2. Introdução
A Revolta da Chibata foi um importante movimento
social ocorrido no início do século XX, na cidade do
Rio de Janeiro(Baia de Guanabara). Começou no
dia 22 de novembro de 1910. Neste período as
condições de trabalho eram precárias, os
marinheiros tinham remuneração baixa, recebiam
péssima alimentação durante as longas viagens e o
mais grave, estavam submetidos a punições
corporais, caso desobedecessem alguma regra.
Esta situação gerou uma intensa revolta entre os
marinheiros.
3. Causas da revolta
O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro
Marcelino Rodrigues foi castigado com 250
chibatadas, por ter ferido um colega da Marinha,
dentro do navio Minas Gerais. O navio de guerra
estava indo para o Rio de Janeiro e a punição
ocorreu na presença dos outros marinheiros.
O motim se agravou e os revoltosos chegaram a
matar o comandante do navio e mais três oficiais.
Já na Baia da Guanabara, os revoltosos
conseguiram o apoio de marinheiros do
encouraçado São Paulo.
4. Reivindicações
O líder da revolta, João Cândido (conhecido como
o Almirante Negro) redigiu então uma carta
reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na
alimentação e anistia para todos que participaram
da revolta. Caso não fossem cumpridas as
reivindicações, os revoltosos ameaçavam
bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então
capital do Brasil).
5. Diante da grave situação, o presidente Hermes da
Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos.
Porém, após os marinheiros terem entregues as
armas e embarcações, o presidente solicitou a
expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação
retornou e, no começo de dezembro, os
marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das
Cobras. Esta segunda revolta foi fortemente
reprimida pelo governo, sendo que vários
marinheiros foram presos em celas subterrâneas da
Fortaleza da Ilha das Cobras.
6. Neste local, onde as condições de vida eram
desumanas, alguns prisioneiros faleceram. Outros
revoltosos presos foram enviados para a Amazônia,
onde deveriam prestar trabalhos forçados na
produção de borracha.
O líder da revolta João Cândido foi expulso da
Marinha e internado como louco. No ano de 1912,
foi absolvido das acusações junto com outros
marinheiros que participaram da revolta.