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Usuários e
Produção da
Existência:
contribuições de
Álvaro Vieira Pinto 

e Paulo Freire à IHC
Rodrigo Freese Gonzatto
Orientador: Luiz Ernesto Merkle
PPGTE
UTFPR
Lygia Clark e Hélio Oiticica.
"Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
desde 2011
UTFPR
PPGTE
Merkle
AVP
7 anos
Manoel de Barros
Helio Oiticica,
Bolide 3 Caixa 3 Africana (1963)
Design Livre
Projeto & Liberdade
Abraham Palatnik
Aparelho Cinecromático
Design Livre
Hélio Oiticica
Penetrável
Projeto & Liberdade
Produção da Existência
via Libertação
Design Livre
da
Amanualidade
(mestrado e
qualificação)
à
Produção
da Existência
(doutorado)
da
Amanualidade
(mestrado e
qualificação)
Hélio Oiticica
Parangolé
Apresentação1.
Problema de pesquisa:
“Como usuários produzem suas existências por meio 

da produção de artefatos computacionais”?
Objetivo geral:
Caracterizar, analisar e tensionar as implicações da
categoria “usuário” em IHC, por meio de perspectivas
CTS, embasadas na noção de “produção da existência”
de Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire.
Objetivos específicos:
I. Delinear a “produção da existência” como fundamento teórico em IHC,
tendo como base o viés CTS do pensamento de Álvaro Vieira Pinto e
de Paulo Freire;
II. Problematizar usos e desdobramentos de concepções de “usuário” em
estudos e práticas de IHC, a partir do viés dialético-existencial da
“produção da existência”;
III. Recomendar elementos para propostas que auxiliem o debate sobre a
produção da existência, realizada por “usuários”, em pesquisas e
projetos de IHC.
Objetivo geral:
Caracterizar, analisar e tensionar as implicações da
categoria “usuário” em IHC, por meio de perspectivas
CTS, embasadas na noção de “produção da existência”
de Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire.
Capítulos da tese:
2. Tecnologia e Produção da existência: viés CTS em IHC por Vieira Pinto
e Paulo Freire
3. O conceito de “usuário" em Interação Humano-Computador

4. Propostas para projeto e pesquisa em IHC: produção da existência por
"usuário"
Objetivos específicos:
I. Delinear a “produção da existência” como fundamento teórico em IHC,
tendo como base o viés CTS do pensamento de Álvaro Vieira Pinto e
de Paulo Freire;
II. Problematizar usos e desdobramentos de concepções de “usuário” em
estudos e práticas de IHC, a partir do viés dialético-existencial da
“produção da existência”;
III. Recomendar elementos para propostas que auxiliem o debate sobre a
produção da existência, realizada por “usuários”, em pesquisas e
projetos de IHC.
Metodologia:
• Pesquisa exploratória de orientação teórica
• Levantamento bibliográfico não-sistemático
• Opção por sulear fundamentos em IHC em viés CTS
Freire
A máquina está a serviço
de quem?
Conscientização
Professora sim, tia não
Pedagogia do Oprimido
Pedagogia da Esperança
Extensão ou
Comunicação?
…
Usuários
COOPER; BOWERS, 1995
GRINT; WOOLGAR, 1997
KERSSENS, 2016
SPINUZZI, 2002
KUUTTI, 2001
GRUDIN, 2012
GRUDIN, 1990
AGRE, 1995
BANNON, 1991
…
Vieira Pinto
Conceito de Tecnologia
Consciência e Realidade
nacional
Ciência e Existência
El pensamiento crítico 

en Demografia
Sete lições sobre
educação para adultos
Por que os ricos não 

fazem greve?
…
IHC
MERKLE, 2001
ROGERS, 2012
EHN, 1988
BØDKER, 1991
BANNON; BOKER, 1991
SUCHMAN, 1987
WINOGRAD; FLORES, 1987
DOURISH, 2001
…
Tecnologia e Produção da Existência:
viés CTS por Vieira Pinto e Paulo Freire
• Revisão de concepções teóricas sobre “usuários” em IHC
• Possibilidade de interpretar 

"usuários" como produtores de suas existências
• Delineamento da categoria Produção da Existência:
• Ser humano é existente que precisa produzir sua existência
• O faz pela transformação da sua realidade: 

trabalhando sua amanualidade
• O ser humano é tecnologia. 

