1. Juarez Machado (Joinville, 16 de março de 1941) é um artista plástico brasileiro. Além de dedicar-se a pintura, é também escultor, desenhista, caricaturista, mímico, designer, cenógrafo, escritor, fotógrafo e ator . Foi chargista dos principais jornais brasileiros e mímico no programa Fantástico, da TV Globo . No final dos anos 70 voltou-se totalmente para a pintura. Pretendendo internacionalizar seu trabalho, em 1978 Juarez viajou a Nova Iorque, Londres e, finalmente, foi para Paris, onde fixou residência em em 1986 e montou ateliê, sem prejuízo dos ateliês já instalados no Rio de Janeiro e em Joinville. Juarez Machado recebeu inúmeros prêmios, tanto no Brasil como no exterior. Tem feito exposições freqüentes nos Estados Unidos e na Europa.
32. DISCURSO DO ARTISTA J.M. NA EXPOSICAO DOS ESTUDOS DO MURAL "O GRANDE CIRCO"; PINTADOS EM PARIS EM 1997 PARA O PORTAL DE ENTRADA DO CENTREVENTOS CAU HANSEN. JOINVILLE - SANTA CATARINA, BRASIL.
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34. ...ATENCÃO RESPEITAVEL PUBLICO!!! Quem na infância não se emocionou numa noite de circo. Foi em Joinville, num terreno baldio na Avenida Getulio Vargas, num circo mambembe de lona furada, que ainda menino, vi pela primeira vez a grande magia do espetáculo. As luzes, a musica, o rufar dos tambores no salto mortal sem rede, a brincadeira dos palhaços,o domínio do equilibrista com o vôo da linda trapezista, a valentia do domador em parceria com o leão manso. Outros circos passaram pela cidade, fui a todos. Cresci, com rumo certo viajei. Pelo mundo fui ao teatro, ao ballet, a opera e a concertos, sempre com a forte emoção e o olhar sem piscar como o da primeira vez. Tendo o prazer de ver os artistas no palco, na ribalta ou no picadeiro transformando realidade com arte nossos sonhos e fantasias. 50 anos mais tarde, volto para a minha querida cidade e na bagagem de tantas experiências e vivencias, trago o "meu circo" para devolver a importância da alegria a todas as crianças da nossa Joinville.
56. O artista pintando o "Grande Circo" com tintas, sangue, suor e emoção.
57. O artista controlando as cores depois da queima das peças de cerâmica. Nas medidas de 30X30 cm cada
58. O mural "O GRANDE CIRCO" o portal da cultura da cidade de Joinville.
59. Uma curiosidade que poucos sabem... Após ter terminado a pintura do mural "O GRANDE CIRCO" pelo grande esforço físico que fez, o artista foi obrigado a submeter-se a quatro cirurgia da coluna. Duas foram feitas em Paris e outras duas em São Paulo, Brasil.
60. Juarez Machado sente muito orgulho de ter pintado o "GRANDE CIRCO" para a sua querida cidade de Joinville. E os parafusos na coluna? - " Sou um artista, de circo também, foi um salto mortal sem rede!" ele brinca.
62. PAIXÃO PELA ANATOMIA Deus modelou "Adão" em barro. Rodin fundiu "O Pensador" em bronze. Miguelangelo cinzelou "David" em mármore. Aleijadinho talhou "Os Apóstolos" em pedra sabão...e o cirurgião plástico esculpe a "Mulher" em carne. Todos apaixonados pela anatomia em busca da beleza ideal.O belo mais eterno do que o tempo. Dentro deste culto ao corpo, desenhei esta pequena coleção a pastel a pedido de um velho amigo e bom cirurgião, Dr. Ibere Condeixa. Dedico estes desenhos a todos os escultores que usam o bisturi e a ética para criar a estética. Lamento não estar presente quando acontecer esta exposição. Estarei em meu atelier em Paris, com minhas tintas diante do cavalete, sonhando encontrar algum cirurgião plástico ou mesmo um Dr. Frankenstein que possa criar, para o meu grande prazer, uma mulher lindamente parecida comigo. J.M.- Rio 2007
63. ESTA EXPOSICAO ACONTECEU NO DIA 8 DE MARCO DE 2007 NO FOYER DO "TEATRO JUAREZ MACHADO", DENTRO DA 23° JORNADA SUL BRASILEIRA DE CIRURGIA PLASTICA E 6° ENCONTRO DOS RESIDENTES DO CONESUL.- Joinville, SC.
