SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 25
Downloaden Sie, um offline zu lesen
X Seminário Internacional | As Redes Educativas e as Tecnologias
OFICINA 14
Tecnologias digitais na educação:
perspectivas críticas
UERJ | Auditório 111 - 11º andar | 2 e 3 de julho de 2019
Prof. Dr. Márcio Lemgruber | mslemgruber@gmail.com
PPGE/UNESA
Profa. Dra. Giselle Ferreira | giselle-ferreira@puc-rio.br
Educação, PUC-Rio
Profa. Dra. Jaciara Carvalho | jsacarvalho@gmail.com
PPGE/UNESA
Prof. Dr. Alexandre Rosado | alexandre.rosado@gmail.com
PPGEB/INES
Proposta
Problematizar alguns elementos básicos
dos discursos hegemônicos sobre a tecnologia:
O discurso da "neutralidade" da tecnologia.
O otimismo e o “solucionismo” tecnológico.
O ofuscamento de especificidades sociais, culturais, 

econômicas e políticas das tecnologias.
A concepção de tecnologias como “ferramentas” 

(metáfora conceitual).
Encorajar a criticidade com base na análise 

de material representativo do que se diz na área das
tecnologias na educação.
Metodologia: 

abordagem experiencial e dialógica.
Roteiro proposto
1º dia
Apresentações
Comentários iniciais
O que é “crítica”?
Atividade: análise e discussão de tirinhas
Atividade: recebimento de um texto de site 

sobre tecnologia educacional
2º dia
Atividade: análise e discussão sobre o texto 

recebido no dia anterior
Metáforas conceituais e exemplos da Educação
Metáfora da ferramenta
Fechamento e conclusões.
Bibliografia introdutória
O que é “crítica"?
Crítica é um termo polissêmico.
Na academia, possui concepções muito distintas
daquilo que concebe o “senso comum”, em que
criticar é visto como algo pejorativo.
Criticar é identificar relações para
compreender e possibilitar que se
pense em transformação e melhoria.
Crítica demanda contextualização
Algumas perguntas necessárias
De onde vem?
Quem promove?
Com quais intenções?
Porque tem esse nome 

e não outro?
Quais a consequências 

de seu uso?
Quem ganha financeiramente 

e politicamente com isso?
Exemplos de não-neutralidade
Existem técnicas de marketing utilizadas no design
de sites e aplicativos que visam manter o usuário
“vidrado”.
Notificações via push: WhatsApp vs. e-mail
Organização do espaço em farmácias, e
supermercados: distração e consumismo
Recompensas em jogos (slot machines)
“Saco sem fundo”: feeds infindos; autoplay no
YouTube, Instagram e Facebook
Controle das opções: escolhas dos designers já
naturalizadas (Web tem mais de 20 anos)
FOMO (Fear of Missing Out): Medo de Ficar de Fora
How Technology is Highjacking your Mind 

(Como a tecnologia está sequestrando a sua mente) 

https://medium.com/thrive-global/how-technology-hijacks-peoples-minds-from-a-magician-and-
google-s-design-ethicist-56d62ef5edf3
As 7 questões de Neil Postman
“É preciso desconfiar” 

(Selwyn, 2017)
Qual é o problema para o qual 

a tecnologia se afirma como solução?
De quem é o problema?
Que novos problemas serão criados 

com a resolução do problema velho?
Que pessoas e instituições serão 

mais prejudicadas por esta nova tecnologia?
Que mudanças de linguagem estão 

sendo promovidas por essas novas tecnologias?
Que redirecionamentos de poder econômico e político
podem resultar dessa nova tecnologia?
Que usos alternativos poderiam ser feitos da tecnologia?
Discussão
A partir das imagens nos slides
seguintes, o que podemos dizer
sobre a tecnologia?
DICA: pensar na relação entre
artefatos, pessoas e usos.
Fonte:Tirinhas	do	Armandinho