Mudar a tecnologia é mudar o ser humano
• Produzir o ser humano passa 

pela produção de tecnologias computacionais
2.
Ler Vieira Pinto e Paulo Freire me ajudou a
visualizar um viés dialético-existencial para
uma IHC via CTS, na qual:
• Uso e produção não são opostos. Diáletica:
Produção contém uso, uso também produz
• “Usuários” são pessoas concretas, em um
tempo histórico, em um sociedade: em
amanualidade e em meio a opressões
• Todo “usuário" possui saberes e fazeres:
projetam, produzem e tem tecnologia

porquê precisam sobreviver em seu mundo
Tecnologia e Produção da Existência:
viés CTS por Vieira Pinto e Paulo Freire
2.
Conceito de "usuário"

em Interação Humano-Computador
• “Usuário” = pessoa usando computador?
• Nem sempre pessoas usando computadores foram“usuárias”:
operadoras e hands on/hands off (direto/delegado)

• “Usuário" é uma construção social. Não é “natural”, nem “dado”
• O termo já existia antes da IHC. Mas certos discursos em IHC lhe
conferem significados particulares
• Dicotomia: "usuário" posto como um "não-projetista"

Se projetistas projetam; usuários não projetam: usam

Se projetistas são especialistas; usuários são leigos; não-especialistas

Se projetistas estão "dentro"do espaço projetal; usuários,“fora”
3.
Conceito de "usuário"

em Interação Humano-Computador
• “Usuário" é categoria central na IHC e serviu ao seu
reconhecimento disciplinar: se para projetar sistemas é 

preciso entender os “usuários”, então o projeto precisa de IHC,
pois ela representará os interesses dos usuários
• Usuários são representados como “ignorantes” e “leigos”.
Patologizados como “frustrados”, “estressados” e“ansiosos”.
Desconfia-se: “Não sabem o que querem”!?
• Um conceito abstrato/genérico de "usuário"é de interesse
para manter uma IHC “indispensável”, na qual “usuários”
precisam ser continuamente pesquisados e representados
3.
Conceito de "usuário"

em Interação Humano-Computador
• Concepções estereotipadas de “usuários"
possuem um viés ideológico: favorecem a
alienação da produção da existência pelo
uso de tecnologias computacionais.
• Apesar da IHC afirmar trabalhar centrada
nas necessidades dos “usuários”…
• É uma imagem conveniente para tentar
legitimar uma divisão do trabalho que
oculta que computadores são produzidos
primariamente como mercadorias, não
para as finalidades de quem as usa
3.
Busca no Google por “usuário” →
Conceito de "usuário"

em Interação Humano-Computador
Além de uma concepção, temos uma uma condição de opressão em
que pessoas (chamadas de “usuárias”) foram e são postas:
• Utentes não são ignorantes: lhes foi negado a especialização em
tecnologias computacionais. As pessoas foram desespecializadas
de sua relação com essas tecnologias
• Utentes projetam, nos espaços que lhes são possíveis (ex.: cotidiano)
Mas esses não são espaços de projeto privilegiados pelo modo de
produção capitalista. Utentes são afastados dos espaços projetuais
propícios para transformar computadores (fábrica, indústria, estúdio),
e por suas finalidades voltadas à produção da existência
3.
Conceito de "usuário"

em Interação Humano-Computador
Entendidos como não-projetistas e não-especialistas…
• "Usuários" são representados como indivíduos desempoderados:
• Para “empoderar”, projetam-se interfaces fáceis de usar, que
desespecializam, gerando dependência de alguém lá “dentro”.
• Pessoas não se empoderam por tecnologias alienígenas
• "Usuários" são representados como receptores de interfaces:
• Usuários vistos como sem poder de transformar as interfaces.
• Mas nenhum artefato chega “pronto”, nem atende todas as demandas.
Utentes produzem computar. Precisam fazê-lo pra produzir existência.
• Quando “usuários" se especializam e projeta costumam receber outro
nome: hackers, designers amadores, etc. Porque não "usuário"?
3.
Propostas para pesquisa e projeto em IHC:
produção da existência por "usuários"
• “Usuários” como sujeitos na pesquisa e projeto em IHC:
• Usuários não devem ser só “objetos" da IHC 

