SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 76
PRINCÍPIOS DE FÍSICA
   RADIOLÓGICA




           Mon. Giordano Alves
Sumário
• 1. Natureza atômica da matéria
• 2. Radioatividade
• 3. Radiação eletromagnética
• 4. Ionização
• 5. Raios X
• 6. Imagem radiográfica
• 7. Radiobiologia e proteção radiológica
1. Natureza atômica da matéria
• Toda matéria é constituída por átomos



                                                 Um núcleo
                                              circundado por
                                                  elétrons

          NÚCLEO: Prótons (+) e Nêutrons (sem carga)
                    ÓRBITAS: Elétrons (-)
            NÚMERO ATÔMICO: número de prótons
       NÚMERO DE MASSA: soma entre prótons e nêutrons
1. Natureza atômica da matéria
  • Átomo: alguns pontos densos (núcleos)
 cercados por enormes vazios, nos quais estão
       as camadas de elétrons orbitais.
1. Natureza atômica da matéria
• Energia de ligação: é o que mantém um
  elétron unido ao núcleo, e é maior nas
  camadas mais internas;

• Transição:
  – Externa: elétron recebe energia
  – Interna: elétron cede energia
1. Natureza atômica da matéria
• Vários elementos possuem o mesmo número
  atômico, mas diferentes números de massa;


• Estes elementos são denominados isótopos, e
  apenas o mais comum é representado na
  Tabela Periódica.
2. Radioatividade
• Quando um arranjo nuclear possui desequilíbrio
  (relação prótons – nêutrons) o núcleo pode
  eliminar uma partícula e/ou energia para
  alcançar equilíbrio. Átomos com núcleos
  instáveis são denominados radioisótopos;


• Radioatividade é a emissão de partículas e
  energia por um núcleo para que alcance
  estabilidade.
2. Radioatividade
• À medida que o número atômico aumenta, a
  quantidade de isótopos e de radioisótopos
  também aumenta;

• Exemplos:
  – Estanho (Sn): 10 isótopos estáveis e 15 radioativos
  – Tungstênio (W): 74 prótons e 110 nêutrons


• Núcleos muito pesados tendem a ser instáveis.
2. Radioatividade
• Esta desintegração radioativa é um fenômeno
  aleatório, porém previsível;


• Além disso, cada radioisótopo possui uma meia-
  vida média, que determina seu tempo de
  atividade;
2. Radioatividade
• Radioatividade natural: possui várias formas. As
  mais antigas surgiram com o Universo, como o
  urânio (t/2 = 703.700.000 anos); outros mais
  comuns como o Carbono são ativados por raios
  cósmicos diariamente.

• Radioatividade artificial: equipamentos de alta
  energia capaz de ativar um elemento,
  desestabilizando seu núcleo. Nenhum
  equipamento radiológico tem esta propriedade.
2. Radioatividade
• Os processos pelo qual o núcleo atinge
  estabilidade são três: alfa, beta e gama;


• Mesmo após o decaimento radioativo alfa ou
  beta, os núcleos geralmente emitem energia
  sob a forma de radiação eletromagnética
  (gama) e alcançar seu equilíbrio.
2. Radioatividade
• Poder de penetração: é a distância percorrida
  pelas radiações;


• Como as radiações corpusculares (alfa e beta)
  têm carga elétrica elas perdem energia ao
  passar pelo meio material, por interagem com a
  matéria;


• Ao contrário, a radiação gama não possui carga
  e sua penetração será maior.
3. Radiação eletromagnética
• Radiação: transporte de energia que se
  propaga em todas as direções (ex.: som);


• A radiação eletromagnética se propaga
  sem um meio de transporte (ex.: Sol);


• A onda eletromagnética é complexa, pois
  tem um componente magnético e outro
  elétrico.
3. Radiação eletromagnética
• Do ponto de vista radiológico, a frequência é o
  mais importante, pois determina a energia
  transportada pela onda;


• Fóton: unidade de medida que significa a menor
  porção de radiação eletromagnética
  quantificável (raio único).
3. Radiação eletromagnética
• A radiação eletromagnética (fótons) possuem
  uma peculiaridade:

  – Quando se propagam, comportam-se como ondas;

  – Quando interagem, comportam-se como partículas.
4. Ionização
• Se uma radiação qualquer carregar
  energia igual ou superior àquela de
  ligação do elétron com seu núcleo, poderá
  ionizar e será dita radiação ionizante;


• Convencionou-se chamar de ionizantes
  aquelas que podem ionizar uma pequena
  amostra de ar atmosférico (33 eV).
5. Raios X
• São produzidos quando elétrons são lançados
  contra um meio material, liberando energia;


• Mas, se todo material é composto por átomos, e
  os átomos são enormes vazios, como um
  elétron vai colidir com a matéria?