https://tirasarmandinho.tumblr.com
Fonte:MaíraColares

http://colaresmaira.tumblr.com
Sucintamente…
Artefatos materializam 

propósitos de uso específicos
É possível utilizar um objeto criado para
propósitos diferentes daqueles que
fundamentaram seu design e construção:
necessidade, criatividade, “serendipidade” →
usos fortuitos
Porém, há limites nas possibilidades de
“subversão” de usos
Metáforas
Metáforas encapsulam determinadas formas de perceber,
pensar e relacionar-se com o mundo, estruturando o
pensamento e a ação. São analogias condensadas.
A crítica da metáfora como mero ornamento, "engodo"
oratório/estilístico, pertencente à poesia e literatura, mas
não ao pensamento “sério" e científico.
A metáfora e o resgate de sua importância 

como forma de conhecimento.
Metáforas fundamentais (Perelman & Olbrecths-Tyteca,
1996), raiz (Black, 1966) ou conceituais (Lakoff & Johnson,
2002): quando um elenco de metáforas são a elas
subordinadas e coerentes.
O problema da metáfora quando não é vista como somente
uma analogia parcial. Metáforas dizem respeito a
similitudes, e não igualdades de relações.
Algumas metáforas conceituais
Na Educação…
Atividade
Ler o texto
“Inteligência Artificial na
Educação: não ignore, faça
bom uso!"
http://porvir.org/inteligencia-artificial-na-educacao-nao-ignore-faca-bom-uso/
Roteiro
1º passo: leitura livre (“flutuante”)
2º passo: leitura focalizada
Procurar metáforas associadas à inteligência artificial
Usar as questões críticas de Postman
Qual é o problema para o qual 

a tecnologia se afirma como solução?
De quem é o problema?
Que novos problemas serão criados 

com a resolução do problema velho?
Que pessoas e instituições serão 

mais prejudicadas por esta nova tecnologia?
Que mudanças de linguagem estão 

sendo promovidas por essas novas tecnologias?
Que redirecionamentos de poder econômico e político podem resultar
dessa nova tecnologia?
Que usos alternativos poderiam ser feitos da tecnologia?
Tecnologias educacionais 

como ferramentas
Ferramentas são objetos que possibilitam, apoiam ou facilitam a realização
de determinadas tarefas. Constituem-se suporte a ações necessárias à
resolução de problemas de ordem prática.
Tecnologias são, em geral, vistas como simples suportes ou apoios a ações
educacionais, mais "eficientes" para conduzir ações previamente realizadas
de outras maneiras.
Parte-se do pressuposto que novas tecnologias (substituição de suportes)
engendram, por si mesmas, mudanças. Através de novos artefatos haveria a
"solução tecnológica" para situações educacionais "problemáticas".
A neutralidade da tecnologia educacional parece se esvair quando
pensamos que as tarefas a serem executadas por elas foram bem definidas,
compreendidas e representadas no contexto de produção desses artefatos.
São, portanto, ideológicas, quando favorece alguns fins específicos e
obstrui outros. Usar uma "ferramenta" educacional é propor que algo está
quebrado e precisa ser consertado.
Seriam as tecnologias educacionais 

