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• Ao tempo de Jesus, a Palestina não era
mais um País independente; estava sob
o domínio romano.
• Por prudência e tato político, os
romanos respeitavam as opiniões
religiosas e os costumes dos povos que
dominavam.
• Assim, embora obrigados a pagar
pesados impostos a Roma, internamente
os Judeus conservavam a liberdade de
praticar sua religião e observar as suas
tradições.
• Os romanos também permitiam que os
povos dominados tivessem governo
próprio, mas submetido à aprovação e
nomeação imperial (reis, etnarcas e
tetrarcas).
• Assim, no ano de 43 a. C.
os romanos nomearam um
Rei para a palestina:
Herodes, o Grande.
• Os Judeus detestavam Herodes, porque
era idumeus (natural de Iduméia) e por
suas tendências para outros hábitos
religiosos.
• Quando Jesus nasceu, era esse Herodes,
o Grande, que reinava na Palestina.
• Com a morte de Herodes, poucos anos
depois, o reino foi dividido entre seus
três filhos.
• Arquelau: a quem coube a Judéia,
Samaria e Iduméia.
• Observação: No ano 6, Arquelau foi
destituído e seus territórios passaram a
ser governados diretamente por um
procurador romano.
• Na época da condenação de Jesus
Cristo, o procurador era Pôncio Pilatos.
• Herodes Ântipas: a quem coube a
Galiléia e a Peréia.
• Felipe: que recebeu os territórios de
além-Jordão: Batanéia, Auranites,
Gaulanites, Ituréia e Panéias.
• Sumo Sacerdote
• Enfeixava o poder supremo, porque,
para os hebreus, o governo era
teocrático (vinha de Deus e em nome
dele era exercido).
• Sinédrio (Sanedrim)
• Assembleia constituída de 71 membros
(altos dignitários do judaísmo), sempre
presidida pelo Sumo Sacerdote, com na
capital (Jerusalém).
• Era o maior poder, depois do Sumo
Sacerdote, exercendo amplamente os
poderes judiciário e executivo no campo
religioso e civil, com apenas algumas
restrições impostas pelos dominadores
romanos.
• Dividia-se em 3 grupos mais ou menos
iguais em número:
• Os Príncipes dos Sacerdotes: os sumos
sacerdotes não mais em função e os
chefes das famílias sacerdotais (eram
saduceus).
• Os Anciãos do Povo: leigos pertencentes
a famílias aristocráticas e importantes
(também eram saduceus).
• Os Escribas (ou Doutores da Lei): Judeus
(geralmente fariseus), estudiosos e
intérpretes da Lei, dos Profetas e das
Tradições.
• Nas outras cidades e nas aldeias, havia
tribunais menores constituídos por juízes e
escolhidos entre os anciãos.
• As penalidades aplicáveis eram:
• a) Pena de Talião (para determinado
crime, uma penalidade igual a ele).
• b) Multa em dinheiro.
• c) Prisão.
• d) Oferta de um sacrifício expiatório.
• e) Flagelação. A lei judaica só permitia
40 açoites.
• f) Excomunhão. Só se aplicava depois de
algumas advertências.
• f) Excomunhão. Só se aplicava depois de
algumas advertências. Consistia em
considerar a pessoa como excluída da
comunidade judaica.
• g) Pena de morte. Infligida por
lapidação (apedrejamento). Depois que
conquistaram o país, os romanos
reservaram a si a aplicação da pena de
morte.
• Durante a dominação selêucida (dos
sírios), de 197 a 142 a.C. , formaram-se
na Judéia diversos partidos ou seitas,
que se mantiveram ativos até 70 d.C. e,
portanto, existiam ao tempo de Jesus.
• Sob a dominação romana, a sociedade
judaica se dividiu em diversos tipos de
reação diante do império, indo desde a
aceitação e colaboração, até a revolta
armada, reação sempre através desses
partidos ou seitas.
Saduceus
• Grupo formado pelos aristocratas (os
anciãos, grandes proprietários de terra)
e pelos membros da elite sacerdotal.
• Tinham o poder nas mãos e
controlavam a administração da justiça
no tribunal supremo (Sinédrio).
• No aspecto político, eram patriotas mas
também os maiores colaboradores do
dominador, numa política de
conciliação, com medo de perderem
seus cargos e privilégios.
• No aspecto religioso, opunham-se aos
fariseus, porque não aceitavam
nenhuma tradição oral e, mesmo da Lei
escrita, somente admitiam o
Pentateuco.
• Suspeitavam de tudo que fosse
desenvolvimento posterior da Lei; não
aceitavam a existência de espíritos, vida
além-túmulo nem ressureição dos
mortos.
