SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 18
Estática
Histórico Ao estruturar os princípios da mecânica, Newton se baseou em estudos de grandes físicos que o precederam, entre eles Galileu. A primeira Lei de Newton é na verdade apenas uma síntese das idéias de Galileu. Galileu já havia percebido que um corpo em repouso, tende por inércia a continuar parado, e só sob a ação de alguma força externa é que poderá sair desse estado de equilíbrio; e se um corpo estiver em movimento, sem que nenhuma força externa esteja atuando sobre ele, o corpo tende por inércia, a continuar em movimento retilíneo uniforme.
Estática do ponto material e do corpo extenso A estática é a área da mecânica que estuda o equilíbrio dos corpos e pode ser dividida em duas partes: a estática do ponto material e a estática do corpo rígido. Ponto material Define-se ponto material como sendo um objeto cujas dimensões não são importantes no estudo do movimento. Note que essa definição não está afirmando que, para ser um ponto material, um objeto deva ser obrigatoriamente pequeno.Para entender melhor do que se trata, imagine uma carreta bem grande fazendo uma viagem. Você deseja estudar a sua velocidade média durante essa viagem. Isso pode ser feito de maneira bem simples, pois basta fazer a divisão da distância percorrida pelo tempo de viagem, sem que para isso se precise saber o tamanho da carreta. Dessa maneira podemos considerar a carreta como um ponto material, pois o tamanho dela nesse estudo não é importante.
Estática do ponto material O que é necessário para que um objeto com essas características possa ser mantido em equilíbrio estático? A resposta é bem simples: basta que as forças atuantes sobre ele se cancelem, isto é, a força resultante seja igual a zero. Como força, é uma grandeza vetorial, podemos calcular essa força resultante através da soma vetorial. Existe um método de soma vetorial que é conhecido como método da poligonal. Tal método é constituído em se colocar a origem de um vetor na extremidade do outro.
Quando se trata de um ponto material em equilíbrio, essa nova formação entre os vetores sempre formará um polígono fechado, ou seja, a extremidade do último vetor irá se encontrar com a origem do primeiro.Para ficar mais claro, considere um ponto material que está sujeito a três forças que se cancelam.
Uma propriedade dos vetores consiste no fato que você pode movimentá-los pelo espaço sem que sejam alterados seu sentido, sua intensidade e sua direção.Vamos tomar inicialmente a força F1, em seguida colocaremos a origem da força F2 na extremidade da força F1 e, finalmente, tomaremos a força F3 e colocaremos a sua origem na extremidade da força F2. O procedimento descrito está ilustrado na figura a seguir. Observe que conseguimos encontrar um polígono fechado, pois a extremidade de F3 coincidiu com a origem de F1. Isso ocorre porque as três forças estão se anulando, caso contrário, existiria um espaço entre o primeiro e o ultimo vetor da seqüência e com isso nós teríamos uma força resultante que apontaria da origem do primeiro para a extremidade do ultimo.
A seqüência escolhida na figura foi F1, em seguida F2 e por ultimo F3, mas essa ordem não é obrigatória. Nós poderíamos ter escolhido, por exemplo, F3, depois F2 e por ultimo F1. Nessa ordem ou em qualquer outra que for permitida, teremos sempre o mesmo resultado final. Observe a figura a seguir.
Equilíbrio de um Corpo Extenso Considera-se um corpo extenso, um objeto em que necessitamos considerar suas dimensões para o estudo do movimento. Para o estudo do equilíbrio de um corpo extenso, deveremos conhecer os conceitos de Momento de uma força (Torque).
Momento de uma Força Quando aplicamos uma força a um corpo extenso podemos: –  deformá-lo; –  deslocá-lo num movimento de translação; –  provocar um movimento de rotação; – ocasionar a ocorrência de mais de um dos fenômenos acima. Estudaremos o caso em que, devido à ação da força, o corpo tende a sofrer rotação.
À capacidade apresentada por uma força de acarretar movimento de rotação em um corpo extenso denominamos torque ou momento da força. Apesar de ser uma grandeza vetorial podemos dar-lhe um tratamento escalar, tendo em vista haver somente duas possibilidades de sentido de rotação no plano (horário ou anti-horário; ou ainda para a direita ou para a esquerda), bastando para tanto que adotemos um dos sentidos convencionalmente como positivo.
Vejamos o exemplo abaixo: Representando uma tábua pregada a uma mesa horizontal, podendo girar livremente em torno do prego, solta e sujeita à ação de uma força também horizontal. Olhando de cima, podemos caracterizar as grandezas que permitem medir a capacidade que a força tem de fazer a tábua girar, ou seja, o momento dessa força.
O ponto P (centro de rotação) é denominado pólo, à distância d do pólo à linha de ação da força é denominada braço da força. Definimos o momento escalar ( M ) da força  em relação ao pólo P como: O sinal do momento M depende do sentido de rotação convencionado previamente como positivo.  Quando a linha de ação da força passa pelo pólo, o momento é nulo, pois nesse caso o braço (d) é zero.   A unidade de momento no Sistema Internacional de Unidades é o Newton vezes metro (N · m).
Uma situação especial a que um corpo pode estar sujeito é o caso de termos duas forças paralelas (de mesma direção), mesma intensidade, sentidos opostos, mas com linhas de ação não coincidentes. Nesse caso, esse sistema de forças, denominado Binário ou Conjugado, tem a capacidade de fazer o corpo girar. Consideremos o Conjugado da figura abaixo atuando sobre um corpo. Adotando um ponto P qualquer como pólo e convencionando o sentido anti-horário como positivo, calculemos o momento resultante dos momentos de cada uma das forças.
Os momentos dessas forças são:    pois ambas tendem a fazer o corpo girar no sentido horário. Sendo      =      , então o momento resultante, denominado Binário ou Conjugado é:
Equilíbrio Estático do Corpo Extenso Um corpo extenso, sujeito à ação de várias forças, está em equilíbrio estático quando não está sofrendo nem movimento de translação nem movimento de rotação, em relação a um referencial.
Duas são as condições para que isso aconteça: 1a) Para que não sofra translação, a resultante das forças externas que agem no corpo deve ser nula. 2a) Para que não sofra rotação, a soma dos momentos dessas forças deve ser nula, independentemente do pólo considerado.
Exemplo: Vejamos o caso de uma barra homogênea em equilíbrio estático, apoiada sobre dois suportes horizontais e sujeita a uma força , conforme a figura. Analisando as forças que agem na barra temos:
Onde        e         são as reações normais dos apoios A e B sobre a barra e  é o peso da barra que, por ser homogênea, tem seu centro de massa coincidente com o seu centro geométrico O (ponto médio da barra Adotando o sentido horário como positivo e pólo no ponto O, as condições de equilíbrio são:

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Forcas leis newton
Forcas leis newtonForcas leis newton
Forcas leis newtonvitorandrey
 
Leis de newton slide-gizelda
Leis de newton   slide-gizeldaLeis de newton   slide-gizelda
Leis de newton slide-gizeldaGizelda
 
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05   mecância - dinâmica - leis de newtonAula 05   mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newtonBruno San
 
Aula04 leida inércia
Aula04 leida inérciaAula04 leida inércia
Aula04 leida inérciacristbarb
 
Terceira lei de newton
Terceira lei de newtonTerceira lei de newton
Terceira lei de newtonmateusms96
 
Habilidade 20 enem_fisica_aula_02
Habilidade 20 enem_fisica_aula_02Habilidade 20 enem_fisica_aula_02
Habilidade 20 enem_fisica_aula_02William Ananias
 
413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_vinicius413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_viniciusafpinto
 

Was ist angesagt? (17)

Leis de Newton
Leis de NewtonLeis de Newton
Leis de Newton
 
Dinâmica
DinâmicaDinâmica
Dinâmica
 
Forcas leis newton
Forcas leis newtonForcas leis newton
Forcas leis newton
 
Dinâmica
DinâmicaDinâmica
Dinâmica
 
Exercícios aplicações leis de newton
Exercícios aplicações leis de newtonExercícios aplicações leis de newton
Exercícios aplicações leis de newton
 
Leis de newton slide-gizelda
Leis de newton   slide-gizeldaLeis de newton   slide-gizelda
Leis de newton slide-gizelda
 
9 ano leis de newton
9 ano leis de newton9 ano leis de newton
9 ano leis de newton
 
