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Desidratação
e Diarréia
Enfª Gladyanny Veras
Definição de Diarréia

Ocorre quando a perda de água e eletrólitos nas
fezes é maior do que a normal, resultando no
aumento do volume e da frequência das
evacuações e diminuição da consistência das
fezes.
Diarréia é geralmente definida como a
ocorrência de 3 ou + evacuações
amolecidas ou líquidas em um período de
24h. A diarréia com sangue, com ou sem
muco, é chamada de disenteria.
Principais causas
 Falta de higiene tanto pessoal como no ambiente
domiciliar e sua proximidade;
 Ingestão de alimentos contaminados: mal lavados,
mal conservados ou lavados ou cozidos em água
contaminada;
 Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser
mal lavada ou feita com água contaminada;
 Falta de saneamento básico: moradias sem rede de
esgoto, com córregos ou rios contaminados, próximas
a esgotos correndo a céu aberto
Tipos de diarréia
INFECCIOSA – a
maioria dos
patógenos (vírus,
bactérias e
parasitas) são
disseminados por
via fecal-oral,
através dos
alimentos e água
contaminada. O
rotavírus é a causa
mais importante de
gastroenterites
grave em crianças
NÃO INFECCIOSA-
Alergias,
deficiências
imunológicas,
intolerâncias
alimentares
Classificação quanto ao tempo
Aguda: frequentemente
associada a um agente
infeccioso, mas também
pode estar relacionada a
antibioticoterapia ou uso de
laxativos.Ela geralmente é
autolimitada, com duração
menor que 14 dias,
resolvendo sem tratamento
específico se não ocorrer
desidratação
Crônica: possui duração
maior que 14 dias. Está
associada à síndrome de
má-absorção, doença
inflamatória intestinal,
deficiência imunológica,
alergia alimentar,
intolerância à lactose,
tratamento inadequado da
diarréia aguda e à diaaréia
crônica inespecífica
 Uma criança com diarreia se avalia para saber:
 Por quanto tempo a criança tem tido diarreia
 Se há sinais de desidratação;
 Se há sangue nas fezes para determinar se a
criança tem disenteria
 CLASSIFICAR A DIARRÉIA
1. Todas as crianças com diarreia são classificadas
quanto ao estado de hidratação
2. Caso a criança tenha tido diarreia por 14 dias ou
mais, classifique a diarreia como persistente;
3. Caso a criança apresente sangue nas fezes,
classifique a criança como disenteria.
Complicações
 Desidratação
 Distúrbio hidroeletrolítico
 Desnutrição - decorrente da inapetência e
vômitos, mau aproveitamento dos alimentos e
catabolismo aumentado
Desidratação
 É a deficiência de água e eletrólitos corpóreos por
perdas superiores à ingesta devido a anorexia,
restrição hídrica, por perdas aumentadas
gastrintestinais (vômito e diarréia), perda urinária
(diurese osmótica, administração de diuréticos,
insuficiência renal crônica), e perdas cutâneas e
respiratórias (queimaduras e exposição ao calor).
 Mais frequente em crianças sem aleitamento
materno, desnutridas, imunodeprimidas ou em
doenças crônicas. Além do que a incidência é maior
nas populações de baixo nível socioeconômico.
Tipo de desidratação
Sinais e sintomas de desidratação
 Depressão da fontanela
 Olhos encovados e sem brilho
 ausência de lágrimas
 Lábios ressecados
 Língua esbranquiçada e grossa
 Pulso fraco
 Pouca urina ou escura
 Prostração ou torpor
 Ocorrência ou não de febre
 turgor e elasticidade da pele diminuídos
Classificação da desidratação
Sem desidratação
Desidratação leve
Desidratação grave
Plano A - LAR
>5 anos - tanto quanto o doente
quiser, ate 2 litros por dia
Plano B em 4h
Plano C
 Para a administração de líquidos por via
intravenosa (IV):
 Dar 100ml/Kg de solução em partes iguais de soro
glicosado a 5% e soro fisiológico a 0,9% para
infusão em 2h.