• Por 2 vias: a de freamento e a característica.
É A QUE MAIS PRODUZ RAIOS X
TAMBÉM CHAMADA DE Bremsstrahlung
RECEBE O NOME DE CARACTERÍSTICA PORQUE CADA ELÉTRON,
DEPENDENDO DE SEU NÚCLEO E DA CAMADA EM QUE ESTÁ, POSSUI UMA
             ENERGIA DE LIGAÇÃO CARACTERÍSTICA.
5. Raios X
• Note que um evento pode levar a outro;
• Se o meio for denso o bastante, os elétrons
  perderão energia rapidamente e penetrarão
  pouco além da superfície.




               Figura 5.3
5. Raios X
• Aspectos práticos na radiografia:
5. Raios X
• O tubo de raio X é instalado dentro de um
  cabeçote (alumínio);

• O cabeçote possui uma janela;

• A janela possui um colimador;

• O colimador possui um filtro.
5. Raios X
• Considerando que o elétron secundário pode
  gerar vários raios X, numa cascata de eventos,
  conclui-se que a maior parte dos raios X
  formados possuem baixa energia;
GRÁFICO ILUSTRANDO A SITUAÇÃO ANTERIOR
EFEITO DA CÚPULA DE VIDRO QUE REVESTE O TUBO DE RAIO X.
  REPARE QUE OS COM MENOR ENERGIA SÃO ABSORVIDOS
EFEITO DO VIDRO (VERDE) E DO CABEÇOTE DE ALUMÍNIO (AMARELO)
EFEITO DO VIDRO (VERDE), DO CABEÇOTE (AMARELO) E FINALMENTE
    DO COLIMADOR E FILTRO SOBRE O ESPECTRO DOS RAIOS X
5. Raios X
• Finalmente, consideremos – junto à radiação de
  freamento – a radiação característica, que
  possui caráter aleatório, e não contínuo.
5. Raios X
• Os principais fatores capazes de
  alterarem o espectro radiográfico são:

  – Tensão radiográfica (kV)
  – Corrente elétrica (mA)
  – Tempo de exposição (por vezes incluído em mAs)
  – Filtração adicional
  – Material do ânodo
  – Tipo de gerador de alta tensão
A QUANTIDADE E ENERGIA TOTAL DE FÓTONS AUMENTA PELO
QUADRADO DO FATOR DE INCREMENTO DO KV. O KV DETERMINA
 A PENETRABILIDADE DO FEIXE (CONTRASTE RADIOGRÁFICO)
mAs (CORRENTE + TEMPO DE EXPOSIÇÃO). CONTROLA A
QUANTIDADE DE FÓTONS, MAS NÃO ALTERA A ENERGIA DELES.
A FILTRAÇÃO DIMINUI A QUANTIDADE DE FÓTONS COM BAIXA
 ENERGIA, MAS NÃO ALTERA AQUELES COM ALTA ENERGIA.
5. Raios X
• Material do ânodo: o número atômico (Z) afeta a
  quantidade e a energia dos fótons de um feixe
  de raio X, através da maior eficiência da
  radiação por freamento. Principalmente o
  Tungstênio, mas também o Molibdênio e o
  Ródio são utilizados como ânodo (receptor de
  elétrons).
EFEITO DOS GERADORES DE ALTA TENSÃO. QUANTO MAIOR SUA
EFICIÊNCIA, MAIOR A QUANTIDADE DE FÓTONS E DE ENERGIA GERADA.
6. Imagem radiográfica
• A interação de um raio X com a matéria é
  variável, havendo 3 fenômenos principais:

  – Espalhamento coerente

  – Espalhamento Compton

  – Efeito fotoelétrico
6. Imagem radiográfica
• Espalhamento coerente: fótons de energia baixa
  que “perturbam” a órbita dos elétrons e apenas
  muda sua direção, sem transferir energia.
  Também chamado de espalhamento clássico ou
  de Thomson.
6. Imagem radiográfica
• Espalhamento Compton: interação com as
  camadas mais externas do átomo. Há
  transferência de energia, inclusive com ionização;


• Quanto maior o ângulo de espelhamento, maior a
  energia transferida ao elétron (180 graus =
  retroespelhada ou backscattered radiation);


• Resulta no embaçamento (fog) da imagem,
  reduzindo seu contraste.
ESPALHAMENTO COMPTON. REPARE COMO O FÓTON MUDA DE
    DIREÇÃO E AINDA PÕE O ELÉTRON EM MOVIMENTO.
6. Imagem radiográfica
• Efeito fotoelétrico: interação com as camadas
  mais internas do átomo.