• Era a influência religiosa ou política que
exerciam sobre o povo (que preferia os
ensinos dos escribas).
Fariseus
(separado,
apartado)
• Foram assim denominados ao tempo
dos selêucidas, porque se puseram de
parte, numa atitude de reserva hostil
ante os dominadores.
• Era um partido pouco numeroso (cerca
de 6.000 homens), formado por leigos
vindos de todas as camadas sociais,
principalmente artesãos e pequenos
comerciantes; a maioria do clero pobre,
que se opõe à elite sacerdotal, também
começa a pertencer a esse grupo.
• De início, tinham por objetivo preservar
a lei mosaica de influências
estrangeiras, deturpadoras.
• Conheciam a Torá melhor que ninguém
e diziam praticá-la melhor também,
observando não só as determinações da
lei, mas também outras prescrições
impostas pela tradição.
• Sua doutrina era nobre e vizinha da do
Cristo, porque fundamentada em Moisés e
nos profetas.
• Infelizmente, caíram no formalismo.
Apegados à letra e interpretações
muitas vezes fantasistas e arbitrárias,
presos às exterioridades mas se
deixando dominar por vícios perniciosos.
• Não acreditavam em Jesus, na sua missão
divina, pois esperavam um salvador, sim,
mas humanamente poderoso, que
erguesse o reino temporal dos judeus.
• Observação: Nem todo escriba é um
fariseu, mas todo fariseu é um escriba,
por causa do estudo que faz das leis,
profetas e tradições.
Zelotas
• Fariseus pela doutrina, mas, em política,
não ficam na resistência passiva, partem
para a luta armada, matam os que
julgam traidores da causa judaica.
• Por isso, são também chamados de
sicários ou assassinos, as autoridades os
consideram criminosos e terroristas, e
são perseguidos pelo poder romano.
• O grupo é formado por pessoas que
provêm especialmente da classe dos
pequenos camponeses e das camadas
mais pobres da sociedade, massacradas
por um sistema fiscal impiedoso.
• Oriundos da Galiléia são movidos por
um nacionalismo extremado e desejam
expulsar os romanos, para formar um
estado teocrático, governado por um
descendente de Davi.
Essênios
• Era uma associação religiosa. Tinham
por finalidade a busca de Deus através
da lei de Moisés e da prática das
virtudes (verdade, humildade, justiça,
caridade etc.).
• Formavam uma verdadeira ordem, com
superiores, noviciado e votos (entre os
quais o do celibato) e praticavam a
comunhão de bens.
• Ultrapassavam em rigor os próprios
fariseus observando o sábado de uma
maneira total, multiplicando as
abluções.
• Suas doutrinas eram muito diferentes
das do judaísmo oficial; para eles, a
alma, já existente antes do corpo,
recolhia-se provisoriamente no corpo
antes de regressar ao anterior estado.
• As comunidades essênias estavam
dispersas por várias aldeias; a principal
(com 4 mil homens) encontrava-se no
oásis de Engadi, não longe do Mar
Morto.
• Só em 1947 veio à luz a vida interior
desses mosteiros pré-cristãos, com a
descoberta dos livros de orações e dos
pergaminhos do Antigo Testamento, nas
cavernas de Qûmram.
Nazirs ou nazireenos
• Eram judeus que, sem chegarem à
austeridade dos essênios, colocavam-se,
momentânea ou definitivamente, em
situação moral análoga, embora
continuassem a viver na sociedade.
Nazirs ou nazireenos
• Davam continuidade a uma velhíssima
instituição (como Sansão ao tempo dos
Juízes): consagravam-se a Deus (no
mínimo durante um mês) e tomavam 3
compromissos: não cortar o cabelo, não
beber vinho, não se aproximar das
mulheres.
Herodianos
• Eram assim chamados os da corte de
Herodes, os partidários dele e de sua
família, cujo prestígio desejavam
restabelecer na Palestina.
• Não se apresentam como um grupo
social determinado, mas colaboram
para a dependência dos judeus em
relação aos romanos.
• Não veem com bons olhos os saduceus
serem amigos dos romanos, nem
simpatizam com os fariseus que
esperavam um Messias que viesse
restaurar a independência do país.
• São fortes opositores dos zelotas e
vivem preocupados em capturar
agitadores políticos na Galiléia.
• É de notar como os partidos e seitas,
embora divergentes entre si, se unem
contra Jesus, quando convém aos seus
interesses políticos ou religiosos.
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O povo Hebreu - n 9

  • 1.
  • 2. • Ao tempo de Jesus, a Palestina não era mais um País independente; estava sob o domínio romano.
