4. Definição
A osteoporose é uma doença sistémica do
esqueleto caracterizada por diminuição da massa
óssea e alteração da microarquitectura do
tecido ósseo, com o consequente aumento da
fragilidade do osso e maior risco de fractura.
5. Introdução
A consequência clínica da fragilidade óssea é a
fractura
O risco de fractura correlaciona-se com a densidade
mineral óssea medida pela densitometria radiológica
(DEXA).
6. Critérios da OMS
Se a densidade mineral óssea (BMD) é inferior a –2,5
desvios padrões (DP) em relação a uma população
jovem do mesmo sexo (T-score) »» OSTEOPOROSE
Quando a BMD está compreendida entre –2,5 DP e –
1DP em relação ao T-score »» OSTEOPENIA
Quando a BMD é superior a –1DP em relação ao T-
score »» NORMAL
7. A osteoporose é um problema de saúde
pública devido às fracturas.
A incidência de fractura é quase duas vezes
maior na mulher do que nos homens.
A osteoporose cursa de forma assintomática
até que surja a fractura.
8. Quais são as fracturas osteoporóticas
mais frequentes?
Fracturas vertebrais
Fractura do colo do fémur
Fractura do punho (fractura de Colles)
9.
10. Fracturas vertebrais
Um terço das fracturas vertebrais provoca dor
suficiente para obrigar o doente a procurar cuidados
médicos.
Contudo muitas ocorrem sem quaisquer sintomas
tornando-se aparentes apenas através da perda de
altura ou do aparecimento de cifose .
11.
12.
13. Fracturas do punho
As fracturas do punho ocorrem tipicamente numa
idade mais precoce que as fracturas da anca. Este
facto explica-se pela diferença no tipo de queda
que as originam.
As fracturas do punho surgem quando uma pessoa
estando de pé cai para a frente e, ao tentar atenuar
a queda, estende o membro superior.
14. Fracturas da anca
As fracturas da anca surgem habitualmente quando
uma pessoa se tenta levantar da posição
sentada mas não consegue gerar energia suficiente
para elevar o centro de gravidade para uma posição
estável.
O resultado é uma queda para trás, com impacto
directo no grande trocanter do fémur.
15. Fractura osteoporótica
Assim, a ocorrência de fracturas em doentes com
osteoporose depende não só da resistência
intrínseca do osso, mas também de factores que
levam às quedas.
Fragilidade
óssea
Fractura osteoporótica
Queda
16. Osso - histologia
O tecido ósseo é constituído por
Matriz proteíca »» substancia osteóide
Colagéneo
Glicosaminoglicanos
Células »» osteoblastos, osteoclastos,
osteócitos
Componente mineral »» hidroxiapatite (fosfato
tricálcico dihidratado)
17. Tipos de osso
Osso cortical
90% do esqueleto
Diáfise dos ossos longos e nas superficies dos osso planos
É composto de osso compacto disposto à volta de canais
centrais (sistemas haversianos) que contêm vasos
sanguíneos, linfáticos, nervos e tecido conjuntivo
Osso trabecular
Epífises dos ossos longos e no interior dos ossos planos
como as vértebras
Consiste numa rede trabecular interligada e contem medula
18. Remodelação óssea
O tecido ósseo é um tecido vivo, metabolicamente
activo, submetido a fenómenos de formação e de
reabsorção simultâneos e permanentes.
Isto denomina-se remodelação óssea.
19. Remodelação óssea
Consiste na destruição e renovação óssea
Este processo contínua através da vida
Osteoclasto Osteoblasto
Reabsorção Formação
A quantidade de osso reabsorvido é substituído por quantidade
igual de osso
A perda deste equilíbrio OSTEOPOROSE
20. Aquisição de massa óssea durante a
adolescência
Em qualquer altura da vida adulta, a massa óssea
corresponde ao osso que foi ganho durante os anos
de crescimento menos o osso que,
subsequentemente, foi perdido.
A massa óssea aumenta até aos 18 anos e depois de
uma forma mais lenta até aos 25-35 anos.
21. Factores que influenciam o pico de
massa óssea:
Factores genéticos
Factores dietéticos
Factores hormonais
outros
22. Pico de massa óssea
F. Genéticos
Não são modificáveis e têm um importante
contributo no pico de massa óssea.
F. Dietéticos
O aporte diária de cálcio deve ser estimulado
durante toda a vida (produtos lácteos)
F. Hormonais
Puberdade – o atraso na puberdade afecta a
aquisição de massa óssea (ginastas de alta competição)
23. Pico de massa óssea (cont.)
Exercício físico – a prática de exercício físico
contribuí para um osso de boa qualidade. A
imobilização acompanha-se por baixa aquisição de
massa óssea.
