SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 35
Downloaden Sie, um offline zu lesen
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
         LICENCIATURA PLENA EM MÚSICA




             JADERSON LUÍS DA SILVA




              A MÚSICA NA ESCOLA:
REFLEXÕES SOBRE AS AULAS DE ARTES EM TAMBAÚ (SP).




                 RIBEIRÃO PRETO
                       2012
JADERSON LUÍS DA SILVA




              A MÚSICA NA ESCOLA:
REFLEXÕES SOBRE AS AULAS DE ARTES EM TAMBAÚ (SP).




                          Monografia apresentada à Universidade de
                          Ribeirão Preto UNAERP, como requisito
                          Para a obtenção do titulo de Licenciado em
                          Música.

                          Orientador:   Profª.   Me.   Gisele   Laura
                          Haddad.




                  RIBEIRÃO PRETO
                        2012
Dedico este trabalho à minha mãe, Dulcenéia Pereira da Silva,
    que sempre acreditou em meus objetivos e me incentivou
               sempre a batalhar para fazê-los virar realidade.
AGRADECIMENTOS


       Em primeiro lugar, agradeço a Deus por me privilegiar com a oportunidade de cursar
uma graduação em música e mudar minha vida.
       Agradeço a dedicação e esforço de todos os professores, sem exceção, que dedicaram
seu tempo e compartilharam seus conhecimentos por todo o tempo em que estive no curso de
Licenciatura Plena em Música da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, e que
contribuíram de várias maneiras para a minha formação, em especial às Professoras Gisele
Laura Haddad por sua paciência em me orientar neste trabalho, e Erika de Andrade Silva por
seu incentivo para que continuasse o desenvolvimento do mesmo.
       Durante estes três anos conheci grandes colegas e conquistei vários amigos que hoje
os tenho como irmãos. Agradeço ao Marcelo Cosme, pelo seu grande exemplo de superação e
força de vontade, que foi minha inspiração para seguir em frente no curso. Aos amigos
Wesley Ekstein, William Welson, Gabriel Camargo pelo companheirismo e pelos bons
momentos que passamos juntos neste período.
       Agradeço a Sonara, secretária do curso que sempre nos ajudou quando mais
precisamos e pelo seu empenho e seriedade no seu trabalho.
       Minha mãe Dulcenéia e minha “tia-mãe” Bartira foram pessoas que sempre estiveram
ao meu lado me apoiando nas horas difíceis. Agradeço pelo grande apoio e dedicação que
dispensaram a mim.
       Por fim, agradeço aos amigos parceiros de bandas e de trabalho que me orientaram e
me apoiaram na trajetória como músico.
RESUMO
Este trabalho foi realizado com o propósito de relatar e analisar as atividades musicais nas
aulas de Artes na escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes, localizada na cidade de Tambaú – SP.
Os dados foram coletados a partir de observações realizadas durante o estágio supervisionado
como disciplina do curso de Licenciatura Plena em Música, na Universidade de Ribeirão
Preto (UNAERP), de fevereiro a outubro do ano de 2012. Através da análise dos materiais
didáticos utilizados pelos professores e a sua aplicação frente à realidade da educação musical
nesta escola, descrevemos a rotina dos professores e a maneira que é tratada a música como
atividade de desenvolvimento cognitivo, além da sua colaboração na educação.


Palavras-chave: Educação Musical; Artes; Tambaú.
ABSTRACT
This work was done aiming to relate and analyse musical activities in Art classes at the school
E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes, located at the city of Tambaú-SP. Data was collected from
observations done during the supervised training as a discipline of Licentiate in Music course
at Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) since February to October of 2012. Through
the analysis of didactic material used by the teachers and its applications facing the reality of
musical education in this school, describing teachers' routine and the way that music is dealt
as a cognitive development activity, beyond its colaboration on education.

Keywords: Musical Education; Arts; Tambaú.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Figura 1 - Escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. ..................................................................... 16
Figura 2 - Alunos assistindo a apresentação no pátio escolar. ................................................. 21
Figura 3 - Apresentação da peça teatral “A plantação de chocolates”. .................................... 22
Figura 4 - Ensaio para apresentação em comemoração ao Descobrimento do Brasil. ............. 23
Figura 5 - Alunos reunidos no refeitório da escola para cantarem o Hino Nacional Brasileiro.
.................................................................................................................................................. 31
LISTA DE TABELAS


Tabela 1 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Primeiro ano ...................................... 26
Tabela 2 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Segundo ano ...................................... 27
Tabela 3 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Terceiro ano ....................................... 28
Tabela 4 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Quarto ano ......................................... 29
Tabela 5 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Quinto ano ......................................... 30
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12
1. LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO SOCIAL .................................................................... 14
2. A ESCOLA E.M.E.F. DR. ALFREDO GUEDES............................................................ 16
3. MATERIAL DIDÁTICO E SUA APLICAÇÃO ............................................................. 18
   O material didático de artes............................................................................................................... 18
   Aplicação do material didático.......................................................................................................... 19
4. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 34
INTRODUÇÃO

       Sendo natural da cidade de Cajurú (SP), tive a oportunidade de morar com minha tia
em Tambaú (SP) em 1995, quando tinha apenas 6 anos. Os estudos musicais começaram aos
10 anos de idade quando ingressei na “Banda Musical Municipal Dr. Ataliba Amadeu Sevá”
tocando prato, frequentando também as aulas de teoria musical. Logo me interessei pelo som
do clarinete após ouvir um dueto da professora Lisandra Eli Dutra com seu aluno William
Welson, que hoje é colega na universidade. A partir de então iniciei as aulas práticas com a
mesma professora. Desde então me familiarizei com o fazer musical e aprendi a tocar violão,
sax, contrabaixo e guitarra.
       Em 2006, comecei a trabalhar como monitor nesta mesma banda, auxiliando os
professores durante as aulas de instrumento e teoria musical.
       Em 2010 ingressei no Curso de Licenciatura Plena em Música da UNAERP, curso
indicado pelo guitarrista Fábio Martins formado nesta mesma universidade.
       Novos horizontes foram traçados a partir dos conhecimentos e práticas instrumentais
adquiridas no curso, bem como as reflexões que serviram de tema para este trabalho.
       A “Educação Musical” é atualmente um dos assuntos mais discutidos na área
educacional, gerando grande polêmica em relação à sua aplicação no contexto pedagógico das
escolas brasileiras.
       Com base nas reflexões feitas durante as aulas de Pedagogia Musical e dos
questionamentos levantados na disciplina de Estágio Supervisionado, ministradas pela
Professora Mestre Erika de Andrade Silva, pude perceber a realidade da educação musical na
escola quando passei a vivenciar em meu estágio a dificuldade na inserção da música no
ensino fundamental.
       O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a maneira que a música é trabalhada
nas aulas de artes em escolas públicas de ensino regular, tendo como base a escola E.M.E.F.
Dr. Alfredo Guedes, da cidade de Tambaú – SP, no ano de 2012. A maior parte das aulas
observadas foram das salas dos primeiros e segundos anos, nos quais tive contato mais direto
no estágio.
       A educação musical nas escolas do ensino regular passou por adaptações para atender
as exigências da Lei nº 11.769, de 18 de Agosto de 2008, que determina a obrigatoriedade do
ensino musical nas escolas de ensino básico, porém não como disciplina exclusiva, mas
inserida como conteúdo de Artes. Desta maneira, as atividades musicais se entrelaçaram com
outros fazeres artísticos, como a dança, artes visuais e teatro.
                                                                                         12
Muitas escolas ainda estão em processo de adaptação para atender à demanda desta
nova lei, entretanto, grande parte delas não oferece estrutura para a inserção das atividades
musicais no currículo.
       Segundo Penna (2001), de acordo com a Lei nº. 9.394/96 (LDBEN),


                         [...] cada estabelecimento de ensino, tanto de ensino fundamental, quanto de
                         ensino médio, pode decidir quais modalidades artísticas serão contempladas
                         nos seus currículos escolares “diante da carga horária de Arte, em geral
                         muito reduzida, e ainda pela questão da disponibilidade de professores
                         qualificados e os critérios financeiros de contratação” (PENNA, 2001, p.
                         24).


       Os professores nem sempre recebem uma qualificação adequada para transitar entre os
diversos campos da arte, devido ao foco dos cursos de Licenciatura em Artes ser voltado às
artes visuais, associados à falta de estrutura física ou pedagógica das escolas em que
lecionam.
       Dentro deste contexto, é necessário que haja um planejamento para que as atividades
musicais não sejam feitas de qualquer maneira, sem fundamentos. Segundo Carlos Kater,


                         [...] esperarmos que a “música na escola” tão reivindicada não se confunda
                         com um fazer musical pedagogicamente descompromissado, de lazer e
                         passatempo, nem que a educação musical seja aprisionada pela educação
                         artística e confundida com “história da música“ ou outras estórias de nomes
                         e datas. (KATER apud JORDÃO, 2012, p.44).


       Como referencial teórico, foram utilizados artigos sobre ensino de arte da Professora
Maura Penna. Como material de apoio, utilizamos o livro do projeto “A Música na Escola”,
que tem como objetivo a contribuição e difusão do ensino musical nas escolas regulares
brasileiras, e a coleção “Arte e Habilidade”, utilizada nas aulas de artes da rede municipal de
ensino da cidade de Tambaú.




                                                                                                  13
1. LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO SOCIAL


              Tambaú é uma cidade localizada no interior do Estado de São Paulo. Seu
nome, de origem Tupi, significa "Rio das Conchas". Fundada em 27 de julho de 1886, foi
elevada à condição de município em 20 de agosto de 1898. Seu desenvolvimento econômico
teve inicialmente contribuição da monocultura da cana, a qual foi substituída pela
monocultura do café. Atualmente a economia básica do município gira em torno da indústria
cerâmica de telhas, tijolos, manilhas e revestimentos cerâmicos.
              Segundo dados do IBGE (2010), Tambaú é composta por 22.406 habitantes e
tem uma área de 562 Km2.
       A rede municipal de ensino é composta por:
       - Escola Técnica:
           • E.M. Dr. Ataliba Amadeu Sevá, que oferece cursos técnicos nas áreas de
              informática, enfermagem, administração, mecatrônica, entre outros.
       - Escolas de educação infantil e fundamental (1º ao 5º ano):
           • EMEI Maestro Vittorio Barbin
           • EMEIF Profª Djanira Félix Bonfim Bacci
           • EMEIF Inspetor Escolar Pedro Mazza
           • EMEIF Profª Zelinda de Sordi Sobreira
           • EMEIF Vereador Primo Tessarini Neto
           • E.M.E.F. Alfredo Guedes
       - Centros Municipais de Educação Infantil:
           • CMEI Neide Morandim Celestino,
           • CMEI Yolanda Gandolfi Pereira,
           • CMEI Isaura Cerquetani Ricciardi,
           • CMEI Maria Ap. Bortolin da Silva.
       - A rede de ensino estadual é composta pelas escolas:
           • E.E. Padre Donizetti Tavares de Lima: Ensino fundamental (6º ao 9º ano), e
              ensino médio.
           • E.E. Antônio Dias Paschoal: Ensino fundamental (6º ao 9º ano).
       - Existe a rede de ensino privada, composta pelas seguintes escolas:
           • Centro Educacional Tambauense Objetivo: Educação Infantil, ensino
              fundamental e ensino médio.
                                                                                      14
• Colégio Tancredo Neves: Educação infantil, ensino fundamental e ensino
              médio.
          • Centro Educacional SESI - 370: Educação infantil, ensino fundamental (1º ao
              9º ano) e Ensino Médio.
          • Colégio Arco Íris (Educação Infantil)


       Durante a procura da escola em que iria estagiar, encontrei muita resistência por parte
de alguns diretores que não quiseram ceder estágio. A maior parte das escolas de ensino
fundamental não tem a educação musical oficialmente no currículo.
       A escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes foi a única que me cedeu espaço para estagiar.
Logo na entrevista para o estágio a diretora falou sobre o material didático e dos conteúdos
musicais contidos nele, que não era trabalhado pelas professoras. Me propôs uma parceria
com as professoras para que essas atividades musicais fossem contempladas.




                                                                                           15
2. A ESCOLA E.M.E.F. DR. ALFREDO GUEDES


           A Escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes foi inaugurada em 1914 recebendo o nome de
Grupo Escolar de Tambaú. Em 1936 o Professor Antonio Dias Paschoal, na época diretor da
escola, sugeriu que fosse dado o nome de Alfredo Guedes, advogado renomado
homenageando-o pela sua contribuição nas medidas administrativas para instalação do
município de Tambaú, que veio a se efetivar em 15 de abril de 1899.




                                   Figura 1 - Escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.1



           A escola é composta por dez salas de aulas, que comportam aproximadamente vinte e
dois alunos por turma.
           A sala específica para as aulas de artes é localizada em um antigo porão, que além de
comportar os alunos, também serve de depósito de materiais e livros utilizados por todos os
professores da escola.
           A sala de informática é equipada com doze computadores conectados em rede e
administrados por um computador servidor. O acesso à internet é realizado por um provedor
administrado pelo Centro de Processamento de Dados da Prefeitura Municipal de Tambaú.
           Dentro da sala de informática há também uma mini biblioteca, onde os alunos podem
ter acesso a diversos livros de várias modalidades, como literatura infantil, materiais de
reforço didático e revistas do mundo científico e da mídia popular.

1
    Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.
                                                                                             16
O refeitório é composto por uma cozinha e um espaço onde são colocadas mesas com
bancos conjuntos para que os alunos possam se sentar durante as refeições no intervalo.
       Neste ano de 2012, as classes de alunos foram organizadas da seguinte maneira:
       - Período matutino:
           • Primeiros anos A e B
           • Segundos anos A e B
           • Terceiros anos A e B
           • Quartos anos A e B
           • Quintos anos A e B
       - No período vespertino:
           • As turmas são organizadas de maneira semelhante, mas contando com classes
              C e D, exceto o quinto ano que apresenta apenas a turma C.




