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Doenças Ósseas Metabólicas


    Curso de Fisioterapia
      Maria Manuela Costa


    Universidade Atlântica
Doenças Ósseas Metabólicas

   Osteoporose
   Osteomalacia
   D. Óssea de Paget
   Raquitismo
Osteoporose
Definição
   A osteoporose é uma doença sistémica do
    esqueleto caracterizada por diminuição da massa
    óssea e alteração da microarquitectura do
    tecido ósseo, com o consequente aumento da
    fragilidade do osso e maior risco de fractura.
Introdução
   A consequência clínica da fragilidade óssea é a
    fractura

   O risco de fractura correlaciona-se com a densidade
    mineral óssea medida pela densitometria radiológica
    (DEXA).
Critérios da OMS
   Se a densidade mineral óssea (BMD) é inferior a –2,5
    desvios padrões (DP) em relação a uma população
    jovem do mesmo sexo (T-score) »» OSTEOPOROSE

   Quando a BMD está compreendida entre –2,5 DP e –
    1DP em relação ao T-score »» OSTEOPENIA

   Quando a BMD é superior a –1DP em relação ao T-
    score »» NORMAL
   A osteoporose é um problema de saúde
    pública devido às fracturas.

   A incidência de fractura é quase duas vezes
    maior na mulher do que nos homens.

   A osteoporose cursa de forma assintomática
    até que surja a fractura.
   Quais são as fracturas osteoporóticas
    mais frequentes?

       Fracturas vertebrais
       Fractura do colo do fémur
       Fractura do punho (fractura de Colles)
Fracturas vertebrais

   Um terço das fracturas vertebrais provoca dor
    suficiente para obrigar o doente a procurar cuidados
    médicos.
   Contudo muitas ocorrem sem quaisquer sintomas
    tornando-se aparentes apenas através da perda de
    altura ou do aparecimento de cifose .
Fracturas do punho

   As fracturas do punho ocorrem tipicamente numa
    idade mais precoce que as fracturas da anca. Este
    facto explica-se pela diferença no tipo de queda
    que as originam.

   As fracturas do punho surgem quando uma pessoa
    estando de pé cai para a frente e, ao tentar atenuar
    a queda, estende o membro superior.
Fracturas da anca

   As fracturas da anca surgem habitualmente quando
    uma pessoa se tenta levantar da posição
    sentada mas não consegue gerar energia suficiente
    para elevar o centro de gravidade para uma posição
    estável.
   O resultado é uma queda para trás, com impacto
    directo no grande trocanter do fémur.
Fractura osteoporótica

   Assim, a ocorrência de fracturas em doentes com
    osteoporose depende não só da resistência
    intrínseca do osso, mas também de factores que
    levam às quedas.
                                              Fragilidade
                                                   óssea
   Fractura osteoporótica
                                                  Queda
Osso - histologia

   O tecido ósseo é constituído por
     Matriz proteíca »» substancia osteóide

          Colagéneo

          Glicosaminoglicanos

          Células »» osteoblastos, osteoclastos,

           osteócitos
     Componente mineral »» hidroxiapatite (fosfato

       tricálcico dihidratado)
Tipos de osso
   Osso cortical
       90% do esqueleto
       Diáfise dos ossos longos e nas superficies dos osso planos
       É composto de osso compacto disposto à volta de canais
        centrais (sistemas haversianos) que contêm vasos
        sanguíneos, linfáticos, nervos e tecido conjuntivo
   Osso trabecular
       Epífises dos ossos longos e no interior dos ossos planos
        como as vértebras
       Consiste numa rede trabecular interligada e contem medula
Remodelação óssea


   O tecido ósseo é um tecido vivo, metabolicamente
    activo, submetido a fenómenos de formação e de
    reabsorção simultâneos e permanentes.

   Isto denomina-se remodelação óssea.
Remodelação óssea

   Consiste na destruição e renovação óssea
   Este processo contínua através da vida

    Osteoclasto                          Osteoblasto

    Reabsorção                            Formação


   A quantidade de osso reabsorvido é substituído por quantidade
    igual de osso
   A perda deste equilíbrio                  OSTEOPOROSE
Aquisição de massa óssea durante a
adolescência
   Em qualquer altura da vida adulta, a massa óssea
    corresponde ao osso que foi ganho durante os anos
    de crescimento menos o osso que,
    subsequentemente, foi perdido.