 Ex.: 10Kg
 1000ml total 1ª fase 500ml SF
2ª fase 500ml SG 2h
Fase de expansão rápida
 Se ao final das 2h ainda tiver SS de desidratação,
administrar mais 25 a 50ml/Kg nas próximas 2h:
 Ex.: 10Kg
 500ml total 1ª 250ml SF
2ª 250ml SG 2h
 Reavaliar em 30 min, se não houver melhora na
desidratação aumentar a velocidade do
gotejamento.
 Caso não consiga encaminhar a unidade para a
terapia IV em 30 min:
 Instalar sonda nasogástrica dar 30ml/Kg/hora;
 Reavaliar a cada 1 a 2h;
 Se após 3h não melhorar o grau de desidratação,
encaminhar para terapia IV.
Cuidados de Enfermagem
 Avaliar os doentes cada hora ou cada 2 em 2
horas para verificar se estão a tomar os SRO
corretamente e para monitorizar a perda de
líquidos.
 Fazer uma reavaliação completa do estado de
desidratação do doente ao fim de 4 horas e seguir
o plano de tratamento adequado para a
desidratação do doente.
 Determinar a quantidade de SRO a administrar
durante as primeiras 4 horas
 Se o doente quiser mais SRO do que a quantidade
apresentada, pode-lhe ser dado.
 Para os bebês com menos de 6 meses que não
sejam amamentados ao peito, administrar também
100 a 200 ml de água potável durante este período.
 Dar-lhe pequenos e frequentes goles por uma xícara.
 Se o doente vomitar, esperar 10 minutos. Depois,
continuar a dar-lhe líquidos, mas mais lentamente.
 Para os bebês que são amamentados ao peito,
continuar a amamentação sempre que o bebê
quiser.
Disenteria
 Quando há sangue nas fezes;
 Dar ATB recomendado em sua região para Shiguella
durante 5 dias se houver comprometimento do
estado geral;
 Retorno em 2 dias
 ATB 1ª escolha: ácido nalidixílico 10mg/Kg/dia 6/6h
por 5 dias;
 2ª escolha: trimetropim+sulfametoxazol 40mg/Kg/dia
12/12h durante 5 dias.
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Desidratação e diarréia

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Desidratação e diarréia

  • 2. Definição de Diarréia  Ocorre quando a perda de água e eletrólitos nas fezes é maior do que a normal, resultando no aumento do volume e da frequência das evacuações e diminuição da consistência das fezes. Diarréia é geralmente definida como a ocorrência de 3 ou + evacuações amolecidas ou líquidas em um período de 24h. A diarréia com sangue, com ou sem muco, é chamada de disenteria.
  • 3. Principais causas  Falta de higiene tanto pessoal como no ambiente domiciliar e sua proximidade;  Ingestão de alimentos contaminados: mal lavados, mal conservados ou lavados ou cozidos em água contaminada;  Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser mal lavada ou feita com água contaminada;  Falta de saneamento básico: moradias sem rede de esgoto, com córregos ou rios contaminados, próximas a esgotos correndo a céu aberto
  • 4. Tipos de diarréia INFECCIOSA – a maioria dos patógenos (vírus, bactérias e parasitas) são disseminados por via fecal-oral, através dos alimentos e água contaminada. O rotavírus é a causa mais importante de gastroenterites grave em crianças NÃO INFECCIOSA- Alergias, deficiências imunológicas, intolerâncias alimentares
  • 5. Classificação quanto ao tempo Aguda: frequentemente associada a um agente infeccioso, mas também pode estar relacionada a antibioticoterapia ou uso de laxativos.Ela geralmente é autolimitada, com duração menor que 14 dias, resolvendo sem tratamento específico se não ocorrer desidratação Crônica: possui duração maior que 14 dias. Está associada à síndrome de má-absorção, doença inflamatória intestinal, deficiência imunológica, alergia alimentar, intolerância à lactose, tratamento inadequado da diarréia aguda e à diaaréia crônica inespecífica
  • 6.  Uma criança com diarreia se avalia para saber:  Por quanto tempo a criança tem tido diarreia  Se há sinais de desidratação;  Se há sangue nas fezes para determinar se a criança tem disenteria  CLASSIFICAR A DIARRÉIA 1. Todas as crianças com diarreia são classificadas quanto ao estado de hidratação 2. Caso a criança tenha tido diarreia por 14 dias ou mais, classifique a diarreia como persistente; 3. Caso a criança apresente sangue nas fezes, classifique a criança como disenteria.