• O fóton transfere TODA sua energia para o
  elétron, havendo ionização;


• Como transfere toda a energia, o fóton
  desaparece a seguir.
EFEITO FOTOELÉTRICO. COMO O FÓTON CEDE TODA SUA
ENERGIA AO ELÉTRON, ELE DESAPARECE APÓS A COLISÃO. É
   DIRETAMENTE PROPORCIONAL AO NÚMERO ATÔMICO E
          INVERSAMENTE AO CUBO DA ENERGIA.
6. Imagem radiográfica
• Em termos gerais, é importante percebermos
   que, para regiões anatômicas com grandes
diferenças de densidades, devemos favorecer a
     ocorrência do espalhamento Compton,
enquanto que – naquelas com densidades muito
 próximas – o efeito fotoelétrico (menor energia)
               deve ser buscado.
6. Imagem radiográfica
• Absorção diferencial: é o que permite a
  formação da imagem radiográfica.
IMAGENS REPRESENTATIVAS DA ABSORÇÃO DIFERENCIAL
IMPORTANTE: A RADIAÇÃO ESPALHADA, AO ATINGIR O DETECTOR QUE
 FORMARÁ A IMAGEM, NÃO TRAZ BENEFÍCIOS PARA O DIAGNÓSTICO,
   CAUSANDO INDEFINIÇÕES NA IMAGEM. PARA ISSO, UTILIZA-SE A
   GRADE ANTIDIFUSORA (BUCKY), QUE SERÁ DISCUTIDA ADIANTE.
6. Imagem radiográfica
• O registro da absorção diferencial é percebido
  através da densidade radiológica (ou densidade
  óptica). Ela engloba uma escala de contraste,
  que vai do branco ao preto, passando por
  diversos tons de cinza.
6. Imagem radiográfica
• Quanto maior a energia do feixe, mais fótons
  passarão as estruturas e mais preta será a
  imagem;
6. Imagem radiográfica

• Ao aumentar o kV, tornaremos a imagem mais
  escura e com maiores quantidades de tons;


• Ao aumentar a mA, tornaremos a imagem mais
  escura, mas não se alteram as quantidades de
  tons; o mesmo serve para o tempo de exposição.
FINALMENTE, VEJA QUE AO AUMENTAR A DISTÂNCIA ENTRE
 FOCO E FILME O FLUXO DE FÓTONS POR UNIDADE DE ÁREA
SERÁ REDUZIDO, E A IMAGEM SERÁ MAIS CLARA. ALÉM DISSO,
    A ÁREA EM ESTUDO SERÁ DISTORCIDA (AUMENTADA).
7. Radiobiologia
Xavier AM. Boas práticas de proteção em radiologia. CNEN.
Xavier AM. Boas práticas de proteção em radiologia. CNEN.
Xavier AM. Boas práticas de proteção em radiologia. CNEN.
7. Radiobiologia
• A exposição do ser humano às radiações
 ionizantes podem ser de duas formas:

  – Naturais (Principal = “de fundo”)

  – Artificiais (Principal = exames médicos)
ENTENDE-SE POR RADIAÇÃO DE FUNDO OS RAIOS CÓSMICOS E
 VÁRIAS SUBSTÂNCIAS TERRESTRES, COMO O RADÔNIO. NO
    BRASIL, MG E ES SÃO OS ESTADOS MAIS EXPOSTOS.
ENTRE OS EXAMES RADIOLÓGICOS, A TOMOGRAFIA
  COMPUTADORIZADA É A MAIOR CONTRIBUINTE (30%),
ENQUANTO A RADIOGRAFIA DE TÓRAX PERFAZ APENAS 3%.
7. Radiobiologia
• Os efeitos biológicos da radiação ionizante são
  pautados na ação do elétron secundário que, ao
  interagir com uma molécula de água, gera um
  radical hidroxila (OH*) que lesa o DNA celular.



• Divisão prática: etapa física, química e
  biológica.
7. Radiobiologia
• Os efeitos desta lesão ao DNA podem ser
  entendidos de duas maneiras básicas:


  – Efeitos determinísticos: efeito agudo que ocorre
    devido à perda celular após receber radiação;


  – Efeitos estocásticos: envolve o desenvolvimento a
    longo prazo de dano, geralmente com malignidade
    associada.
7. Radiobiologia
• Principais efeitos estocásticos: CÂNCER

  –   Cólon
  –   Leucemia
  –   Mama
  –   Pele
  –   Pulmão
  –   Tireóide
  –   Outros (bexiga, cérebro, estômago, fígado…)
SITUAÇÃO ESPECIAL DE RADIAÇÃO FETAL NA
     GESTAÇÃO: PRINCIPAIS EFEITOS.
Referências
•   1. Bushong SC. Ciência Radiológica para Tecnólogos, 9a edição,
    Elsevier, 2010.

•   2. Junior JGT. Física Radiológica, 1a edição, Guanabara Koogan,
    2010.

•   3. Bonjorno RFS. Física completa, 2a edição, FTD, 2001.