soluções em busca de problemas?
Propósitos de uso são concretizados em
materialidades específicas.
“Mais do mesmo”, um pouco diferente
“Para quem só sabe usar um martelo, todo
problema é prego”
https://unoparitape.com.br/
https://bit.ly/2XgnEKi
https://usemobile.com.br/tecnologia-e-educacao/
Síntese das ideias centrais
Artefatos construídos por pessoas possuem funções,
usos e significados que não são nem "naturais" e muito
menos “neutros”. Seus usos e apropriações são
sustentados por ideologias.
É preciso olhar o contexto econômico, cultural, social e
político de criação/produção de artefatos e os atores
envolvidos na sua promoção: governos, empresas,
ONGs, associações, organismos internacionais.
Identificar os jargões (rótulos) da tecnologia educacional
e questionar a naturalização de ideias que esse tipo de
linguagem sustenta.
Nem os artefatos e nem a linguagem para falar sobre
eles são neutros. Existem posições políticas, culturais e
econômicas dos grupos que os produzem e disseminam.
Acesse nosso e-book
https://ticpe.files.wordpress.com/2017/04/ebook-ticpe-2017.pdf
Referências
DUSEK, V. Filosofia da Tecnologia. São Paulo: Loyola, 2009.
EAGLETON, T. Ideologia. São Paulo: Unesp, 1997.
FERREIRA, G. M. S.; ROSADO, L. A. S.; CARVALHO, J. S. (Org.) Educação e
tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: Editora UNESA, 2017.
FERREIRA, G. M. S.; LEMGRUBER, M. S. Tecnologias educacionais como ferramentas:
Considerações críticas acerca de uma metáfora fundamental. Education Policy Analysis
Archives, v. 26, p. 112, 2018.
LEMGRUBER, M.S.; FERREIRA, G. M. S. Metáforas da Tecnologia Educacional.
Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 23, p. 15-38, 2018.
LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metáforas da vida cotidiana. São Paulo: EDUC e Mercado
de Letras, 2002.
MOROZOV, E. To save everything, click here. The folly of technological solutionism.
Edição para Kindle. Nova Iorque: Public Affairs, 2013.
PERELMAN, C. e OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da Argumentação - a nova
retórica. São Paulo, ed. Martins Fontes, 1996. Trad. de Maria Ermantina Galvão G. Pereira.
RUDIGER, F. Introdução às teorias da cibercultura. Perspectivas, questões e autores.
Porto Alegre: Sulina, 2011.
SELWYN, Neil. Educação e tecnologia: questões críticas. In: FERREIRA, Giselle. M. S.;
ROSADO, Alexandre; CARVALHO, Jaciara de Sá. (Org.) Educação e tecnologia: abordagens
críticas. Rio de Janeiro: SESES/Universidade Estácio de Sá, 2017, p. 85-103
____. Education and Technology: key issues and debates. Edição para Kindle. Londres:
Bloomsbury, 2011.
____. Distrusting Educational Technology. Edição para Kindle. Londres: Routledge,
2014.
____. Is Technology good for Education? Edição pada Kindle. Cambridge: Polity Press,
2016.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...
Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...
Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...Mariano Pimentel
 
TCE - Demo - Tecnologia Educacao Aprendizagem
TCE - Demo - Tecnologia Educacao AprendizagemTCE - Demo - Tecnologia Educacao Aprendizagem
TCE - Demo - Tecnologia Educacao AprendizagemLucila Pesce
 
A corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológica
A corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológicaA corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológica
A corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológicaDomherrera
 
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem   fase 2Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem   fase 2
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2Alice Costa
 
Ppt artigo redes amfrc
Ppt artigo redes amfrcPpt artigo redes amfrc
Ppt artigo redes amfrcAlice Costa
 

Was ist angesagt? (8)

Formação slide 2
Formação slide 2Formação slide 2
Formação slide 2
 
Trabalho
TrabalhoTrabalho
Trabalho
 
Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...
Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...
Rede Social Tagarelas: bate-papo online em contexto educacional - torne sua a...
 
TCE - Demo - Tecnologia Educacao Aprendizagem
TCE - Demo - Tecnologia Educacao AprendizagemTCE - Demo - Tecnologia Educacao Aprendizagem
TCE - Demo - Tecnologia Educacao Aprendizagem
 
A corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológica
A corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológicaA corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológica
A corrente pedagógicaa contemporânea - Racional-tecnológica
 
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem   fase 2Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem   fase 2
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2
 
Mídia-educação
Mídia-educaçãoMídia-educação
Mídia-educação
 
Ppt artigo redes amfrc
Ppt artigo redes amfrcPpt artigo redes amfrc
Ppt artigo redes amfrc
 

Ähnlich wie Slides para oficina Redes 2019

Cibercultura e teoria da atividade
Cibercultura e teoria da atividadeCibercultura e teoria da atividade
Cibercultura e teoria da atividadeSuzicassia Ribeiro
 
Tecnologia Educacional
Tecnologia EducacionalTecnologia Educacional
Tecnologia Educacionaleveelang
 