  • 7. Complicações  Desidratação  Distúrbio hidroeletrolítico  Desnutrição - decorrente da inapetência e vômitos, mau aproveitamento dos alimentos e catabolismo aumentado
  • 8.
  • 9. Desidratação  É a deficiência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta devido a anorexia, restrição hídrica, por perdas aumentadas gastrintestinais (vômito e diarréia), perda urinária (diurese osmótica, administração de diuréticos, insuficiência renal crônica), e perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e exposição ao calor).  Mais frequente em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas ou em doenças crônicas. Além do que a incidência é maior nas populações de baixo nível socioeconômico.
  • 11. Sinais e sintomas de desidratação  Depressão da fontanela  Olhos encovados e sem brilho  ausência de lágrimas  Lábios ressecados  Língua esbranquiçada e grossa  Pulso fraco  Pouca urina ou escura  Prostração ou torpor  Ocorrência ou não de febre  turgor e elasticidade da pele diminuídos
  • 12. Classificação da desidratação Sem desidratação Desidratação leve Desidratação grave
  • 13.
  • 14. Plano A - LAR >5 anos - tanto quanto o doente quiser, ate 2 litros por dia
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 19.
  • 20. Plano C  Para a administração de líquidos por via intravenosa (IV):  Dar 100ml/Kg de solução em partes iguais de soro glicosado a 5% e soro fisiológico a 0,9% para infusão em 2h.  Ex.: 10Kg  1000ml total 1ª fase 500ml SF 2ª fase 500ml SG 2h Fase de expansão rápida
  • 21.  Se ao final das 2h ainda tiver SS de desidratação, administrar mais 25 a 50ml/Kg nas próximas 2h:  Ex.: 10Kg  500ml total 1ª 250ml SF 2ª 250ml SG 2h  Reavaliar em 30 min, se não houver melhora na desidratação aumentar a velocidade do gotejamento.
  • 22.  Caso não consiga encaminhar a unidade para a terapia IV em 30 min:  Instalar sonda nasogástrica dar 30ml/Kg/hora;  Reavaliar a cada 1 a 2h;  Se após 3h não melhorar o grau de desidratação, encaminhar para terapia IV.
  • 23.
  • 24. Cuidados de Enfermagem  Avaliar os doentes cada hora ou cada 2 em 2 horas para verificar se estão a tomar os SRO corretamente e para monitorizar a perda de líquidos.  Fazer uma reavaliação completa do estado de desidratação do doente ao fim de 4 horas e seguir o plano de tratamento adequado para a desidratação do doente.  Determinar a quantidade de SRO a administrar durante as primeiras 4 horas
  • 25.  Se o doente quiser mais SRO do que a quantidade apresentada, pode-lhe ser dado.  Para os bebês com menos de 6 meses que não sejam amamentados ao peito, administrar também 100 a 200 ml de água potável durante este período.  Dar-lhe pequenos e frequentes goles por uma xícara.  Se o doente vomitar, esperar 10 minutos. Depois, continuar a dar-lhe líquidos, mas mais lentamente.  Para os bebês que são amamentados ao peito, continuar a amamentação sempre que o bebê quiser.
  • 26. Disenteria  Quando há sangue nas fezes;  Dar ATB recomendado em sua região para Shiguella durante 5 dias se houver comprometimento do estado geral;  Retorno em 2 dias  ATB 1ª escolha: ácido nalidixílico 10mg/Kg/dia 6/6h por 5 dias;  2ª escolha: trimetropim+sulfametoxazol 40mg/Kg/dia 12/12h durante 5 dias.
  • 27. ÁCIDO NALIXÍLICO Trimetropim+sulfametoxazol Idade ou peso Comprimido 250mg Suspensão 250mg/5ml comprimido suspensão 2 a 4 meses 4 - <6Kg 1/4 1,25ml - - 5 a 11 meses 6 - <10Kg 1/2 2,5ml 1/2 5,0ml 1 a 4 anos 10 – 19 Kg 1 5,0ml 1 7,5ml