Leis de newton
Leis de newtonLeis de newton
Leis de newton
 
As leis de newton
As leis de newtonAs leis de newton
As leis de newton
 
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05   mecância - dinâmica - leis de newtonAula 05   mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newton
 
Aula04 leida inércia
Aula04 leida inérciaAula04 leida inércia
Aula04 leida inércia
 
8a série - As leis de newton
8a série - As leis de newton8a série - As leis de newton
8a série - As leis de newton
 
Forças
ForçasForças
Forças
 
Terceira lei de newton
Terceira lei de newtonTerceira lei de newton
Terceira lei de newton
 
Habilidade 20 enem_fisica_aula_02
Habilidade 20 enem_fisica_aula_02Habilidade 20 enem_fisica_aula_02
Habilidade 20 enem_fisica_aula_02
 
1ª lei de newton
1ª lei de newton1ª lei de newton
1ª lei de newton
 
413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_vinicius413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_vinicius
 

Ähnlich wie Estática - Princípios e equilíbrio de corpos

413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_vinicius413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_viniciusEmerson Assis
 
05 Dinâmica - Leis de Newton
05 Dinâmica - Leis de Newton05 Dinâmica - Leis de Newton
05 Dinâmica - Leis de NewtonEletrons
 
Cap13 movimentocorposrigidos
Cap13 movimentocorposrigidosCap13 movimentocorposrigidos
Cap13 movimentocorposrigidosjperceu
 
Apostila leis de newton
Apostila leis de newtonApostila leis de newton
Apostila leis de newtonlittlevic4
 
LEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptx
LEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptxLEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptx
LEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptxcristianecanella
 
AULAS 2° A Karine Felix.pptx
AULAS 2° A Karine Felix.pptxAULAS 2° A Karine Felix.pptx
AULAS 2° A Karine Felix.pptxKarine Felix
 
AULAS 2° E Karine Felix.pptx
AULAS 2° E Karine Felix.pptxAULAS 2° E Karine Felix.pptx
AULAS 2° E Karine Felix.pptxKarine Felix
 
AULAS 3° C Karine Felix.pptx
AULAS 3° C Karine Felix.pptxAULAS 3° C Karine Felix.pptx
AULAS 3° C Karine Felix.pptxKarine Felix
 
AULAS 2° D Karine Felix.pptx
AULAS 2° D Karine Felix.pptxAULAS 2° D Karine Felix.pptx
AULAS 2° D Karine Felix.pptxKarine Felix
 
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05   mecância - dinâmica - leis de newtonAula 05   mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newtonJonatas Carlos
 
Dinamica -As leis de Newton.pptx
Dinamica -As leis de Newton.pptxDinamica -As leis de Newton.pptx
Dinamica -As leis de Newton.pptxCanalFsicaFcil
 
Resumo de física estática guia do estudante
Resumo de física  estática   guia do estudanteResumo de física  estática   guia do estudante
Resumo de física estática guia do estudantegislaine costa
 

Ähnlich wie Estática - Princípios e equilíbrio de corpos (20)

413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_vinicius413 apostila ita_dinamica_vinicius
413 apostila ita_dinamica_vinicius
 
8a série as leis de newton
8a série   as leis de newton8a série   as leis de newton
8a série as leis de newton
 
1607336804cT1tuI87.pdf
1607336804cT1tuI87.pdf1607336804cT1tuI87.pdf
1607336804cT1tuI87.pdf
 
05 Dinâmica - Leis de Newton
05 Dinâmica - Leis de Newton05 Dinâmica - Leis de Newton
05 Dinâmica - Leis de Newton
 
Dinâmica
DinâmicaDinâmica
Dinâmica
 
Forcas leis newton
Forcas leis newtonForcas leis newton
Forcas leis newton
 
Cap13 movimentocorposrigidos
Cap13 movimentocorposrigidosCap13 movimentocorposrigidos
Cap13 movimentocorposrigidos
 
07 leis de newtons
07 leis de newtons07 leis de newtons
07 leis de newtons
 
Apostila leis de newton
Apostila leis de newtonApostila leis de newton
Apostila leis de newton
 
LEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptx
LEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptxLEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptx
LEIS DE NEWTON 2 - 1ª EDIÇÃO 2015.pptx
 
AULAS 2° A Karine Felix.pptx
AULAS 2° A Karine Felix.pptxAULAS 2° A Karine Felix.pptx
AULAS 2° A Karine Felix.pptx
 
