2. • Ao tempo de Jesus, a Palestina não era
mais um País independente; estava sob
o domínio romano.
3. • Por prudência e tato político, os
romanos respeitavam as opiniões
religiosas e os costumes dos povos que
dominavam.
4. • Assim, embora obrigados a pagar
pesados impostos a Roma, internamente
os Judeus conservavam a liberdade de
praticar sua religião e observar as suas
tradições.
5. • Os romanos também permitiam que os
povos dominados tivessem governo
próprio, mas submetido à aprovação e
nomeação imperial (reis, etnarcas e
tetrarcas).
6. • Assim, no ano de 43 a. C.
os romanos nomearam um
Rei para a palestina:
Herodes, o Grande.
7. • Os Judeus detestavam Herodes, porque
era idumeus (natural de Iduméia) e por
suas tendências para outros hábitos
religiosos.
8. • Quando Jesus nasceu, era esse Herodes,
o Grande, que reinava na Palestina.
9. • Com a morte de Herodes, poucos anos
depois, o reino foi dividido entre seus
três filhos.
10. • Arquelau: a quem coube a Judéia,
Samaria e Iduméia.
11. • Observação: No ano 6, Arquelau foi
destituído e seus territórios passaram a
ser governados diretamente por um
procurador romano.
12. • Na época da condenação de Jesus
Cristo, o procurador era Pôncio Pilatos.
14. • Felipe: que recebeu os territórios de
além-Jordão: Batanéia, Auranites,
Gaulanites, Ituréia e Panéias.
15. • Sumo Sacerdote
• Enfeixava o poder supremo, porque,
para os hebreus, o governo era
teocrático (vinha de Deus e em nome
dele era exercido).
16. • Sinédrio (Sanedrim)
• Assembleia constituída de 71 membros
(altos dignitários do judaísmo), sempre
presidida pelo Sumo Sacerdote, com na
capital (Jerusalém).
17. • Era o maior poder, depois do Sumo
Sacerdote, exercendo amplamente os
poderes judiciário e executivo no campo
religioso e civil, com apenas algumas
restrições impostas pelos dominadores
romanos.
18. • Dividia-se em 3 grupos mais ou menos
iguais em número:
• Os Príncipes dos Sacerdotes: os sumos
sacerdotes não mais em função e os
chefes das famílias sacerdotais (eram
saduceus).
19. • Os Anciãos do Povo: leigos pertencentes
a famílias aristocráticas e importantes
(também eram saduceus).
20. • Os Escribas (ou Doutores da Lei): Judeus
(geralmente fariseus), estudiosos e
intérpretes da Lei, dos Profetas e das
Tradições.
21. • Nas outras cidades e nas aldeias, havia
tribunais menores constituídos por juízes e
escolhidos entre os anciãos.
22. • As penalidades aplicáveis eram:
• a) Pena de Talião (para determinado
crime, uma penalidade igual a ele).
• b) Multa em dinheiro.
• c) Prisão.
• d) Oferta de um sacrifício expiatório.
23. • e) Flagelação. A lei judaica só permitia
40 açoites.
• f) Excomunhão. Só se aplicava depois de
algumas advertências.
24. • f) Excomunhão. Só se aplicava depois de
algumas advertências. Consistia em
considerar a pessoa como excluída da
comunidade judaica.
25. • g) Pena de morte. Infligida por
lapidação (apedrejamento). Depois que
conquistaram o país, os romanos
reservaram a si a aplicação da pena de
morte.
26. • Durante a dominação selêucida (dos
sírios), de 197 a 142 a.C. , formaram-se
na Judéia diversos partidos ou seitas,
que se mantiveram ativos até 70 d.C. e,
portanto, existiam ao tempo de Jesus.
27. • Sob a dominação romana, a sociedade
judaica se dividiu em diversos tipos de
reação diante do império, indo desde a
aceitação e colaboração, até a revolta
armada, reação sempre através desses
partidos ou seitas.
28. Saduceus
• Grupo formado pelos aristocratas (os
anciãos, grandes proprietários de terra)
e pelos membros da elite sacerdotal.
29. • Tinham o poder nas mãos e
controlavam a administração da justiça
no tribunal supremo (Sinédrio).
30. • No aspecto político, eram patriotas mas
também os maiores colaboradores do
dominador, numa política de
conciliação, com medo de perderem
seus cargos e privilégios.
31. • No aspecto religioso, opunham-se aos
fariseus, porque não aceitavam
nenhuma tradição oral e, mesmo da Lei
escrita, somente admitiam o
Pentateuco.