100. ... e Deus criou a mulher. A sua própria imagem e semelhança. As mulheres são divinas e Deus é feminino. Assim penso eu, os dois são plenos de mistérios, sensibilidades e beleza. Ricos de fantasias, artimanhas e atitudes inexplicáveis. Tanto um como o outro tem o privilégio de parir. Eles dão a luz a própria luz, geram crias e criam a natureza. Em nome do pecado original dominam e punem, prometendo amor, temperado com paixão e culpa, castigando os homens mortais. Ingênuos, que foram expulsos do paraíso em seu primeiro ato honesto de amor. Vitimas, estes seres masculinos, ainda primitivos, acreditando no amor eterno e no céu.Entre eles, eu. Na verdade, confesso que pouco entendo de mulher e muito menos de Deus. Modesto, apenas desejo que o prezado publico admire minha maneira "endiabrada" de desenhar. Juarez Machado Paris-2006
108. BIOGRAFIA Juarez Machado nasceu em Joinville, no Estado de Santa Catarina, no Brasil, em 1941. Escultor, desenhista e cartunista, recebeu o prêmio de melhor escultor do Paraná e medalha de prata em escultura em 1962, o prêmio de aquisição em 1964, e o prêmio Prefeitura de Curitiba em 1965. Em 1966, mudou-se para o Rio de Janeiro onde residiu por vinte anos. Através de seus desenhos de humor, projeta-se nacionalmente. Além do desenho e da pintura, fez incursões pela mímica, cenografia, programação visual, ilustração e escultura.
109. TANQUE DE GUERRA O meu primeiro desenho, aos três anos de idade. Joinville- 1944, Brasil
110. Paris No final dos anos 70 volta-se totalmente para a pintura. Em 1986 instala-se em Paris, onde vive desde então. Nas palavras de Isaac Ortizar, celebra-se na obra de Juarez Machado um hino à mulher sofisticada, intimista e sensualmente poético: ” A mulher para Juarez Machado é o tema e também a atmosfera de suas pinturas….sua obra vem assim renovar a leitura de um tema clássico, para libertar através dele novas nuanças claramente inspiradas pelo espírito dos nossos dias, e também por uma ambientação retro
111. Fantástico Juarez, pintor, escultor e cartunista catarinense, vive desde 1978 em Paris, onde deve gozar a vida como um típico artista, de café em café, discutindo política e articulando pequenas revoluções estéticas Juarez ficou mais conhecido nacionalmente ao estrelar um quadro (curiosa ironia) de mímica no Fantástico, da TV Globo, onde também trabalhou como cenógrafo e figurinista. Entretanto, internacionalmente, Juarez é conhecido – e reconhecido – como o bem sucedido pintor de séries como Le Libertin e Copacabana, que transbordam sensualidade e apuro técnico.
112. Categorizá-lo como artista do nosense é esquecer-se das incursões pelo impressionismo que frequentemente realiza. Algumas de suas obras podem ser saboreadas (acho que elas tem gosto de calda de chocolate com uma pitada de licor de pêssego) Nas pinturas recentes, Juarez parece ter se afastado do seu lado nosense, mas um olhar absurdo do mundo não se perde assim de uma hora para outra. Basta olhar de perto, com atenção. De algum modo, alguma coisa ali, o clima rodopiante, os olhares, a música, alguma coisa ali não faz sentido.
113. A pintura é o meu grande prazer, ela me deu identidade e assim, pouco a pouco fui me construindo. Do desenho fiz meus ossos, das tintas fiz a minha carne e o sangue fiz da emoção.