                                                                                          17
3. MATERIAL DIDÁTICO E SUA APLICAÇÃO


O material didático de artes


          O Departamento Municipal de Ensino Tambauense adotou em 2009, para as aulas de
artes nas escolas de ensino fundamental, os livros da coleção “Arte e Habilidade”, produzido
pelas professoras Ângela Maria Cantele2 e Bruna Renata Cantele3.
          Nesta coleção, as autoras trabalham três modalidades da arte: música, artes visuais e
artes cênicas. Não contempla a parte de dança, sendo trabalhada pela professora de educação
física.
          Dividida em cinco livros, que vão do primeiro ao quinto ano, os temas abordados são
separados por Fichas4. As partes de artes plásticas e visuais são muito ricas em detalhes
históricos e técnicos, contendo a história de vários artistas como Vincent Van Gogh, Cândido
Portinari e Tarsila do Amaral, expondo algumas obras para análise e releitura. Trabalham com
dobraduras, recortes, colagens e quebra cabeças. Na parte musical, trabalha algumas canções
folclóricas, como “Se esta rua fosse minha” e “Ciranda, cirandinha”, e outras da indústria
cultural infantil5, como “Brincar de Índio” da cantora Xuxa, “O Pato” do compositor
Toquinho, e “A Foca” de Vinícius de Moraes.




2
  Ângela Maria Cantele é bacharel em Artes Plásticas pela faculdade de Belas Artes de São Paulo, licenciada em
Desenho pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e formada em Decoração e Arquitetura de Interiores pela
Escola Panamericana de Arte. Estudou em cursos livres e oficinas de artesanato, dobradura, pintura em tela,
aquarela. É professora do Ensino Fundamental e Ensino Médio, além de escritora de livros didáticos e Arte -
Educadora.
3
  Bruna Renata Cantele é Mestre em Educação, Orientadora Educacional, Pedagoga e Historiadora. Cursou
Desenho Artístico e Publicitário na Escola Doutor Paulo da Silva Telles e História da Arte, em Florença e
Veneza, na Itália. É professora do Fundamental e Ensino Médio, Assessora Pedagógica e Escritora de livros
didáticos e paradidáticos.
4
  Nesta coleção, as fichas representam uma categoria de um determinado assunto que será abordado em diversas
etapas.
5
   Segundo João Francisco P. Cabral (2012), graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia,
mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas e colaborador do site Brasil Escola, o termo
“indústria cultural” foi criado por Theodor Adorno para designar produções artísticas que seguem um padrão
determinado. Na música, por exemplo, a métrica deve ser simples, com duração de no máximo quatro minutos
para que a canção seja assimilada rapidamente por quem escuta, sem levar em conta os aspectos artísticos e
técnicos da uma obra musical, ou seja, música para “consumo imediato” e com alguma finalidade ideológica
específica.
                                                                                                           18
Aplicação do material didático


        Em uma entrevista para a revista Escola, realizada pela jornalista Paula Nadal6, a
educadora Violeta Hemsy de Gainza afirma que: “hoje, confia-se muito mais em um professor
de Arte, que demonstra estar mais atualizado quanto à realidade de sala de aula”. Se a música
vai voltar às escolas, isso não pode ser feito superficialmente.
        Durante observações das aulas, notou-se que os conteúdos descritos nas apostilas e
abordados pelas professoras de arte na E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes contemplam, em sua
maioria, as atividades de artes plásticas e artes visuais. As atividades que envolvem música e
artes cênicas são abordadas superficialmente, apenas em períodos de datas comemorativas ou
eventos escolares, como o Sarau Municipal, que aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de outubro de
2012, onde todas as escolas da rede municipal de ensino participaram expondo trabalhos
feitos em sala de aula, dança, teatro e música cantada pelos alunos.
        Segundo o website Portal do Professor, baseado nos estudos de Isabel Bonat Hirsch7


                          a porcentagem de professores que ministram a disciplina música como parte
                          do currículo escolar ou que trabalham somente a modalidade música nas
                          escolas brasileiras é de 2,2%, contra 57,5% de professores que declararam
                          trabalhar somente a modalidade artes plásticas ou visuais. (DEL-BEN, apud
                          HIRSCH, 2008)


        A parte musical é composta por canções folclóricas, parlendas e observações de
desenhos de instrumentos musicais, mas sempre ligadas ao desenho de suas interpretações.
        Em uma “mesa redonda”, realizada na 6ª Semana da Música da Universidade de
Ribeirão Preto (UNAERP), no dia 24 de setembro de 2012, o Professor Márcio Coelho8, com
a sua experiência como educador musical, defende a seguinte tese: “a música foi feita para os
ouvidos e não para os olhos. É preciso trabalhar uma educação musical voltada para formar
ouvintes críticos e conscientes, e não apenas instrumentistas técnicos e virtuosos”.9




6
  NADAL, P. Violeta Hemsy de Gainza fala sobre Educação musical. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/violeta-hemsy-gainza-fala-educacao-musical-
627226.shtml>. Acesso em: 18 set. 2012.
7
  Isabel Bonat Hirsch é Mestre em Educação Musical pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Participou de pesquisas relacionadas à educação musical nas aulas de artes através do CNPq.
8
  Márcio Coelho é doutor e mestre pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Semiótica
da Canção). Licenciado em Música pela Universidade de Ribeirão Preto – SP (UNAERP). Professor de Música
na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Superior e produtor de materiais didáticos musicais.
9
  VI Semana da Música UNAERP. 2012, Ribeirão Preto. Música na escola: desafios do século XXI. UNAERP.
                                                                                                       19
Nesta escola as atividades musicais são trabalhadas com a função de fazerem os
alunos se apresentarem em eventos escolares diversos, desconsiderando a espontaneidade e
criatividade dos alunos, não contemplando o que sugere o PCN de Artes na parte musical
onde a música deve passar pelos processos de apreciação, composição, improvisação e
interpretação segundo a realidade do local.
       Nas séries inicias, a música está presente nas aulas de arte em forma de canto, aliada à
memorização de fatos históricos, comemorações cívicas (independência do Brasil,
proclamação da República) e religiosas (como natal e páscoa, por exemplo) e cantos
folclóricos.
       Na primeira parte da apostila “Arte e Habilidade” do primeiro ano, denominada de
“expressão musical”, há uma apresentação da família dos instrumentos musicais. As autoras
colocam desenhos de instrumentos diversos como tímpano, piano, saxofone, bandolim, mas
não colocam os nomes de cada instrumento e nem sugerem o que fazer nesta atividade. Na
ficha seguinte, o aluno deve escolher um dos instrumentos representados na ficha anterior e
fazer um desenho de observação.
       No início das aulas em fevereiro, as professoras trabalharam o tema do carnaval,
confeccionando máscaras com os alunos com pinturas com guache e lápis de cor. Na parte
musical apresentaram aos alunos marchinhas tradicionais de carnaval, como “Mamãe eu
quero” de Vicente Paiva, “O abre Alas” de Chiquinha Gonzaga, e “Me dá um dinheiro aí” de
Ivan Ferreira.
       Foram trabalhadas algumas canções como “O Pato”, de Toquinho, “A Foca” de
autoria de Vinícius de Moraes. Na parte de cantigas de roda, o livro número um sugere que se
cante “Ciranda, cirandinha”, “Escravos de Jó”, “Roda, roda, roda”. Todas as músicas foram
acompanhadas por um violão e cantadas pela professora de artes do período vespertino. As
atividades aconteceram no refeitório da escola devido à falta de espaço da sala de artes. O
restante das aulas foram utilizados para trabalhar os conteúdos específicos de artes visuais. A
professora do período anterior não quis trabalhar esta parte musical com os alunos, alegando
que esta etapa atrasaria o restante dos conteúdos sugeridos na apostila.
       No mês de março, a professora de artes do período matutino trabalhou a canção “Se
essa rua fosse minha”, contida na primeira parte da apostila de artes do segundo ano. As
crianças dos segundos anos A e B se reuniram e representaram a música em um pequeno
teatro, onde os alunos cantaram em uníssono, acompanhados por um violão. Em
comemoração ao dia mundial da água, que é celebrado no dia 22 deste mesmo mês, as

                                                                                            20
professoras de artes cantaram a música “Planeta Água”, de Guilherme Arantes, seguida de um
desenho livre que descreve a letra da canção.
           Na parte cênica, uma aluna se vestiu de anjo e outro aluno de camponês. A encenação
aconteceu no refeitório, onde o espaço é pequeno e não comporta todos os alunos da escola
que assistiram a apresentação. Todas as apresentações eram feitas em duas etapas para que
todos os alunos da escola pudessem assisti-las. Em outras apresentações apenas algumas
classes tinham o privilégio de assistir.




                            Figura 2 - Alunos assistindo a apresentação no pátio escolar.10



           Na páscoa, os alunos do segundo ano B (período matutino) e segundo ano C (período
vespertino) ensaiaram as músicas “Coelhinho Esperto” e “Coelhinho da Páscoa” para
apresentação na semana pascal, que completou a apresentação teatral com a peça “A
plantação de chocolates”, escrita e ensaiada pela professora de artes do período vespertino.




10
     Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.
                                                                                               21
Figura 3 - Apresentação da peça teatral “A plantação de chocolates”. 11



           No início do mês de abril, na classe do segundo ano C do período vespertino, a
professora de artes ensaiou uma música chamada “Descobrimento do Brasil”, que descreve a
maneira que Pedro Álvares Cabral chegou a esse território e a maneira que foi nomeado o
país. A letra era bem extensa, o que exigia dos alunos uma boa memorização. Os ensaios
aconteciam acompanhados por um violão e feitos sempre nos últimos dez minutos da aula de
artes, uma vez por semana, enquanto que alguns conteúdos de artes plásticas e artes visuais
chegavam a ser abordados em até três aulas de cinquenta minutos cada.
           Em comemoração ao dia do índio, em 19 de abril, as classes dos segundos anos
cantaram a música “Brincar de Índio”, sugerida pela apostila de arte. No período matutino, a
professora de educação física ensaiou uma dança com a classe do quarto ano chamada “Mãe
Terra”. A música que acompanhava a dança contém uma rítmica bem acentuada, com
instrumentos tradicionais indígenas como chocalhos, tambores e flautas.




11
     Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.
                                                                                                  22
Figura 4 - Ensaio para apresentação em comemoração ao Descobrimento do Brasil. 12



           No mês de maio não houve nenhum tipo de atividade musical em sala de aula, nem
mesmo para a comemoração ao dia do trabalho, no dia 1 do mesmo mês.
           Os Parâmetros Curriculares Nacionais de arte afirmam que música sempre esteve
associada às tradições e às culturas de cada época (MEC, 1997). Sugere também que se
trabalhem músicas que estão presentes no cotidiano dos alunos e na mídia


                              qualquer proposta de ensino que considere essa diversidade precisa abrir
                              espaço para o aluno trazer música para a sala de aula, acolhendo-a,
                              contextualizando-a e oferecendo acesso a obras que possam ser significativas
                              para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e produção.
                              A diversidade permite ao aluno a construção de hipóteses sobre o lugar de
                              cada obra no patrimônio musical da humanidade, aprimorando sua condição
                              de avaliar a qualidade das próprias produções e as dos outros.
                              (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL, 1997, p. 53)


           Em junho, a escola contratou uma professora de dança para ensaiar os alunos para a
festa junina. As músicas não eram rancheiras tradicionais, e sim sertanejo universitário com
letras que fazem apologia indireta ao uso de bebidas alcoólicas e estimulam atitudes que vão
contra os valores morais da sociedade. Este tipo de atitude mostra uma visão um tanto quanto
desesperadora para a educação geral. Ao invés de apresentarem músicas da cultura caipira
tradicional, trabalharem coreografias típicas e resgatarem a tradição das festas juninas que
está se perdendo naturalmente com tempo, preferem o que é “moderno”, fazendo com que


12
     Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.
                                                                                                       23
este tipo de comportamento pejorativo e as letras com conteúdo imoral sejam normais, pois é
esse tipo de cultura musical que a maioria das crianças têm acesso em casa, através dos pais e
da mídia.
       Após o recesso de julho os alunos voltaram às aulas no início de agosto. Neste período
inicial pós-férias, as professoras trabalharam o folclore com desenhos de personagens como
Saci, mula sem cabeça, curupira e lobisomem e suas histórias. Os alunos do primeiro e
segundo ano do período vespertino cantaram a canção “Peixe Vivo”.
       No mês de setembro, as professoras trabalharam as cores primárias. Sugeri uma
canção de Márcio Coelho, chamada “Vida Colorida”, que fala justamente do tema. A
Professora do período vespertino complementou a atividade e com parceria confeccionamos
meia-luas com tampinhas metálicas de garrafa e tambores com latas de achocolatado. Os
alunos ensaiaram a marcação do pulso nos instrumentos confeccionados.
       Paula Maria F. Santos Ghizzo (2005) afirma em sua pesquisa que


                        atualmente a escola pública não tem oferecido tanto no ensino de música.
                        Este se estende a pouco, já que é pouco útil ao futuro profissional. A música
                        é ausente da maioria dos currículos, seja no ensino básico, técnico ou até nas
                        universidades, onde poderia se dar mais atenção a este campo,
                        principalmente para que os professores do ensino fundamental pudessem
                        utilizar a música em suas aulas de forma mais plena. (GHIZZO, 2005)


       Em várias conversas que tive durante algumas aulas, perguntei às professoras se em
seus cursos de formação em artes existiu em algum momento conteúdos que priorizassem a
música e qual o seu benefício no aprendizado dos alunos. Elas disseram que tiveram aulas de
música no curso, mas que foram voltadas apenas à prática vocal, com canções folclóricas,
marchinhas de carnaval, mas sem focar em nenhum aspecto técnico ou teórico que
trabalhassem apreciação, execução ou a criatividade dos estudantes. A professora do período
vespertino relatou que durante as aulas com música na sua graduação a professora
acompanhava as canções com um violão, mas não instigava e nem estimulava nenhum aluno a
aprender a tocar o básico de algum instrumento musical e nem ensinava o mínimo de
percepção de compassos ou técnica vocal, mostrando que a música não era prioridade na
formação polivalente.
       Devido à deficiência de conteúdos musicais dos professores, observei que a partir do
terceiro ano até o quinto ano a música praticamente não existe nas aulas de arte, de nenhuma
maneira. Apesar de duas professoras de classe possuírem formação musical de conservatório
em piano e canto, em suas aulas não trabalham com músicas. Apesar de aparecerem sugestões
                                                                                                   24
de atividades musicais nos livros, como construção de instrumentos musicais com sucata,
onomatopeia13, apresentação dos instrumentos da orquestra e canções, as professoras
preferem abordar apenas conteúdos que não envolvam o fazer musical com uma aplicação
mais ampla. Como mostram as tabelas a seguir, as apostilas visam trabalhar melhor a técnica
de pintura, história de pintores, dobradura, releitura de quadros e desenhos de observação.