(a quem o objeto se destina)
• Utentes" tem tecnologia, projetam e produzem computadores,
mesmo que em condições desprivilegiadas
• Utentes produzem a IHC, e esta deveria reconhecer a produção por
utentes. Que IHC utentes produzem?
4.
Propostas para pesquisa e projeto em IHC:
produção da existência por "usuários"
• Projetar para si: 

Orientações para projeto de artefatos computacionais
• “A quem servem as finalidades do projeto”? Para si e para um “outro"?
• Projetistas e utentes como grupo social interessado no projeto “para si”
4.
manifesto fabless
projeto para si, empoderamento emancipatório
libertação, partindo da manualidade,

não aceitação de ser apenas “usuário”
Propostas para pesquisa e projeto em IHC:
produção da existência por "usuários"
• Interfaces amanuais: Produções por técnicas de utentes
• Noção de interfaces é fundamental em IHC
• Legitimar a produção por utentes (simbólica e literal): 

identificar modos de fazer, práticas e usos de computadores, 

que não correspondem com as intenções prévias de projetistas
4.
dual SIM
interface amanual
caso de comunidades rurais no Quênia
uso de mais de um SIM no mesmo celular
Propostas para pesquisa e projeto em IHC:
produção da existência por "usuários"
Se o termo “usuário” é envolto de diversas problemáticas, 

como denominar “usuários”?
• Autores propõem só mudar o termo “usuário" por “pessoas”:

Risco de mudar o termo e manter um significado objetificante
• “Usuário”, indica suspensão e dúvida de seu significado tradicional:

Útil para denunciar o uso alienado de seu conceito ingênuo.
• Além de termos e conceitos, mudar as condições materiais:

projetar para usos que possam produzir de formas mais elaboradas
4.
Obrigado!
Rodrigo Freese Gonzatto
Orientador: Luiz Ernesto Merkle
PPGTE
UTFPR
Lygia Clark e Hélio Oiticica.
"Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
Obrigado!
Rodrigo Freese Gonzatto
Orientador: Luiz Ernesto Merkle
PPGTE
UTFPR
Lygia Clark e Hélio Oiticica.
"Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
Parece ser próprio do animal simbólico valer-se de uma parte do seu organismo
para exercer funções diversíssimas. A mão sirva de exemplo. A mão arranca da
terra a raiz e a erva, colhe o fruto, descasca-o, leva-o à boca. A mão apanha o
objeto, remove-o, achega-o ao corpo, lança-o. A mão puxa e empurra, junta e
espalha, afrouxa, contrai e distende; roça, toca, apalpa, acaricia, belisca, unha,
aperta, esbofeteia, esmurra; depois, massageia o músculo dorido. Acusa com o
índex, aplaude com as palmas, protege com a concha. As mãos postas oram. É
voz do mudo, voz do surdo, leitura do cego. Faz viver alçando o polegar; baixando-
o, manda matar. Traz a criança ao mundo, esgana o inimigo. Saúda o amigo, lança-
se um adeus. Mede com o palmo, sopesa com a palma. Aponta com gestos o eu, o
tu, o ele; o aqui, o aí, o ali; o hoje, o ontem, o amanhã. O ser humano, com a mão,
lavra a terra. Com as mãos, semeia, poda e colhe. Empunhando o machado e a
foice, desbasta a floresta; com a enxada revolve a terra, limpa o mato, abre covas.
Com a picareta, escava e desenterroa. Com a pá, estruma. Com o regador, água.
Risca o pano, enfia a agulha, costura, alinhava. Para perfazer tantíssimas ações
basta-lhe uma breve mas dúctil anatomia: oito ossinhos no pulso, cinco no
metacarpo e os dedos com as suas falanges, falanginhas e falangetas. Na Idade
da Máquina, a mão teria, por acaso, perdido as finíssimas articulações com que se
casava às saliências e reetrâncias da matéria? O artesanato, por força, recua ou
decai, e as mãos manobram nas linhas de montagem à distância dos seus
produtos. Pressionam botões, acionam manivelas, ligam e desligam chaves, puxam
e empurram alavancas, controlam painéis, cedendo à máquina tarefas que outrora
lhes cabiam. A máquina, dócil e por isso violenta, cumpre exata o que lhe mandam
fazer; mas, se poupa o músculo do operário, também sabe cobrar exigindo que
vele junto a ela sem cessar: se não, decepa dedos distraídos. Foram 8 milhões os
acidentes de trabalho só no Brasil de 1975.
Os trabalhos da mão
Alfredo Bosi
(adaptado)
1977
• No viés dialético-existencial, vemos “usuários" tem tecnologia, projeta
e produzem computadores. Porque isso não é reconhecido?
• Mas não é apenas um jogo de palavras:
Imagem de divulgação do software Axure
• Mesmo em condições opressivas (ex.: subdesenvolvimento)

