1. O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XIII, itens 19.
O Livro dos Espíritos – q.937à 938ª.
A Gênese – Capítulo XVII, item 2.
2. BENEFÍCIOS PAGOS COM A INGRATIDÃO
Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de
benefícios que fizeram, deixam de praticar o bem para não topar
com os ingratos?
Nesses, há mais egoísmo do que caridade.
Visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de
reconhecimento, é não o fazer com desinteresse.
E o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
3. Há também orgulho, porquanto os que assim
procedem se comprazem na humildade com que o
beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho
do seu reconhecimento.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
4. Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
Deveis sempre ajudar os Ficai certos de que, se aquele a
fracos, embora sabendo de quem prestais um serviço o
antemão que os a quem esquece, Deus o levará mais em
fizerdes o bem não vo-lo conta do que se com a sua gratidão
agradecerão. o beneficiado vo-lo houvesse pago.
5. Se Deus permite E sabeis,
por vezes sejais porventura, se o
pagos com a benefício
ingratidão, é para momentaneament
experimentar a e esquecido não
vossa perseverança produzirá mais
em praticar o bem. tarde bons frutos?
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
6. Tende a certeza de Infelizmente, nunca
que, ao contrário, é vedes senão o presente;
uma semente que com trabalhais para vós e
o tempo germinará. não pelos outros.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
7. Podem ser olvidados
neste mundo, mas,
Os benefícios quando se
acabam por desembaraçar do seu
abrandar os mais envoltório carnal, o
empedernidos Espírito que os
corações. recebeu se lembrará
deles e essa lembrança
será o seu castigo.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
8. Assim, sem o
Deplorará a sua
suspeitardes, tereis
ingratidão; desejará
contribuído para o
reparar a falta, pagar
seu adiantamento
a dívida noutra
moral e vireis a
existência, não raro
reconhecer a exatidão
buscando uma vida
desta máxima: um
de dedicação ao seu
benefício jamais se
benfeitor.
perde.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
9. Além disso, também por vós mesmos
tereis trabalhado, porquanto granjeareis
o mérito de haver feito o bem
desinteressadamente e sem que as
decepções vos desanimassem.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
10. Ah! meus
Se pudésseis
amigos, se apanhar num Admiraríeis
conhecêsseis golpe de vista muito mais a
todos os a imensidade sabedoria e a
laços que das relações bondade do
prendem a que ligam uns Criador, que
vossa vida aos outros os vos concede
atual às seres, para o reviver para
vossas efeito de um chegardes a
progresso ele.
existências mútuo.
anteriores.
Allan Kardec – ESE – Benefícios pagos com a ingratidão - Guia protetor. (Sens, 1862.) – Capítulo XIII, itens 19.
11. PROVAS DE INGRATIDÃO
937. As decepções causadas pela
ingratidão e a fragilidade da amizade – Sim; mas já vos ensinamos a
também não são para o homem de lastimar os ingratos e amigos infiéis:
coração uma fonte de amargura?
A ingratidão é filha do egoísmo, e o
egoísmo encontrará mais tarde
eles serão mais infelizes que vós. corações insensíveis, como ele mesmo
foi.
Pensai em todos que fizeram mais o
bem do que vós, que valeram muito
mais do que vós, e que foram pagos
com ingratidão.
Allan Kardec – O livro dos espíritos – q. 937 à 938a.
12. Allan Kardec – O livro dos espíritos – q. 937 à 938a.
Pensai que o próprio Jesus foi Que o bem que fizestes seja
zombado e desprezado quando na vossa recompensa neste
Terra, tratado de velhaco e de mundo, e não vos preocupeis
impostor, e não vos espanteis que o com o que dizem aqueles que
mesmo possa acontecer convosco. o receberam.
13. PROVAS DE INGRATIDÃO
A ingratidão é
Os ingratos
uma prova
serão tanto
para vossa
mais punidos
persistência em
quanto maior
fazer o bem e
tiver sido a sua
será levada em
ingratidão.
conta.
Allan Kardec – O livro dos espíritos – q. 937 à 938a.
14. 938. As Ele sabe que se
decepções – Isso seria um
pelo bem que faz
causadas pela não o
erro, porque o
ingratidão reconhecerem
homem de
nesta vida, na
não predispõe coração, como
outra o farão, e
a endurecer o dizeis, está
que ao ingrato
coração e sempre feliz com
restará a
o bem que faz.
fechá-lo à vergonha e o
sensibilidade? remorso.
Allan Kardec – O livro dos espíritos – q. 937 à 938a.
15. 938. a) Esse
Que ele saiba que os
pensamento não
amigos ingratos que
impede seu coração
– Sim, se preferir a o abandonam não
de ser magoado;
felicidade do são dignos de sua
portanto, isso não
egoísta, que é muito amizade e que se
poderia originar a
triste! enganou sobre eles;
idéia de que seria
portanto, não deve
mais feliz se fosse
lamentar sua perda.
menos sensível?