                    DÚVIDAS E COMENTÁRIOS:
                        grtalves@gmail.com
                    jesushaygert@brturbo.com.br

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula de introdução à proteção radiológica
Aula de introdução à proteção radiológicaAula de introdução à proteção radiológica
Aula de introdução à proteção radiológica
Gustavo Vasconcelos
 

Was ist angesagt? (20)

Aula 04 proteção e higiene das radiações
Aula 04 proteção e higiene das radiaçõesAula 04 proteção e higiene das radiações
Aula 04 proteção e higiene das radiações
 
Aula 05 proteção e higiene das radiações
Aula 05 proteção e higiene das radiaçõesAula 05 proteção e higiene das radiações
Aula 05 proteção e higiene das radiações
 
RADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS X
RADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS XRADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS X
RADIOLOGIA CONVENCIONAL E FORMAÇÃO DOS RAIOS X
 
RADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITALRADIOLOGIA DIGITAL
RADIOLOGIA DIGITAL
 
Radiologia digital
Radiologia digitalRadiologia digital
Radiologia digital
 
Aula de introdução à proteção radiológica
Aula de introdução à proteção radiológicaAula de introdução à proteção radiológica
Aula de introdução à proteção radiológica
 
Aula de física ressônancia magnética
Aula de física ressônancia magnéticaAula de física ressônancia magnética
Aula de física ressônancia magnética
 
Medicina nuclear aula 01
Medicina nuclear aula 01Medicina nuclear aula 01
Medicina nuclear aula 01
 
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIARFÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
FÍSICA RADIOLÓGICA 2016- GRUPO IRRADIAR
 
Medicina nuclear
Medicina nuclearMedicina nuclear
Medicina nuclear
 
Evolução Radiologia
Evolução RadiologiaEvolução Radiologia
Evolução Radiologia
 
FÍSICA DAS RADIAÇÕES
FÍSICA DAS RADIAÇÕESFÍSICA DAS RADIAÇÕES
FÍSICA DAS RADIAÇÕES
 
INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA
INTRODUÇÃO A RADIOLOGIAINTRODUÇÃO A RADIOLOGIA
INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA
 
Proteçao radiologica
Proteçao radiologicaProteçao radiologica
Proteçao radiologica
 
Radioterapia
RadioterapiaRadioterapia
Radioterapia
 
Ressonancia magnetica
Ressonancia magneticaRessonancia magnetica
Ressonancia magnetica
 
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios XFormação das imagens convencionais e digitais: raios X
Formação das imagens convencionais e digitais: raios X
 
FÍSICA DAS RADIAÇÕES: RADIOTERAPIA
FÍSICA DAS RADIAÇÕES: RADIOTERAPIAFÍSICA DAS RADIAÇÕES: RADIOTERAPIA
FÍSICA DAS RADIAÇÕES: RADIOTERAPIA
 
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕESAULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
AULA DE FÍSICA DAS RADIAÇÕES
 
GEOMETRIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
GEOMETRIA E FORMAÇÃO DA IMAGEMGEOMETRIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
GEOMETRIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
 

Andere mochten auch

Apostila física radiológica
Apostila   física radiológicaApostila   física radiológica
Apostila física radiológica
Ricardo Daniel
 
Raio X
Raio XRaio X
Raio X
taynaz
 
Apostila de radiologia odontológica
Apostila de radiologia odontológicaApostila de radiologia odontológica
Apostila de radiologia odontológica
Kery Albuquerque
 
Processamento de filme e Imagens radiográficas
Processamento de filme e Imagens radiográficasProcessamento de filme e Imagens radiográficas
Processamento de filme e Imagens radiográficas
Thamires Marinho
 
Aula de Equipamentos e Materiais Radiológicos
Aula de Equipamentos e Materiais RadiológicosAula de Equipamentos e Materiais Radiológicos
Aula de Equipamentos e Materiais Radiológicos
Denise Lima Barbosa
 
Processamento Radiográfico
Processamento RadiográficoProcessamento Radiográfico
Processamento Radiográfico
arianepenna
 
E.d de formação da imagem i
E.d de formação da imagem iE.d de formação da imagem i
E.d de formação da imagem i
Cristiane Dias
 
Interação da Radiação com a Matéria I
Interação da Radiação com a Matéria IInteração da Radiação com a Matéria I
Interação da Radiação com a Matéria I
arianepenna
 

Andere mochten auch (20)

Apostila física radiológica
Apostila   física radiológicaApostila   física radiológica
Apostila física radiológica
 
Principios da radiologia
Principios da radiologiaPrincipios da radiologia
Principios da radiologia
 
FÍSICA DAS RADIAÇÕES
FÍSICA DAS RADIAÇÕESFÍSICA DAS RADIAÇÕES
FÍSICA DAS RADIAÇÕES
 
Raio X
Raio XRaio X
Raio X
 
Aula de Radiologia
Aula de RadiologiaAula de Radiologia
Aula de Radiologia
 
Raio x
Raio xRaio x
Raio x
 
Tecnica radiografica
Tecnica radiograficaTecnica radiografica
Tecnica radiografica
 
Apostila de radiologia odontológica
Apostila de radiologia odontológicaApostila de radiologia odontológica
Apostila de radiologia odontológica
 
Radiobiologia
RadiobiologiaRadiobiologia
Radiobiologia
 
A descoberta do Raio-x
A descoberta do Raio-xA descoberta do Raio-x
A descoberta do Raio-x
 