Comunicação de massa e indústria cultural
Comunicação de massa e indústria culturalComunicação de massa e indústria cultural
Comunicação de massa e indústria culturalVanessa Souza Pereira
 
“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”
“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”
“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”Valmir Heckler
 
Pdf sobre tecnologias educativas
Pdf sobre tecnologias educativasPdf sobre tecnologias educativas
Pdf sobre tecnologias educativastresa45757
 
Tecnologia e educação
Tecnologia e educaçãoTecnologia e educação
Tecnologia e educaçãoa46287
 
Tecnologia atv03
Tecnologia atv03Tecnologia atv03
Tecnologia atv03aline totti
 
Informática Educativa - Livro.pdf
Informática Educativa - Livro.pdfInformática Educativa - Livro.pdf
Informática Educativa - Livro.pdfDomingosMagnoMeloCma
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1eveelang
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1eveelang
 
Tecnologia Educacional
Tecnologia EducacionalTecnologia Educacional
Tecnologia Educacionaleveelang
 
Educação, Artes e Tecnologia
Educação, Artes e TecnologiaEducação, Artes e Tecnologia
Educação, Artes e Tecnologiaeveelang
 
Odair jose da silva unicid
Odair jose da silva unicidOdair jose da silva unicid
Odair jose da silva unicidODAIR JOSÉ
 
Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...
Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...
Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...João Matos
 
Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...
Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...
Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...UFPE
 
Histórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em Portugal
Histórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em PortugalHistórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em Portugal
Histórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em PortugalAntonio Dias de Figueiredo
 
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...Jorge Purgly
 

Ähnlich wie Slides para oficina Redes 2019 (20)

Cibercultura e teoria da atividade
Cibercultura e teoria da atividadeCibercultura e teoria da atividade
Cibercultura e teoria da atividade
 
PROPOSTA TEMÁTICA 03
PROPOSTA TEMÁTICA 03PROPOSTA TEMÁTICA 03
PROPOSTA TEMÁTICA 03
 
Tecnologia Educacional
Tecnologia EducacionalTecnologia Educacional
Tecnologia Educacional
 
Comunicação de massa e indústria cultural
Comunicação de massa e indústria culturalComunicação de massa e indústria cultural
Comunicação de massa e indústria cultural
 
“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”
“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”
“FORMAÇÃO SOB A ÓTICA DA ERA DIGITAL”
 
Pdf sobre tecnologias educativas
Pdf sobre tecnologias educativasPdf sobre tecnologias educativas
Pdf sobre tecnologias educativas
 
Tecnologia e educação
Tecnologia e educaçãoTecnologia e educação
Tecnologia e educação
 
Tecnologia atv03
Tecnologia atv03Tecnologia atv03
Tecnologia atv03
 
Informática Educativa - Livro.pdf
Informática Educativa - Livro.pdfInformática Educativa - Livro.pdf
Informática Educativa - Livro.pdf
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Tecnologia Educacional
Tecnologia EducacionalTecnologia Educacional
Tecnologia Educacional
 
Educação, Artes e Tecnologia
Educação, Artes e TecnologiaEducação, Artes e Tecnologia
Educação, Artes e Tecnologia
 
Universidade federal de pelotas do grupo para postar
Universidade federal de pelotas  do grupo para postarUniversidade federal de pelotas  do grupo para postar
Universidade federal de pelotas do grupo para postar
 
Universidade federal de pelotas do grupo para postar
Universidade federal de pelotas  do grupo para postarUniversidade federal de pelotas  do grupo para postar
Universidade federal de pelotas do grupo para postar
 
Odair jose da silva unicid
Odair jose da silva unicidOdair jose da silva unicid
Odair jose da silva unicid
 
Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...
Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...
Questoes críticas na investigacao qualitativa sob um ponto de vista sociocult...
 
Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...
Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...
Experiências de aprendizagem aberta, flexível e a distância para a 4ª revoluç...
 
Histórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em Portugal
Histórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em PortugalHistórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em Portugal
Histórias, Mitos e Aspirações das TIC na Educação em Portugal
 
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...
Slide aula conceitual_i Inovacao Tecnologica na Docencia do Ensino superior p...
 

