2017

  1. 1. O Valor de Educar * Guilhermina Lobato Miranda 1 Novembro 2017 * Este título foi retirado de uma obra do filósofo espanhol e professor de ética Fernando Savater
  2. 2. Parte I • Como educar e instruir as crianças e jovens na Sociedade da Informação e do Conhecimento? A sociedade do conhecimento é a primeira sociedade humana onde a mobilidade ascendente é potencialmente ilimitada. O conhecimento difere de todos os outros meios de produção, na medida em que não é herdado ou legado. Deve ser adquirido de novo por cada indivíduo, e cada um de nós começa com a mesma total ignorância. (Drucker, 2009, p.42)
  3. 3. … Sabemos pouco sobre o modo como se transmite e ensina a cultura E como se transforme a imaturidade inicial do ser humano no ser competente que caracteriza o adulto idealizado por cada sociedade [e cada grupo social, num determinado tempo histórico] (Jerôme Bruner, 1965) Fonte: Google Images
  4. 4. Dois tipos de conhecimento Várias maneiras de classificar o conhecimento. Para o nosso propósito (relação entre aprendizagem/métodos pedagógicos e construção do conhecimento) adotámos a classificação proposta por Geary: Conhecimento biológico primário (aprendizagem natural) Conhecimento biológico secundário (aprendizagem pelo ensino ou instrução) E suas relações (Geary, 2007,2012, citado por Paas & Sweller, 2014)
  5. 5. Dois tipos de conhecimento Abordados neste magnífico livro de 2011: Cognitive Load Theory (Teoria da Carga Cognitiva) de John Sweller, Paul Ayres e Slava Kalyuga Fonte: Google.books
  6. 6. O conhecimento biológico primário É aquele que resulta dos processos naturais de socialização e é fruto da própria evolução da espécie. Não precisa de ser diretamente ensinado • Exemplos: aprender a falar a língua materna (ou línguas em que se está imerso desde que se nasce); aprender a reconhecer e diferenciar os rostos; aprender uma estratégia geral de resolução de problemas, designada de meios fins (means ends)
  7. 7. O conhecimento biológico secundário Tem uma evolução recente (em termos da história da humanidade) e precisa de ser diretamente ensinado. Nem todos os métodos são eficazes • Exemplos: aprender a ler e a escrever, aprender matemática e muitos dos conhecimentos associados às disciplinas escolares e académicas
  8. 8. Relação entre estes dois tipos d • Muitas vezes os conhecimentos prévios, aprendidos de modo informal (aprendizagem natural ou senso-comum) facilitam a aprendizagem dos conhecimentos associados a uma aprendizagem formal (pelo ensino ou instrução). • Exemplo da leitura que se baseia no conhecimento que a criança adquiriu da língua (nas línguas alfabéticas, saber que o discurso, o fluir contínuo do discurso é composto de palavras, as palavras de sílabas e as sílabas de fonemas. Por isso os métodos fonémicos são os mais eficazes no ensino da leitura) (cf. Morais, 1997, 2013).