Processamento de filme e Imagens radiográficas
Processamento de filme e Imagens radiográficasProcessamento de filme e Imagens radiográficas
Processamento de filme e Imagens radiográficas
 
Física de la radiación 1raparte
Física de la radiación 1raparteFísica de la radiación 1raparte
Física de la radiación 1raparte
 
Aula de Equipamentos e Materiais Radiológicos
Aula de Equipamentos e Materiais RadiológicosAula de Equipamentos e Materiais Radiológicos
Aula de Equipamentos e Materiais Radiológicos
 
Processamento Radiográfico
Processamento RadiográficoProcessamento Radiográfico
Processamento Radiográfico
 
Efeito compton
Efeito comptonEfeito compton
Efeito compton
 
Radiobiologia
RadiobiologiaRadiobiologia
Radiobiologia
 
E.d de formação da imagem i
E.d de formação da imagem iE.d de formação da imagem i
E.d de formação da imagem i
 
Radiobiologia seminario
Radiobiologia seminarioRadiobiologia seminario
Radiobiologia seminario
 
Intriducai a Geração e aplicação dos raios x
Intriducai a Geração e aplicação dos raios xIntriducai a Geração e aplicação dos raios x
Intriducai a Geração e aplicação dos raios x
 
Interação da Radiação com a Matéria I
Interação da Radiação com a Matéria IInteração da Radiação com a Matéria I
Interação da Radiação com a Matéria I
 

Ähnlich wie Princípios de física radiológica

Estrutura atômica parte1
Estrutura atômica parte1Estrutura atômica parte1
Estrutura atômica parte1
iqscquimica
 

Ähnlich wie Princípios de física radiológica (20)

Seminário Introdução à Física Nuclear
Seminário Introdução à Física NuclearSeminário Introdução à Física Nuclear
Seminário Introdução à Física Nuclear
 
atenuação.pdf ,LW,LWÇ,,WLÇQDLDE,DQLED,LEDELD
atenuação.pdf ,LW,LWÇ,,WLÇQDLDE,DQLED,LEDELDatenuação.pdf ,LW,LWÇ,,WLÇQDLDE,DQLED,LEDELD
atenuação.pdf ,LW,LWÇ,,WLÇQDLDE,DQLED,LEDELD
 
Notas_aula_Fisica_radiaoes_2012.NKJBBHJBJBHJBJHB HJBpdf
Notas_aula_Fisica_radiaoes_2012.NKJBBHJBJBHJBJHB HJBpdfNotas_aula_Fisica_radiaoes_2012.NKJBBHJBJBHJBJHB HJBpdf
Notas_aula_Fisica_radiaoes_2012.NKJBBHJBJBHJBJHB HJBpdf
 
Aula de Física Espectroscopia 3º ano EM Thiago Borges APP
Aula de Física Espectroscopia 3º ano EM Thiago Borges APPAula de Física Espectroscopia 3º ano EM Thiago Borges APP
Aula de Física Espectroscopia 3º ano EM Thiago Borges APP
 
Radiação ionizante e não ionizante
Radiação ionizante e não ionizanteRadiação ionizante e não ionizante
Radiação ionizante e não ionizante
 
Estrutura2
Estrutura2Estrutura2
Estrutura2
 
Aula biofísica da Radioatividade
Aula biofísica da RadioatividadeAula biofísica da Radioatividade
Aula biofísica da Radioatividade
 
Física Nuclear
Física NuclearFísica Nuclear
Física Nuclear
 
Estrutura atômica parte1
Estrutura atômica parte1Estrutura atômica parte1
Estrutura atômica parte1
 
FÓTONS.PROD.RX.pdf
FÓTONS.PROD.RX.pdfFÓTONS.PROD.RX.pdf
FÓTONS.PROD.RX.pdf
 
Estrutura2
Estrutura2Estrutura2
Estrutura2
 
Aula 02 física do raio x e bases de exames
Aula 02 física do raio x e bases de examesAula 02 física do raio x e bases de exames
Aula 02 física do raio x e bases de exames
 
ANANTOMIA RADIOLÓGICA aula.pptx
ANANTOMIA RADIOLÓGICA aula.pptxANANTOMIA RADIOLÓGICA aula.pptx
ANANTOMIA RADIOLÓGICA aula.pptx
 
Evolução do modelo atômico
Evolução do modelo atômicoEvolução do modelo atômico
Evolução do modelo atômico
 
Novos colaboradores
Novos colaboradoresNovos colaboradores
Novos colaboradores
 
Fótons: Propriedades Corpusculares da Radiação
Fótons: Propriedades Corpusculares da RadiaçãoFótons: Propriedades Corpusculares da Radiação
Fótons: Propriedades Corpusculares da Radiação
 
Aula 2.pptx
Aula 2.pptxAula 2.pptx
Aula 2.pptx
 
Modelo de bohr
Modelo de bohrModelo de bohr
Modelo de bohr
 
Lista de exercicios.docx
Lista de exercicios.docxLista de exercicios.docx
Lista de exercicios.docx
 