AULAS 2° E Karine Felix.pptx
AULAS 2° E Karine Felix.pptxAULAS 2° E Karine Felix.pptx
AULAS 2° E Karine Felix.pptx
 
AULAS 3° C Karine Felix.pptx
AULAS 3° C Karine Felix.pptxAULAS 3° C Karine Felix.pptx
AULAS 3° C Karine Felix.pptx
 
AULAS 2° D Karine Felix.pptx
AULAS 2° D Karine Felix.pptxAULAS 2° D Karine Felix.pptx
AULAS 2° D Karine Felix.pptx
 
As leis de newton
As leis de newtonAs leis de newton
As leis de newton
 
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05   mecância - dinâmica - leis de newtonAula 05   mecância - dinâmica - leis de newton
Aula 05 mecância - dinâmica - leis de newton
 
LEIS DE NEWTON.ppt
LEIS DE NEWTON.pptLEIS DE NEWTON.ppt
LEIS DE NEWTON.ppt
 
Dinamica -As leis de Newton.pptx
Dinamica -As leis de Newton.pptxDinamica -As leis de Newton.pptx
Dinamica -As leis de Newton.pptx
 
Resumo de física estática guia do estudante
Resumo de física  estática   guia do estudanteResumo de física  estática   guia do estudante
Resumo de física estática guia do estudante
 
Força e movimento.pdf
Força e movimento.pdfForça e movimento.pdf
Força e movimento.pdf
 