   A massa óssea aumenta até aos 18 anos e depois de
    uma forma mais lenta até aos 25-35 anos.
   Factores que influenciam o pico de
    massa óssea:

       Factores genéticos
       Factores dietéticos
       Factores hormonais
       outros
   Pico de massa óssea
       F. Genéticos
          Não são modificáveis e têm um importante

           contributo no pico de massa óssea.
       F. Dietéticos
          O aporte diária de cálcio deve ser estimulado

           durante toda a vida (produtos lácteos)
       F. Hormonais
          Puberdade – o atraso na puberdade afecta a

           aquisição de massa óssea (ginastas de alta competição)
   Pico de massa óssea (cont.)
       Exercício físico – a prática de exercício físico
        contribuí para um osso de boa qualidade. A
        imobilização acompanha-se por baixa aquisição de
        massa óssea.
       Doenças específicas – osteogénese imperfeita
       Fármacos – corticosteróides
   O indivíduo que não atingiu um pico de massa
    óssea adequado, não precisará de perder muito
    osso na idade adulta para ter um risco de
    osteoporose e de fractura substancialmente
    aumentado.


   O pico de massa óssea é alcançado durante a
    terceira década de vida e serve de banco de osso
    para o resto da vida adulta.
Perda de massa óssea relacionada
com a idade
   Em qualquer altura da vida a densidade mineral
    óssea dos homens é superior à das mulheres.

   A densidade mineral óssea permanece estável até
    cerca dos 50 anos, altura em que homens e mulheres
    iniciam uma perda progressiva
   A perda óssea é mais rápida nas mulheres entre os
    50 e os 60 anos, reflectindo o impacto da perda de
    produção de estrogéneos.

   Após esta idade a perda de densidade mineral óssea
    relacionada com a idade é semelhante para o homem
    e para a mulher.
   Factores que promovem a perda de
    massa óssea com a idade:
       Factores hormonais – diminuição da produção
        de estrogéneos (menopausa)
       Aumento da paratohormona (PTH)
        circulante – este aumento está relacionado com
        a idade e não secundário a um distúrbio da
        glândula paratiroideia como é o
        hiperparatiroidismo
       Diminuição da actividade física relacionada
        com a idade
   Aumento da paratohormona circulante

       estado de insuficiência em cálcio
          derivado quer de uma dieta insuficiente

          quer dum estado de deficit em vitamina D

          ou da deficiente absorção intestinal de cálcio
Classificação da osteoporose

   Primária
       Pós-menopausa
       Associada ao envelhecimento
   Secundária
Osteoporose pós-menopausa
Menopausa
                                       Diminuição da PTH
Deficiência de
Estrogéneos       aumento da
                 reabsorção óssea         diminuição
                                          Vitamina D
                   Balanço de cálcio
                       negativo
Osteoporose associada ao
envelhecimento
                   Envelhecimento
Diminuição                       Diminuição da
Formação óssea                  vitamina D

                                      Diminuição da
                                    absorção de Ca
Aumento da perda
Massa óssea                  aumento de PTH
Contributos para a saúde do osso

   Nutrição
         Evitar uma ingestão elevada de sódio
         Manter a ingestão diária de cálcio no nivel

          recomendado
         Manter um peso corporal adequado

   Actividade física
         Evitar exercício excessivo (amenorreia

          associada ao exercício)
         Fazer exercício 30 ou mais minutos por dia
Contributos para a saúde do osso
(cont.)
         Executar uma variedade de actividades em
          carga
         A perda óssea ocorre com a inactividade e a

          imobilização
         A diminuição da carga mecânica conduz a

          perda da massa óssea
   Evitar
         Fumar cigarros

         Ingerir bebidas alcoólicas

         Ingerir cafeína
Factores de risco para as fracturas
    osteoporóticas
Função neuromuscular      Risco de queda
Factores ambientais

Tipo de queda
Respostas protectoras    Força de impacto
Absorção de energia
                            Risco de fractura
Massa mineral óssea
Geometria óssea           Resistência do osso
Qualidade do osso
   Para haver fractura
      Diminuição da densidade mineral óssea