13
 O conceito de onomatopeia é abordado neste livro como escrita de sons indefinidos ou ruídos, como som do
motor de um carro, som de explosão, palmas e latidos de cães, por exemplo.
                                                                                                            25
Tabela 1: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Primeiro Ano
      Noções Corporais            Expressão Musical           Formas Geométricas

Ficha 1: Noção corporal – As     Ficha 1: Distinguindo e      Ficha 1: Conhecendo formas
mãos                             imitando sons                geométricas
Ficha 2: Noção corporal –        Ficha 2: Recorte e colagem   Ficha 2: Identificando formas
Frente e costas                  – Diferentes sons            geométricas
Ficha 3: Noção corporal –        Ficha 3: Conhecendo os       Ficha 3: Identificando e
Reconhecimento das partes que    instrumentos musicais –      trabalhando figuras
compõem o todo – O corpo         Cordas                       geométricas – círculo,
Ficha 4: Espaço para colagem     Ficha 4: Conhecendo os       triângulo, quadrado e
Ficha 5: Colagem e montagem      instrumentos musicais –      retângulo
– Trabalhando com as mãos        Sopro e metais               Ficha 4: Trabalhando o
Ficha 6: Trabalhando posições    Ficha 5: Conhecendo os       quadrado
corpóreas e conhecendo a obra    instrumentos musicais –      Ficha 5: Trabalhando o
de arte.                         Percussão                    triângulo
Ficha 7: Expressão facial –      Ficha 6: Música –            Ficha 6: Trabalhando o
Recorte e colagem                confeccionando               círculo
Ficha 8: Teatro – Alegria da     instrumentos                 Retângulo
garotada                         Ficha 7: Articulando Sons    Ficha 7 : Trabalhando o
                                 – Cantando                   retângulo
          As cores                                            Ficha 8: Trabalhando o
                                                              quadrado na dobradura –
Ficha 1: Conhecendo as cores             Texturas             formando o cachorro
Ficha 2: Observando cores e                                   Ficha 9: Trabalhando o
conhecendo a obra de arte        Ficha 1: Técnica de          triângulo na dobradura –
Ficha 3: Conhecendo a cor azul   Pintura sobre Lixa           formando o pinheiro
Ficha 4: Técnica de pintura e    Ficha 2: Colagem com         Ficha 10: Trabalhando o
colagem – cor azul               aparas de lápis              retângulo na dobradura –
Ficha 5: Conhecendo a cor        Ficha 3: Colagem com         Montando uma casa
vermelha                         diferentes papéis            Ficha 11: Trabalhando o
Ficha 6: Técnica de pintura a    Ficha 4: Trabalhando com     círculo – recorte, colagem e
dedo – cor vermelha              argila                       montagem
Ficha 7: Conhecendo a cor        Ficha 5: Colagem com lã      Ficha 12/13: Identificando
amarela                          Ficha 6: Colagem com         figuras geométricas na obra
Ficha 8: Técnica de pintura e    canudos                      de arte – montagem e
colagem – cor amarela                                         composição com figuras
Ficha 9: Conhecendo a cor                                     geométricas
verde
Ficha 10: Técnica de colagem –
cor verde
Ficha 11: Conhecendo a cor
violeta
Ficha 12: Técnica de
estampagem – cor violeta
Ficha 13: Conhecendo a cor
laranja
Ficha 14: Técnica de colagem –
cor laranja

Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e
Habilidade, v. 1)



                                                                                              26
Tabela 2: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Segundo Ano
Ficha 1:Cores primárias – Vamos pintar?        Ficha 28: Música é linguagem universal, é
Ficha 1a: Recorte e colagem – Cores            comunicação
primárias                                      Ficha 29: Figura geométrica – O retângulo
Ficha 2: Figura geométrica – O quadrado        Ficha 30/30a: Ficha de observação – Escultura
Ficha 3:Técnica de pintura – Desenho com       Ficha 31: Trabalhando com escultura
giz de cera e barbante                         Ficha 32: Espaço de ideias – Desenho - Criação
Ficha 4: Símbolos e sinais – Associação        Ficha 33: Espaço de ideias – Meu brinquedo
lógica – Expressão corporal/facial             preferido
Ficha 4a: Recorte e colagem – Expressão        Ficha 34: Ficha de observação – Cores quentes
facial                                         Ficha 35: Ficha de observação – Cores frias
Ficha 5: Ficha de observação – Arte figurativa Ficha 36: Teatro – Arte do homem
e arte abstrata                                Ficha 37: Quebra-cabeça artístico – Tarsila do
Ficha 6: Rasgar papel também é arte –          Amaral
Proposta para trabalho abstrato                Ficha 38: Dobradura – Montagem de flores
Ficha 7: Desenho de ilustração – Proposta      Ficha 39: Técnica de pintura – Pintura sobre lixa
para trabalho figurativo                       Ficha 40/40a: Desenho animado
Ficha 8: Ficha de observação – Obras de arte   Ficha 41: Relembrando as cores
Ficha 9: Fazendo a releitura                   Ficha 42/42a: Ficha de observação – Obras de
Ficha 10: Figura geométrica – O círculo        Joan Miró: Linhas e Formas
Ficha 11: Recorte, montagem e colagem –        Ficha 43: Desenhando linhas e criando formas
Motivo de Páscoa                               Ficha 44: Mosaico com papel rasgado
Ficha 12: Cores secundárias – Vamos pintar? Ficha 45: Recorte e colagem – Enfeites de Natal
Ficha 12a: Recorte e colagem – Cores
secundárias
Ficha 13: Ficha de observação – Arte
indígena
Ficha 14: Pintura – Motivo indígena
Ficha 15: Quebra-cabeça artístico – Cândido
Portinari
Ficha 16: Moldes das máscaras
Ficha 16a: Técnica de pintura com máscara –
Salpicando o desenho
Ficha 17/17a: Porta-retratos – Dia das Mães
Ficha 18: Desenho ditado
Ficha 19: Ficha de observação – Técnica do
pontilhismo
Ficha 20: Técnica do pontilhismo
Ficha 21: Figura geométrica – O triângulo
Ficha 22: Montagem de um painel –
Dobradura
Ficha 23: Trabalhando com sucatas – Porta
lápis – Dia dos Pais.
Ficha 24: Ficha de observação – Folclore
Ficha 24a: Ilustração da lenda – Saci pererê
Ficha 25: Desenhando com a ponta dos dedos
Ficha 26: Produção gráfica de imagens – A
televisão
Ficha 27: Produção gráfica de imagens – A
televisão
Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e
Habilidade, v. 2)



                                                                                                   27
Tabela 3: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Terceiro Ano
Ficha 1: Ficha de observação – Obras de arte    Ficha 26: Folclore – Danças, brinquedos,
– O pontilhismo                                 brincadeiras e festas típicas
Ficha 2: Trabalhando com pontilhismo            Ficha 27: Figura geométrica – O triângulo
Ficha 3: Técnica de pintura – Desenho com       Ficha 28: Ficha de observação – História da arte
giz umedecido                                   egípcia
Ficha 4: Trabalhando a linha reta em            Ficha 28a: Ficha de observação – História da arte
diferentes posições                             egípcia
Ficha 5: Observando a obra de arte –            Ficha 29: Trabalhando a arte egípcia
Trabalhando a linha reta                        Ficha 30: Trabalhando com sucatas – Montando
Ficha 6: Ficha de observação – Cores            bonecos
primárias em obra de arte                       Ficha 31: Simetria
Ficha 7: Recorte e colagem – Trabalhando as     Ficha 32: Técnica – Desenho manchado
cores primárias                                 Ficha 33: Música é alegria – Construindo
Ficha 7a: Papel para recorte                    instrumentos musicais
Ficha 8: Manipulando imagens – Quebra-          Ficha 34: Trabalhando com texturas
cabeça artístico – Djanira da Silva             Ficha 35: Explorar a forma circular –
Ficha 9: Manipulando imagens – Quebra-          Composição com círculos
cabeça artístico – Djanira da Motta e Silva     Ficha 36: Trabalhar a forma circular – Quebra-
Ficha 10: Trabalhando a linha curva             cabeça artístico Claude Monet
Ficha 11: Ficha de observação – Conhecendo Ficha 37: Origami
Vincent Van Gogh                                Ficha 38: Recorte e montagem – Formando um
Ficha 11a: Ficha de observação –                painel
Conhecendo Vincent Van Gogh                     Ficha 38a: Espaço para colagem
Ficha 12: Observando a obra de arte –           Ficha 39: Expressão Facial
Trabalhando a linha curva                       Ficha 40: Manipulando imagens – Quebra-cabeça
Ficha 13: Estimulando a autocrítica na TV       artístico – Di Cavalcanti
Ficha 14: Páscoa – Pintura, recorte e           Ficha 41: Manipulando imagens – Quebra-cabeça
montagem                                        artístico – Di Cavalcanti
Ficha 15: Cores secundárias – Observando as Ficha 42: Estampagem
obras de arte                                   Ficha 43: Máquina da fantasia
Ficha 16: Desenhe e pinte com guache –          Ficha 44: Desenho animado – Uma viagem
Cores secundárias                               espacial
Ficha 17: Técnica do Mosaico                    Ficha 45: Propaganda –Criação de embalagens
Ficha 18: Pintura em cerâmica – Dia das         Ficha 46: Semana da criança – Atividades
Mães                                            diversas
Ficha 19: Técnica de pintura – Desenho com      Ficha 47: Expressões – Mímica, jogos,
vela e tinta guache                             brincadeiras e expressão corporal
Ficha 20: Figuras geométricas – O quadrado e Ficha 48:Tempo de Natal
o retângulo                                     Ficha 49: Montagem – Cartão de Natal
Ficha 21: Modelagem com massa plástica
Ficha 22: Coisas do circo
Ficha 23: Marcador de páginas – Dia dos Pais
Ficha 24: Ficha de observação – Obras de arte
– Cores Quentes
Ficha 24a: Ficha de observação – Obras de
arte – Cores frias
Ficha 25: Pintura – Cores quentes e cores frias

Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e
Habilidade, v. 3)




                                                                                                    28
Tabela 4: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Quarto Ano
Ficha 1: Ficha de observação: Cores primárias Ficha 25/25a: Ficha de observação – História da
e secundárias, quentes e frias com suas escalas arte grega
cromáticas                                      Ficha 26: Trabalho com arte grega - Frisas
Ficha 2: Ficha de observação: Obras de arte – Ficha 27: Tradução gráfica da imagem -
Cores primárias                                 Estilização
Ficha 2a: Ficha de observação: Obras de arte    Ficha 28: Teatro de sombras
– Cores secundárias                             Ficha 29: Eu gosto de TV porque...
Ficha 3: Um só desenho – Vários efeitos         Ficha 30: Balões nas histórias em quadrinhos –
Ficha 4: Ficha de observação: Obras de arte – Recorte e colagem
Cores quentes                                   Ficha 30a: Relacionar desenhos com os dizeres
Ficha 4a: Ficha de observação: Obras de arte    dos balões
– Cores Frias                                   Ficha 31: Manipulando objetos com massa
Ficha 5: Um só desenho – Vários efeitos         plástica, epóxi ou biscuit
Ficha 6: Ficha de observação – Máscaras         Ficha 32: Desenho com linha contínua
Ficha 6a: A máscara – Criatividade e fantasia Ficha 33/33a: Ficha de observação – Conhecendo
Ficha 7: Técnica de pintura – Giz de cera       Cláudio Tozzi
Ficha 7a: Papel para recorte                    Ficha 34/34a: Recorte e colagem de formas
Ficha 8: Conhecendo museus                      geométricas – Quadrado, retângulo, triângulo e
Ficha 9: Detetive da arte                       círculo
Ficha 10: O corpo humano – Figuras estáticas Ficha 35: Um só elemento, várias formas de
e em movimento                                  desenhar
Ficha 11: Observar figuras simétricas           Ficha 36: Efeitos – Imagens e movimentos
Ficha 12: Figuras simétricas – Desenho e        Ficha 37: Manipulando imagens – Quebra-cabeça
pintura                                         artístico - Georges Seraut
Ficha 13/13a: Conhecendo Pablo Picasso          Ficha 38: Porta retrato – Dia dos Pais
Ficha 14: Técnica de pintura – Pintura sobre    Ficha 39: Ficha de observação: obras de arte com
lixa - Textura                                  a forma geométrica do círculo
Ficha 15: Cestinha de Páscoa – Recorte e        Ficha 40: Pintar a forma geométrica do círculo
montagem                                        Ficha 41: Ficha de observação – Instrumentos
Ficha 16: Ficha de observação – As              musicais
maravilhas do fundo do mar                      Ficha 42: Música é alegria - Desenhar
Ficha 16a: Pintura e criatividade – Fundo do    Ficha 43: Laboratório expressivo – Teatro –
mar                                             Cenário e caracterização de personagens.
Ficha 17/17a: Preservar o meio ambiente é       Ficha 44: Ficha de observação: Monocromia
dever de todos - Cartaz                         Ficha 45: Pintar usando monocromia
Ficha 18: Trabalho com sucata – A caravela      Ficha 46: Detetive da arte
Ficha 19/19a: Conhecendo Tarsila do Amaral Ficha 47: Tangran – Exercícios lógicos de
Ficha 20: Manipulando imagens – Quebra-         percepção visual
cabeça artístico - Tarsila do Amaral            Ficha 48: Lendas folclóricas
Ficha 21: Trabalhando o conceito de ritmo       Ficha 48a: Desenhar – Lenda folclórica
Ficha 22/22a: Colagem e visualização            Ficha 49: Crie uma história, desenhe e pinte
espacial – Dia do índio                         Ficha 50: Técnica de pintura com efeito
Ficha 23/23a: Trabalho com kirigami – Dia       marmorizado
das Mães .                                      Ficha 51: Origami – Dobradura: o pato
Ficha 24: Ficha de observação - Alfredo         Ficha 52: Semana da criança – É hora de brincar!
Volpi                                           Ficha 53/53a: É tempo de Natal – Trabalho de
Ficha 24a/24b: Painel - colagem                 recorte e colagem

Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e
Habilidade, v. 4)




                                                                                                   29
Tabela 5: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Quinto Ano
Ficha 1: Ficha de observação: Cores primárias Ficha 33: Pintando obra de Di Cavalcanti
e secundárias                                  Ficha 34: Recorte e pintura – Certificado Dia dos
Ficha 1a: Ficha de observação: cores quentes Pais
e frias                                        Ficha 35: A música está em toda parte
Ficha 2: Pintar com cores primárias e          Ficha 36: Você é o artista – Releitura de obra de
secundárias                                    arte
Ficha 3: Pintar com cores quentes e frias      Ficha 37: História em quadrinhos (HQ)
Ficha 4: Ficha de observação: escalas          Ficha 38: Detetive da arte
cromáticas                                     Ficha 39: Tangran – Exercícios lógicos de
Ficha 4a: Ficha de observação: escalas         percepção visual
cromáticas em obras de arte                    Ficha 40: Escultura em sabonete
Ficha 5: Pintar usando escala cromática        Ficha 41: Cartão-postal
Ficha 6: Técnica de pintura soprada            Ficha 42: Você é o artista – Releitura de obra de
Ficha 7: Família das formas                    arte
Fichas 8/8a: O circo – Alegria da garotada     Ficha 43: Ficha de observação – obras de arte
Ficha 9: Desenho de Imaginação - Abrindo a     com formas geométricas
porta e...                                     Ficha 44: Trabalhando formas geométricas
Fichas 10/10a: Conhecendo Toulouse-Lautrec Fichas 45/45a: Conhecendo Claude Monet
Ficha 11: Produzir cartaz                      Ficha 46: Desenho de observação – Inspirado em
Ficha 12: Ponto gráfico e pontilhismo          Claude Monet
Ficha 13: Você é o artista – Releitura de obra Ficha 47: Frisas – Pintando com preto e branco
de arte                                        (positivo e negativo)
Fichas 14/14a: Colagem com afastamento –       Ficha 48: Detetive da arte
Espaço para colagem                            Ficha 49: Origami – Dobradura – O tsuru
Ficha 15: Desenho de memória                   Ficha 50: Função estética - Moda
Ficha 16: Se a TV fosse uma árvore             Ficha 51: Papel Machê
Fichas 17/17a: Cartão de Páscoa - Kirigami     Ficha 52: Publicidade
Ficha 18: Detetive da arte                     Ficha 53: Técnica de decoração de papel
Fichas 19/19a: Recorte e montagem – Cesta      Ficha 54: Laboratório expressivo - Teatro
para o dia das Mães                            Ficha 55: Presépio
Ficha 20: Onomatopeia                          Ficha 56/56a: Perspectiva e arte – Montagem de
Ficha 21/21a: Ficha de observação:             um presépio através do diorama
Apreciando a arte dos vitrais
Ficha 22: Pintura com efeito Vitral
Ficha 23: As festas juninas
Ficha 24: Trabalhando com argila
Ficha 25: Fotografia e foto-história
Fichas 26/26a: Ficha de observação História
da arte – O Renascimento
Ficha 27: Trabalhando a arte do
Renascimento
Ficha 28: Manipulando imagens – Quebra-
cabeça artístico - Guignard
Ficha 29: Pintura – Cores complementares e
seus contrastes
Ficha 30: Decoupage em papel
Ficha 31: O folclore
Fichas 32/32a: Conhecendo Emiliano di
Cavalcanti
Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e
Habilidade, v. 5)



                                                                                                   30
O caráter racional com conteúdos de matemática, interpretação e produção de textos
estão mais presentes neste período, preparando os alunos para as séries futuras que exigirão
mais raciocínio lógico em menor tempo e pensamento crítico, que é exigido nos vestibulares e
concursos públicos atualmente. Muitas provas são realizadas nas escolas de ensino
fundamental da rede municipal para aperfeiçoarem o conhecimento em língua portuguesa e
matemática dos alunos.
           Paralelo ao material de artes, o canto cívico do Hino Nacional Brasileiro, Hino da
Independência, Hino a Tambaú, são feitos uma vez por semana antes do início das aulas por
todas as turmas de estudantes, onde são hasteadas as bandeiras do Brasil, Estado de São Paulo
e do município de Tambaú.




             Figura 5 - Alunos reunidos no refeitório da escola para cantarem o Hino Nacional Brasileiro.14



           No mês de outubro aconteceu o Sarau Municipal, que reuniu todas as escolas da rede
municipal, com mostras artísticas de trabalhos de artes visuais realizados pelos alunos. A
dança foi muito difundida entre os professores de outras escolas. A única apresentação da
escola Djanira Felix Bonfim Bacci contou com a participação de um aluno tocando violão e
cantando. Este aluno estuda música com um professor particular. A escola Dr. Alfredo
Guedes se apresentou com a música “Vida Colorida”, acompanhada por um violão e tocada
com um ritmo simplificado de baião com os instrumentos construídos em sala de aula.



14
     Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.
                                                                                                              31
4. CONCLUSÃO


          O curso de Licenciatura Plena em Música ampliou meu conceito sobre educação
musical e suas práticas pedagógicas para compreender a realidade das escolas de ensino
regular. A música não deve ser somente uma prática mecânica e técnica, mas acima de tudo
deve desenvolver e estimular a expressão natural de quem a pratica, promovendo o
desenvolvimento integral do ser humano, além de contribuir com o local e a realidade em que
cada pessoa vive.
          A música não deve ser apenas uma ferramenta de entretenimento e produto final para
apresentações em eventos escolares. Os pais e professores devem estimular e fazer com que a
prática musical seja mais frequente em casa e no ambiente escolar, orientando para que as
crianças desenvolvam uma audição crítica e consciente.
          Quanto às observações e reflexões sobre o material didático aplicado nas aulas de
Artes, notou-se que é muito rico em conteúdos de artes visuais e plásticas. A parte musical
ainda está se desenvolvendo nas aulas de artes, estando ainda vinculada com o objetivo de
fazer apresentações em eventos gerais propostos pela escola, e não como ferramenta de
desenvolvimento expressivo e cognitivo que deveria priorizar a criatividade e a
espontaneidade dos alunos. Através da análise dos materiais didáticos utilizados pelos
professores e a sua aplicação frente à realidade da educação musical nesta escola,
conseguimos concluir que a música não é trabalhada como disciplina independente, estando
vinculada a outros tópicos relacionados às atividades artísticas e educacionais.
          A parte tecnológica não é utilizada pelo professor de arte para promover a apreciação
musical ou mesmo de outras áreas da parte artística, prevalecendo a prática tradicional do
ensino.
          A criatividade das professoras é um pouco limitada aos conteúdos das apostilas. Não
trabalhamos atividades de improvisação e criação na parte musical justamente por causa do
tempo que era destinado às atividades que envolviam música.
          O canto é uma ferramenta muito eficaz na educação musical, pois permite que as
pessoas se expressem de maneira natural, além de não exigir muitos recursos estruturais do
local onde é realizado. Aliado à educação, facilita a assimilação de conteúdos e torna a aula
mais interessante e menos cansativa para os alunos, trabalhando a interdisciplinaridade. A
prática do canto foi observada nas aulas dos professores generalistas até o terceiro ano, com
funções de memorização de conteúdos.

                                                                                            32
Com a inserção do violão como instrumento de acompanhamento, pudemos perceber
uma sensível melhora da afinação das crianças ao cantar, assim como ficou claro que as
mesmas, juntamente com os professores, conseguiram distinguir a transição de uma frase para
outra, o que não ocorria quando as canções eram entoadas a cappella15.
       No início do estágio os alunos acharam diferente a proposta de trabalhar canções
acompanhadas por um violão. Os professores também gostaram da iniciativa e colaboraram
para que algumas atividades fossem desenvolvidas. Muitos dos alunos criaram um vínculo
afetivo muito grande, e após o primeiro mês estagiando nesta escola, quatro alunos vieram a
frequentar aulas de violão para crianças na escola E.E. Padre Donizetti Tavares de Lima, na
qual leciono violão, saxofone e viola caipira no Programa Escola da Família aos sábados e
domingos.




15
  Segundo o website MELOTECA, “a cappella” é um termo usado para definir uma música vocal sem
acompanhamento instrumental.
                                                                                                33
REFERÊNCIAS


CABRAL, J. F. P. Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer. 2012.
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/cultura/industria-cultural.htm>. Acesso em: 14
set. 2012.


CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e
Habilidade, v. 1)


CHAMARELLI, R. Lei torna ensino de música obrigatório nas escolas. 2008. Disponível
em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=326>. Acesso
em: 28 set. 2012.


_________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 2)


_________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 3)


_________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 4)


_________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 5)


GHIZZO, P. M. F. S. As letras de músicas como auxílio na alfabetização. Campinas, 2005.


HIRSCH, Isabel B. A presença da música nas séries finais do ensino fundamental e do
ensino médio: um estudo com professores de arte/música da Rede Municipal de Ensino de
Pelotas – RS. 2008. Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/LA
/LA_00669.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2012.


IBGE. Tambaú: dados básicos. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/
painel.php?codmun=355330>. Acesso em: 22 set. 2012.


JORDÃO, G. et al. A música na escola. São Paulo: Allucci & Associados Comunicações,
2012. Disponível em: <http://www.amusicanaescola.com.br/pdf/AMUSICANAESCOLA
.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2012.




                                                                                        34
MARTINELLI, J. E. C. Escola Dr. Alfredo Guedes completa 96 anos. 2010. Disponível
em: <http://www.jornalotambau.com.br/noticias_ver.asp?id=959>. Acesso em: 22 set. 2012.


MELOTECA. Termos e expressões musicais. Disponível em: <http://www.meloteca.com/
dicionario-musica.htm>. Acesso em: 28 out. 2012.


NADAL, P. Violeta Hemsy de Gainza fala sobre Educação musical. Disponível em:
<http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/violeta-hemsy-gainza-fala-
educacao-musical-627226.shtml>. Acesso em: 18 set. 2012.


PENNA, M. Apre(e)ndendo músicas: na vida e nas escolas. 2003. Disponível em:
<http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista9/revista9_artigo7.pdf>. Acesso em
15 set. 2012


PENNA, M. É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos
Parâmetros Curriculares Nacionais. 2001. Disponível em: <http://www.ccta.ufpb.
br/pesquisarte/Masters/e_este_o_ensino.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2012.


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: arte.
Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/
pdf/livro06.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012.




                                                                                        35

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Quinteto Sine Nomine
Quinteto Sine NomineQuinteto Sine Nomine
Quinteto Sine NominePaulo1976
 
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)Gisele Laura Haddad
 
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdf
A improvisação no choro   processos harmônicos e suas influências.pdfA improvisação no choro   processos harmônicos e suas influências.pdf
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdfPartitura de Banda
 
ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICA
ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICAALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICA
ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICAProfessorPrincipiante
 
I curso professores e horários
I curso   professores e horáriosI curso   professores e horários
I curso professores e horáriosPerdioGuizo
 
teoria e leitura da musica para as filarmonicas
teoria e leitura da musica para as filarmonicasteoria e leitura da musica para as filarmonicas
teoria e leitura da musica para as filarmonicasSaulo Gomes
 
Da capo por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigo
Da capo   por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigoDa capo   por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigo
Da capo por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigoPartitura de Banda
 
Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014
Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014
Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014Renata Pereira
 
Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016
Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016
Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016Partitura de Banda
 
Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações e suas apli...
Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações  e suas apli...Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações  e suas apli...
Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações e suas apli...Rita Dias
 
Oficina Sons e Vínculos - A música na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música  na escolaOficina Sons e Vínculos - A música  na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música na escolaZRG SONS&VÍNCULOS
 
O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...
O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...
O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...pibiduergsmontenegro
 
Mostra experimentos 2013
Mostra experimentos 2013Mostra experimentos 2013
Mostra experimentos 2013Yasmin Torres
 

Was ist angesagt? (18)

Quinteto Sine Nomine
Quinteto Sine NomineQuinteto Sine Nomine
Quinteto Sine Nomine
 
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)
 
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdf
A improvisação no choro   processos harmônicos e suas influências.pdfA improvisação no choro   processos harmônicos e suas influências.pdf
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdf
 
ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICA
ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICAALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICA
ALTERNATIVAS PEDAGÓGICAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSORADO DE MÚSICA
 
I curso professores e horários
I curso   professores e horáriosI curso   professores e horários
I curso professores e horários
 
teoria e leitura da musica para as filarmonicas
teoria e leitura da musica para as filarmonicasteoria e leitura da musica para as filarmonicas
teoria e leitura da musica para as filarmonicas
 
Izabellaneves
IzabellanevesIzabellaneves
Izabellaneves
 
Da capo por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigo
Da capo   por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigoDa capo   por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigo
Da capo por uma abordagem integral no ensino de instrumentos de banda - artigo
 
Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014
Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014
Relatos dos alunos sobre a Conferência Suzuki em Minneapolis 2014
 
Reflexões..
Reflexões..Reflexões..
Reflexões..
 
Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016
Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016
Revista clarinete - Nº 2 dezembro 2016
 
Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações e suas apli...
Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações  e suas apli...Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações  e suas apli...
Propostas dos educadores musicais da primeira e segunda gerações e suas apli...
 
Oficina Sons e Vínculos - A música na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música  na escolaOficina Sons e Vínculos - A música  na escola
Oficina Sons e Vínculos - A música na escola
 
O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...
O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...
O ensino de música na escola, uma investigação a partir das opiniões de estud...
 
Bandafolheto
BandafolhetoBandafolheto
Bandafolheto
 
Book107
Book107Book107
Book107
 
D A N Ç A R
D A N Ç A RD A N Ç A R
D A N Ç A R
 
Mostra experimentos 2013
Mostra experimentos 2013Mostra experimentos 2013
Mostra experimentos 2013
 

Ähnlich wie A música nas aulas de Artes na escola de Tambaú

O CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICAL
O CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICALO CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICAL
O CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICALSaulo Gomes
 
Frankpereira
FrankpereiraFrankpereira
FrankpereiraSEMSA
 
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamentalConcepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamentalpibiduergsmontenegro
 
CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...
CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...
CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...Robson Lima Duarte
 
O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…
O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…
O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…grupopesquisamusicauergs
 
Caderno de Musicalização - Canto e Flauta Doce
Caderno de Musicalização - Canto e Flauta DoceCaderno de Musicalização - Canto e Flauta Doce
Caderno de Musicalização - Canto e Flauta DocePartitura de Banda
 
Iniciação musical com introdução ao violão
Iniciação musical com introdução ao violãoIniciação musical com introdução ao violão
Iniciação musical com introdução ao violãoMARCOS ARCANJO MARTINS
 
ebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasil
ebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasilebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasil
ebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasilErnest Bowes
 
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamentalConcepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamentalpibiduergsmontenegro
 
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕESA INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕESProfessorPrincipiante
 
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕESA INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕESProfessorPrincipiante
 
Revista musica 7 mesquita
Revista musica 7 mesquitaRevista musica 7 mesquita
Revista musica 7 mesquitasergio luiz
 
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...EDSON HANSEN SANT ' ANA
 
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2CarlosEdMusical
 
Revista musica educacao_basica 1
Revista musica educacao_basica 1Revista musica educacao_basica 1
Revista musica educacao_basica 1Soraia
 
As propostas dos_educadores_musicais_da
As propostas dos_educadores_musicais_daAs propostas dos_educadores_musicais_da
As propostas dos_educadores_musicais_daRaul Sá Freire
 
Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...
Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...
Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...pibiduergsmontenegro
 

Ähnlich wie A música nas aulas de Artes na escola de Tambaú (20)

O CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICAL
O CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICALO CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICAL
O CAVAQUINHO COMO ELEMENTO MOTIVADOR DA INICIAÇÃO MUSICAL
 
Frankpereira
FrankpereiraFrankpereira
Frankpereira
 
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamentalConcepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
 
CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...
CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...
CADA QUAL COM SUA DANÇA Impressões sobre dança contemporânea a partir de leit...
 
O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…
O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…
O ensino de música no rs, investigando escolas públicas do…
 
Caderno de Musicalização - Canto e Flauta Doce
Caderno de Musicalização - Canto e Flauta DoceCaderno de Musicalização - Canto e Flauta Doce
Caderno de Musicalização - Canto e Flauta Doce
 
Iniciação musical com introdução ao violão
Iniciação musical com introdução ao violãoIniciação musical com introdução ao violão
Iniciação musical com introdução ao violão
 
ebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasil
ebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasilebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasil
ebook-a-formacao-do-professor-de-musica-no-brasil
 
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamentalConcepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
Concepções de estudantes sobre aulas de música no ensino fundamental
 
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕESA INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
 
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕESA INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
A INSERÇÃO DA MÚSICA NO ESPAÇO ESCOLAR: DIFERENTES CONCEPÇÕES
 
Música na escola
Música na escolaMúsica na escola
Música na escola
 
Revista musica 7 mesquita
Revista musica 7 mesquitaRevista musica 7 mesquita
Revista musica 7 mesquita
 
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...
GESTO E IMAGEM NO ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE: CONTEÚDOS MÚLTIPLOS NA DISC...
 
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2Carlos r p lopes   tcc - unesp 2009-v2
Carlos r p lopes tcc - unesp 2009-v2
 
Elisa monografia pedagogia 2011
Elisa monografia pedagogia 2011Elisa monografia pedagogia 2011
Elisa monografia pedagogia 2011
 
Revista musica educacao_basica 1
Revista musica educacao_basica 1Revista musica educacao_basica 1
Revista musica educacao_basica 1
 
As propostas dos_educadores_musicais_da
As propostas dos_educadores_musicais_daAs propostas dos_educadores_musicais_da
As propostas dos_educadores_musicais_da
 
Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...
Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...
Projeto música na escola, desafios no ensino fundamnetal, dessotti, wolffenbü...
 
Dissertação sobre teatro na escola
Dissertação sobre teatro na escolaDissertação sobre teatro na escola
Dissertação sobre teatro na escola
 

Mehr von Gisele Laura Haddad

50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989
50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 198950 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989
50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989Gisele Laura Haddad
 
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)Gisele Laura Haddad
 
Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi apostila ri...
Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi   apostila ri...Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi   apostila ri...
Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi apostila ri...Gisele Laura Haddad
 
Qualis, Revistas Artes/ Música 2008
Qualis, Revistas Artes/ Música 2008Qualis, Revistas Artes/ Música 2008
Qualis, Revistas Artes/ Música 2008Gisele Laura Haddad
 
Dissertação Gisele Laura Haddad
Dissertação Gisele Laura HaddadDissertação Gisele Laura Haddad
Dissertação Gisele Laura HaddadGisele Laura Haddad
 
José maria neves musicologia histórica para a música de hoje
José maria neves   musicologia histórica para a música de hojeJosé maria neves   musicologia histórica para a música de hoje
José maria neves musicologia histórica para a música de hojeGisele Laura Haddad
 
Felipe valoz nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparação
Felipe valoz   nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparaçãoFelipe valoz   nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparação
Felipe valoz nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparaçãoGisele Laura Haddad
 
André gerra cotta correspondência pessoal como fonte história e musicológica
André gerra cotta   correspondência pessoal como fonte história e musicológicaAndré gerra cotta   correspondência pessoal como fonte história e musicológica
André gerra cotta correspondência pessoal como fonte história e musicológicaGisele Laura Haddad
 
Marcos Câmara de Castro - os estilhaços da orquestra
Marcos Câmara de Castro -  os estilhaços da orquestraMarcos Câmara de Castro -  os estilhaços da orquestra
Marcos Câmara de Castro - os estilhaços da orquestraGisele Laura Haddad
 
Maria alice volpe uma nova musicologia para uma nova sociedade
Maria alice volpe   uma nova musicologia para uma nova sociedadeMaria alice volpe   uma nova musicologia para uma nova sociedade
Maria alice volpe uma nova musicologia para uma nova sociedadeGisele Laura Haddad
 
Maria amélia garcia de alencar música, identidade e memória - musicólogos e...
Maria amélia garcia de alencar   música, identidade e memória - musicólogos e...Maria amélia garcia de alencar   música, identidade e memória - musicólogos e...
Maria amélia garcia de alencar música, identidade e memória - musicólogos e...Gisele Laura Haddad
 
Otto meyer serra problemas de una sociología de la música
Otto meyer serra   problemas de una sociología de la músicaOtto meyer serra   problemas de una sociología de la música
Otto meyer serra problemas de una sociología de la músicaGisele Laura Haddad
 

Mehr von Gisele Laura Haddad (20)

Quem nomeia a música brega
Quem nomeia a música bregaQuem nomeia a música brega
Quem nomeia a música brega
 
Musica Popular no Rádio
Musica Popular no RádioMusica Popular no Rádio
Musica Popular no Rádio
 
Joseph kerman musicologia
Joseph kerman   musicologiaJoseph kerman   musicologia
Joseph kerman musicologia
 
50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989
50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 198950 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989
50 anos de orquestra sinfônica em ribeirão preto myrian de souza strambi 1989
 
Belmácio pousa godinho
Belmácio pousa godinhoBelmácio pousa godinho
Belmácio pousa godinho
 
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)
Dissetacao ikeda - Musica na cidade em tempo de transformação (1998)
 
Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi apostila ri...
Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi   apostila ri...Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi   apostila ri...
Gramani, gloria pereira da cunha; gramani, jose eduardo ciocchi apostila ri...
 
Monografia ferraz osrp
Monografia ferraz osrpMonografia ferraz osrp
Monografia ferraz osrp
 
Qualis, Revistas Artes/ Música 2008
Qualis, Revistas Artes/ Música 2008Qualis, Revistas Artes/ Música 2008
Qualis, Revistas Artes/ Música 2008
 
Método pozzoli
Método   pozzoliMétodo   pozzoli
Método pozzoli
 
Livro OSRP Gisele Haddad
Livro OSRP Gisele HaddadLivro OSRP Gisele Haddad
Livro OSRP Gisele Haddad
 
Dissertação Gisele Laura Haddad
Dissertação Gisele Laura HaddadDissertação Gisele Laura Haddad
Dissertação Gisele Laura Haddad
 
A Música em Ribeirão Preto
A Música em Ribeirão PretoA Música em Ribeirão Preto
A Música em Ribeirão Preto
 
José maria neves musicologia histórica para a música de hoje
José maria neves   musicologia histórica para a música de hojeJosé maria neves   musicologia histórica para a música de hoje
José maria neves musicologia histórica para a música de hoje
 
Felipe valoz nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparação
Felipe valoz   nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparaçãoFelipe valoz   nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparação
Felipe valoz nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparação
 
André gerra cotta correspondência pessoal como fonte história e musicológica
André gerra cotta   correspondência pessoal como fonte história e musicológicaAndré gerra cotta   correspondência pessoal como fonte história e musicológica
André gerra cotta correspondência pessoal como fonte história e musicológica
 
Marcos Câmara de Castro - os estilhaços da orquestra
Marcos Câmara de Castro -  os estilhaços da orquestraMarcos Câmara de Castro -  os estilhaços da orquestra
Marcos Câmara de Castro - os estilhaços da orquestra
 
Maria alice volpe uma nova musicologia para uma nova sociedade
Maria alice volpe   uma nova musicologia para uma nova sociedadeMaria alice volpe   uma nova musicologia para uma nova sociedade
Maria alice volpe uma nova musicologia para uma nova sociedade
 
Maria amélia garcia de alencar música, identidade e memória - musicólogos e...
Maria amélia garcia de alencar   música, identidade e memória - musicólogos e...Maria amélia garcia de alencar   música, identidade e memória - musicólogos e...
Maria amélia garcia de alencar música, identidade e memória - musicólogos e...
 
Otto meyer serra problemas de una sociología de la música
Otto meyer serra   problemas de una sociología de la músicaOtto meyer serra   problemas de una sociología de la música
Otto meyer serra problemas de una sociología de la música
 