Exercícios química geral_aula_i4
Exercícios química geral_aula_i4Exercícios química geral_aula_i4
Exercícios química geral_aula_i4
 

Kürzlich hochgeladen

2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
rosenilrucks
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 

Kürzlich hochgeladen (20)

2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
Modelo de Plano Plano semanal Educação Infantil 5 anossemanal Educação Infant...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 

Princípios de física radiológica

  • 1. PRINCÍPIOS DE FÍSICA RADIOLÓGICA Mon. Giordano Alves
  • 2. Sumário • 1. Natureza atômica da matéria • 2. Radioatividade • 3. Radiação eletromagnética • 4. Ionização • 5. Raios X • 6. Imagem radiográfica • 7. Radiobiologia e proteção radiológica
  • 3. 1. Natureza atômica da matéria • Toda matéria é constituída por átomos Um núcleo circundado por elétrons NÚCLEO: Prótons (+) e Nêutrons (sem carga) ÓRBITAS: Elétrons (-) NÚMERO ATÔMICO: número de prótons NÚMERO DE MASSA: soma entre prótons e nêutrons
  • 4. 1. Natureza atômica da matéria • Átomo: alguns pontos densos (núcleos) cercados por enormes vazios, nos quais estão as camadas de elétrons orbitais.
  • 5. 1. Natureza atômica da matéria • Energia de ligação: é o que mantém um elétron unido ao núcleo, e é maior nas camadas mais internas; • Transição: – Externa: elétron recebe energia – Interna: elétron cede energia
  • 6. 1. Natureza atômica da matéria • Vários elementos possuem o mesmo número atômico, mas diferentes números de massa; • Estes elementos são denominados isótopos, e apenas o mais comum é representado na Tabela Periódica.
  • 7. 2. Radioatividade • Quando um arranjo nuclear possui desequilíbrio (relação prótons – nêutrons) o núcleo pode eliminar uma partícula e/ou energia para alcançar equilíbrio. Átomos com núcleos instáveis são denominados radioisótopos; • Radioatividade é a emissão de partículas e energia por um núcleo para que alcance estabilidade.
  • 8. 2. Radioatividade • À medida que o número atômico aumenta, a quantidade de isótopos e de radioisótopos também aumenta; • Exemplos: – Estanho (Sn): 10 isótopos estáveis e 15 radioativos – Tungstênio (W): 74 prótons e 110 nêutrons • Núcleos muito pesados tendem a ser instáveis.
  • 9.
  • 10. 2. Radioatividade • Esta desintegração radioativa é um fenômeno aleatório, porém previsível; • Além disso, cada radioisótopo possui uma meia- vida média, que determina seu tempo de atividade;
  • 11.
  • 12. 2. Radioatividade • Radioatividade natural: possui várias formas. As mais antigas surgiram com o Universo, como o urânio (t/2 = 703.700.000 anos); outros mais comuns como o Carbono são ativados por raios cósmicos diariamente. • Radioatividade artificial: equipamentos de alta energia capaz de ativar um elemento, desestabilizando seu núcleo. Nenhum equipamento radiológico tem esta propriedade.
  • 13. 2. Radioatividade • Os processos pelo qual o núcleo atinge estabilidade são três: alfa, beta e gama; • Mesmo após o decaimento radioativo alfa ou beta, os núcleos geralmente emitem energia sob a forma de radiação eletromagnética (gama) e alcançar seu equilíbrio.
  • 14.
  • 15.
  • 16. 2. Radioatividade • Poder de penetração: é a distância percorrida pelas radiações; • Como as radiações corpusculares (alfa e beta) têm carga elétrica elas perdem energia ao passar pelo meio material, por interagem com a matéria; • Ao contrário, a radiação gama não possui carga e sua penetração será maior.
  • 17.
  • 18. 3. Radiação eletromagnética • Radiação: transporte de energia que se propaga em todas as direções (ex.: som); • A radiação eletromagnética se propaga sem um meio de transporte (ex.: Sol); • A onda eletromagnética é complexa, pois tem um componente magnético e outro elétrico.
  • 19.
  • 20. 3. Radiação eletromagnética • Do ponto de vista radiológico, a frequência é o mais importante, pois determina a energia transportada pela onda; • Fóton: unidade de medida que significa a menor porção de radiação eletromagnética quantificável (raio único).
