Este documento contém vários poemas curtos sobre temas como o meio ambiente, amizade, amor, profissões, cidades, dúvidas e sentimentos. Os poemas variam em tom, indo de leves a mais profundos e reflexivos.
4. “O Ambiente”
Do ambiente devemos cuidar
todos dizem na televisão.
As mangas vamos arregaçar
e passar à ação.
Desde o levantar ao deitar
muita coisa podemos fazer.
poupar água e reciclar
gestos amigos do ambiente podemos
ter.
Por isso deixem-se de desculpas
e vamos todos colaborar.
para que no futuro e no planeta Terra
possamos bem respirar.
Tomás Santos
POESIA NA CORDA 2013
5. “Um Amigo Especial”
Era pequeno quando o vi Agora já meu amigo
achei-o muito engraçado vem comer na minha mão
dei-lhe logo o nome Fredy gosta de pipocas e trigo
e numa caixa veio ao meu lado. e já está um matulão
Ainda no carro muito esperto É uma caturra inteligente
começou ele a piar escuta tudo com atenção
precisava de muito afeto, de manhã acorda contente
e eu dei-lhe um novo lar e canta logo uma canção
Em casa, descansado
já com a crista no ar
confiança foi ganhando
parecia querer falar .
Fábio Almeida
POESIA NA CORDA 2013
7. “O amor e loucura”
No amor há felicidade,
e na loucura há tristeza,
ao amor damos continuidade,
e à loucura damos incerteza.
O amor é a da cor do céu,
E a loucura é da cor do inferno,
O amor é como o Verão,
E a loucura é como o Inverno.
No amor há tanta loucura,
Que por vezes acaba sem ternura.
Rafael Bastos Almeida
POESIA NA CORDA 2013
8. “Confusão”
Um gato brincalhão
Um cão comilão
Um menino resmungão
Fizeram todos, uma confusão
António Teixeira
POESIA NA CORDA 2013
10. “Os Países”
Eu gostava de ir
a um país chamado Grécia.
Mas não é por causa do tamanho
a comparar com a grande Suécia.
Eu gostava de ir
a um país chamado Itália.
Que até é um bocado pequeno
a comparar com a Austrália.
Eu gostava de ir
a um país chamado França.
Mas não é melhor ir a pé,
porque eu sei que muito cansa.
Eu gostava de ir
a um país chamado Espanha.
E este poema está a acabar
mas de certeza que não é,
com uma viagem à Alemanha.
Afonso Gonçalves Correia
POESIA NA CORDA 2013
11. “ Uma pessoa especial”
Foi naquela bela tarde
que eu vi o Pedro chegar,
Estávamos todos na biblioteca,
para o ouvir falar.
Ouvimos falar de barulho
e de silêncio também,
Falou-nos de duas páginas,
e percebemos muito bem.
Para o Pedro o palco é sagrado,
para nós os livros também são,
foi uma tarde bem passada,
pois ficou no meu coração.
Maria Lamas
POESIA NA CORDA 2013
13. “O que eu quero ser”
Quando for grande Quando for grande
quero ser atriz quero ser poeta
para poder voar para poder andar
até Paris. na minha nova bicicleta.
Quando for grande Quando for grande
quero ser escritora quero tocar violino
E ser reconhecida para logo a seguir
como uma boa autora. comer um pepino.
Quando for grande Quando for grande
quero ser uma bailarina quero ser palhaça
para eu ser para ouvir dizer
uma linda dançarina. que tenho muita graça.
Quando for grande Quando for grande
quero ser manequim vou trabalhar
para poder desfilar mas para isso
no jardim. é preciso estudar.
Quando for grande Quando for grande
quero tocar piano quero ser advogada
e num palco E agora dou
vou dançar o tango. esta tarefa por terminada.
Sofia Trindade Brandão
POESIA NA CORDA 2013
14. “Indústrias em S. João”
O calçado em S. João
está em expansão.
Já se fazem sapatos como antigamente
de alma e coração.
As pessoas a trabalhar,
fazem sapatos à maneira.
Aqui temos grandes estilistas,
tal como Miguel Vieira.
Em S. João da Madeira,
temos a industria da chapelaria,
já se fazem chapéus,
desde o tempo da minha tia.
Diana Moreira
POESIA NA CORDA 2013
17. “O mar do amor”
O mar é feito de ondas
O coração é feito de amor,
Se um barco navega no mar
Tu és o navegador.
Se tu fosses o mar
Eu seria a areia,
Fazíamos um par perfeito
De qualquer maneira.
Maria Lima Costa
POESIA NA CORDA 2013
18. “O que é o amor?”
É, de verdade, misterioso
E ninguém o consegue parar
embora muitos estragos faça
todos o querem agarrar.
Muitas lágrimas faz disparar
porém, muitos sorrisos resplandescer.
Pois quando está presente
A tristeza faz morrer.
É uma das melhores vendas
E não nos deixa ver o mundo real,
Mas quando, às vezes, escapa,
É uma desilusão total.
Tens que experimentar,
Com ele vais muito aprender,
De muitos erros vais ser vítima,
Mas também os vais cometer.
Renata Oliveira Silva
POESIA NA CORDA 2013
20. “As paredes”
Hoje as tuas paredes deixaram de o ser.