A música nas aulas de Artes na escola de Tambaú

  • 1. UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO LICENCIATURA PLENA EM MÚSICA JADERSON LUÍS DA SILVA A MÚSICA NA ESCOLA: REFLEXÕES SOBRE AS AULAS DE ARTES EM TAMBAÚ (SP). RIBEIRÃO PRETO 2012
  • 2. JADERSON LUÍS DA SILVA A MÚSICA NA ESCOLA: REFLEXÕES SOBRE AS AULAS DE ARTES EM TAMBAÚ (SP). Monografia apresentada à Universidade de Ribeirão Preto UNAERP, como requisito Para a obtenção do titulo de Licenciado em Música. Orientador: Profª. Me. Gisele Laura Haddad. RIBEIRÃO PRETO 2012
  • 3.
  • 4.
  • 5. Dedico este trabalho à minha mãe, Dulcenéia Pereira da Silva, que sempre acreditou em meus objetivos e me incentivou sempre a batalhar para fazê-los virar realidade.
  • 6. AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus por me privilegiar com a oportunidade de cursar uma graduação em música e mudar minha vida. Agradeço a dedicação e esforço de todos os professores, sem exceção, que dedicaram seu tempo e compartilharam seus conhecimentos por todo o tempo em que estive no curso de Licenciatura Plena em Música da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, e que contribuíram de várias maneiras para a minha formação, em especial às Professoras Gisele Laura Haddad por sua paciência em me orientar neste trabalho, e Erika de Andrade Silva por seu incentivo para que continuasse o desenvolvimento do mesmo. Durante estes três anos conheci grandes colegas e conquistei vários amigos que hoje os tenho como irmãos. Agradeço ao Marcelo Cosme, pelo seu grande exemplo de superação e força de vontade, que foi minha inspiração para seguir em frente no curso. Aos amigos Wesley Ekstein, William Welson, Gabriel Camargo pelo companheirismo e pelos bons momentos que passamos juntos neste período. Agradeço a Sonara, secretária do curso que sempre nos ajudou quando mais precisamos e pelo seu empenho e seriedade no seu trabalho. Minha mãe Dulcenéia e minha “tia-mãe” Bartira foram pessoas que sempre estiveram ao meu lado me apoiando nas horas difíceis. Agradeço pelo grande apoio e dedicação que dispensaram a mim. Por fim, agradeço aos amigos parceiros de bandas e de trabalho que me orientaram e me apoiaram na trajetória como músico.
  • 7. RESUMO Este trabalho foi realizado com o propósito de relatar e analisar as atividades musicais nas aulas de Artes na escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes, localizada na cidade de Tambaú – SP. Os dados foram coletados a partir de observações realizadas durante o estágio supervisionado como disciplina do curso de Licenciatura Plena em Música, na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), de fevereiro a outubro do ano de 2012. Através da análise dos materiais didáticos utilizados pelos professores e a sua aplicação frente à realidade da educação musical nesta escola, descrevemos a rotina dos professores e a maneira que é tratada a música como atividade de desenvolvimento cognitivo, além da sua colaboração na educação. Palavras-chave: Educação Musical; Artes; Tambaú.
  • 8. ABSTRACT This work was done aiming to relate and analyse musical activities in Art classes at the school E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes, located at the city of Tambaú-SP. Data was collected from observations done during the supervised training as a discipline of Licentiate in Music course at Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) since February to October of 2012. Through the analysis of didactic material used by the teachers and its applications facing the reality of musical education in this school, describing teachers' routine and the way that music is dealt as a cognitive development activity, beyond its colaboration on education. Keywords: Musical Education; Arts; Tambaú.
  • 9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. ..................................................................... 16 Figura 2 - Alunos assistindo a apresentação no pátio escolar. ................................................. 21 Figura 3 - Apresentação da peça teatral “A plantação de chocolates”. .................................... 22 Figura 4 - Ensaio para apresentação em comemoração ao Descobrimento do Brasil. ............. 23 Figura 5 - Alunos reunidos no refeitório da escola para cantarem o Hino Nacional Brasileiro. .................................................................................................................................................. 31
  • 10. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Primeiro ano ...................................... 26 Tabela 2 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Segundo ano ...................................... 27 Tabela 3 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Terceiro ano ....................................... 28 Tabela 4 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Quarto ano ......................................... 29 Tabela 5 - Conteúdos da apostila: Arte e Habilidade – Quinto ano ......................................... 30
  • 11. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12 1. LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO SOCIAL .................................................................... 14 2. A ESCOLA E.M.E.F. DR. ALFREDO GUEDES............................................................ 16 3. MATERIAL DIDÁTICO E SUA APLICAÇÃO ............................................................. 18 O material didático de artes............................................................................................................... 18 Aplicação do material didático.......................................................................................................... 19 4. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 34
  • 12. INTRODUÇÃO Sendo natural da cidade de Cajurú (SP), tive a oportunidade de morar com minha tia em Tambaú (SP) em 1995, quando tinha apenas 6 anos. Os estudos musicais começaram aos 10 anos de idade quando ingressei na “Banda Musical Municipal Dr. Ataliba Amadeu Sevá” tocando prato, frequentando também as aulas de teoria musical. Logo me interessei pelo som do clarinete após ouvir um dueto da professora Lisandra Eli Dutra com seu aluno William Welson, que hoje é colega na universidade. A partir de então iniciei as aulas práticas com a mesma professora. Desde então me familiarizei com o fazer musical e aprendi a tocar violão, sax, contrabaixo e guitarra. Em 2006, comecei a trabalhar como monitor nesta mesma banda, auxiliando os professores durante as aulas de instrumento e teoria musical. Em 2010 ingressei no Curso de Licenciatura Plena em Música da UNAERP, curso indicado pelo guitarrista Fábio Martins formado nesta mesma universidade. Novos horizontes foram traçados a partir dos conhecimentos e práticas instrumentais adquiridas no curso, bem como as reflexões que serviram de tema para este trabalho. A “Educação Musical” é atualmente um dos assuntos mais discutidos na área educacional, gerando grande polêmica em relação à sua aplicação no contexto pedagógico das escolas brasileiras. Com base nas reflexões feitas durante as aulas de Pedagogia Musical e dos questionamentos levantados na disciplina de Estágio Supervisionado, ministradas pela Professora Mestre Erika de Andrade Silva, pude perceber a realidade da educação musical na escola quando passei a vivenciar em meu estágio a dificuldade na inserção da música no ensino fundamental. O objetivo deste trabalho é descrever e analisar a maneira que a música é trabalhada nas aulas de artes em escolas públicas de ensino regular, tendo como base a escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes, da cidade de Tambaú – SP, no ano de 2012. A maior parte das aulas observadas foram das salas dos primeiros e segundos anos, nos quais tive contato mais direto no estágio. A educação musical nas escolas do ensino regular passou por adaptações para atender as exigências da Lei nº 11.769, de 18 de Agosto de 2008, que determina a obrigatoriedade do ensino musical nas escolas de ensino básico, porém não como disciplina exclusiva, mas inserida como conteúdo de Artes. Desta maneira, as atividades musicais se entrelaçaram com outros fazeres artísticos, como a dança, artes visuais e teatro. 12
  • 13. Muitas escolas ainda estão em processo de adaptação para atender à demanda desta nova lei, entretanto, grande parte delas não oferece estrutura para a inserção das atividades musicais no currículo. Segundo Penna (2001), de acordo com a Lei nº. 9.394/96 (LDBEN), [...] cada estabelecimento de ensino, tanto de ensino fundamental, quanto de ensino médio, pode decidir quais modalidades artísticas serão contempladas nos seus currículos escolares “diante da carga horária de Arte, em geral muito reduzida, e ainda pela questão da disponibilidade de professores qualificados e os critérios financeiros de contratação” (PENNA, 2001, p. 24). Os professores nem sempre recebem uma qualificação adequada para transitar entre os diversos campos da arte, devido ao foco dos cursos de Licenciatura em Artes ser voltado às artes visuais, associados à falta de estrutura física ou pedagógica das escolas em que lecionam. Dentro deste contexto, é necessário que haja um planejamento para que as atividades musicais não sejam feitas de qualquer maneira, sem fundamentos. Segundo Carlos Kater, [...] esperarmos que a “música na escola” tão reivindicada não se confunda com um fazer musical pedagogicamente descompromissado, de lazer e passatempo, nem que a educação musical seja aprisionada pela educação artística e confundida com “história da música“ ou outras estórias de nomes e datas. (KATER apud JORDÃO, 2012, p.44). Como referencial teórico, foram utilizados artigos sobre ensino de arte da Professora Maura Penna. Como material de apoio, utilizamos o livro do projeto “A Música na Escola”, que tem como objetivo a contribuição e difusão do ensino musical nas escolas regulares brasileiras, e a coleção “Arte e Habilidade”, utilizada nas aulas de artes da rede municipal de ensino da cidade de Tambaú. 13
  • 14. 1. LOCALIZAÇÃO E CONTEXTO SOCIAL Tambaú é uma cidade localizada no interior do Estado de São Paulo. Seu nome, de origem Tupi, significa "Rio das Conchas". Fundada em 27 de julho de 1886, foi elevada à condição de município em 20 de agosto de 1898. Seu desenvolvimento econômico teve inicialmente contribuição da monocultura da cana, a qual foi substituída pela monocultura do café. Atualmente a economia básica do município gira em torno da indústria cerâmica de telhas, tijolos, manilhas e revestimentos cerâmicos. Segundo dados do IBGE (2010), Tambaú é composta por 22.406 habitantes e tem uma área de 562 Km2. A rede municipal de ensino é composta por: - Escola Técnica: • E.M. Dr. Ataliba Amadeu Sevá, que oferece cursos técnicos nas áreas de informática, enfermagem, administração, mecatrônica, entre outros. - Escolas de educação infantil e fundamental (1º ao 5º ano): • EMEI Maestro Vittorio Barbin • EMEIF Profª Djanira Félix Bonfim Bacci • EMEIF Inspetor Escolar Pedro Mazza • EMEIF Profª Zelinda de Sordi Sobreira • EMEIF Vereador Primo Tessarini Neto • E.M.E.F. Alfredo Guedes - Centros Municipais de Educação Infantil: • CMEI Neide Morandim Celestino, • CMEI Yolanda Gandolfi Pereira, • CMEI Isaura Cerquetani Ricciardi, • CMEI Maria Ap. Bortolin da Silva. - A rede de ensino estadual é composta pelas escolas: • E.E. Padre Donizetti Tavares de Lima: Ensino fundamental (6º ao 9º ano), e ensino médio. • E.E. Antônio Dias Paschoal: Ensino fundamental (6º ao 9º ano). - Existe a rede de ensino privada, composta pelas seguintes escolas: • Centro Educacional Tambauense Objetivo: Educação Infantil, ensino fundamental e ensino médio. 14
  • 15. • Colégio Tancredo Neves: Educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. • Centro Educacional SESI - 370: Educação infantil, ensino fundamental (1º ao 9º ano) e Ensino Médio. • Colégio Arco Íris (Educação Infantil) Durante a procura da escola em que iria estagiar, encontrei muita resistência por parte de alguns diretores que não quiseram ceder estágio. A maior parte das escolas de ensino fundamental não tem a educação musical oficialmente no currículo. A escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes foi a única que me cedeu espaço para estagiar. Logo na entrevista para o estágio a diretora falou sobre o material didático e dos conteúdos musicais contidos nele, que não era trabalhado pelas professoras. Me propôs uma parceria com as professoras para que essas atividades musicais fossem contempladas. 15
  • 16. 2. A ESCOLA E.M.E.F. DR. ALFREDO GUEDES A Escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes foi inaugurada em 1914 recebendo o nome de Grupo Escolar de Tambaú. Em 1936 o Professor Antonio Dias Paschoal, na época diretor da escola, sugeriu que fosse dado o nome de Alfredo Guedes, advogado renomado homenageando-o pela sua contribuição nas medidas administrativas para instalação do município de Tambaú, que veio a se efetivar em 15 de abril de 1899. Figura 1 - Escola E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes.1 A escola é composta por dez salas de aulas, que comportam aproximadamente vinte e dois alunos por turma. A sala específica para as aulas de artes é localizada em um antigo porão, que além de comportar os alunos, também serve de depósito de materiais e livros utilizados por todos os professores da escola. A sala de informática é equipada com doze computadores conectados em rede e administrados por um computador servidor. O acesso à internet é realizado por um provedor administrado pelo Centro de Processamento de Dados da Prefeitura Municipal de Tambaú. Dentro da sala de informática há também uma mini biblioteca, onde os alunos podem ter acesso a diversos livros de várias modalidades, como literatura infantil, materiais de reforço didático e revistas do mundo científico e da mídia popular. 1 Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. 16
  • 17. O refeitório é composto por uma cozinha e um espaço onde são colocadas mesas com bancos conjuntos para que os alunos possam se sentar durante as refeições no intervalo. Neste ano de 2012, as classes de alunos foram organizadas da seguinte maneira: - Período matutino: • Primeiros anos A e B • Segundos anos A e B • Terceiros anos A e B • Quartos anos A e B • Quintos anos A e B - No período vespertino: • As turmas são organizadas de maneira semelhante, mas contando com classes C e D, exceto o quinto ano que apresenta apenas a turma C. 17
  • 18. 3. MATERIAL DIDÁTICO E SUA APLICAÇÃO O material didático de artes O Departamento Municipal de Ensino Tambauense adotou em 2009, para as aulas de artes nas escolas de ensino fundamental, os livros da coleção “Arte e Habilidade”, produzido pelas professoras Ângela Maria Cantele2 e Bruna Renata Cantele3. Nesta coleção, as autoras trabalham três modalidades da arte: música, artes visuais e artes cênicas. Não contempla a parte de dança, sendo trabalhada pela professora de educação física. Dividida em cinco livros, que vão do primeiro ao quinto ano, os temas abordados são separados por Fichas4. As partes de artes plásticas e visuais são muito ricas em detalhes históricos e técnicos, contendo a história de vários artistas como Vincent Van Gogh, Cândido Portinari e Tarsila do Amaral, expondo algumas obras para análise e releitura. Trabalham com dobraduras, recortes, colagens e quebra cabeças. Na parte musical, trabalha algumas canções folclóricas, como “Se esta rua fosse minha” e “Ciranda, cirandinha”, e outras da indústria cultural infantil5, como “Brincar de Índio” da cantora Xuxa, “O Pato” do compositor Toquinho, e “A Foca” de Vinícius de Moraes. 2 Ângela Maria Cantele é bacharel em Artes Plásticas pela faculdade de Belas Artes de São Paulo, licenciada em Desenho pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e formada em Decoração e Arquitetura de Interiores pela Escola Panamericana de Arte. Estudou em cursos livres e oficinas de artesanato, dobradura, pintura em tela, aquarela. É professora do Ensino Fundamental e Ensino Médio, além de escritora de livros didáticos e Arte - Educadora. 3 Bruna Renata Cantele é Mestre em Educação, Orientadora Educacional, Pedagoga e Historiadora. Cursou Desenho Artístico e Publicitário na Escola Doutor Paulo da Silva Telles e História da Arte, em Florença e Veneza, na Itália. É professora do Fundamental e Ensino Médio, Assessora Pedagógica e Escritora de livros didáticos e paradidáticos. 4 Nesta coleção, as fichas representam uma categoria de um determinado assunto que será abordado em diversas etapas. 5 Segundo João Francisco P. Cabral (2012), graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia, mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas e colaborador do site Brasil Escola, o termo “indústria cultural” foi criado por Theodor Adorno para designar produções artísticas que seguem um padrão determinado. Na música, por exemplo, a métrica deve ser simples, com duração de no máximo quatro minutos para que a canção seja assimilada rapidamente por quem escuta, sem levar em conta os aspectos artísticos e técnicos da uma obra musical, ou seja, música para “consumo imediato” e com alguma finalidade ideológica específica. 18
  • 19. Aplicação do material didático Em uma entrevista para a revista Escola, realizada pela jornalista Paula Nadal6, a educadora Violeta Hemsy de Gainza afirma que: “hoje, confia-se muito mais em um professor de Arte, que demonstra estar mais atualizado quanto à realidade de sala de aula”. Se a música vai voltar às escolas, isso não pode ser feito superficialmente. Durante observações das aulas, notou-se que os conteúdos descritos nas apostilas e abordados pelas professoras de arte na E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes contemplam, em sua maioria, as atividades de artes plásticas e artes visuais. As atividades que envolvem música e artes cênicas são abordadas superficialmente, apenas em períodos de datas comemorativas ou eventos escolares, como o Sarau Municipal, que aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de outubro de 2012, onde todas as escolas da rede municipal de ensino participaram expondo trabalhos feitos em sala de aula, dança, teatro e música cantada pelos alunos. Segundo o website Portal do Professor, baseado nos estudos de Isabel Bonat Hirsch7 a porcentagem de professores que ministram a disciplina música como parte do currículo escolar ou que trabalham somente a modalidade música nas escolas brasileiras é de 2,2%, contra 57,5% de professores que declararam trabalhar somente a modalidade artes plásticas ou visuais. (DEL-BEN, apud HIRSCH, 2008) A parte musical é composta por canções folclóricas, parlendas e observações de desenhos de instrumentos musicais, mas sempre ligadas ao desenho de suas interpretações. Em uma “mesa redonda”, realizada na 6ª Semana da Música da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), no dia 24 de setembro de 2012, o Professor Márcio Coelho8, com a sua experiência como educador musical, defende a seguinte tese: “a música foi feita para os ouvidos e não para os olhos. É preciso trabalhar uma educação musical voltada para formar ouvintes críticos e conscientes, e não apenas instrumentistas técnicos e virtuosos”.9 6 NADAL, P. Violeta Hemsy de Gainza fala sobre Educação musical. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/violeta-hemsy-gainza-fala-educacao-musical- 627226.shtml>. Acesso em: 18 set. 2012. 7 Isabel Bonat Hirsch é Mestre em Educação Musical pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participou de pesquisas relacionadas à educação musical nas aulas de artes através do CNPq. 8 Márcio Coelho é doutor e mestre pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Semiótica da Canção). Licenciado em Música pela Universidade de Ribeirão Preto – SP (UNAERP). Professor de Música na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Superior e produtor de materiais didáticos musicais. 9 VI Semana da Música UNAERP. 2012, Ribeirão Preto. Música na escola: desafios do século XXI. UNAERP. 19
  • 20. Nesta escola as atividades musicais são trabalhadas com a função de fazerem os alunos se apresentarem em eventos escolares diversos, desconsiderando a espontaneidade e criatividade dos alunos, não contemplando o que sugere o PCN de Artes na parte musical onde a música deve passar pelos processos de apreciação, composição, improvisação e interpretação segundo a realidade do local. Nas séries inicias, a música está presente nas aulas de arte em forma de canto, aliada à memorização de fatos históricos, comemorações cívicas (independência do Brasil, proclamação da República) e religiosas (como natal e páscoa, por exemplo) e cantos folclóricos. Na primeira parte da apostila “Arte e Habilidade” do primeiro ano, denominada de “expressão musical”, há uma apresentação da família dos instrumentos musicais. As autoras colocam desenhos de instrumentos diversos como tímpano, piano, saxofone, bandolim, mas não colocam os nomes de cada instrumento e nem sugerem o que fazer nesta atividade. Na ficha seguinte, o aluno deve escolher um dos instrumentos representados na ficha anterior e fazer um desenho de observação. No início das aulas em fevereiro, as professoras trabalharam o tema do carnaval, confeccionando máscaras com os alunos com pinturas com guache e lápis de cor. Na parte musical apresentaram aos alunos marchinhas tradicionais de carnaval, como “Mamãe eu quero” de Vicente Paiva, “O abre Alas” de Chiquinha Gonzaga, e “Me dá um dinheiro aí” de Ivan Ferreira. Foram trabalhadas algumas canções como “O Pato”, de Toquinho, “A Foca” de autoria de Vinícius de Moraes. Na parte de cantigas de roda, o livro número um sugere que se cante “Ciranda, cirandinha”, “Escravos de Jó”, “Roda, roda, roda”. Todas as músicas foram acompanhadas por um violão e cantadas pela professora de artes do período vespertino. As atividades aconteceram no refeitório da escola devido à falta de espaço da sala de artes. O restante das aulas foram utilizados para trabalhar os conteúdos específicos de artes visuais. A professora do período anterior não quis trabalhar esta parte musical com os alunos, alegando que esta etapa atrasaria o restante dos conteúdos sugeridos na apostila. No mês de março, a professora de artes do período matutino trabalhou a canção “Se essa rua fosse minha”, contida na primeira parte da apostila de artes do segundo ano. As crianças dos segundos anos A e B se reuniram e representaram a música em um pequeno teatro, onde os alunos cantaram em uníssono, acompanhados por um violão. Em comemoração ao dia mundial da água, que é celebrado no dia 22 deste mesmo mês, as 20
  • 21. professoras de artes cantaram a música “Planeta Água”, de Guilherme Arantes, seguida de um desenho livre que descreve a letra da canção. Na parte cênica, uma aluna se vestiu de anjo e outro aluno de camponês. A encenação aconteceu no refeitório, onde o espaço é pequeno e não comporta todos os alunos da escola que assistiram a apresentação. Todas as apresentações eram feitas em duas etapas para que todos os alunos da escola pudessem assisti-las. Em outras apresentações apenas algumas classes tinham o privilégio de assistir. Figura 2 - Alunos assistindo a apresentação no pátio escolar.10 Na páscoa, os alunos do segundo ano B (período matutino) e segundo ano C (período vespertino) ensaiaram as músicas “Coelhinho Esperto” e “Coelhinho da Páscoa” para apresentação na semana pascal, que completou a apresentação teatral com a peça “A plantação de chocolates”, escrita e ensaiada pela professora de artes do período vespertino. 10 Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. 21
  • 22. Figura 3 - Apresentação da peça teatral “A plantação de chocolates”. 11 No início do mês de abril, na classe do segundo ano C do período vespertino, a professora de artes ensaiou uma música chamada “Descobrimento do Brasil”, que descreve a maneira que Pedro Álvares Cabral chegou a esse território e a maneira que foi nomeado o país. A letra era bem extensa, o que exigia dos alunos uma boa memorização. Os ensaios aconteciam acompanhados por um violão e feitos sempre nos últimos dez minutos da aula de artes, uma vez por semana, enquanto que alguns conteúdos de artes plásticas e artes visuais chegavam a ser abordados em até três aulas de cinquenta minutos cada. Em comemoração ao dia do índio, em 19 de abril, as classes dos segundos anos cantaram a música “Brincar de Índio”, sugerida pela apostila de arte. No período matutino, a professora de educação física ensaiou uma dança com a classe do quarto ano chamada “Mãe Terra”. A música que acompanhava a dança contém uma rítmica bem acentuada, com instrumentos tradicionais indígenas como chocalhos, tambores e flautas. 11 Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. 22
  • 23. Figura 4 - Ensaio para apresentação em comemoração ao Descobrimento do Brasil. 12 No mês de maio não houve nenhum tipo de atividade musical em sala de aula, nem mesmo para a comemoração ao dia do trabalho, no dia 1 do mesmo mês. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de arte afirmam que música sempre esteve associada às tradições e às culturas de cada época (MEC, 1997). Sugere também que se trabalhem músicas que estão presentes no cotidiano dos alunos e na mídia qualquer proposta de ensino que considere essa diversidade precisa abrir espaço para o aluno trazer música para a sala de aula, acolhendo-a, contextualizando-a e oferecendo acesso a obras que possam ser significativas para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e produção. A diversidade permite ao aluno a construção de hipóteses sobre o lugar de cada obra no patrimônio musical da humanidade, aprimorando sua condição de avaliar a qualidade das próprias produções e as dos outros. (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL, 1997, p. 53) Em junho, a escola contratou uma professora de dança para ensaiar os alunos para a festa junina. As músicas não eram rancheiras tradicionais, e sim sertanejo universitário com letras que fazem apologia indireta ao uso de bebidas alcoólicas e estimulam atitudes que vão contra os valores morais da sociedade. Este tipo de atitude mostra uma visão um tanto quanto desesperadora para a educação geral. Ao invés de apresentarem músicas da cultura caipira tradicional, trabalharem coreografias típicas e resgatarem a tradição das festas juninas que está se perdendo naturalmente com tempo, preferem o que é “moderno”, fazendo com que 12 Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. 23
  • 24. este tipo de comportamento pejorativo e as letras com conteúdo imoral sejam normais, pois é esse tipo de cultura musical que a maioria das crianças têm acesso em casa, através dos pais e da mídia. Após o recesso de julho os alunos voltaram às aulas no início de agosto. Neste período inicial pós-férias, as professoras trabalharam o folclore com desenhos de personagens como Saci, mula sem cabeça, curupira e lobisomem e suas histórias. Os alunos do primeiro e segundo ano do período vespertino cantaram a canção “Peixe Vivo”. No mês de setembro, as professoras trabalharam as cores primárias. Sugeri uma canção de Márcio Coelho, chamada “Vida Colorida”, que fala justamente do tema. A Professora do período vespertino complementou a atividade e com parceria confeccionamos meia-luas com tampinhas metálicas de garrafa e tambores com latas de achocolatado. Os alunos ensaiaram a marcação do pulso nos instrumentos confeccionados. Paula Maria F. Santos Ghizzo (2005) afirma em sua pesquisa que atualmente a escola pública não tem oferecido tanto no ensino de música. Este se estende a pouco, já que é pouco útil ao futuro profissional. A música é ausente da maioria dos currículos, seja no ensino básico, técnico ou até nas universidades, onde poderia se dar mais atenção a este campo, principalmente para que os professores do ensino fundamental pudessem utilizar a música em suas aulas de forma mais plena. (GHIZZO, 2005) Em várias conversas que tive durante algumas aulas, perguntei às professoras se em seus cursos de formação em artes existiu em algum momento conteúdos que priorizassem a música e qual o seu benefício no aprendizado dos alunos. Elas disseram que tiveram aulas de música no curso, mas que foram voltadas apenas à prática vocal, com canções folclóricas, marchinhas de carnaval, mas sem focar em nenhum aspecto técnico ou teórico que trabalhassem apreciação, execução ou a criatividade dos estudantes. A professora do período vespertino relatou que durante as aulas com música na sua graduação a professora acompanhava as canções com um violão, mas não instigava e nem estimulava nenhum aluno a aprender a tocar o básico de algum instrumento musical e nem ensinava o mínimo de percepção de compassos ou técnica vocal, mostrando que a música não era prioridade na formação polivalente. Devido à deficiência de conteúdos musicais dos professores, observei que a partir do terceiro ano até o quinto ano a música praticamente não existe nas aulas de arte, de nenhuma maneira. Apesar de duas professoras de classe possuírem formação musical de conservatório em piano e canto, em suas aulas não trabalham com músicas. Apesar de aparecerem sugestões 24
