Afeganistão e Paquistão

1. Afeganistão e Paquistão

2. Afeganistão - Natureza
• Hindu Kush, cordilheira que predomina ao norte
da região, possui altitudes elevadas,
ultrapassando 7 mil metros.
• Nos vales entre as montanhas se pratica a
agricultura.
• O relevo acidentado é apontado como um dos
elementos que torna esta região fácil de defender
de invasões estrangeiras.

3. Afeganistão - Natureza
• O sul é dominado por áreas de clima desértico
onde até mesmo a agricultura de subsistência
encontra dificuldade de se estabelecer.
• Não possui saída para o mar, o que torna o país
mais isolado ainda.

4. Afeganistão - Formação
• Historicamente fez parte da chamada Rota da
Seda, o que contribuiu para o estabelecimento de
uma grande diversidade cultural e étnica.
• Do ponto de vista religioso o islamismo é a
religião praticada por praticamente toda a
população.

5. Afeganistão - Formação
• No século XIX a região era disputada pelo Império
Russo e pelo Império Britânico. Assim o
Afeganistão cumpriu o papel de “estado-tampão”
para o expansionismo de ambos.
• Porém estas fronteiras (oficialmente
estabelecidas em 1893) não respeitam a
configuração étnica da região.
• Os diversos povos que constituem o Afeganistão
também estão presentes nos países vizinhos.

6. Afeganistão - Etnias
• Etnias do Afeganistão:
– Pashtus (ou patanes);
– Balíchis;
– Tadjiques;
– Turcomenos;
– Uzbeques;
– Hazaras;
– Quirquizes.

7. Guerras Afegãs – Invasão Soviética
• Déc. 70 – A monarquia afegã tenta modernizar o
país abrindo-o para o ocidente;
• Grupos socialistas atuam no país, que faz
fronteira com a URSS;
• 1978 – Um golpe militar derruba a monarquia e
tenta alinhar o país com os soviéticos. Inicia-se
uma guerra civil entre o grupo no poder (de
esquerda) e os diversos líderes tribais do interior.

8. Guerras Afegãs – Invasão Soviética
• A URSS se envolve no conflito afegão:
1. A instabilidade no Afeganistão poderia se alastrar
para os estados mulçumanos da Ásia Central que
possuiam laços étnicos com a população afegã
(Cazaquistão, Uzbequistão, Quirquistão,
Turcomenistão e Tadjiquistão).
2. A URSS via na intervenção a possibilidade de
ampliar sua área de influência na Ásia Central.

9. Guerras Afegãs – Invasão Soviética
• 1979 – A URSS invade o Afeganistão sob o pretexto
de auxiliar o governo socialista no poder.
• Muitos afegãos fogem de sua região refugiando-se
no norte do Paquistão, dominado por grupos tribais
com mesma identidade étnica (pashtu).
• Os campos de refugiados contam com mais de 1
milhão de pessoas.

10. Guerras Afegãs – Invasão Soviética
• Os Estados Unidos intervêm (indiretamente) no
conflito afim de bloquear o avanço soviético,
fornecendo treinamento e armamento para os
afegãos.
• O Paquistão apoiava a ação ocidental visando
repatriar os refugiados que causavam
instabilidade nas suas regiões tribais.
• A Arábia Saudita, aliada dos EUA, passam a
fornecer ajuda humanitária para os refugiados.

11. Guerras Afegãs – Invasão Soviética
• Os refugiados (muitos órfãos) vão ser acolhidos
nas escolas religiosas (Madrassas), onde recebem
ensinamentos religiosos.
• Os adultos se tornam guerrilheiros, denominados
mujahedin (guerreiros santos), recebendo
reforços de mulçumanos do mundo todo que
aderem a guerra-santa contra os soviéticos. Os
campos de refugiados ao longo da fronteira afegã
se tornam uma enorme fonte de guerrilheiros.

12. Guerras Afegãs – Invasão Soviética
• A atuação dos mujahedin torna a ocupação
soviética impossível, principalmente graças ao
apoio dos EUA que fornece armas.
• 1989 – A URSS entra em colapso e o Afeganistão
é desocupado.
• Após a saída dos estrangeiros se reestabelecem
as velhas rivalidade. O país mergulha em nova
guerra civil.

13. Guerras Afegãs – Talibã
• Cada grupo tribal buscava impedir a subida ao
poder das outras etnias. O estado era de
completo caos.
• 1994 – O Talibã tomam o controle de Kandahar.
Este novo grupo era formado por jovens
refugiados que foram doutrinados nas madrassas
e cresceram em campos de refugiados. O Talibã
adotava uma interpretação fundamentalista e
ultra-conservadora do Corão, e impunha um
controle rigoroso da sociedade.