Deixaram de ser tuas e deixaram de ser paredes
As escadas, palco de sonhos,
Já não esperam que a porta se abra para entrarem abraços gigantes.
Os quartos já não contam histórias antes de adormecer.
No terraço já não há verão e não se vê o mar.
Os meninos enfileirados, escondidos nos azulejos,
Foram brincar para longe.
E a menina que corria contente pela casa
e roubava sorrisos que se multiplicavam
involuntariamente,
desliza agora pelas memórias,
como tu deslizavas os teus dedos pelo meu cabelo.
Saíste pela chaminé de mão dada com o cheiro quente
Das panelas e levaste contigo
As paredes
Para serem paredes
noutro lugar.
Sara Monteiro
POESIA NA CORDA 2013
21. “Dúvida”
Não sei onde estou.
Não sei quem sou.
Não sei em que ano estou.
Dor.
Agonia.
Silêncio…
O fogo envolve-me,
As trevas escurecem-me,
O gelo quebra-me,
A terra devora-me,
O ar engole-me,
A água afoga-me,
A luz ilumina-me.
Quente, acolhedora, assombrosa.
Finalmente, a paz recheia-me a alma.
Será que ela existe?
Apenas sei que eu existo.
Mais nada.
Tiago dos Santos Gomes
POESIA NA CORDA 2013
24. “Pudesse eu ser”
Pudesse eu ser…
O vento e acariciar o teu rosto
Com maldade e bem-querer
Pudesse eu ser…
uma flor e tocar teu corpo,
envolvendo-te num perfume suave,
de paixão e prazer!
Pudesse eu ser…
o sol e aquecer delicadamente tua boca,
com um beijo sufocante, quente
Pudesse eu ser…
A água e escorrer pelas curvas mais esbeltas
do teu corpo.
Pudesse eu ser…
A brisa que acaricia teus olhos
Num gesto meigo de te possuir
Pudesse eu ser…
Paula Maria Gomes Soares
POESIA NA CORDA 2013
25. “Vício”
Foste o meu vício, No desejo que me prendia.
A minha loucura. Foste o meu tudo
Foste o meu desespero, E o meu nada.
A minha ternura. Foste o meu sonho,
Foste o meu tormento, Na realidade desfasada.
A minha desventura. Foste o amor imaginado.
Foste o meu tudo Foste o meu barco naufragado.
E o meu nada. Foste o meu vício,
Foste a paixão desmedida, A minha loucura.
Em cada hora, na madrugada. Foste o Verão ardente,
Foste o meu vício, Que ainda agora pedura.
A minha fantasia. Foste fogo entranhado na pele,
Foste a ilusão, Que já não tem cura.
Tornada poesia. Foste sol, mar, chuva e granizo.
Foste a tempestade, Foste a vida do meu viver.
Em noites de acalmia. Hoje, não choro nem grito,
Foste a liberdade, Só resta o vício de ti,
Que permanece no meu ser!
Dina Silvério
POESIA NA CORDA 2013
26. “Amar de luar”
Esse amar de luar é tão puro e inocente,
Como tudo aquilo que um menino sente.
O meu é duro e indecente.
Sei que sou quem dilacera por dentro.
Sou prudente, hoje só olho por dente..
O demónio mais sombrio sente frio frente
Ao gelo que crio indiferente ao que querias.
Acho que nunca terei crias.
Eu, comigo, não as teria.
Nem vómitos, nem desejos,
Nem barriga nem estrias.
Nem sorrisos, nem fraldas,
Nem abraços ou noites em branco.
Ficarei só, só cinzento no meu canto.
Vou desmontar o berço que não embalei,
Num terço do tempo em que o sonhei.
Vou não querer ser o vento,
Que me faz crer ser o ventre,
Em que voa esse amar de luar puro e inocente.
Fábio Silva
POESIA NA CORDA 2013
28. “Sou”
Sou a inexistência
O espaço em branco na
Página escrita
A palavra do silêncio
O grão da poeira
Sou a ausência
O intervalo
A pausa do compasso
O segundo que antecede o tempo
A intermitência
O princípio da incerteza
O pó
A cinza
O nada
O vazio da distância
Sou o fim da viagem.
Alegna (Ângela Costa Almeida)
POESIA NA CORDA 2013
29. “O Outono e a vida”
Uma folha, duas folhas caídas
Noticiam que o Outono chegou,
Fazendo lembrar os anos da vida
Que cada um na terra já passou.
No Outono se encurtam os dias.
Há menos sol, mais cedo anoitece;
Tal como na vida há menos brilho,
Envelhecemos e tudo acontece.
Dias são anos até ressurgir
No seu esplendor puro e luzente,
A Primavera que irá trazer
Nova vida a tudo e a toda a gente.
Outono agreste e melancólico
Tu és e serás da morte parceiro.
Trazes sempre laivos de nostalgia
E à vida, por vezes, és traiçoeiro.
Mas… não te apoquentes, hostil Outono,
Nós suportaremos o teu penar.
És parte integrante das nossas vidas
Jamais te poderemos condenar.
Carlos Alberto Pereira Dias
POESIA NA CORDA 2013