Allan Kardec – O livro dos espíritos – q. 937 à 938a.
16. Mais tarde, encontrará outros que o compreenderão
melhor.
Lamentai aqueles que têm para convosco um
comportamento ingrato que não merecestes, porque
terão amarga recompensa, um triste retorno.
E também não vos aflijais com isso: é o meio de vos
colocar acima deles.
Allan Kardec – O livro dos espíritos – q. 937 à 938a.
17. JESUS E A INGRATIDÃO HUMANA
- Tendo vindo à sua terra natal, instruía-os nas sinagogas, de
sorte que, tomados de espanto, diziam:
- E não fez lá muitos milagres devido
Donde lhe vieram
à incredulidade deles. (S. Mateus,
essa sabedoria e
cap. XIII, vv. 54-58.)
esses milagres?
Donde então lhe vêm todas essas
coisas? - E assim faziam dele objeto
de escândalo. Mas, Jesus lhes disse: - Não é o filho
Um profeta só não é honrado em daquele carpinteiro?
sua terra e na sua casa.
Não se chama Maria, sua mãe, e seus
irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Suas
irmãs não se acham todas entre nós?
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 1. Predições do Evangelho - Ninguém é profeta em sua terra.
18. JESUS E A INGRATIDÃO HUMANA
- Enunciou Jesus dessa forma uma verdade que
se tornou provérbio, que é de todos os tempos e à
qual se poderia dar maior amplitude, dizendo
que ninguém é profeta em vida.
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 1. Predições do Evangelho - Ninguém é profeta em sua terra.
19. Que, muitas
vezes, faz que a
O hábito de se maioria deles se
verem desde a negue a
O princípio de tal
infância, em reconhecer
verdade reside Sofre-lhes o
todas as superioridade
numa orgulho com o
circunstâncias moral num de
consequência terem de
ordinárias da quem foram
natural da reconhecer o
vida, estabelece companheiros ou
fraqueza humana ascendente do
entre os homens comensais, que
e pode explicar-se outro.
uma espécie de saiu do mesmo
deste modo: igualdade meio que eles e
material. cujas primeiras
fraquezas todos
testemunharam.
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2. Predições do Evangelho - Ninguém é profeta em sua terra.
20. Os que se sentem
Tanto mais forte
incapazes de chegar
gritam, quanto
Quem quer que se à altura em que
menores se acham,
eleve acima do nível aquele se encontra
crendo que se
comum está sempre esforçam-se para
engrandecem e o
em luta com o rebaixá-lo, por meio
eclipsam pelo
ciúme e a inveja. da difamação, da
arruído que
maledicência e da
promovem.
calúnia.
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2 - Ninguém é profeta em sua terra.
21. Tal foi e será a História da
Humanidade, enquanto os homens
não houverem compreendido a sua
natureza espiritual e alargado seu
horizonte moral.
Por aí se vê que semelhante
preconceito é próprio dos espíritos
acanhados e vulgares, que tomam
suas personalidades por ponto de
aferição de tudo.
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2 - Ninguém é profeta em sua terra.
22. É por isso que aqueles cuja passagem
pela Terra se assinalou por obras de
real valor são mais apreciados depois
de mortos do que quando vivos.
São julgados com mais imparcialidade,
porque, já tendo desaparecido os
invejosos e os ciosos, cessaram os
antagonismos pessoais.
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2 - Ninguém é profeta em sua terra.
23. Tanto menos podia Jesus escapar às consequências deste
princípio, inerente à natureza humana, quanto pouco esclarecido
era o meio em que ele vivia, meio esse constituído de criaturas
votadas inteiramente à vida material.
Verificando então que a sua palavra tinha menos autoridade
sobre os seus, que o desprezavam, do que sobre os estranhos,
preferiu ir pregar para os que o escutavam e aos quais inspirava
simpatia.
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2 - Ninguém é profeta em sua terra.
24. Pode-se fazer idéia dos sentimentos que
para com ele nutriam os que lhe eram
aparentados, pelo fato de que seus
próprios irmãos, acompanhados de
sua mãe, foram a uma reunião onde
ele se encontrava, para dele se
apoderarem, dizendo que perdera o
juízo.(S. Marcos, cap. III, vv. 20, 21 e
31 a 35. - ESE, cap. XIV.)
Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2 - Ninguém é profeta em sua terra.
25. Allan Kardec – Gênese – Capítulo XVII, item 2 - Ninguém é profeta em sua terra.
E deverão estes
queixar-se de
Não é o que que os seus
se dá em concidadãos
De outro, era nossos dias
tachado de não os tratem
Assim, de com relação melhor do que
louco pelos aos espíritas?
um lado, os seus parentes os de Jesus o
sacerdotes e mais tratavam?
os fariseus o próximos.
acusavam de
obrar pelo
demônio.