32. • Suspeitavam de tudo que fosse
desenvolvimento posterior da Lei; não
aceitavam a existência de espíritos, vida
além-túmulo nem ressureição dos
mortos.
33. • Era a influência religiosa ou política que
exerciam sobre o povo (que preferia os
ensinos dos escribas).
35. • Era um partido pouco numeroso (cerca
de 6.000 homens), formado por leigos
vindos de todas as camadas sociais,
principalmente artesãos e pequenos
comerciantes; a maioria do clero pobre,
que se opõe à elite sacerdotal, também
começa a pertencer a esse grupo.
36. • De início, tinham por objetivo preservar
a lei mosaica de influências
estrangeiras, deturpadoras.
37. • Conheciam a Torá melhor que ninguém
e diziam praticá-la melhor também,
observando não só as determinações da
lei, mas também outras prescrições
impostas pela tradição.
38. • Sua doutrina era nobre e vizinha da do
Cristo, porque fundamentada em Moisés e
nos profetas.
39. • Infelizmente, caíram no formalismo.
Apegados à letra e interpretações
muitas vezes fantasistas e arbitrárias,
presos às exterioridades mas se
deixando dominar por vícios perniciosos.
40. • Não acreditavam em Jesus, na sua missão
divina, pois esperavam um salvador, sim,
mas humanamente poderoso, que
erguesse o reino temporal dos judeus.
41. • Observação: Nem todo escriba é um
fariseu, mas todo fariseu é um escriba,
por causa do estudo que faz das leis,
profetas e tradições.
42. Zelotas
• Fariseus pela doutrina, mas, em política,
não ficam na resistência passiva, partem
para a luta armada, matam os que
julgam traidores da causa judaica.
43. • Por isso, são também chamados de
sicários ou assassinos, as autoridades os
consideram criminosos e terroristas, e
são perseguidos pelo poder romano.
44. • O grupo é formado por pessoas que
provêm especialmente da classe dos
pequenos camponeses e das camadas
mais pobres da sociedade, massacradas
por um sistema fiscal impiedoso.
45. • Oriundos da Galiléia são movidos por
um nacionalismo extremado e desejam
expulsar os romanos, para formar um
estado teocrático, governado por um
descendente de Davi.
46. Essênios
• Era uma associação religiosa. Tinham
por finalidade a busca de Deus através
da lei de Moisés e da prática das
virtudes (verdade, humildade, justiça,
caridade etc.).
47. • Formavam uma verdadeira ordem, com
superiores, noviciado e votos (entre os
quais o do celibato) e praticavam a
comunhão de bens.
48. • Ultrapassavam em rigor os próprios
fariseus observando o sábado de uma
maneira total, multiplicando as
abluções.
49. • Suas doutrinas eram muito diferentes
das do judaísmo oficial; para eles, a
alma, já existente antes do corpo,
recolhia-se provisoriamente no corpo
antes de regressar ao anterior estado.
50. • As comunidades essênias estavam
dispersas por várias aldeias; a principal
(com 4 mil homens) encontrava-se no
oásis de Engadi, não longe do Mar
Morto.
51. • Só em 1947 veio à luz a vida interior
desses mosteiros pré-cristãos, com a
descoberta dos livros de orações e dos
pergaminhos do Antigo Testamento, nas
cavernas de Qûmram.
52. Nazirs ou nazireenos
• Eram judeus que, sem chegarem à
austeridade dos essênios, colocavam-se,
momentânea ou definitivamente, em
situação moral análoga, embora
continuassem a viver na sociedade.
53. Nazirs ou nazireenos
• Davam continuidade a uma velhíssima
instituição (como Sansão ao tempo dos
Juízes): consagravam-se a Deus (no
mínimo durante um mês) e tomavam 3
compromissos: não cortar o cabelo, não
beber vinho, não se aproximar das
mulheres.
54. Herodianos
• Eram assim chamados os da corte de
Herodes, os partidários dele e de sua
família, cujo prestígio desejavam
restabelecer na Palestina.
55. • Não se apresentam como um grupo
social determinado, mas colaboram
para a dependência dos judeus em
relação aos romanos.
56. • Não veem com bons olhos os saduceus
serem amigos dos romanos, nem
simpatizam com os fariseus que
esperavam um Messias que viesse
restaurar a independência do país.
57. • São fortes opositores dos zelotas e
vivem preocupados em capturar
agitadores políticos na Galiléia.
58. • É de notar como os partidos e seitas,
embora divergentes entre si, se unem
contra Jesus, quando convém aos seus
interesses políticos ou religiosos.