      Disrupção das trabéculas ósseas




   A alteração da microarquitectura trabecular é
    fundamental para a ocorrência de fracturas
      A perda progressiva de trabéculas horizontais é

       mais acentuada que a perda das trabéculas
       verticais
   Geometria óssea (cont)

       O comprimento do colo do fémur influencia o risco
        de fractura
          Quanto maior o seu comprimento maior o risco

           de fractura
Osteoporose - radiologia

   DEXA – densitometria
     Único método de diagnóstico




   Radiologia convencional
      Avalias as complicações – fracturas ósseas

      Coluna vertebral

         Vértebra em cunha

         Vértebra bicôncava

         Colapso vertebral
Raquitismo

    Def. vit D – s/ exposição solar, dieta, alimentação
     parentérica, criança alimentada com leite materno
     sem suplemento de vitamina D

    Def. cálcio – dieta pobre em cálcio, dieta rica em
     fitatos, alimentação parentérica

    Def. fósforo – amamentação, alim. parentérica
     Ca
                            PTH
           Osso                     rim


          Reabsorção               Ca U
         óssea                      P U
Fraqueza muscular
Deformidades ossos longos
Rosário raquítico
   Osteomalácea

       Aumento osteóide
       Diminuição da mineralização óssea
   D. Óssea de Paget

       Osso desorganizado
       Aumento da reabsorção óssea
       Aumento da formação óssea
       Perde-se o equilíbrio
   Alterações ósseas:

       Aumento de tamanho do osso
       Aumento susceptibilidade deformidade
       Aumento da susceptibilidade fracturas
       Aumento da vascularidade
   Quadro clinico

       >40 anos idade
       Monostotico afectando apenas um osso ou uma
        porção
       Poliostotico - > 2 ossos
   Localização :

       Ossos da bacia
       Fémur
       Coluna
       Crânio
       Tíbia
   Assintomático
   Dor local
   Deformidade
   Aumento de volume do crânio
   Surdez
   1% sarcoma ósseo
Displasias ósseas

     São doenças do tecido cartilagíneo e ósseo

          Baixa estatura
          Deformidades ósseas
          Hereditárias
Outras doenças do tecido conjuntivo

   Osteopetrosis

   D.hereditárias do tecido conjuntivo
       S Ehlers-Danlos – hipermobilidade articular,
        hiperextensibilidade cutânea, fragilidade vascular,
        prolapso mitral
       S Marfan – ósseo, ocular, cardiovascular, cutâneo

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Aula 9 Biomec Ossos e Articulação
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Aula 16 Gota úrica