Kürzlich hochgeladen

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 

Estática - Princípios e equilíbrio de corpos

  • 2. Histórico Ao estruturar os princípios da mecânica, Newton se baseou em estudos de grandes físicos que o precederam, entre eles Galileu. A primeira Lei de Newton é na verdade apenas uma síntese das idéias de Galileu. Galileu já havia percebido que um corpo em repouso, tende por inércia a continuar parado, e só sob a ação de alguma força externa é que poderá sair desse estado de equilíbrio; e se um corpo estiver em movimento, sem que nenhuma força externa esteja atuando sobre ele, o corpo tende por inércia, a continuar em movimento retilíneo uniforme.
  • 3. Estática do ponto material e do corpo extenso A estática é a área da mecânica que estuda o equilíbrio dos corpos e pode ser dividida em duas partes: a estática do ponto material e a estática do corpo rígido. Ponto material Define-se ponto material como sendo um objeto cujas dimensões não são importantes no estudo do movimento. Note que essa definição não está afirmando que, para ser um ponto material, um objeto deva ser obrigatoriamente pequeno.Para entender melhor do que se trata, imagine uma carreta bem grande fazendo uma viagem. Você deseja estudar a sua velocidade média durante essa viagem. Isso pode ser feito de maneira bem simples, pois basta fazer a divisão da distância percorrida pelo tempo de viagem, sem que para isso se precise saber o tamanho da carreta. Dessa maneira podemos considerar a carreta como um ponto material, pois o tamanho dela nesse estudo não é importante.
  • 4. Estática do ponto material O que é necessário para que um objeto com essas características possa ser mantido em equilíbrio estático? A resposta é bem simples: basta que as forças atuantes sobre ele se cancelem, isto é, a força resultante seja igual a zero. Como força, é uma grandeza vetorial, podemos calcular essa força resultante através da soma vetorial. Existe um método de soma vetorial que é conhecido como método da poligonal. Tal método é constituído em se colocar a origem de um vetor na extremidade do outro.
  • 5. Quando se trata de um ponto material em equilíbrio, essa nova formação entre os vetores sempre formará um polígono fechado, ou seja, a extremidade do último vetor irá se encontrar com a origem do primeiro.Para ficar mais claro, considere um ponto material que está sujeito a três forças que se cancelam.
  • 6. Uma propriedade dos vetores consiste no fato que você pode movimentá-los pelo espaço sem que sejam alterados seu sentido, sua intensidade e sua direção.Vamos tomar inicialmente a força F1, em seguida colocaremos a origem da força F2 na extremidade da força F1 e, finalmente, tomaremos a força F3 e colocaremos a sua origem na extremidade da força F2. O procedimento descrito está ilustrado na figura a seguir. Observe que conseguimos encontrar um polígono fechado, pois a extremidade de F3 coincidiu com a origem de F1. Isso ocorre porque as três forças estão se anulando, caso contrário, existiria um espaço entre o primeiro e o ultimo vetor da seqüência e com isso nós teríamos uma força resultante que apontaria da origem do primeiro para a extremidade do ultimo.
  • 7. A seqüência escolhida na figura foi F1, em seguida F2 e por ultimo F3, mas essa ordem não é obrigatória. Nós poderíamos ter escolhido, por exemplo, F3, depois F2 e por ultimo F1. Nessa ordem ou em qualquer outra que for permitida, teremos sempre o mesmo resultado final. Observe a figura a seguir.
  • 8. Equilíbrio de um Corpo Extenso Considera-se um corpo extenso, um objeto em que necessitamos considerar suas dimensões para o estudo do movimento. Para o estudo do equilíbrio de um corpo extenso, deveremos conhecer os conceitos de Momento de uma força (Torque).
  • 9. Momento de uma Força Quando aplicamos uma força a um corpo extenso podemos: –  deformá-lo; –  deslocá-lo num movimento de translação; –  provocar um movimento de rotação; – ocasionar a ocorrência de mais de um dos fenômenos acima. Estudaremos o caso em que, devido à ação da força, o corpo tende a sofrer rotação.
  • 10. À capacidade apresentada por uma força de acarretar movimento de rotação em um corpo extenso denominamos torque ou momento da força. Apesar de ser uma grandeza vetorial podemos dar-lhe um tratamento escalar, tendo em vista haver somente duas possibilidades de sentido de rotação no plano (horário ou anti-horário; ou ainda para a direita ou para a esquerda), bastando para tanto que adotemos um dos sentidos convencionalmente como positivo.
  • 11. Vejamos o exemplo abaixo: Representando uma tábua pregada a uma mesa horizontal, podendo girar livremente em torno do prego, solta e sujeita à ação de uma força também horizontal. Olhando de cima, podemos caracterizar as grandezas que permitem medir a capacidade que a força tem de fazer a tábua girar, ou seja, o momento dessa força.
  • 12. O ponto P (centro de rotação) é denominado pólo, à distância d do pólo à linha de ação da força é denominada braço da força. Definimos o momento escalar ( M ) da força em relação ao pólo P como: O sinal do momento M depende do sentido de rotação convencionado previamente como positivo. Quando a linha de ação da força passa pelo pólo, o momento é nulo, pois nesse caso o braço (d) é zero.   A unidade de momento no Sistema Internacional de Unidades é o Newton vezes metro (N · m).
  • 13. Uma situação especial a que um corpo pode estar sujeito é o caso de termos duas forças paralelas (de mesma direção), mesma intensidade, sentidos opostos, mas com linhas de ação não coincidentes. Nesse caso, esse sistema de forças, denominado Binário ou Conjugado, tem a capacidade de fazer o corpo girar. Consideremos o Conjugado da figura abaixo atuando sobre um corpo. Adotando um ponto P qualquer como pólo e convencionando o sentido anti-horário como positivo, calculemos o momento resultante dos momentos de cada uma das forças.
  • 14. Os momentos dessas forças são:   pois ambas tendem a fazer o corpo girar no sentido horário. Sendo = , então o momento resultante, denominado Binário ou Conjugado é:
  • 15. Equilíbrio Estático do Corpo Extenso Um corpo extenso, sujeito à ação de várias forças, está em equilíbrio estático quando não está sofrendo nem movimento de translação nem movimento de rotação, em relação a um referencial.
  • 16. Duas são as condições para que isso aconteça: 1a) Para que não sofra translação, a resultante das forças externas que agem no corpo deve ser nula. 2a) Para que não sofra rotação, a soma dos momentos dessas forças deve ser nula, independentemente do pólo considerado.
  • 17. Exemplo: Vejamos o caso de uma barra homogênea em equilíbrio estático, apoiada sobre dois suportes horizontais e sujeita a uma força , conforme a figura. Analisando as forças que agem na barra temos:
  • 18. Onde e são as reações normais dos apoios A e B sobre a barra e é o peso da barra que, por ser homogênea, tem seu centro de massa coincidente com o seu centro geométrico O (ponto médio da barra Adotando o sentido horário como positivo e pólo no ponto O, as condições de equilíbrio são: