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Ilustração de
Alexandre do Nascimento
Paulo Freire
em diálogo com
Álvaro Vieira Pinto
Rodrigo Freese Gonzatto
A conscientização
frente à questão das
tecnologias digitais
ilustrações de
Manoel de Barros
Rodrigo Freese Gonzatto
PUCPR
UTFPR
Rede de Estudos AVP
Vieira Pinto
Campos dos Goytacazes 1909 ⭒
Rio de Janeiro 1987 †

Filósofo, médico,
educador, cientista,
autor e tradutor.
Paulo Freire
⭒ 1921 Recife
† 1997 São Paulo

Educador, filósofo,
pedagogo e autor
de livros.
Diálogos
situação-limite
consciência
consciência crítica
conscientização
amanualidade
existencialismo
marxismo
cristianismo
educação
educação de adultos
Diálogos
ISEB
ditadura/exílio
Brasil e Chile
“… é indispensável a leitura
de estudos sérios e profundos
do mestre brasileiro Álvaro
Vieira Pinto. Entre estes,
sobretudo, Consciência e
realidade nacional. Rio de
Janeiro: ISEB, 1961.
Paulo Freire
Educação como 

Prática da Liberdade
Álvaro Vieira Pinto
Consciência e Realidade Nacional
31 Álvaro Vieira Pinto,
Ciência e Existência, R. J.,
Paz e Terra, 1986, 2a ed.
Deixamos aqui o nosso
agradecimento ao mestre
brasileiro por nos haver
permitido citá-lo antes da
publicação de sua obra. 
Paulo Freire
Pedagogia do Oprimido
Álvaro Vieira Pinto
Ciência e Existência
[…] antes de fechar o livro [Educação como prática da liberdade] para
publicação […] tive a felicidade de ter o Álvaro Vieira Pinto por perto,
que fez uma leitura crítica dos originais. Esse grande filósofo
brasileiro, às vezes nem sempre bem compreendido, chegara da
Iugoslávia para o Chile. […] logo estava dando sua assessoria de
primeira qualidade ao Ministério da Educação, para o qual escreveu
uma série de textos […] Álvaro ficou um tempo lá em casa e depois
foi para um apartamento perto de nós, de modo que ele pôde fazer
a leitura crítica que pedi, e tivemos muitos diálogos sobre ela.
Paulo Freire
Aprendendo com 

a própria história
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Sete lições sobre

Educação de Adultos
ler Vieira Pinto após ler Paulo Freire
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ler Paulo Freire após ler Vieira Pinto
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encontros
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materialista-dialética
ontologia — ser humano
existencialismo

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o ser humano está situado no mundo
dialética ser social e realidade concreta
ontologia — ser humano
o ser humano dá sentido à realidade
a sociedade produz a sociedade
marca da leitura de Freire e Vieira Pinto:

interpretação e ação em suas realidades
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subdesenvolvimento dessa realidade

opressão desse povo
grau zero de educação

saber de experiência feito
grau zero de ciência
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grau zero da técnica
tecnologia amanual (disponível a mão)
é negado o desenvolvimento
é negado o reconhecimento
Ø
não é uma falta

nem uma ausência
a realidade subdesenvolvida

o povo oprimido
não é uma essência
não é “natural”
a realidade é transformação
é possível transformar
Vieira Pinto
denúncia do
subdesenvolvimento
anúncio do
desenvolvimento
possível
Paulo Freire


denuncia das

opressões
anúncio da
libertação
possível
pois educação, ciência e técnica são
condições existenciais (ontológicas) de
como o humano se faz humano, no mundo
um existencial
“um modo definidor do ser humano,
e por isso não muda de essência quando
muda de forma” (VIEIRA PINTO, 2005 [I], p. 343).
são existenciais
de todo ser humano
educação
técnica
ciência
cultura
projeto
futuro
comunicação
e outros
existência precede a essência
leitura do mundo precede a da palavra
ontologia — ser humano
oprimidos possuem saberes
saberes produzidos no subdenvolvimento
é condição para 

desenvolvimento e libertação
a consciência crítica da situação de

subdesenvolvimento e da opressão
(denúncia)
e a necessidade do trabalho de 

transformar nossa realidade
(anúncio)
tecnologias
http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/123456789/24
Paulo Freire, 1984
"A máquina está
a serviço de quem?"
“…faço questão enorme de ser um homem de meu
tempo e não um homem exilado dele, o que vale
dizer que não tenho nada contra as máquinas. 

De um lado, elas resultam e de outro estimulam 

o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, 

que, por sua vez, são criações humanas.


O avanço da ciência e da tecnologia 

não é tarefa de demônios, mas sim a 

expressão da criatividade humana.
http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/123456789/24
Paulo Freire, 1984
"A máquina está
a serviço de quem?"
Para mim, a questão que se coloca é: 

a serviço de quem as máquinas e a tecnologia
avançada estão? Quero saber a favor de quem,
ou contra quem as máquinas estão postas em
uso. Então, por aí, observamos o seguinte:
Não é a informática que pode responder. 

Uma pergunta política, 

que envolve uma direção ideológica, 

tem de ser respondida politicamente.
http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/123456789/24
Paulo Freire, 1984
"A máquina está
a serviço de quem?"
Para mim os computadores são 

um negócio extraordinário. O problema é saber 

a serviço de quem eles entram na escola. 

Será que vai se continuar dizendo aos educandos
que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil? 

Que a revolução de 64 salvou o país? 

Salvou de que, contra que, contra quem? 



Estas coisas é que acho 

que são fundamentais.“
Tecnofilia Tecnofobia
rejeição à tecnologiasupervalorização
Tecnofilia Tecnofobia
rejeição sem críticaadoção sem crítica
Concepção crítica deTecnologia
dialética e diálogo
não adotar
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docilmente
nem negar o
direito às técnicas
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Concepção crítica deTecnologia
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Leibnitz (1671)
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Régua de Cálculo (1622) Napier
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VIEIRA PINTO, Álvaro. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.
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Era Tecnológica
“As TIC
estão revolucionando a

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apresenta sua versão de “fim da história”.
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fábrica tem o mesmo significado ético da capelinha
outrora obrigatoriamente exigida ao lado de nossos
engenhos rurais”
A tecnologia 

transforma a sociedade,




A tecnologia 

transforma a sociedade,
&

a sociedade

transforma a tecnologia
o técnico é construído
socialmente
&

o social é tecnologicamente
construído


Tecnologia e Sociedade
se constituem mutuamente
exemplo
mais próximo
como nos educamos
sobre a obra alvariana e freiriana?
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Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire?
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elaboramos?
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entre Paulo Freire e Vieira Pinto?
PAIVA, Vanilda. Paulo Freire e o nacionalismo desenvolvimentista.
1a. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. v. 1. 208p .
“tudo é subdesenvolvido
na realidade subdesenvolvida”
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é subdesenvolvida
é pesquisa (tecnologia e educação)
no subdesenvolvimento
a condição de subdesenvolvimento
é nossa opressão
(ser menos)
subdesenvolvimento
é nosso maior potencial
(ser mais)
vamos desenvolver
nossa tecnologia, ciência e educação?
elaborar técnica, ciência e educação
da obra e das ideias
de Freire e Álvaro Vieira Pinto?
valorizar nossas
técnicas
reconhecê-las criticamente
e agir para desenvolvê-las
Hélio Oiticica
Penetrável
a técnica ensinada por AVP e Freire
não foi reproduzir AVP e Freire
foi lidar com as questões e temáticas
atuais que interessam a nossa situação
corrigindo a direção para
o que interessa ao subdesenvolvimento
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Hélio Oiticica
Penetrável
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como leitor/a de Álvaro Vieira Pinto
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como Freire o leu
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Rodrigo Freese Gonzatto
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Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto: a conscientização frente à questão das tecnologias digitais