  9. 9. Relação entre estes dois tipos d • Algumas vezes os conhecimentos prévios, aprendidos de modo informal (aprendizagem natural ou senso-comum) dificultam a aprendizagem dos conhecimentos associados a uma aprendizagem formal (pelo ensino ou instrução). • Exemplo da Física, de muitos dos conceitos da física, em que os conhecimentos do senso-comum (aprendidos de forma natural), prejudicam mais do que facilitam a aprendizagem dos conceitos científicos (são as falsas conceções - misconceptions) (cf. Gardner, 2011)
  10. 10. Sabemos pouco sobre como se transmite e ensina a cultura Mas já sabemos alguma coisa… Como se transforme a imaturidade inicial do ser humano no ser competente que caracteriza o adulto idealizado por cada sociedade [e por cada grupo social, num determinado tempo histórico]
  11. 11. Mas já sabemos alguma coisa… O sucesso escolar dos alunos depende de vários fatores: (i) do próprio aluno, (ii) do meio familiar, (iii) da escola que frequenta, (iv) dos currículos, (v) da formação dos professores…. Há fatores que temos obrigação de conhecer para compreender a situação de cada aluno, mas sobre os quais não temos controlo; Há outros fatores que, como professores, estão nas nossas mãos modificar
  12. 12. Mas já sabemos alguma coisa… O professor não pode agir como um mero facilitador da aprendizagem ou expositor da matéria mas como um ‘ativador’, desafiando a atividade mental do aluno, através de um ensino ativo Selecionando tarefas de aprendizagem desafiadoras e desenvolvendo recursos educativos que obedeçam ao modo como os seres humanos processam a informação (sobretudo a informação multimédia) Promovendo o trabalho entre pares e a discussão de ideias e das soluções encontradas pelos alunos
  13. 13. Mas já sabemos alguma coisa… Seguindo alguns dos princípios do ID, entre eles: formulando objetivos claros centrados no desempenho Fornecendo critérios de avaliação para cada tarefa Dando feedback analítico Criando um clima na sala da aula aprazível mas exigente, onde é permitido errar e corrigir os erros, onde cada um se sente respeitado e respeita os outros…
  14. 14. Mas já sabemos alguma coisa… Pensando que os alunos não aprendem tudo o que lhe ensinamos mas que há métodos e estratégias que são mais eficientes do que outros… Que se devem basear nos resultados mais conclusivos da investigação E que os ambientes que concebemos devem também ser sujeitos a um processo de investigação para ver o impacto que têm na aprendizagem dos alunos.
  15. 15. … Que lições tirar dos resultados da investigação sobre o modo como se desenvolve o conhecimento dos especialistas?
  16. 16. Parte II: Conhecimento especializado Como se desenvolve? Fonte: Anders Ericsson, 2002, p. 9
  17. 17. Parte II: Conhecimento especializado • Diferenças entre competências do dia-a-dia, o desenvolvimento arrastado das competências e as realizações dos especialistas Fonte: Anders Ericsson, 2002, p. 17
  18. 18. Parte II: Conhecimento especializado Fases de desenvolvimento do conhecimento especializado e das realizações competentes Fonte: Anders Ericsson, 2002, p. 24
  19. 19. Parte II: Conhecimento especializado Tempo estimado de prática solitária em função da idade para (violinistas profissionais de meia idade – quadrados preenchidos; os melhores violinistas – quadrados vazios; os bons violinistas – círculos vazios; os violinistas menos realizados – círculos cheios; e pianistas amadores – triângulos cheios Fonte: Anders Ericsson, 2002, p. 12
  20. 20. Parte II: Conhecimento especializado Três tipos de representações internas que medeiam as realizações de músicos especialistas e a sua contínua melhoria durante a prática solitária Fonte: Anders Ericsson, 2002, p. 26
  21. 21. Parte II: Conhecimento especializado • Método para desenvolver o conhecimento especializado: A prática deliberada (que tem muitas semelhanças com o que antes referi a propósito das recomendações de John Hattie – Visible Learning). Saliento: (i) a importância dada ao conhecimento (saber e saber-fazer) dentro de um dado domínio específico e não tanto aos métodos globais e às aprendizagens transversais; (ii) a exposição intensiva e extensiva (pelo menos 10 anos, com treinos diários e com níveis de concentração elevados) a esse mesmo domínio (que pode ser a matemática, o ténis, o piano ou a aprendizagem de outro instrumento musical, o xadrez, o futebol…), o que nos estudos sobre a memória se designa de super-aprendizagem (Pinto, 1992);
  22. 22. Parte II: Conhecimento especializado (iii) o poder ter acesso aos melhores ambientes e professores nas várias fases de desenvolvimento da ou das competências o que, se torna difícil para muitos alunos que frequentam as escolas regulares, devido, entre outros fatores, à falta de muito bons professores nas várias disciplinas, decorrente entre outras variáveis do modo como a carreira docente está estruturada desde o seu início, quer dizer, desde o acesso aos cursos de formação inicial de professores; (iv) o ter várias e variadas oportunidades de exercer a atividade ou componentes de uma atividade, tendo feedback corretivo e analítico para superar os erros, o que nem sempre acontece na prática letiva de muitos professores, quer por falta de tempo quer por não saberem como fazer este feedback analítico.