Mehr von Giselle Ferreira

Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*
Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*
Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*Giselle Ferreira
 
PPGE/UNESA - Acolhimento 2015.2
PPGE/UNESA -  Acolhimento 2015.2PPGE/UNESA -  Acolhimento 2015.2
PPGE/UNESA - Acolhimento 2015.2Giselle Ferreira
 
Docência com as tecnologias - Aula 2 - slides
Docência com as tecnologias - Aula 2 - slidesDocência com as tecnologias - Aula 2 - slides
Docência com as tecnologias - Aula 2 - slidesGiselle Ferreira
 
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidades
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidadesTecnologias e Educação: desafios e possibilidades
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidadesGiselle Ferreira
 
OERRH Fellow Presentation - January 2014
OERRH Fellow Presentation - January 2014OERRH Fellow Presentation - January 2014
OERRH Fellow Presentation - January 2014Giselle Ferreira
 
Seminário OportUnidad - UFF
Seminário OportUnidad - UFF Seminário OportUnidad - UFF
Seminário OportUnidad - UFF Giselle Ferreira
 

Mehr von Giselle Ferreira (11)

Roda
RodaRoda
Roda
 
Parte3 livro
Parte3 livroParte3 livro
Parte3 livro
 
Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*
Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*
Apresentação do eBook *Educação e Tecnologia: abordagens críticas*
 
Uma faca de dois gumes
Uma faca de dois gumesUma faca de dois gumes
Uma faca de dois gumes
 
PPGE/UNESA - Acolhimento 2015.2
PPGE/UNESA -  Acolhimento 2015.2PPGE/UNESA -  Acolhimento 2015.2
PPGE/UNESA - Acolhimento 2015.2
 
Senaed 2015 web
Senaed 2015 webSenaed 2015 web
Senaed 2015 web
 
Docência com as tecnologias - Aula 2 - slides
Docência com as tecnologias - Aula 2 - slidesDocência com as tecnologias - Aula 2 - slides
Docência com as tecnologias - Aula 2 - slides
 
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidades
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidadesTecnologias e Educação: desafios e possibilidades
Tecnologias e Educação: desafios e possibilidades
 
OERRH Fellow Presentation - January 2014
OERRH Fellow Presentation - January 2014OERRH Fellow Presentation - January 2014
OERRH Fellow Presentation - January 2014
 
Seminário OportUnidad - UFF
Seminário OportUnidad - UFF Seminário OportUnidad - UFF
Seminário OportUnidad - UFF
 