  • 1. Ilustração de Alexandre do Nascimento Paulo Freire em diálogo com Álvaro Vieira Pinto Rodrigo Freese Gonzatto A conscientização frente à questão das tecnologias digitais
  • 2. ilustrações de Manoel de Barros Rodrigo Freese Gonzatto PUCPR UTFPR Rede de Estudos AVP
  • 3. Vieira Pinto Campos dos Goytacazes 1909 ⭒ Rio de Janeiro 1987 †
 Filósofo, médico, educador, cientista, autor e tradutor. Paulo Freire ⭒ 1921 Recife † 1997 São Paulo
 Educador, filósofo, pedagogo e autor de livros.
  • 6. “… é indispensável a leitura de estudos sérios e profundos do mestre brasileiro Álvaro Vieira Pinto. Entre estes, sobretudo, Consciência e realidade nacional. Rio de Janeiro: ISEB, 1961. Paulo Freire Educação como 
 Prática da Liberdade Álvaro Vieira Pinto Consciência e Realidade Nacional
  • 7. 31 Álvaro Vieira Pinto, Ciência e Existência, R. J., Paz e Terra, 1986, 2a ed. Deixamos aqui o nosso agradecimento ao mestre brasileiro por nos haver permitido citá-lo antes da publicação de sua obra.  Paulo Freire Pedagogia do Oprimido Álvaro Vieira Pinto Ciência e Existência
  • 8. […] antes de fechar o livro [Educação como prática da liberdade] para publicação […] tive a felicidade de ter o Álvaro Vieira Pinto por perto, que fez uma leitura crítica dos originais. Esse grande filósofo brasileiro, às vezes nem sempre bem compreendido, chegara da Iugoslávia para o Chile. […] logo estava dando sua assessoria de primeira qualidade ao Ministério da Educação, para o qual escreveu uma série de textos […] Álvaro ficou um tempo lá em casa e depois foi para um apartamento perto de nós, de modo que ele pôde fazer a leitura crítica que pedi, e tivemos muitos diálogos sobre ela. Paulo Freire Aprendendo com 
 a própria história Vieira Pinto Sete lições sobre
 Educação de Adultos
  • 9. ler Vieira Pinto após ler Paulo Freire leitura freiriana da obra alvariana hermenêutica ler Paulo Freire após ler Vieira Pinto leitura alvariana da obra freiriana
  • 12. o ser humano está situado no mundo dialética ser social e realidade concreta ontologia — ser humano o ser humano dá sentido à realidade a sociedade produz a sociedade
  • 13. marca da leitura de Freire e Vieira Pinto:
 interpretação e ação em suas realidades nossa realidade subdesenvolvimento dessa realidade
 opressão desse povo
  • 14. grau zero de educação
 saber de experiência feito grau zero de ciência saber mágico x saber metódico grau zero da técnica tecnologia amanual (disponível a mão) é negado o desenvolvimento é negado o reconhecimento Ø
  • 15. não é uma falta
 nem uma ausência a realidade subdesenvolvida
 o povo oprimido não é uma essência não é “natural” a realidade é transformação é possível transformar
  • 16. Vieira Pinto denúncia do subdesenvolvimento anúncio do desenvolvimento possível Paulo Freire 
 denuncia das
 opressões anúncio da libertação possível
  • 17. pois educação, ciência e técnica são condições existenciais (ontológicas) de como o humano se faz humano, no mundo um existencial “um modo definidor do ser humano, e por isso não muda de essência quando muda de forma” (VIEIRA PINTO, 2005 [I], p. 343).
  • 18. são existenciais de todo ser humano educação técnica ciência cultura projeto futuro comunicação e outros
  • 19. existência precede a essência leitura do mundo precede a da palavra ontologia — ser humano oprimidos possuem saberes saberes produzidos no subdenvolvimento
  • 20. é condição para 
 desenvolvimento e libertação a consciência crítica da situação de
 subdesenvolvimento e da opressão (denúncia) e a necessidade do trabalho de 
 transformar nossa realidade (anúncio)
  • 22. http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/123456789/24 Paulo Freire, 1984 "A máquina está a serviço de quem?" “…faço questão enorme de ser um homem de meu tempo e não um homem exilado dele, o que vale dizer que não tenho nada contra as máquinas. 
 De um lado, elas resultam e de outro estimulam 
 o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, 
 que, por sua vez, são criações humanas. 
 O avanço da ciência e da tecnologia 
 não é tarefa de demônios, mas sim a 
 expressão da criatividade humana.
  • 23. http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/123456789/24 Paulo Freire, 1984 "A máquina está a serviço de quem?" Para mim, a questão que se coloca é: 
 a serviço de quem as máquinas e a tecnologia avançada estão? Quero saber a favor de quem, ou contra quem as máquinas estão postas em uso. Então, por aí, observamos o seguinte: Não é a informática que pode responder. 
 Uma pergunta política, 
 que envolve uma direção ideológica, 
 tem de ser respondida politicamente.
  • 24. http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/handle/123456789/24 Paulo Freire, 1984 "A máquina está a serviço de quem?" Para mim os computadores são 
 um negócio extraordinário. O problema é saber 
 a serviço de quem eles entram na escola. 
 Será que vai se continuar dizendo aos educandos que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil? 
 Que a revolução de 64 salvou o país? 
 Salvou de que, contra que, contra quem? 
 
 Estas coisas é que acho 
 que são fundamentais.“
  • 25. Tecnofilia Tecnofobia rejeição à tecnologiasupervalorização
  • 26. Tecnofilia Tecnofobia rejeição sem críticaadoção sem crítica
  • 27. Concepção crítica deTecnologia dialética e diálogo não adotar a tecnologia atual docilmente nem negar o direito às técnicas do nosso tempo
  • 28. Concepção crítica deTecnologia projetores nos círculos de cultura?
  • 29. Concepção crítica deTecnologia contexto, situação, problematização, poder, participação
  • 31. tecnologias 
 opressoras? 
 quem oprime? produção da existência quem é oprimido?
 tecnologias 
 opressivas
  • 34. Tecnologia como estudo da técnica Pesquisa, ciência e discussão sobre a técnica. Tecnologia como sinônimo de técnica É o sentido popular de técnica como modos de produzir alguma coisa.
 Artes, habilidades do fazer, profissões, know-how. Tecnologia como conjunto das técnicas Todas as técnicas que dispõe uma sociedade. Concepção usada para
 comparar sociedades usando a tecnologia como medida e valor. Tecnologia como ideologia da técnica Discursos sobre a técnica e a tecnologia que identificam apenas 
 algumas técnicas com o “status" de tecnologia VIEIRA PINTO, Álvaro. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.
  • 35. O termo ‘Tecnologia' costuma aparecer exclusivamente quando se fala de máquinas, especialmente de computadores. Tecnologia não tem a ver com outras seções de um jornal? Economia? Política? Cultura?
  • 38. Tecnologia é apenas a técnica mais atual? Desde quando computar é técnica? PS.: Computador era o nome de uma profissão.
  • 39. Só o computador é Técnica e Tecnologia? mas… e as diversas técnicas do computar? ENIAC 1946 máquinas eletrônicas computadores programáve ábaco babilonico (2700–2300 a.C) contar com os dedos cálculo, em latim calculus: 
 “contas com pedras” “pedra pequena" 4 operações memória imprime (1834) Babbage Roda graduada de Leibnitz (1671) 4 operações e raiz quadrada Régua de Cálculo (1622) Napier calculadora analógica (logarítimos) Tear de Jacquard (1804) máquina de tear automatizada c/ cartões perfurados tabuada, do latim "tabuleiro, mesa, tábua” Pitágoras (VI a.C) Pascalina (1642) Pascal
 1ª máquina de somar mecânica sistema binário Pingala séc III a.C.
  • 40. Fazer fogo… são técnicas?
  • 41. Fazer fogo com isqueiro, 
 é mais _______ ? fácil?simples? rápido?
  • 42. 
 A condição humana é necessariamente tecnológica. Toda ação é técnica. Algumas são “velhas”, outras “novas".
 Técnica não é só a “melhor”.Todas as técnicas estão em desenvolvimento. Técnicas são corporificadas no mundo material, 
 nas coisas, nos corpos. VIEIRA PINTO, Álvaro. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. Tecnologia como existencial do ser humano
  • 43. Vivemos hoje em uma Era Tecnológica “As TIC estão revolucionando a
 educação e a sociedade”
  • 44. “Era tecnológica” como ideologia Operação ideológica com a qual cada grupo dominante apresenta sua versão de “fim da história”. A solução dos problemas dos países “subdesenvolvidos” é apenas resultado da ineficiência de gestão e falta de instrumentos adequados? “O laboratório de pesquisas anexo a gigantesca fábrica tem o mesmo significado ético da capelinha outrora obrigatoriamente exigida ao lado de nossos engenhos rurais”
  • 45. A tecnologia 
 transforma a sociedade, 
 