pessoas estão projetando tecnologias
• Aprofundamento da
amanualidade em Vieira Pinto, 

no viés marxista: 

trabalho, desenvolvimento

e grau zero
Tecnologia e Produção da Existência:
viés CTS por Vieira Pinto e Paulo Freire
2.
• Identificação do conceito de
amanualidade em Freire: 

ad-mirar, para a liberdade, saber
de experiência feito, opressão,
empoderamento emancipatório
manifesto fabless
projeto para si, empoderamento emancipatório
libertação, partindo da manualidade,

não aceitação de ser apenas “usuário”
XPrize
projeto para o outro, empoderamento individual

opressão, não vinculo com amanualidade,

faz do “outro" um dependente, usuário
dual SIM
interface amanual
caso de comunidades rurais no Quênia
uso de mais de um SIM no mesmo celular
Mesmo em condições opressivas,
como a de subdesenvolvimento,

pessoas estão criando interfaces
e tecnologias computacionais

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Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire à IHC

  • 1. Usuários e Produção da Existência: contribuições de Álvaro Vieira Pinto 
 e Paulo Freire à IHC Rodrigo Freese Gonzatto Orientador: Luiz Ernesto Merkle PPGTE UTFPR Lygia Clark e Hélio Oiticica. "Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
  • 3. Helio Oiticica, Bolide 3 Caixa 3 Africana (1963) Design Livre
  • 4. Projeto & Liberdade Abraham Palatnik Aparelho Cinecromático Design Livre
  • 5. Hélio Oiticica Penetrável Projeto & Liberdade Produção da Existência via Libertação Design Livre
  • 7. Apresentação1. Problema de pesquisa: “Como usuários produzem suas existências por meio 
 da produção de artefatos computacionais”? Objetivo geral: Caracterizar, analisar e tensionar as implicações da categoria “usuário” em IHC, por meio de perspectivas CTS, embasadas na noção de “produção da existência” de Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire.
  • 8. Objetivos específicos: I. Delinear a “produção da existência” como fundamento teórico em IHC, tendo como base o viés CTS do pensamento de Álvaro Vieira Pinto e de Paulo Freire; II. Problematizar usos e desdobramentos de concepções de “usuário” em estudos e práticas de IHC, a partir do viés dialético-existencial da “produção da existência”; III. Recomendar elementos para propostas que auxiliem o debate sobre a produção da existência, realizada por “usuários”, em pesquisas e projetos de IHC. Objetivo geral: Caracterizar, analisar e tensionar as implicações da categoria “usuário” em IHC, por meio de perspectivas CTS, embasadas na noção de “produção da existência” de Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire.
  • 9. Capítulos da tese: 2. Tecnologia e Produção da existência: viés CTS em IHC por Vieira Pinto e Paulo Freire 3. O conceito de “usuário" em Interação Humano-Computador
 4. Propostas para projeto e pesquisa em IHC: produção da existência por "usuário" Objetivos específicos: I. Delinear a “produção da existência” como fundamento teórico em IHC, tendo como base o viés CTS do pensamento de Álvaro Vieira Pinto e de Paulo Freire; II. Problematizar usos e desdobramentos de concepções de “usuário” em estudos e práticas de IHC, a partir do viés dialético-existencial da “produção da existência”; III. Recomendar elementos para propostas que auxiliem o debate sobre a produção da existência, realizada por “usuários”, em pesquisas e projetos de IHC.
