O documento discute os conceitos de cultura e multiculturalismo, abordando a evolução histórica do significado de cultura, as diferentes posições em relação ao multiculturalismo, a influência da globalização na educação brasileira e a importância da formação docente levar em conta esses conceitos.
3. O QUE É CULTURA? O QUE É CULTURA? Seu significado foi mudando ao longo dos séculos. No latim, falado em Roma, significava inicialmente “ cultivo a terra “; e, logo por extensão metafórica “ cultivo das espécies humanas” . Às vezes, alternava com civilização, que também deriva do latim e se usava como algo oposto ao selvagem, a barbárie ou até mesmo ao rústico. Civilizado era o homemeducado.
4. UM POUQUINHO DE HISTÓRIA Desde o século XVIII, o romantismo impôs uma diferença entre civilização e cultura. O primeiro termo se utilizava para nomear o desenvolvimento econômico e tecnológico, o material. Já o segundo, para referir-se ao espiritual, ou seja, ao cultivo das faculdades intelectuais. UM POUQUINHO DE HISTÓRIA
16. ACULTURAÇÃO E DESCULTURAÇÃO Após ter discutido sobre cultura sob diferentes pontos de vista, chego a seguinte dialética: Aculturação (tese) + Desculturação (antítese) = Neoculturação ( Transculturação ) ACULTURAÇÃO E DESCULTURAÇÃO
17. TEXTOS COMPLEMENTARES Textos que apontam para cultura sob um enfoque crítico, abordando aspectos da geografia, política, sociologia, antropologia e lingüística: TEXTOS COMPLEMENTARES Hispanoamérica: Carta geográfica de su cultura. Certidumbre de América Não é a Taco Bell: Apontamentos sobre McOndo e o neoliberalismo mágico – Alberto Fuguet. In: RESENDE, Beatriz(org). A literatura latino- americana do séc.XXI.RJ Aeroplano, 2005. Los hijos de la Malinche. PAZ, Octavio. El labirinto de la soledad .Méx.: F.C.E., 2001.
19. O QUE É GLOBALIZAÇÃO? O QUE É GLOBALIZAÇÃO? Para Barbe, seu caráter é um fenômeno político-econômico, onde a democracia não se capacita mais como forma política para os dois tipos econômicos que descreve como pré-industrialismotribalista ou o pós-industrialismo globalizado. No que tange a cultura, ela acaba por se tornar um instrumento na mão da economia por através da ajuda dos veículos de comunicação ditar qual deve ser o interesse da população mundial que nesse momento é dominado pelos Estados Unidos da América. A globalização é um fenômeno que aprofunda a integração entre economia, social, cultura e política. Possui quatro teóricos importantes: Antonio Negri, Daniele Conversi r, Samuel P. Huntington e Benjamim Barbe. Para os três primeiros, a globalização possui um cunho mais cultural e como falado por Huntington como sendo um processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo.
20. Na educação brasileira, esse fenômeno é muito bem mostrado já que a globalização no seu lado mais perverso, evidencia a indiferença que existe entre os países tidos por desenvolvidos em relação aos países de terceiro mundo. Como noticiado pelo jornal eletrônico da PUC/SP em 26/11/2007, que diz: Brasil fica para trás na globalização da educação Alto custo do estudo no exterior deixa brasileiros em desvantagem; atrás do México, Brasil está em 16º lugar no ranking dos países que mais enviam alunos para os EUA; China e Índia vêm primeiro. A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
21. Não é apenas na economia que os países asiáticos em desenvolvimento estão dominando mais mercados que a América Latina. Lá, a globalização na educação também está andando a passos mais largos. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês), de Nova York, indianos e chineses são 26% dos estudantes nas universidades dos Estados Unidos no ano letivo 2006/2007 e ocupam os primeiros lugares de um ranking sobre estrangeiros em escolas americanas. Além dos asiáticos do Bric (sigla para os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China), Coréia do Sul, Japão e Taiwan também aparecem no topo no estudo Open Doors (Portas Abertas). O Brasil, em 16º lugar é, depois do México, o latino-americano mais bem colocado. A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA A INFLUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
29. A elite cultural branca busca construir uma cultura comum, minimizando ou anulando os saberes, os dialetos, as crenças, os costumes e os comportamentos de grupos subordinados.
30. Pressupõe a hegemonia do capital cultural da classe média.MULTICULTURALISMO CONSERVADOR
31.
32. Considera que todos apresentam a mesma capacidade intelectual e, portanto capazes de competir e ascender na sociedade capitalista.
33. Crença na possibilidade de remoção de obstáculos injustos através de reformas não traumáticas.
34. Criticada por secundarizar a força das restrições estruturais lhe conferindo um caráter ingênuo.MULTICULTURALISMO LIBERAL
35.
36. Considera que a visão de igualdade termina por negligenciar as importantes características que diferem uma raça de outra.
37. Seus adeptos terminam desconsiderando a cultura dominante e privilegiando um conjunto não questionando manifestações culturais de grupos oprimidos. MULTICULTURALISMO LIBERAL DE ESQUERDA
38.
39. As lutas sociais são entendidas como resultado das representações de raça, classe e gênero.
40. Necessidade de transformação das relações sociais, culturais e institucionais nas quais o significado das representações (raça, classe e gênero) é visto como lutas sociais. MULTICULTURALISMO CRÍTICO
42. MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO Diante do contexto multicultural em que a educação está inserida atualmente faz-se necessário uma concepção de pedagogia que compreenda as diferentes culturas, buscando harmonizá-las de modo que os alunos sintam-se a vontade para discutir e refletir sobre o diferente excluindo-se de preconceitos e possíveis rixas entre os grupos sociais, étnicos ou religiosos.
43. A proposta de uma formação docente em que o professor esteja preparado para construir com seus alunos essas concepção a cerca do difrente são discutidas por diversos autores, como Moreira e Lima. Para Moreira, esse profissional não deve apenas estar aberto ao diálogo com as diferentes manisfestações culturais, mas também ter as habilidades necessárias à promoção de um diálogo que favoreça a crítica e a autocrítica. Moreira propõe ainda alguns principios básicos que facilitariam a formação desse profissional, dentre eles destaca-se: formação de professores menos preconceituosos; literatura mais específica que trate desse assunto; organização de um currículo que favoreça aos professores, mostrando-lhes os caminhos a seguir; associação de literatura específica a um professor culturalmente comprometido., é aqui que Moreira e Lima se fundem. A FORMAÇÃO DOCENTE A FORMAÇÃO DOCENTE
44. Para Lima um professor culturalmente comprometido, ou seja, a ideia de um professor como intelectual, que é "capaz se engajar em um diálogo crítico com o mundo" , " um herdeiro, crítico e intérprtete da cultura, para um função escolar"; um profissional que seja capaz de propor práticas em que os alunos foram levados a lidar com difrerente, a refletir sobre essas questões. Interessante lembrar que Lima, em seu texto afirma que uma formação sólida apenas parte do conjunto de condições necessárias ao professor culturalmente comprometido, ainda é necessário boas condições de trabalho e de carreira. Não é possível exigir que corra apenas por conta do empenho pessoal de cada professor. A FORMAÇÃO DOCENTE A FORMAÇÃO DOCENTE
45. É necessário também atentar ao fato de que com o intuito de refletir sobre o multiculturalismo em sala de aula nossos professores não supervalorizem preocupações com questões pessoais nos procedimentos escolares. Novas maneiras de pensar o diferente devem ser analizadas e postas em prática com o intuito de pensar sobre, refletir e estabelecer meios de aceitar a diversidade e a complexidade individual. CONCLUSÃO CONCLUSÃO