  • 46. A tecnologia 
 transforma a sociedade, &
 a sociedade
 transforma a tecnologia
  • 47. o técnico é construído socialmente &
 o social é tecnologicamente construído
  • 48. 
 Tecnologia e Sociedade se constituem mutuamente
  • 50. como nos educamos sobre a obra alvariana e freiriana? como manuseamos Álvaro Vieira Pinto e Paulo Freire? com que tecnologia a elaboramos?
  • 51. como demorou tanto tempo para investigarmos as relações entre Paulo Freire e Vieira Pinto? PAIVA, Vanilda. Paulo Freire e o nacionalismo desenvolvimentista. 1a. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. v. 1. 208p .
  • 52.
  • 53. “tudo é subdesenvolvido na realidade subdesenvolvida” nossa pesquisa sobre/em AVP e Freire é subdesenvolvida é pesquisa (tecnologia e educação) no subdesenvolvimento
  • 54. a condição de subdesenvolvimento é nossa opressão (ser menos) subdesenvolvimento é nosso maior potencial (ser mais)
  • 55. vamos desenvolver nossa tecnologia, ciência e educação? elaborar técnica, ciência e educação da obra e das ideias de Freire e Álvaro Vieira Pinto?
  • 57. Hélio Oiticica Penetrável a técnica ensinada por AVP e Freire não foi reproduzir AVP e Freire foi lidar com as questões e temáticas atuais que interessam a nossa situação corrigindo a direção para o que interessa ao subdesenvolvimento como?
  • 58. Hélio Oiticica Penetrável ler Freire como leitor/a de Álvaro Vieira Pinto ler Vieira Pinto como Freire o leu na Psicologia, na Computação, 
 no Design, na Saúde, nas Artes
 nas Engenharias …
  • 59. querem "apagar" Freire como "apagaram" Vieira Pinto quem se beneficia da alienação da produção de nossa própria existência?
  • 60. nunca foram, nunca serão "apagados" não há nada a ser começado
 "do zero" o que temos que produzir já foi iniciado está aqui Ø
  • 61. nos produzirmos educacionalmente científicamente tecnologicamente continuar o movimento cons(instituindo) o novo 2019 que fazer?
  • 62. defender o legado alvariano/freiriano resistir e esperançar (é possível) 
 denunciar/anunciar (consciência/trabalho) produção e ação cultural (textos, mídias, cultura, internet) 2019 que fazer?
  • 63. Obrigado! Rodrigo Freese Gonzatto www.gonzatto.com www.alvarovieirapinto.org "Do Tudo quanto está por fazer no mundo que é o seu." Álvaro Vieira Pinto "O mundo não é, o mundo está sendo." Paulo Freire