  • 21. 3. Radiação eletromagnética • A radiação eletromagnética (fótons) possuem uma peculiaridade: – Quando se propagam, comportam-se como ondas; – Quando interagem, comportam-se como partículas.
  • 22. 4. Ionização • Se uma radiação qualquer carregar energia igual ou superior àquela de ligação do elétron com seu núcleo, poderá ionizar e será dita radiação ionizante; • Convencionou-se chamar de ionizantes aquelas que podem ionizar uma pequena amostra de ar atmosférico (33 eV).
  • 23.
  • 24.
  • 25. 5. Raios X • São produzidos quando elétrons são lançados contra um meio material, liberando energia; • Mas, se todo material é composto por átomos, e os átomos são enormes vazios, como um elétron vai colidir com a matéria? • Por 2 vias: a de freamento e a característica.
  • 26. É A QUE MAIS PRODUZ RAIOS X TAMBÉM CHAMADA DE Bremsstrahlung
  • 27. RECEBE O NOME DE CARACTERÍSTICA PORQUE CADA ELÉTRON, DEPENDENDO DE SEU NÚCLEO E DA CAMADA EM QUE ESTÁ, POSSUI UMA ENERGIA DE LIGAÇÃO CARACTERÍSTICA.
  • 28. 5. Raios X • Note que um evento pode levar a outro; • Se o meio for denso o bastante, os elétrons perderão energia rapidamente e penetrarão pouco além da superfície. Figura 5.3
  • 29. 5. Raios X • Aspectos práticos na radiografia:
  • 30.
  • 31. 5. Raios X • O tubo de raio X é instalado dentro de um cabeçote (alumínio); • O cabeçote possui uma janela; • A janela possui um colimador; • O colimador possui um filtro.
  • 32.
  • 33. 5. Raios X • Considerando que o elétron secundário pode gerar vários raios X, numa cascata de eventos, conclui-se que a maior parte dos raios X formados possuem baixa energia;
  • 34. GRÁFICO ILUSTRANDO A SITUAÇÃO ANTERIOR
  • 35. EFEITO DA CÚPULA DE VIDRO QUE REVESTE O TUBO DE RAIO X. REPARE QUE OS COM MENOR ENERGIA SÃO ABSORVIDOS
  • 36. EFEITO DO VIDRO (VERDE) E DO CABEÇOTE DE ALUMÍNIO (AMARELO)
  • 37. EFEITO DO VIDRO (VERDE), DO CABEÇOTE (AMARELO) E FINALMENTE DO COLIMADOR E FILTRO SOBRE O ESPECTRO DOS RAIOS X
  • 38. 5. Raios X • Finalmente, consideremos – junto à radiação de freamento – a radiação característica, que possui caráter aleatório, e não contínuo.
  • 39. 5. Raios X • Os principais fatores capazes de alterarem o espectro radiográfico são: – Tensão radiográfica (kV) – Corrente elétrica (mA) – Tempo de exposição (por vezes incluído em mAs) – Filtração adicional – Material do ânodo – Tipo de gerador de alta tensão
  • 40. A QUANTIDADE E ENERGIA TOTAL DE FÓTONS AUMENTA PELO QUADRADO DO FATOR DE INCREMENTO DO KV. O KV DETERMINA A PENETRABILIDADE DO FEIXE (CONTRASTE RADIOGRÁFICO)
  • 41. mAs (CORRENTE + TEMPO DE EXPOSIÇÃO). CONTROLA A QUANTIDADE DE FÓTONS, MAS NÃO ALTERA A ENERGIA DELES.
  • 42. A FILTRAÇÃO DIMINUI A QUANTIDADE DE FÓTONS COM BAIXA ENERGIA, MAS NÃO ALTERA AQUELES COM ALTA ENERGIA.
  • 43. 5. Raios X • Material do ânodo: o número atômico (Z) afeta a quantidade e a energia dos fótons de um feixe de raio X, através da maior eficiência da radiação por freamento. Principalmente o Tungstênio, mas também o Molibdênio e o Ródio são utilizados como ânodo (receptor de elétrons).
  • 44. EFEITO DOS GERADORES DE ALTA TENSÃO. QUANTO MAIOR SUA EFICIÊNCIA, MAIOR A QUANTIDADE DE FÓTONS E DE ENERGIA GERADA.
  • 45.
  • 46. 6. Imagem radiográfica • A interação de um raio X com a matéria é variável, havendo 3 fenômenos principais: – Espalhamento coerente – Espalhamento Compton – Efeito fotoelétrico
  • 47. 6. Imagem radiográfica • Espalhamento coerente: fótons de energia baixa que “perturbam” a órbita dos elétrons e apenas muda sua direção, sem transferir energia. Também chamado de espalhamento clássico ou de Thomson.
  • 48. 6. Imagem radiográfica • Espalhamento Compton: interação com as camadas mais externas do átomo. Há transferência de energia, inclusive com ionização; • Quanto maior o ângulo de espelhamento, maior a energia transferida ao elétron (180 graus = retroespelhada ou backscattered radiation); • Resulta no embaçamento (fog) da imagem, reduzindo seu contraste.