  23. 23. … O que precisam de saber os estudantes que terminam o ensino obrigatório?
  24. 24. Parte III Retomo uma das questões colocadas no início: O que podemos considerar uma pessoa educada e instruída no séc. XXI, na Sociedade da Informação e do Conhecimento?
  25. 25. Parte III Se reconhecermos a necessidade de que a escola nas atuais sociedades da informação deve alfabetizar (literacia tradicional), deve ensinar competências básicas no uso das TD (Literacia computacional) e ensinar para os media (Literacia da informação), o que deve um jovem que termina o ensino obrigatório saber nestes domínios, sem secundarizar outras áreas de conhecimento igualmente importantes? E o que podem fazer os professores e a escola para apoiar os alunos a responder de forma cabal aos desafios da atual sociedade da informação / conhecimento e do mundo globalizado?
  26. 26. Parte III O dia só tem 24 horas e a escola não pode ocupar em excesso o tempo das crianças e jovens. Os currículos já estão sobrecarregados de disciplinas e atividades. Não sou a favor da escola a tempo inteiro.
  27. 27. Parte III Fonte: http://www.edpsycinteractive.org/topics/conation/maslow.html
  28. 28. Parte III Sem ser elitista, penso que na base da pirâmide, usando a metáfora de Abraham Maslow (2003) sobre as necessidades que governam as motivações humanas, continuam a estar as competências instrumentais, entre elas: Saber falar, ler e escrever corretamente na sua língua materna e aprender pelo menos uma segunda língua (de preferência o inglês, pois é a língua franca da ciência e do mundo globalizado); Saber pensar de forma lógica e abstrata; Saber usar o cálculo mental e as principais operações aritméticas. Como veem alargo um pouco o espectro da literacia tradicional (saber ler, escrever e contar)
  29. 29. Parte III Num nível acima ter adquirido alguns conhecimentos associados às várias disciplinas, entre elas: a literatura, a matemática, a geografia, a história, a biologia e a física. Num degrau ligeiramente superior, o jovem deveria ter desenvolvido a sensibilidade estética através da aprendizagem de disciplinas artísticas, entre elas a música e formas de expressão plástica e corporal.
  30. 30. Parte III Por fim, penso que seria útil saber usar alguns meios de comunicação e diferentes tecnologias de forma eficaz; ter acesso e saber fazer escolhas informadas acerca de vários meios de comunicação; perceber como e através de que meios os conteúdos são produzidos; saber usar alguns desses meios tecnológicos de comunicação e produção de informação. De igual modo, pois penso que estas são competências transversais, seria bom que tivesse desenvolvido um sentido de bem-estar corporal e psicológico (saber cuidar do corpo e do espírito).
  31. 31. Parte III Para que isto aconteça temos que ter professores bem formados a três níveis: do conteúdo que ensinam, da pedagogia, e das tecnologias, sabendo integrar de forma eficaz e criativa estes três domínios. Existe já um modelo que integra estes três domínios e tem produzido alguma investigação: o TPACK (Mishra & Koehler (2006).