Doenças específicas – osteogénese imperfeita
Fármacos – corticosteróides
24. O indivíduo que não atingiu um pico de massa
óssea adequado, não precisará de perder muito
osso na idade adulta para ter um risco de
osteoporose e de fractura substancialmente
aumentado.
O pico de massa óssea é alcançado durante a
terceira década de vida e serve de banco de osso
para o resto da vida adulta.
25. Perda de massa óssea relacionada
com a idade
Em qualquer altura da vida a densidade mineral
óssea dos homens é superior à das mulheres.
A densidade mineral óssea permanece estável até
cerca dos 50 anos, altura em que homens e mulheres
iniciam uma perda progressiva
26. A perda óssea é mais rápida nas mulheres entre os
50 e os 60 anos, reflectindo o impacto da perda de
produção de estrogéneos.
Após esta idade a perda de densidade mineral óssea
relacionada com a idade é semelhante para o homem
e para a mulher.
27. Factores que promovem a perda de
massa óssea com a idade:
Factores hormonais – diminuição da produção
de estrogéneos (menopausa)
Aumento da paratohormona (PTH)
circulante – este aumento está relacionado com
a idade e não secundário a um distúrbio da
glândula paratiroideia como é o
hiperparatiroidismo
Diminuição da actividade física relacionada
com a idade
28. Aumento da paratohormona circulante
estado de insuficiência em cálcio
derivado quer de uma dieta insuficiente
quer dum estado de deficit em vitamina D
ou da deficiente absorção intestinal de cálcio
30. Osteoporose pós-menopausa
Menopausa
Diminuição da PTH
Deficiência de
Estrogéneos aumento da
reabsorção óssea diminuição
Vitamina D
Balanço de cálcio
negativo
31. Osteoporose associada ao
envelhecimento
Envelhecimento
Diminuição Diminuição da
Formação óssea vitamina D
Diminuição da
absorção de Ca
Aumento da perda
Massa óssea aumento de PTH
32. Contributos para a saúde do osso
Nutrição
Evitar uma ingestão elevada de sódio
Manter a ingestão diária de cálcio no nivel
recomendado
Manter um peso corporal adequado
Actividade física
Evitar exercício excessivo (amenorreia
associada ao exercício)
Fazer exercício 30 ou mais minutos por dia
33. Contributos para a saúde do osso
(cont.)
Executar uma variedade de actividades em
carga
A perda óssea ocorre com a inactividade e a
imobilização
A diminuição da carga mecânica conduz a
perda da massa óssea
Evitar
Fumar cigarros
Ingerir bebidas alcoólicas
Ingerir cafeína
34. Factores de risco para as fracturas
osteoporóticas
Função neuromuscular Risco de queda
Factores ambientais
Tipo de queda
Respostas protectoras Força de impacto
Absorção de energia
Risco de fractura
Massa mineral óssea
Geometria óssea Resistência do osso
Qualidade do osso
35. Para haver fractura
Diminuição da densidade mineral óssea
Disrupção das trabéculas ósseas
A alteração da microarquitectura trabecular é
fundamental para a ocorrência de fracturas
A perda progressiva de trabéculas horizontais é
mais acentuada que a perda das trabéculas
verticais
36. Geometria óssea (cont)
O comprimento do colo do fémur influencia o risco
de fractura
Quanto maior o seu comprimento maior o risco
de fractura
37. Osteoporose - radiologia
DEXA – densitometria
Único método de diagnóstico
Radiologia convencional
Avalias as complicações – fracturas ósseas
Coluna vertebral
Vértebra em cunha
Vértebra bicôncava
Colapso vertebral
38.
39. Raquitismo
Def. vit D – s/ exposição solar, dieta, alimentação
parentérica, criança alimentada com leite materno
sem suplemento de vitamina D
Def. cálcio – dieta pobre em cálcio, dieta rica em
fitatos, alimentação parentérica
Def. fósforo – amamentação, alim. parentérica
40. Ca
PTH
Osso rim
Reabsorção Ca U
óssea P U
Fraqueza muscular
Deformidades ossos longos
Rosário raquítico
41. Osteomalácea
Aumento osteóide
Diminuição da mineralização óssea
42. D. Óssea de Paget
Osso desorganizado
Aumento da reabsorção óssea
Aumento da formação óssea
Perde-se o equilíbrio
43. Alterações ósseas:
Aumento de tamanho do osso
Aumento susceptibilidade deformidade
Aumento da susceptibilidade fracturas
Aumento da vascularidade
44. Quadro clinico
>40 anos idade
Monostotico afectando apenas um osso ou uma
porção
Poliostotico - > 2 ossos