  • 10. Metodologia: • Pesquisa exploratória de orientação teórica • Levantamento bibliográfico não-sistemático • Opção por sulear fundamentos em IHC em viés CTS Freire A máquina está a serviço de quem? Conscientização Professora sim, tia não Pedagogia do Oprimido Pedagogia da Esperança Extensão ou Comunicação? … Usuários COOPER; BOWERS, 1995 GRINT; WOOLGAR, 1997 KERSSENS, 2016 SPINUZZI, 2002 KUUTTI, 2001 GRUDIN, 2012 GRUDIN, 1990 AGRE, 1995 BANNON, 1991 … Vieira Pinto Conceito de Tecnologia Consciência e Realidade nacional Ciência e Existência El pensamiento crítico 
 en Demografia Sete lições sobre educação para adultos Por que os ricos não 
 fazem greve? … IHC MERKLE, 2001 ROGERS, 2012 EHN, 1988 BØDKER, 1991 BANNON; BOKER, 1991 SUCHMAN, 1987 WINOGRAD; FLORES, 1987 DOURISH, 2001 …
  • 11. Tecnologia e Produção da Existência: viés CTS por Vieira Pinto e Paulo Freire • Revisão de concepções teóricas sobre “usuários” em IHC • Possibilidade de interpretar 
 "usuários" como produtores de suas existências • Delineamento da categoria Produção da Existência: • Ser humano é existente que precisa produzir sua existência • O faz pela transformação da sua realidade: 
 trabalhando sua amanualidade • O ser humano é tecnologia. 
 Mudar a tecnologia é mudar o ser humano • Produzir o ser humano passa 
 pela produção de tecnologias computacionais 2.
  • 12. Ler Vieira Pinto e Paulo Freire me ajudou a visualizar um viés dialético-existencial para uma IHC via CTS, na qual: • Uso e produção não são opostos. Diáletica: Produção contém uso, uso também produz • “Usuários” são pessoas concretas, em um tempo histórico, em um sociedade: em amanualidade e em meio a opressões • Todo “usuário" possui saberes e fazeres: projetam, produzem e tem tecnologia
 porquê precisam sobreviver em seu mundo Tecnologia e Produção da Existência: viés CTS por Vieira Pinto e Paulo Freire 2.
  • 13. Conceito de "usuário"
 em Interação Humano-Computador • “Usuário” = pessoa usando computador? • Nem sempre pessoas usando computadores foram“usuárias”: operadoras e hands on/hands off (direto/delegado)
 • “Usuário" é uma construção social. Não é “natural”, nem “dado” • O termo já existia antes da IHC. Mas certos discursos em IHC lhe conferem significados particulares • Dicotomia: "usuário" posto como um "não-projetista"
 Se projetistas projetam; usuários não projetam: usam
 Se projetistas são especialistas; usuários são leigos; não-especialistas
 Se projetistas estão "dentro"do espaço projetal; usuários,“fora” 3.
  • 14. Conceito de "usuário"
 em Interação Humano-Computador • “Usuário" é categoria central na IHC e serviu ao seu reconhecimento disciplinar: se para projetar sistemas é 
 preciso entender os “usuários”, então o projeto precisa de IHC, pois ela representará os interesses dos usuários • Usuários são representados como “ignorantes” e “leigos”. Patologizados como “frustrados”, “estressados” e“ansiosos”. Desconfia-se: “Não sabem o que querem”!? • Um conceito abstrato/genérico de "usuário"é de interesse para manter uma IHC “indispensável”, na qual “usuários” precisam ser continuamente pesquisados e representados 3.
  • 15. Conceito de "usuário"
 em Interação Humano-Computador • Concepções estereotipadas de “usuários" possuem um viés ideológico: favorecem a alienação da produção da existência pelo uso de tecnologias computacionais. • Apesar da IHC afirmar trabalhar centrada nas necessidades dos “usuários”… • É uma imagem conveniente para tentar legitimar uma divisão do trabalho que oculta que computadores são produzidos primariamente como mercadorias, não para as finalidades de quem as usa 3. Busca no Google por “usuário” →