  • 1. Doenças Ósseas Metabólicas Curso de Fisioterapia Maria Manuela Costa Universidade Atlântica
  • 2. Doenças Ósseas Metabólicas  Osteoporose  Osteomalacia  D. Óssea de Paget  Raquitismo
  • 4. Definição  A osteoporose é uma doença sistémica do esqueleto caracterizada por diminuição da massa óssea e alteração da microarquitectura do tecido ósseo, com o consequente aumento da fragilidade do osso e maior risco de fractura.
  • 5. Introdução  A consequência clínica da fragilidade óssea é a fractura  O risco de fractura correlaciona-se com a densidade mineral óssea medida pela densitometria radiológica (DEXA).
  • 6. Critérios da OMS  Se a densidade mineral óssea (BMD) é inferior a –2,5 desvios padrões (DP) em relação a uma população jovem do mesmo sexo (T-score) »» OSTEOPOROSE  Quando a BMD está compreendida entre –2,5 DP e – 1DP em relação ao T-score »» OSTEOPENIA  Quando a BMD é superior a –1DP em relação ao T- score »» NORMAL
  • 7. A osteoporose é um problema de saúde pública devido às fracturas.  A incidência de fractura é quase duas vezes maior na mulher do que nos homens.  A osteoporose cursa de forma assintomática até que surja a fractura.
  • 8. Quais são as fracturas osteoporóticas mais frequentes?  Fracturas vertebrais  Fractura do colo do fémur  Fractura do punho (fractura de Colles)
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  • 10. Fracturas vertebrais  Um terço das fracturas vertebrais provoca dor suficiente para obrigar o doente a procurar cuidados médicos.  Contudo muitas ocorrem sem quaisquer sintomas tornando-se aparentes apenas através da perda de altura ou do aparecimento de cifose .
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  • 13. Fracturas do punho  As fracturas do punho ocorrem tipicamente numa idade mais precoce que as fracturas da anca. Este facto explica-se pela diferença no tipo de queda que as originam.  As fracturas do punho surgem quando uma pessoa estando de pé cai para a frente e, ao tentar atenuar a queda, estende o membro superior.
  • 14. Fracturas da anca  As fracturas da anca surgem habitualmente quando uma pessoa se tenta levantar da posição sentada mas não consegue gerar energia suficiente para elevar o centro de gravidade para uma posição estável.  O resultado é uma queda para trás, com impacto directo no grande trocanter do fémur.
  • 15. Fractura osteoporótica  Assim, a ocorrência de fracturas em doentes com osteoporose depende não só da resistência intrínseca do osso, mas também de factores que levam às quedas. Fragilidade óssea  Fractura osteoporótica Queda
  • 16. Osso - histologia  O tecido ósseo é constituído por  Matriz proteíca »» substancia osteóide  Colagéneo  Glicosaminoglicanos  Células »» osteoblastos, osteoclastos, osteócitos  Componente mineral »» hidroxiapatite (fosfato tricálcico dihidratado)
  • 17. Tipos de osso  Osso cortical  90% do esqueleto  Diáfise dos ossos longos e nas superficies dos osso planos  É composto de osso compacto disposto à volta de canais centrais (sistemas haversianos) que contêm vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e tecido conjuntivo  Osso trabecular  Epífises dos ossos longos e no interior dos ossos planos como as vértebras  Consiste numa rede trabecular interligada e contem medula
  • 18. Remodelação óssea  O tecido ósseo é um tecido vivo, metabolicamente activo, submetido a fenómenos de formação e de reabsorção simultâneos e permanentes.  Isto denomina-se remodelação óssea.
  • 19. Remodelação óssea  Consiste na destruição e renovação óssea  Este processo contínua através da vida Osteoclasto Osteoblasto Reabsorção Formação  A quantidade de osso reabsorvido é substituído por quantidade igual de osso  A perda deste equilíbrio OSTEOPOROSE
  • 20. Aquisição de massa óssea durante a adolescência  Em qualquer altura da vida adulta, a massa óssea corresponde ao osso que foi ganho durante os anos de crescimento menos o osso que, subsequentemente, foi perdido.  A massa óssea aumenta até aos 18 anos e depois de uma forma mais lenta até aos 25-35 anos.
  • 21. Factores que influenciam o pico de massa óssea:  Factores genéticos  Factores dietéticos  Factores hormonais  outros
  • 22. Pico de massa óssea  F. Genéticos  Não são modificáveis e têm um importante contributo no pico de massa óssea.  F. Dietéticos  O aporte diária de cálcio deve ser estimulado durante toda a vida (produtos lácteos)  F. Hormonais  Puberdade – o atraso na puberdade afecta a aquisição de massa óssea (ginastas de alta competição)
  • 23. Pico de massa óssea (cont.)  Exercício físico – a prática de exercício físico contribuí para um osso de boa qualidade. A imobilização acompanha-se por baixa aquisição de massa óssea.  Doenças específicas – osteogénese imperfeita  Fármacos – corticosteróides