  • 49. ESPALHAMENTO COMPTON. REPARE COMO O FÓTON MUDA DE DIREÇÃO E AINDA PÕE O ELÉTRON EM MOVIMENTO.
  • 50. 6. Imagem radiográfica • Efeito fotoelétrico: interação com as camadas mais internas do átomo. • O fóton transfere TODA sua energia para o elétron, havendo ionização; • Como transfere toda a energia, o fóton desaparece a seguir.
  • 51. EFEITO FOTOELÉTRICO. COMO O FÓTON CEDE TODA SUA ENERGIA AO ELÉTRON, ELE DESAPARECE APÓS A COLISÃO. É DIRETAMENTE PROPORCIONAL AO NÚMERO ATÔMICO E INVERSAMENTE AO CUBO DA ENERGIA.
  • 52. 6. Imagem radiográfica • Em termos gerais, é importante percebermos que, para regiões anatômicas com grandes diferenças de densidades, devemos favorecer a ocorrência do espalhamento Compton, enquanto que – naquelas com densidades muito próximas – o efeito fotoelétrico (menor energia) deve ser buscado.
  • 53. 6. Imagem radiográfica • Absorção diferencial: é o que permite a formação da imagem radiográfica.
  • 54. IMAGENS REPRESENTATIVAS DA ABSORÇÃO DIFERENCIAL
  • 55. IMPORTANTE: A RADIAÇÃO ESPALHADA, AO ATINGIR O DETECTOR QUE FORMARÁ A IMAGEM, NÃO TRAZ BENEFÍCIOS PARA O DIAGNÓSTICO, CAUSANDO INDEFINIÇÕES NA IMAGEM. PARA ISSO, UTILIZA-SE A GRADE ANTIDIFUSORA (BUCKY), QUE SERÁ DISCUTIDA ADIANTE.
  • 56. 6. Imagem radiográfica • O registro da absorção diferencial é percebido através da densidade radiológica (ou densidade óptica). Ela engloba uma escala de contraste, que vai do branco ao preto, passando por diversos tons de cinza.
  • 57. 6. Imagem radiográfica • Quanto maior a energia do feixe, mais fótons passarão as estruturas e mais preta será a imagem;
  • 58. 6. Imagem radiográfica • Ao aumentar o kV, tornaremos a imagem mais escura e com maiores quantidades de tons; • Ao aumentar a mA, tornaremos a imagem mais escura, mas não se alteram as quantidades de tons; o mesmo serve para o tempo de exposição.
  • 59. FINALMENTE, VEJA QUE AO AUMENTAR A DISTÂNCIA ENTRE FOCO E FILME O FLUXO DE FÓTONS POR UNIDADE DE ÁREA SERÁ REDUZIDO, E A IMAGEM SERÁ MAIS CLARA. ALÉM DISSO, A ÁREA EM ESTUDO SERÁ DISTORCIDA (AUMENTADA).
  • 61. Xavier AM. Boas práticas de proteção em radiologia. CNEN.
  • 62. Xavier AM. Boas práticas de proteção em radiologia. CNEN.
  • 63. Xavier AM. Boas práticas de proteção em radiologia. CNEN.
  • 64. 7. Radiobiologia • A exposição do ser humano às radiações ionizantes podem ser de duas formas: – Naturais (Principal = “de fundo”) – Artificiais (Principal = exames médicos)
  • 65. ENTENDE-SE POR RADIAÇÃO DE FUNDO OS RAIOS CÓSMICOS E VÁRIAS SUBSTÂNCIAS TERRESTRES, COMO O RADÔNIO. NO BRASIL, MG E ES SÃO OS ESTADOS MAIS EXPOSTOS.
  • 66. ENTRE OS EXAMES RADIOLÓGICOS, A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA É A MAIOR CONTRIBUINTE (30%), ENQUANTO A RADIOGRAFIA DE TÓRAX PERFAZ APENAS 3%.
  • 67. 7. Radiobiologia • Os efeitos biológicos da radiação ionizante são pautados na ação do elétron secundário que, ao interagir com uma molécula de água, gera um radical hidroxila (OH*) que lesa o DNA celular. • Divisão prática: etapa física, química e biológica.
  • 68.
  • 69.
  • 70.
  • 71. 7. Radiobiologia • Os efeitos desta lesão ao DNA podem ser entendidos de duas maneiras básicas: – Efeitos determinísticos: efeito agudo que ocorre devido à perda celular após receber radiação; – Efeitos estocásticos: envolve o desenvolvimento a longo prazo de dano, geralmente com malignidade associada.
  • 72.
  • 73. 7. Radiobiologia • Principais efeitos estocásticos: CÂNCER – Cólon – Leucemia – Mama – Pele – Pulmão – Tireóide – Outros (bexiga, cérebro, estômago, fígado…)
  • 74.
  • 75. SITUAÇÃO ESPECIAL DE RADIAÇÃO FETAL NA GESTAÇÃO: PRINCIPAIS EFEITOS.
  • 76. Referências • 1. Bushong SC. Ciência Radiológica para Tecnólogos, 9a edição, Elsevier, 2010. • 2. Junior JGT. Física Radiológica, 1a edição, Guanabara Koogan, 2010. • 3. Bonjorno RFS. Física completa, 2a edição, FTD, 2001. DÚVIDAS E COMENTÁRIOS: grtalves@gmail.com jesushaygert@brturbo.com.br