9ETIC Presentation
9ETIC Presentation 9ETIC Presentation
9ETIC Presentation
 

Kürzlich hochgeladen

Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 

Slides para oficina Redes 2019

  • 1. X Seminário Internacional | As Redes Educativas e as Tecnologias OFICINA 14 Tecnologias digitais na educação: perspectivas críticas UERJ | Auditório 111 - 11º andar | 2 e 3 de julho de 2019 Prof. Dr. Márcio Lemgruber | mslemgruber@gmail.com PPGE/UNESA Profa. Dra. Giselle Ferreira | giselle-ferreira@puc-rio.br Educação, PUC-Rio Profa. Dra. Jaciara Carvalho | jsacarvalho@gmail.com PPGE/UNESA Prof. Dr. Alexandre Rosado | alexandre.rosado@gmail.com PPGEB/INES
  • 2. Proposta Problematizar alguns elementos básicos dos discursos hegemônicos sobre a tecnologia: O discurso da "neutralidade" da tecnologia. O otimismo e o “solucionismo” tecnológico. O ofuscamento de especificidades sociais, culturais, 
 econômicas e políticas das tecnologias. A concepção de tecnologias como “ferramentas” 
 (metáfora conceitual). Encorajar a criticidade com base na análise 
 de material representativo do que se diz na área das tecnologias na educação. Metodologia: 
 abordagem experiencial e dialógica.
  • 3. Roteiro proposto 1º dia Apresentações Comentários iniciais O que é “crítica”? Atividade: análise e discussão de tirinhas Atividade: recebimento de um texto de site 
 sobre tecnologia educacional 2º dia Atividade: análise e discussão sobre o texto 
 recebido no dia anterior Metáforas conceituais e exemplos da Educação Metáfora da ferramenta Fechamento e conclusões.
  • 5. O que é “crítica"? Crítica é um termo polissêmico. Na academia, possui concepções muito distintas daquilo que concebe o “senso comum”, em que criticar é visto como algo pejorativo. Criticar é identificar relações para compreender e possibilitar que se pense em transformação e melhoria.
  • 6. Crítica demanda contextualização Algumas perguntas necessárias De onde vem? Quem promove? Com quais intenções? Porque tem esse nome 
 e não outro? Quais a consequências 
 de seu uso? Quem ganha financeiramente 
 e politicamente com isso?
  • 7. Exemplos de não-neutralidade Existem técnicas de marketing utilizadas no design de sites e aplicativos que visam manter o usuário “vidrado”. Notificações via push: WhatsApp vs. e-mail Organização do espaço em farmácias, e supermercados: distração e consumismo Recompensas em jogos (slot machines) “Saco sem fundo”: feeds infindos; autoplay no YouTube, Instagram e Facebook Controle das opções: escolhas dos designers já naturalizadas (Web tem mais de 20 anos) FOMO (Fear of Missing Out): Medo de Ficar de Fora How Technology is Highjacking your Mind 
 (Como a tecnologia está sequestrando a sua mente) 
 https://medium.com/thrive-global/how-technology-hijacks-peoples-minds-from-a-magician-and- google-s-design-ethicist-56d62ef5edf3
  • 8. As 7 questões de Neil Postman “É preciso desconfiar” 
 (Selwyn, 2017) Qual é o problema para o qual 
 a tecnologia se afirma como solução? De quem é o problema? Que novos problemas serão criados 
 com a resolução do problema velho? Que pessoas e instituições serão 
 mais prejudicadas por esta nova tecnologia? Que mudanças de linguagem estão 
 sendo promovidas por essas novas tecnologias? Que redirecionamentos de poder econômico e político podem resultar dessa nova tecnologia? Que usos alternativos poderiam ser feitos da tecnologia?
  • 9. Discussão A partir das imagens nos slides seguintes, o que podemos dizer sobre a tecnologia? DICA: pensar na relação entre artefatos, pessoas e usos.
  • 12. Sucintamente… Artefatos materializam 
 propósitos de uso específicos É possível utilizar um objeto criado para propósitos diferentes daqueles que fundamentaram seu design e construção: necessidade, criatividade, “serendipidade” → usos fortuitos Porém, há limites nas possibilidades de “subversão” de usos
  • 13. Metáforas Metáforas encapsulam determinadas formas de perceber, pensar e relacionar-se com o mundo, estruturando o pensamento e a ação. São analogias condensadas. A crítica da metáfora como mero ornamento, "engodo" oratório/estilístico, pertencente à poesia e literatura, mas não ao pensamento “sério" e científico. A metáfora e o resgate de sua importância 
 como forma de conhecimento. Metáforas fundamentais (Perelman & Olbrecths-Tyteca, 1996), raiz (Black, 1966) ou conceituais (Lakoff & Johnson, 2002): quando um elenco de metáforas são a elas subordinadas e coerentes. O problema da metáfora quando não é vista como somente uma analogia parcial. Metáforas dizem respeito a similitudes, e não igualdades de relações.