  32. 32. Parte III
  33. 33. Parte III Um longo e exigente caminho a percorrer: (i) nas condições de acesso à profissão docente, (ii) na formação inicial e contínua de professores, (ii) na esforço que cada um de nós deve fazer ao longo do seu percurso profissional, (iii) nos incentivos à progressão na carreira docente
  34. 34. Obrigada pela vossa atenção Guilhermina Lobato Miranda gmiranda@ie.ulisboa.pt
  35. 35. Referências Bruner, J. (1965). The growth of the mind. American Psychologist, 20 (12), 1007-1017. Drucker, P. (2009). (Rev. Ed.). Management. New York: Collins Business (First edition:1997) Ericsson, A. (2002). Attaining excellence through deliberate practice: Insights from the study of expert performance. In C. Desforges & R. Fox (Eds). Teaching and Learning: The essential readings (pp. 4- 39). UK: Blackwell Publishers. Gardner, H. (2011). The unschooled mind. How children think and schools should teach. New York: Basic Books (First edition:1991). Hattie, J. (2011). Visible Learning. A synthesis of over 800 meta-analyses relating to achievement. New York: Routledge Maslow, A. (2003). El hombre autorrealizado. Hacia una Psicología del ser. Barcelona: Ediciones Kairós. Mishra, P., & Koehler, M. J. (2006). Technological pedagogical content knowledge: A framework for teacher knowledge. Teachers College Record, 108(6), 1017-1054. DOI: 10.1111/j.1467-9620.2006.00684.x Morais, J. (1997). A arte de ler. Psicologia cognitiva da leitura. Lisboa: Edições Cosmos Morais, J. (2013). Alfabetizar em democracia. Lisboa Fundação FMS Paas, F., & Sweller, J. (2014). Implications of cognitive load theory for multimedia learning. In R. E. Mayer (Ed.). The Cambridge handbook of multimedia learning (2nd Ed.) (pp. 27-42). New York: Cambridge University Press. Pinto, A. C. (1992). Temas de memória humana . Porto: Fundação Eng.º António de Almeida Savater, F. (2005). Ética para um jovem. Lisboa: Edições D. Quixote. Savater, F. (2012). O valor de educar. Lisboa: Editora Planeta. Sweller, J., Ayres, P., & Kalyuga, S. (2011). Cognitive load theory. New York: Springer.

Hinweis der Redaktion

  • Falar disto mas que esta afirmação é também falaciosa pois existem diferenças brutais de oportunidades à nascença e depois: acesso a bons ambientes de aprendizagem, boas escolas, etc. etc.
  • De novo não podemos esquecer que há diferenças enormes entre as expectativas das diferentes classes sociais em relação à educação e que as condições de vida são desde muito cedo diferentes entre as crianças pobres e as crianças das classes médias e abastadas. A pobreza, como muito bem estudou Bruner na década de 70 do séc. XX não é só uma questão económica, a pobreza entranha-se em todos os domínios da vida das famílias e das crianças. Exemplo de não serem capazes de entender e valorizar a recompensa da escola que é muito longo prazo porque vivem sempre na urgência do imediato. São padrões emocionais e cognitivos que se desenvolvem a par da falta de recursos. As neurociências estão a provar que estas diferenças se traduzem também na organização e sobretudo mielinização do sistema nervoso central (cf. Jednoróg, Altarelli, Monzalvo, Fluss, Dubois, Billard, et al., 2012). As crianças oriundas de ambientes socieconomicamente frustres ficam com os cérebros menos mielinizados, e esta situação pode prolongar-se até cera dos 16 anos. Existem ainda períodos sensíveis para se fazerem certas aprendizagens.
  • Visibe Learning: A sybhesis of over 800 meta-analyses relating to achievement
  • Relembrar a frase inicial: A sociedade do conhecimento é a primeira sociedade onde mobilidade ascendente é potencialmente ilimitada. O conhecimento difere de todos os outros meios de produção, na medida em que não pode ser herdado ou concedido. Tem de ser adquirido de novo por cada indivíduo, e cada um começa com a mesma total ignorância
  • As três fases de aquisição do conhecimento especializado, seguido de uma 4.ª fase qualitativamente diferente das anteriores, em que o sujeito cria algo de novo no seu domínio, para além do conhecimento existente nesse domínio
  • A sociedade do conhecimento é a primeira sociedade onde mobilidade ascendente é potencialmente ilimitada. O conhecimento difere de todos os outros meios de produção, na medida em que não pode ser herdado ou concedido. Tem de ser adquirido de novo por cada indivíduo, e cada um começa com a mesma total ignorância
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  • Pirâmide de Abraham Maslow (1954)
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