2. No tempo dos reinos distantes havia um gnomo, de seu nome, David. Era um gnomo como todos os outros... Barbas brancas, trabalhador, amigo dos seus amigos e fiel à sua esposa.
3. Um belo dia, a sua esposa resolve pedir a David para ir buscar batatas à horta para a sopinha do almoço. O dia estava soalheiro, nada de especial se avizinhava... David pega na sua sachola e dirige-se, assobiando, até à sua horta. Num arremesso determinado ele bate em algo muito duro. Curioso, apressa-se em afastar a terra e tirar o objecto misterioso. Parecia uma espécie de bastão ou mesmo, uma forquilha um tanto ou quanto esquisita. David nunca tinha visto nada assim. Olhou de cima, olhou de baixo e, quando a agitou... PUFFFFFF!!!!!!!!!!!!
4. David aparece junto de uma caravela quinhentista, com um homem desconhecido, com um chapéu ainda mais estranho que o seu!
5. Observou durante algum tempo aquela azáfama de içar velas, recolher cordas, homens atarefados... Até que o homem se dirigiu a ele perguntando de quem se tratava. David respondeu, dizendo ser um gnomo dos reinos distantes e que não sabia como ali tinha ido parar, explicando a história do tridente mágico. Foi então que o homem também se apresentou, como o grande navegador português Infante D. Henrique que, não vivia em reinos distantes mas, procurava e sonhava com esses reinos.
6. Aliás, já tinha descoberto alguns e de uma forma entusiástica narrou-lhe alguns episódios dos descobrimentos portugueses. Ouviu falar de gigantes do mar, de tempestades, de sereias e ninfas e até da ilha dos amores.
7. David nem deu pelo tempo passar e, o sol já ia alto e ele grita: - Ai as batatas!!!! E mal diz aquilo, agitando-se atrapalhado, eis que o tridente exerce a sua magia e transporta-o de novo para a sua horta. Nesse dia teve muito que contar ao almoço...