  • 24. O indivíduo que não atingiu um pico de massa óssea adequado, não precisará de perder muito osso na idade adulta para ter um risco de osteoporose e de fractura substancialmente aumentado.  O pico de massa óssea é alcançado durante a terceira década de vida e serve de banco de osso para o resto da vida adulta.
  • 25. Perda de massa óssea relacionada com a idade  Em qualquer altura da vida a densidade mineral óssea dos homens é superior à das mulheres.  A densidade mineral óssea permanece estável até cerca dos 50 anos, altura em que homens e mulheres iniciam uma perda progressiva
  • 26. A perda óssea é mais rápida nas mulheres entre os 50 e os 60 anos, reflectindo o impacto da perda de produção de estrogéneos.  Após esta idade a perda de densidade mineral óssea relacionada com a idade é semelhante para o homem e para a mulher.
  • 27. Factores que promovem a perda de massa óssea com a idade:  Factores hormonais – diminuição da produção de estrogéneos (menopausa)  Aumento da paratohormona (PTH) circulante – este aumento está relacionado com a idade e não secundário a um distúrbio da glândula paratiroideia como é o hiperparatiroidismo  Diminuição da actividade física relacionada com a idade
  • 28. Aumento da paratohormona circulante  estado de insuficiência em cálcio  derivado quer de uma dieta insuficiente  quer dum estado de deficit em vitamina D  ou da deficiente absorção intestinal de cálcio
  • 29. Classificação da osteoporose  Primária  Pós-menopausa  Associada ao envelhecimento  Secundária
  • 30. Osteoporose pós-menopausa Menopausa Diminuição da PTH Deficiência de Estrogéneos aumento da reabsorção óssea diminuição Vitamina D Balanço de cálcio negativo
  • 31. Osteoporose associada ao envelhecimento Envelhecimento Diminuição Diminuição da Formação óssea vitamina D Diminuição da absorção de Ca Aumento da perda Massa óssea aumento de PTH
  • 32. Contributos para a saúde do osso  Nutrição  Evitar uma ingestão elevada de sódio  Manter a ingestão diária de cálcio no nivel recomendado  Manter um peso corporal adequado  Actividade física  Evitar exercício excessivo (amenorreia associada ao exercício)  Fazer exercício 30 ou mais minutos por dia
  • 33. Contributos para a saúde do osso (cont.)  Executar uma variedade de actividades em carga  A perda óssea ocorre com a inactividade e a imobilização  A diminuição da carga mecânica conduz a perda da massa óssea  Evitar  Fumar cigarros  Ingerir bebidas alcoólicas  Ingerir cafeína
  • 34. Factores de risco para as fracturas osteoporóticas Função neuromuscular Risco de queda Factores ambientais Tipo de queda Respostas protectoras Força de impacto Absorção de energia Risco de fractura Massa mineral óssea Geometria óssea Resistência do osso Qualidade do osso
  • 35. Para haver fractura  Diminuição da densidade mineral óssea  Disrupção das trabéculas ósseas  A alteração da microarquitectura trabecular é fundamental para a ocorrência de fracturas  A perda progressiva de trabéculas horizontais é mais acentuada que a perda das trabéculas verticais
  • 36. Geometria óssea (cont)  O comprimento do colo do fémur influencia o risco de fractura  Quanto maior o seu comprimento maior o risco de fractura
  • 37. Osteoporose - radiologia  DEXA – densitometria  Único método de diagnóstico  Radiologia convencional  Avalias as complicações – fracturas ósseas  Coluna vertebral  Vértebra em cunha  Vértebra bicôncava  Colapso vertebral
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  • 39. Raquitismo  Def. vit D – s/ exposição solar, dieta, alimentação parentérica, criança alimentada com leite materno sem suplemento de vitamina D  Def. cálcio – dieta pobre em cálcio, dieta rica em fitatos, alimentação parentérica  Def. fósforo – amamentação, alim. parentérica
  • 40.  Ca   PTH Osso rim  Reabsorção Ca U óssea P U Fraqueza muscular Deformidades ossos longos Rosário raquítico
  • 41. Osteomalácea  Aumento osteóide  Diminuição da mineralização óssea
  • 42. D. Óssea de Paget  Osso desorganizado  Aumento da reabsorção óssea  Aumento da formação óssea  Perde-se o equilíbrio
  • 43. Alterações ósseas:  Aumento de tamanho do osso  Aumento susceptibilidade deformidade  Aumento da susceptibilidade fracturas  Aumento da vascularidade
  • 44. Quadro clinico  >40 anos idade  Monostotico afectando apenas um osso ou uma porção  Poliostotico - > 2 ossos
  • 45. Localização :  Ossos da bacia  Fémur  Coluna  Crânio  Tíbia
  • 46. Assintomático  Dor local  Deformidade  Aumento de volume do crânio  Surdez  1% sarcoma ósseo
  • 47. Displasias ósseas  São doenças do tecido cartilagíneo e ósseo  Baixa estatura  Deformidades ósseas  Hereditárias
  • 48. Outras doenças do tecido conjuntivo  Osteopetrosis  D.hereditárias do tecido conjuntivo  S Ehlers-Danlos – hipermobilidade articular, hiperextensibilidade cutânea, fragilidade vascular, prolapso mitral  S Marfan – ósseo, ocular, cardiovascular, cutâneo