  • 16. Conceito de "usuário"
 em Interação Humano-Computador Além de uma concepção, temos uma uma condição de opressão em que pessoas (chamadas de “usuárias”) foram e são postas: • Utentes não são ignorantes: lhes foi negado a especialização em tecnologias computacionais. As pessoas foram desespecializadas de sua relação com essas tecnologias • Utentes projetam, nos espaços que lhes são possíveis (ex.: cotidiano) Mas esses não são espaços de projeto privilegiados pelo modo de produção capitalista. Utentes são afastados dos espaços projetuais propícios para transformar computadores (fábrica, indústria, estúdio), e por suas finalidades voltadas à produção da existência 3.
  • 17. Conceito de "usuário"
 em Interação Humano-Computador Entendidos como não-projetistas e não-especialistas… • "Usuários" são representados como indivíduos desempoderados: • Para “empoderar”, projetam-se interfaces fáceis de usar, que desespecializam, gerando dependência de alguém lá “dentro”. • Pessoas não se empoderam por tecnologias alienígenas • "Usuários" são representados como receptores de interfaces: • Usuários vistos como sem poder de transformar as interfaces. • Mas nenhum artefato chega “pronto”, nem atende todas as demandas. Utentes produzem computar. Precisam fazê-lo pra produzir existência. • Quando “usuários" se especializam e projeta costumam receber outro nome: hackers, designers amadores, etc. Porque não "usuário"? 3.
  • 18. Propostas para pesquisa e projeto em IHC: produção da existência por "usuários" • “Usuários” como sujeitos na pesquisa e projeto em IHC: • Usuários não devem ser só “objetos" da IHC 
 (a quem o objeto se destina) • Utentes" tem tecnologia, projetam e produzem computadores, mesmo que em condições desprivilegiadas • Utentes produzem a IHC, e esta deveria reconhecer a produção por utentes. Que IHC utentes produzem? 4.
  • 19. Propostas para pesquisa e projeto em IHC: produção da existência por "usuários" • Projetar para si: 
 Orientações para projeto de artefatos computacionais • “A quem servem as finalidades do projeto”? Para si e para um “outro"? • Projetistas e utentes como grupo social interessado no projeto “para si” 4. manifesto fabless projeto para si, empoderamento emancipatório libertação, partindo da manualidade,
 não aceitação de ser apenas “usuário”
  • 20. Propostas para pesquisa e projeto em IHC: produção da existência por "usuários" • Interfaces amanuais: Produções por técnicas de utentes • Noção de interfaces é fundamental em IHC • Legitimar a produção por utentes (simbólica e literal): 
 identificar modos de fazer, práticas e usos de computadores, 
 que não correspondem com as intenções prévias de projetistas 4. dual SIM interface amanual caso de comunidades rurais no Quênia uso de mais de um SIM no mesmo celular
  • 21. Propostas para pesquisa e projeto em IHC: produção da existência por "usuários" Se o termo “usuário” é envolto de diversas problemáticas, 
 como denominar “usuários”? • Autores propõem só mudar o termo “usuário" por “pessoas”:
 Risco de mudar o termo e manter um significado objetificante • “Usuário”, indica suspensão e dúvida de seu significado tradicional:
 Útil para denunciar o uso alienado de seu conceito ingênuo. • Além de termos e conceitos, mudar as condições materiais:
 projetar para usos que possam produzir de formas mais elaboradas 4.