  • 3. • Por prudência e tato político, os romanos respeitavam as opiniões religiosas e os costumes dos povos que dominavam.
  • 4. • Assim, embora obrigados a pagar pesados impostos a Roma, internamente os Judeus conservavam a liberdade de praticar sua religião e observar as suas tradições.
  • 5. • Os romanos também permitiam que os povos dominados tivessem governo próprio, mas submetido à aprovação e nomeação imperial (reis, etnarcas e tetrarcas).
  • 6. • Assim, no ano de 43 a. C. os romanos nomearam um Rei para a palestina: Herodes, o Grande.
  • 7. • Os Judeus detestavam Herodes, porque era idumeus (natural de Iduméia) e por suas tendências para outros hábitos religiosos.
  • 8. • Quando Jesus nasceu, era esse Herodes, o Grande, que reinava na Palestina.
  • 9. • Com a morte de Herodes, poucos anos depois, o reino foi dividido entre seus três filhos.
  • 10. • Arquelau: a quem coube a Judéia, Samaria e Iduméia.
  • 11. • Observação: No ano 6, Arquelau foi destituído e seus territórios passaram a ser governados diretamente por um procurador romano.
  • 12. • Na época da condenação de Jesus Cristo, o procurador era Pôncio Pilatos.
  • 13. • Herodes Ântipas: a quem coube a Galiléia e a Peréia.
  • 14. • Felipe: que recebeu os territórios de além-Jordão: Batanéia, Auranites, Gaulanites, Ituréia e Panéias.
  • 15. • Sumo Sacerdote • Enfeixava o poder supremo, porque, para os hebreus, o governo era teocrático (vinha de Deus e em nome dele era exercido).
  • 16. • Sinédrio (Sanedrim) • Assembleia constituída de 71 membros (altos dignitários do judaísmo), sempre presidida pelo Sumo Sacerdote, com na capital (Jerusalém).
  • 17. • Era o maior poder, depois do Sumo Sacerdote, exercendo amplamente os poderes judiciário e executivo no campo religioso e civil, com apenas algumas restrições impostas pelos dominadores romanos.
  • 18. • Dividia-se em 3 grupos mais ou menos iguais em número: • Os Príncipes dos Sacerdotes: os sumos sacerdotes não mais em função e os chefes das famílias sacerdotais (eram saduceus).
  • 19. • Os Anciãos do Povo: leigos pertencentes a famílias aristocráticas e importantes (também eram saduceus).
  • 20. • Os Escribas (ou Doutores da Lei): Judeus (geralmente fariseus), estudiosos e intérpretes da Lei, dos Profetas e das Tradições.
  • 21. • Nas outras cidades e nas aldeias, havia tribunais menores constituídos por juízes e escolhidos entre os anciãos.
  • 22. • As penalidades aplicáveis eram: • a) Pena de Talião (para determinado crime, uma penalidade igual a ele). • b) Multa em dinheiro. • c) Prisão. • d) Oferta de um sacrifício expiatório.
  • 23. • e) Flagelação. A lei judaica só permitia 40 açoites. • f) Excomunhão. Só se aplicava depois de algumas advertências.
  • 24. • f) Excomunhão. Só se aplicava depois de algumas advertências. Consistia em considerar a pessoa como excluída da comunidade judaica.
  • 25. • g) Pena de morte. Infligida por lapidação (apedrejamento). Depois que conquistaram o país, os romanos reservaram a si a aplicação da pena de morte.
  • 26. • Durante a dominação selêucida (dos sírios), de 197 a 142 a.C. , formaram-se na Judéia diversos partidos ou seitas, que se mantiveram ativos até 70 d.C. e, portanto, existiam ao tempo de Jesus.
  • 27. • Sob a dominação romana, a sociedade judaica se dividiu em diversos tipos de reação diante do império, indo desde a aceitação e colaboração, até a revolta armada, reação sempre através desses partidos ou seitas.
  • 28. Saduceus • Grupo formado pelos aristocratas (os anciãos, grandes proprietários de terra) e pelos membros da elite sacerdotal.
  • 29. • Tinham o poder nas mãos e controlavam a administração da justiça no tribunal supremo (Sinédrio).
  • 30. • No aspecto político, eram patriotas mas também os maiores colaboradores do dominador, numa política de conciliação, com medo de perderem seus cargos e privilégios.
  • 31. • No aspecto religioso, opunham-se aos fariseus, porque não aceitavam nenhuma tradição oral e, mesmo da Lei escrita, somente admitiam o Pentateuco.