  • 16. Atividade Ler o texto “Inteligência Artificial na Educação: não ignore, faça bom uso!" http://porvir.org/inteligencia-artificial-na-educacao-nao-ignore-faca-bom-uso/
  • 17. Roteiro 1º passo: leitura livre (“flutuante”) 2º passo: leitura focalizada Procurar metáforas associadas à inteligência artificial Usar as questões críticas de Postman Qual é o problema para o qual 
 a tecnologia se afirma como solução? De quem é o problema? Que novos problemas serão criados 
 com a resolução do problema velho? Que pessoas e instituições serão 
 mais prejudicadas por esta nova tecnologia? Que mudanças de linguagem estão 
 sendo promovidas por essas novas tecnologias? Que redirecionamentos de poder econômico e político podem resultar dessa nova tecnologia? Que usos alternativos poderiam ser feitos da tecnologia?
  • 18. Tecnologias educacionais 
 como ferramentas Ferramentas são objetos que possibilitam, apoiam ou facilitam a realização de determinadas tarefas. Constituem-se suporte a ações necessárias à resolução de problemas de ordem prática. Tecnologias são, em geral, vistas como simples suportes ou apoios a ações educacionais, mais "eficientes" para conduzir ações previamente realizadas de outras maneiras. Parte-se do pressuposto que novas tecnologias (substituição de suportes) engendram, por si mesmas, mudanças. Através de novos artefatos haveria a "solução tecnológica" para situações educacionais "problemáticas". A neutralidade da tecnologia educacional parece se esvair quando pensamos que as tarefas a serem executadas por elas foram bem definidas, compreendidas e representadas no contexto de produção desses artefatos. São, portanto, ideológicas, quando favorece alguns fins específicos e obstrui outros. Usar uma "ferramenta" educacional é propor que algo está quebrado e precisa ser consertado. Seriam as tecnologias educacionais 
 soluções em busca de problemas?
  • 19. Propósitos de uso são concretizados em materialidades específicas. “Mais do mesmo”, um pouco diferente “Para quem só sabe usar um martelo, todo problema é prego”
  • 23. Síntese das ideias centrais Artefatos construídos por pessoas possuem funções, usos e significados que não são nem "naturais" e muito menos “neutros”. Seus usos e apropriações são sustentados por ideologias. É preciso olhar o contexto econômico, cultural, social e político de criação/produção de artefatos e os atores envolvidos na sua promoção: governos, empresas, ONGs, associações, organismos internacionais. Identificar os jargões (rótulos) da tecnologia educacional e questionar a naturalização de ideias que esse tipo de linguagem sustenta. Nem os artefatos e nem a linguagem para falar sobre eles são neutros. Existem posições políticas, culturais e econômicas dos grupos que os produzem e disseminam.
  • 25. Referências DUSEK, V. Filosofia da Tecnologia. São Paulo: Loyola, 2009. EAGLETON, T. Ideologia. São Paulo: Unesp, 1997. FERREIRA, G. M. S.; ROSADO, L. A. S.; CARVALHO, J. S. (Org.) Educação e tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: Editora UNESA, 2017. FERREIRA, G. M. S.; LEMGRUBER, M. S. Tecnologias educacionais como ferramentas: Considerações críticas acerca de uma metáfora fundamental. Education Policy Analysis Archives, v. 26, p. 112, 2018. LEMGRUBER, M.S.; FERREIRA, G. M. S. Metáforas da Tecnologia Educacional. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 23, p. 15-38, 2018. LAKOFF, G.; JOHNSON, M. Metáforas da vida cotidiana. São Paulo: EDUC e Mercado de Letras, 2002. MOROZOV, E. To save everything, click here. The folly of technological solutionism. Edição para Kindle. Nova Iorque: Public Affairs, 2013. PERELMAN, C. e OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da Argumentação - a nova retórica. São Paulo, ed. Martins Fontes, 1996. Trad. de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. RUDIGER, F. Introdução às teorias da cibercultura. Perspectivas, questões e autores. Porto Alegre: Sulina, 2011. SELWYN, Neil. Educação e tecnologia: questões críticas. In: FERREIRA, Giselle. M. S.; ROSADO, Alexandre; CARVALHO, Jaciara de Sá. (Org.) Educação e tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: SESES/Universidade Estácio de Sá, 2017, p. 85-103 ____. Education and Technology: key issues and debates. Edição para Kindle. Londres: Bloomsbury, 2011. ____. Distrusting Educational Technology. Edição para Kindle. Londres: Routledge, 2014. ____. Is Technology good for Education? Edição pada Kindle. Cambridge: Polity Press, 2016.