  • 22. Obrigado! Rodrigo Freese Gonzatto Orientador: Luiz Ernesto Merkle PPGTE UTFPR Lygia Clark e Hélio Oiticica. "Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
  • 23. Obrigado! Rodrigo Freese Gonzatto Orientador: Luiz Ernesto Merkle PPGTE UTFPR Lygia Clark e Hélio Oiticica. "Diálogo de mãos”. Fotografia (1966)
  • 24. Parece ser próprio do animal simbólico valer-se de uma parte do seu organismo para exercer funções diversíssimas. A mão sirva de exemplo. A mão arranca da terra a raiz e a erva, colhe o fruto, descasca-o, leva-o à boca. A mão apanha o objeto, remove-o, achega-o ao corpo, lança-o. A mão puxa e empurra, junta e espalha, afrouxa, contrai e distende; roça, toca, apalpa, acaricia, belisca, unha, aperta, esbofeteia, esmurra; depois, massageia o músculo dorido. Acusa com o índex, aplaude com as palmas, protege com a concha. As mãos postas oram. É voz do mudo, voz do surdo, leitura do cego. Faz viver alçando o polegar; baixando- o, manda matar. Traz a criança ao mundo, esgana o inimigo. Saúda o amigo, lança- se um adeus. Mede com o palmo, sopesa com a palma. Aponta com gestos o eu, o tu, o ele; o aqui, o aí, o ali; o hoje, o ontem, o amanhã. O ser humano, com a mão, lavra a terra. Com as mãos, semeia, poda e colhe. Empunhando o machado e a foice, desbasta a floresta; com a enxada revolve a terra, limpa o mato, abre covas. Com a picareta, escava e desenterroa. Com a pá, estruma. Com o regador, água. Risca o pano, enfia a agulha, costura, alinhava. Para perfazer tantíssimas ações basta-lhe uma breve mas dúctil anatomia: oito ossinhos no pulso, cinco no metacarpo e os dedos com as suas falanges, falanginhas e falangetas. Na Idade da Máquina, a mão teria, por acaso, perdido as finíssimas articulações com que se casava às saliências e reetrâncias da matéria? O artesanato, por força, recua ou decai, e as mãos manobram nas linhas de montagem à distância dos seus produtos. Pressionam botões, acionam manivelas, ligam e desligam chaves, puxam e empurram alavancas, controlam painéis, cedendo à máquina tarefas que outrora lhes cabiam. A máquina, dócil e por isso violenta, cumpre exata o que lhe mandam fazer; mas, se poupa o músculo do operário, também sabe cobrar exigindo que vele junto a ela sem cessar: se não, decepa dedos distraídos. Foram 8 milhões os acidentes de trabalho só no Brasil de 1975. Os trabalhos da mão Alfredo Bosi (adaptado) 1977
  • 25. • No viés dialético-existencial, vemos “usuários" tem tecnologia, projeta e produzem computadores. Porque isso não é reconhecido? • Mas não é apenas um jogo de palavras: Imagem de divulgação do software Axure • Mesmo em condições opressivas (ex.: subdesenvolvimento)
 pessoas estão projetando tecnologias
  • 26. • Aprofundamento da amanualidade em Vieira Pinto, 
 no viés marxista: 
 trabalho, desenvolvimento
 e grau zero Tecnologia e Produção da Existência: viés CTS por Vieira Pinto e Paulo Freire 2. • Identificação do conceito de amanualidade em Freire: 
 ad-mirar, para a liberdade, saber de experiência feito, opressão, empoderamento emancipatório
  • 27. manifesto fabless projeto para si, empoderamento emancipatório libertação, partindo da manualidade,
 não aceitação de ser apenas “usuário” XPrize projeto para o outro, empoderamento individual
 opressão, não vinculo com amanualidade,
 faz do “outro" um dependente, usuário dual SIM interface amanual caso de comunidades rurais no Quênia uso de mais de um SIM no mesmo celular Mesmo em condições opressivas, como a de subdesenvolvimento,
 pessoas estão criando interfaces e tecnologias computacionais