  • 32. • Suspeitavam de tudo que fosse desenvolvimento posterior da Lei; não aceitavam a existência de espíritos, vida além-túmulo nem ressureição dos mortos.
  • 33. • Era a influência religiosa ou política que exerciam sobre o povo (que preferia os ensinos dos escribas).
  • 34. Fariseus (separado, apartado) • Foram assim denominados ao tempo dos selêucidas, porque se puseram de parte, numa atitude de reserva hostil ante os dominadores.
  • 35. • Era um partido pouco numeroso (cerca de 6.000 homens), formado por leigos vindos de todas as camadas sociais, principalmente artesãos e pequenos comerciantes; a maioria do clero pobre, que se opõe à elite sacerdotal, também começa a pertencer a esse grupo.
  • 36. • De início, tinham por objetivo preservar a lei mosaica de influências estrangeiras, deturpadoras.
  • 37. • Conheciam a Torá melhor que ninguém e diziam praticá-la melhor também, observando não só as determinações da lei, mas também outras prescrições impostas pela tradição.
  • 38. • Sua doutrina era nobre e vizinha da do Cristo, porque fundamentada em Moisés e nos profetas.
  • 39. • Infelizmente, caíram no formalismo. Apegados à letra e interpretações muitas vezes fantasistas e arbitrárias, presos às exterioridades mas se deixando dominar por vícios perniciosos.
  • 40. • Não acreditavam em Jesus, na sua missão divina, pois esperavam um salvador, sim, mas humanamente poderoso, que erguesse o reino temporal dos judeus.
  • 41. • Observação: Nem todo escriba é um fariseu, mas todo fariseu é um escriba, por causa do estudo que faz das leis, profetas e tradições.
  • 42. Zelotas • Fariseus pela doutrina, mas, em política, não ficam na resistência passiva, partem para a luta armada, matam os que julgam traidores da causa judaica.
  • 43. • Por isso, são também chamados de sicários ou assassinos, as autoridades os consideram criminosos e terroristas, e são perseguidos pelo poder romano.
  • 44. • O grupo é formado por pessoas que provêm especialmente da classe dos pequenos camponeses e das camadas mais pobres da sociedade, massacradas por um sistema fiscal impiedoso.
  • 45. • Oriundos da Galiléia são movidos por um nacionalismo extremado e desejam expulsar os romanos, para formar um estado teocrático, governado por um descendente de Davi.
  • 46. Essênios • Era uma associação religiosa. Tinham por finalidade a busca de Deus através da lei de Moisés e da prática das virtudes (verdade, humildade, justiça, caridade etc.).
  • 47. • Formavam uma verdadeira ordem, com superiores, noviciado e votos (entre os quais o do celibato) e praticavam a comunhão de bens.
  • 48. • Ultrapassavam em rigor os próprios fariseus observando o sábado de uma maneira total, multiplicando as abluções.
  • 49. • Suas doutrinas eram muito diferentes das do judaísmo oficial; para eles, a alma, já existente antes do corpo, recolhia-se provisoriamente no corpo antes de regressar ao anterior estado.
  • 50. • As comunidades essênias estavam dispersas por várias aldeias; a principal (com 4 mil homens) encontrava-se no oásis de Engadi, não longe do Mar Morto.
  • 51. • Só em 1947 veio à luz a vida interior desses mosteiros pré-cristãos, com a descoberta dos livros de orações e dos pergaminhos do Antigo Testamento, nas cavernas de Qûmram.
  • 52. Nazirs ou nazireenos • Eram judeus que, sem chegarem à austeridade dos essênios, colocavam-se, momentânea ou definitivamente, em situação moral análoga, embora continuassem a viver na sociedade.
  • 53. Nazirs ou nazireenos • Davam continuidade a uma velhíssima instituição (como Sansão ao tempo dos Juízes): consagravam-se a Deus (no mínimo durante um mês) e tomavam 3 compromissos: não cortar o cabelo, não beber vinho, não se aproximar das mulheres.
  • 54. Herodianos • Eram assim chamados os da corte de Herodes, os partidários dele e de sua família, cujo prestígio desejavam restabelecer na Palestina.
  • 55. • Não se apresentam como um grupo social determinado, mas colaboram para a dependência dos judeus em relação aos romanos.
  • 56. • Não veem com bons olhos os saduceus serem amigos dos romanos, nem simpatizam com os fariseus que esperavam um Messias que viesse restaurar a independência do país.
  • 57. • São fortes opositores dos zelotas e vivem preocupados em capturar agitadores políticos na Galiléia.
  • 58. • É de notar como os partidos e seitas, embora divergentes entre si, se unem contra Jesus, quando convém aos seus interesses políticos ou religiosos.