14. Guerras Afegãs – Talibã
• O Talibã acaba aparecendo como uma alternativa
viável ao caos da guerra civil. A população passa a
aceitar sua atuação se identificando com a dureza
das propostas do Talibã.
• 1996 – Cabul cai nas mãos do Talibã que continua
sua expansão para o norte. O último foco de
resistência vai ser a Aliança do Norte.
• 2001 – Morre o líder da Aliança do Norte, e o país
passa a ser controlado pelo Talibã.

15. Guerras Afegãs – Talibã
• Até 2001 o Afeganistão permanece sob controle
Talibã com a conivência das potências ocidentais
e do Paquistão.
• O regime passa a sofrer críticas duras por conta
de seus métodos violentos e pela repressão
duríssima imposta às mulheres.
• Porém a postura das grandes potência ainda é de
passividade.

16. Guerras Afegãs – Talibã
• O Paquistão apoiava o regime Talibã pois:
1. Via na estabilidade uma reversão do fluxo de
refugiados;
2. Poderia usar o território afegão para treinar
guerrilheiros para lutar na guerra pela Caxemira;
3. Uma aliança com Cabul permitiria ao Paquistão
acessar as economias da Ásia Central, ampliando o
comércio Paquistanês.

17. Guerras Afegãs – Talibã
• Os Estados Unidos e a Europa fazem vista
grossa a atuação do Talibãs pois:
1. A estabilização do Afeganistão abriria a
possibilidade da construção de gasodutos e
oleodutos ligando as reservas da Ásia Central e
do Mar Cáspio com o Oceano Índico.

18. Guerras Afegãs – Invasão Americana
• 2001 – Sob o pretexto de capturar Osama Bin
Laden os Estados Unidos invadem o Afeganistão.
• Trata-se de uma retaliação aos atentados ao WTC
de 11 de setembro do mesmo ano.
• Repete-se os fatos da invasão soviética: fuga em
massa de refugiados, desestabilização do país
com o surgimento de diversos grupos de
mujahedin.

19. Guerras Afegãs – Invasão Americana
• Grupos Talibã se deslocam para o norte do
Paquistão (maioria pashtu) onde se instalam,
passando a usar a porosidade da fronteira para
atacar os americanos.
• Os grupos de resistência passam a usar as
montanhas e cavernas da região para se
esconder, tornando difícil sua captura.
• Ao mesmo tempo empreendem ataques
terroristas contra os americanso nas cidades.

20. Guerras Afegãs – Invasão Americana
• 2004 – São realizadas eleições para
presidente, porém nenhum dos 14 candidatos
da oposição reconhecem o resultado que dava
o governo para Hamid Karzai, que já vinha
governando interinamente desde a queda do
Talibã.
• 2006 – Tropas da OTAN passam a atuar no
Afeganistão, porém o conflito continua.

21. Guerras Afegãs – Invasão Americana
• Em 2014 novas eleições são realizadas em
meio a muita desordem. Ashraf Ghani é eleito
presidente e empossado.
• O país segue em situação de Guerra Civil, e o
quadro humanitário é grave.
• 2014 – Os americanos iniciam a retirada das
tropas.

22. Paquistão – Caxemira
• O Paquistão se formou no processo de
independência da Índia, como um estado
reservado para os mulçumanos.
• Porém nesta partilha a região da Caxemira,
embora de maioria mulçumana, ficou sob
controle indiano.
• A região é muito fértil e possui nascentes de rios
importantes para os dois países.

23. Paquistão – Caxemira
• Tão logo foi declarada a independência o
Paquistão invadiu parte da Caxemira,
deixando os dois países em estado constante
de guerra.
• Ambos os países possuem armamento
nuclear, o que torna o conflito região de
importância global.

24. Paquistão – Caxemira
• A Índia conta com o apoio da Inglaterra e dos
Estados Unidos, e possui um exército mais forte
que seu vizinho.
• O Paquistão, país menos desenvolvido, utiliza
grupos guerrilheiros para atacar a Índia a forçá-la
a entregar o controle da Caxemira ao Paquistão.
• Estes guerrilheiros acreditam que a causa da
Caxemira é uma guerra santa.

25. Paquistão – Caxemira
• 2001 – A abertura política no Paquistão levou o
governo a romper relações com o Talibã.
• Após o 11 de Setembro o Paquistão se vê
pressionado a colaborar com os Estados Unidos
para não ser atrelado diretamente com o
terrorismo.
• Porém as alianças antigas com o Talibã trazem
instabilidade para o governo paquistanês.