  • 25. de atividades musicais nos livros, como construção de instrumentos musicais com sucata, onomatopeia13, apresentação dos instrumentos da orquestra e canções, as professoras preferem abordar apenas conteúdos que não envolvam o fazer musical com uma aplicação mais ampla. Como mostram as tabelas a seguir, as apostilas visam trabalhar melhor a técnica de pintura, história de pintores, dobradura, releitura de quadros e desenhos de observação. 13 O conceito de onomatopeia é abordado neste livro como escrita de sons indefinidos ou ruídos, como som do motor de um carro, som de explosão, palmas e latidos de cães, por exemplo. 25
  • 26. Tabela 1: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Primeiro Ano Noções Corporais Expressão Musical Formas Geométricas Ficha 1: Noção corporal – As Ficha 1: Distinguindo e Ficha 1: Conhecendo formas mãos imitando sons geométricas Ficha 2: Noção corporal – Ficha 2: Recorte e colagem Ficha 2: Identificando formas Frente e costas – Diferentes sons geométricas Ficha 3: Noção corporal – Ficha 3: Conhecendo os Ficha 3: Identificando e Reconhecimento das partes que instrumentos musicais – trabalhando figuras compõem o todo – O corpo Cordas geométricas – círculo, Ficha 4: Espaço para colagem Ficha 4: Conhecendo os triângulo, quadrado e Ficha 5: Colagem e montagem instrumentos musicais – retângulo – Trabalhando com as mãos Sopro e metais Ficha 4: Trabalhando o Ficha 6: Trabalhando posições Ficha 5: Conhecendo os quadrado corpóreas e conhecendo a obra instrumentos musicais – Ficha 5: Trabalhando o de arte. Percussão triângulo Ficha 7: Expressão facial – Ficha 6: Música – Ficha 6: Trabalhando o Recorte e colagem confeccionando círculo Ficha 8: Teatro – Alegria da instrumentos Retângulo garotada Ficha 7: Articulando Sons Ficha 7 : Trabalhando o – Cantando retângulo As cores Ficha 8: Trabalhando o quadrado na dobradura – Ficha 1: Conhecendo as cores Texturas formando o cachorro Ficha 2: Observando cores e Ficha 9: Trabalhando o conhecendo a obra de arte Ficha 1: Técnica de triângulo na dobradura – Ficha 3: Conhecendo a cor azul Pintura sobre Lixa formando o pinheiro Ficha 4: Técnica de pintura e Ficha 2: Colagem com Ficha 10: Trabalhando o colagem – cor azul aparas de lápis retângulo na dobradura – Ficha 5: Conhecendo a cor Ficha 3: Colagem com Montando uma casa vermelha diferentes papéis Ficha 11: Trabalhando o Ficha 6: Técnica de pintura a Ficha 4: Trabalhando com círculo – recorte, colagem e dedo – cor vermelha argila montagem Ficha 7: Conhecendo a cor Ficha 5: Colagem com lã Ficha 12/13: Identificando amarela Ficha 6: Colagem com figuras geométricas na obra Ficha 8: Técnica de pintura e canudos de arte – montagem e colagem – cor amarela composição com figuras Ficha 9: Conhecendo a cor geométricas verde Ficha 10: Técnica de colagem – cor verde Ficha 11: Conhecendo a cor violeta Ficha 12: Técnica de estampagem – cor violeta Ficha 13: Conhecendo a cor laranja Ficha 14: Técnica de colagem – cor laranja Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 1) 26
  • 27. Tabela 2: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Segundo Ano Ficha 1:Cores primárias – Vamos pintar? Ficha 28: Música é linguagem universal, é Ficha 1a: Recorte e colagem – Cores comunicação primárias Ficha 29: Figura geométrica – O retângulo Ficha 2: Figura geométrica – O quadrado Ficha 30/30a: Ficha de observação – Escultura Ficha 3:Técnica de pintura – Desenho com Ficha 31: Trabalhando com escultura giz de cera e barbante Ficha 32: Espaço de ideias – Desenho - Criação Ficha 4: Símbolos e sinais – Associação Ficha 33: Espaço de ideias – Meu brinquedo lógica – Expressão corporal/facial preferido Ficha 4a: Recorte e colagem – Expressão Ficha 34: Ficha de observação – Cores quentes facial Ficha 35: Ficha de observação – Cores frias Ficha 5: Ficha de observação – Arte figurativa Ficha 36: Teatro – Arte do homem e arte abstrata Ficha 37: Quebra-cabeça artístico – Tarsila do Ficha 6: Rasgar papel também é arte – Amaral Proposta para trabalho abstrato Ficha 38: Dobradura – Montagem de flores Ficha 7: Desenho de ilustração – Proposta Ficha 39: Técnica de pintura – Pintura sobre lixa para trabalho figurativo Ficha 40/40a: Desenho animado Ficha 8: Ficha de observação – Obras de arte Ficha 41: Relembrando as cores Ficha 9: Fazendo a releitura Ficha 42/42a: Ficha de observação – Obras de Ficha 10: Figura geométrica – O círculo Joan Miró: Linhas e Formas Ficha 11: Recorte, montagem e colagem – Ficha 43: Desenhando linhas e criando formas Motivo de Páscoa Ficha 44: Mosaico com papel rasgado Ficha 12: Cores secundárias – Vamos pintar? Ficha 45: Recorte e colagem – Enfeites de Natal Ficha 12a: Recorte e colagem – Cores secundárias Ficha 13: Ficha de observação – Arte indígena Ficha 14: Pintura – Motivo indígena Ficha 15: Quebra-cabeça artístico – Cândido Portinari Ficha 16: Moldes das máscaras Ficha 16a: Técnica de pintura com máscara – Salpicando o desenho Ficha 17/17a: Porta-retratos – Dia das Mães Ficha 18: Desenho ditado Ficha 19: Ficha de observação – Técnica do pontilhismo Ficha 20: Técnica do pontilhismo Ficha 21: Figura geométrica – O triângulo Ficha 22: Montagem de um painel – Dobradura Ficha 23: Trabalhando com sucatas – Porta lápis – Dia dos Pais. Ficha 24: Ficha de observação – Folclore Ficha 24a: Ilustração da lenda – Saci pererê Ficha 25: Desenhando com a ponta dos dedos Ficha 26: Produção gráfica de imagens – A televisão Ficha 27: Produção gráfica de imagens – A televisão Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 2) 27
  • 28. Tabela 3: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Terceiro Ano Ficha 1: Ficha de observação – Obras de arte Ficha 26: Folclore – Danças, brinquedos, – O pontilhismo brincadeiras e festas típicas Ficha 2: Trabalhando com pontilhismo Ficha 27: Figura geométrica – O triângulo Ficha 3: Técnica de pintura – Desenho com Ficha 28: Ficha de observação – História da arte giz umedecido egípcia Ficha 4: Trabalhando a linha reta em Ficha 28a: Ficha de observação – História da arte diferentes posições egípcia Ficha 5: Observando a obra de arte – Ficha 29: Trabalhando a arte egípcia Trabalhando a linha reta Ficha 30: Trabalhando com sucatas – Montando Ficha 6: Ficha de observação – Cores bonecos primárias em obra de arte Ficha 31: Simetria Ficha 7: Recorte e colagem – Trabalhando as Ficha 32: Técnica – Desenho manchado cores primárias Ficha 33: Música é alegria – Construindo Ficha 7a: Papel para recorte instrumentos musicais Ficha 8: Manipulando imagens – Quebra- Ficha 34: Trabalhando com texturas cabeça artístico – Djanira da Silva Ficha 35: Explorar a forma circular – Ficha 9: Manipulando imagens – Quebra- Composição com círculos cabeça artístico – Djanira da Motta e Silva Ficha 36: Trabalhar a forma circular – Quebra- Ficha 10: Trabalhando a linha curva cabeça artístico Claude Monet Ficha 11: Ficha de observação – Conhecendo Ficha 37: Origami Vincent Van Gogh Ficha 38: Recorte e montagem – Formando um Ficha 11a: Ficha de observação – painel Conhecendo Vincent Van Gogh Ficha 38a: Espaço para colagem Ficha 12: Observando a obra de arte – Ficha 39: Expressão Facial Trabalhando a linha curva Ficha 40: Manipulando imagens – Quebra-cabeça Ficha 13: Estimulando a autocrítica na TV artístico – Di Cavalcanti Ficha 14: Páscoa – Pintura, recorte e Ficha 41: Manipulando imagens – Quebra-cabeça montagem artístico – Di Cavalcanti Ficha 15: Cores secundárias – Observando as Ficha 42: Estampagem obras de arte Ficha 43: Máquina da fantasia Ficha 16: Desenhe e pinte com guache – Ficha 44: Desenho animado – Uma viagem Cores secundárias espacial Ficha 17: Técnica do Mosaico Ficha 45: Propaganda –Criação de embalagens Ficha 18: Pintura em cerâmica – Dia das Ficha 46: Semana da criança – Atividades Mães diversas Ficha 19: Técnica de pintura – Desenho com Ficha 47: Expressões – Mímica, jogos, vela e tinta guache brincadeiras e expressão corporal Ficha 20: Figuras geométricas – O quadrado e Ficha 48:Tempo de Natal o retângulo Ficha 49: Montagem – Cartão de Natal Ficha 21: Modelagem com massa plástica Ficha 22: Coisas do circo Ficha 23: Marcador de páginas – Dia dos Pais Ficha 24: Ficha de observação – Obras de arte – Cores Quentes Ficha 24a: Ficha de observação – Obras de arte – Cores frias Ficha 25: Pintura – Cores quentes e cores frias Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 3) 28
  • 29. Tabela 4: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Quarto Ano Ficha 1: Ficha de observação: Cores primárias Ficha 25/25a: Ficha de observação – História da e secundárias, quentes e frias com suas escalas arte grega cromáticas Ficha 26: Trabalho com arte grega - Frisas Ficha 2: Ficha de observação: Obras de arte – Ficha 27: Tradução gráfica da imagem - Cores primárias Estilização Ficha 2a: Ficha de observação: Obras de arte Ficha 28: Teatro de sombras – Cores secundárias Ficha 29: Eu gosto de TV porque... Ficha 3: Um só desenho – Vários efeitos Ficha 30: Balões nas histórias em quadrinhos – Ficha 4: Ficha de observação: Obras de arte – Recorte e colagem Cores quentes Ficha 30a: Relacionar desenhos com os dizeres Ficha 4a: Ficha de observação: Obras de arte dos balões – Cores Frias Ficha 31: Manipulando objetos com massa Ficha 5: Um só desenho – Vários efeitos plástica, epóxi ou biscuit Ficha 6: Ficha de observação – Máscaras Ficha 32: Desenho com linha contínua Ficha 6a: A máscara – Criatividade e fantasia Ficha 33/33a: Ficha de observação – Conhecendo Ficha 7: Técnica de pintura – Giz de cera Cláudio Tozzi Ficha 7a: Papel para recorte Ficha 34/34a: Recorte e colagem de formas Ficha 8: Conhecendo museus geométricas – Quadrado, retângulo, triângulo e Ficha 9: Detetive da arte círculo Ficha 10: O corpo humano – Figuras estáticas Ficha 35: Um só elemento, várias formas de e em movimento desenhar Ficha 11: Observar figuras simétricas Ficha 36: Efeitos – Imagens e movimentos Ficha 12: Figuras simétricas – Desenho e Ficha 37: Manipulando imagens – Quebra-cabeça pintura artístico - Georges Seraut Ficha 13/13a: Conhecendo Pablo Picasso Ficha 38: Porta retrato – Dia dos Pais Ficha 14: Técnica de pintura – Pintura sobre Ficha 39: Ficha de observação: obras de arte com lixa - Textura a forma geométrica do círculo Ficha 15: Cestinha de Páscoa – Recorte e Ficha 40: Pintar a forma geométrica do círculo montagem Ficha 41: Ficha de observação – Instrumentos Ficha 16: Ficha de observação – As musicais maravilhas do fundo do mar Ficha 42: Música é alegria - Desenhar Ficha 16a: Pintura e criatividade – Fundo do Ficha 43: Laboratório expressivo – Teatro – mar Cenário e caracterização de personagens. Ficha 17/17a: Preservar o meio ambiente é Ficha 44: Ficha de observação: Monocromia dever de todos - Cartaz Ficha 45: Pintar usando monocromia Ficha 18: Trabalho com sucata – A caravela Ficha 46: Detetive da arte Ficha 19/19a: Conhecendo Tarsila do Amaral Ficha 47: Tangran – Exercícios lógicos de Ficha 20: Manipulando imagens – Quebra- percepção visual cabeça artístico - Tarsila do Amaral Ficha 48: Lendas folclóricas Ficha 21: Trabalhando o conceito de ritmo Ficha 48a: Desenhar – Lenda folclórica Ficha 22/22a: Colagem e visualização Ficha 49: Crie uma história, desenhe e pinte espacial – Dia do índio Ficha 50: Técnica de pintura com efeito Ficha 23/23a: Trabalho com kirigami – Dia marmorizado das Mães . Ficha 51: Origami – Dobradura: o pato Ficha 24: Ficha de observação - Alfredo Ficha 52: Semana da criança – É hora de brincar! Volpi Ficha 53/53a: É tempo de Natal – Trabalho de Ficha 24a/24b: Painel - colagem recorte e colagem Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 4) 29
  • 30. Tabela 5: Conteúdos da Apostila Arte e Habilidade – Quinto Ano Ficha 1: Ficha de observação: Cores primárias Ficha 33: Pintando obra de Di Cavalcanti e secundárias Ficha 34: Recorte e pintura – Certificado Dia dos Ficha 1a: Ficha de observação: cores quentes Pais e frias Ficha 35: A música está em toda parte Ficha 2: Pintar com cores primárias e Ficha 36: Você é o artista – Releitura de obra de secundárias arte Ficha 3: Pintar com cores quentes e frias Ficha 37: História em quadrinhos (HQ) Ficha 4: Ficha de observação: escalas Ficha 38: Detetive da arte cromáticas Ficha 39: Tangran – Exercícios lógicos de Ficha 4a: Ficha de observação: escalas percepção visual cromáticas em obras de arte Ficha 40: Escultura em sabonete Ficha 5: Pintar usando escala cromática Ficha 41: Cartão-postal Ficha 6: Técnica de pintura soprada Ficha 42: Você é o artista – Releitura de obra de Ficha 7: Família das formas arte Fichas 8/8a: O circo – Alegria da garotada Ficha 43: Ficha de observação – obras de arte Ficha 9: Desenho de Imaginação - Abrindo a com formas geométricas porta e... Ficha 44: Trabalhando formas geométricas Fichas 10/10a: Conhecendo Toulouse-Lautrec Fichas 45/45a: Conhecendo Claude Monet Ficha 11: Produzir cartaz Ficha 46: Desenho de observação – Inspirado em Ficha 12: Ponto gráfico e pontilhismo Claude Monet Ficha 13: Você é o artista – Releitura de obra Ficha 47: Frisas – Pintando com preto e branco de arte (positivo e negativo) Fichas 14/14a: Colagem com afastamento – Ficha 48: Detetive da arte Espaço para colagem Ficha 49: Origami – Dobradura – O tsuru Ficha 15: Desenho de memória Ficha 50: Função estética - Moda Ficha 16: Se a TV fosse uma árvore Ficha 51: Papel Machê Fichas 17/17a: Cartão de Páscoa - Kirigami Ficha 52: Publicidade Ficha 18: Detetive da arte Ficha 53: Técnica de decoração de papel Fichas 19/19a: Recorte e montagem – Cesta Ficha 54: Laboratório expressivo - Teatro para o dia das Mães Ficha 55: Presépio Ficha 20: Onomatopeia Ficha 56/56a: Perspectiva e arte – Montagem de Ficha 21/21a: Ficha de observação: um presépio através do diorama Apreciando a arte dos vitrais Ficha 22: Pintura com efeito Vitral Ficha 23: As festas juninas Ficha 24: Trabalhando com argila Ficha 25: Fotografia e foto-história Fichas 26/26a: Ficha de observação História da arte – O Renascimento Ficha 27: Trabalhando a arte do Renascimento Ficha 28: Manipulando imagens – Quebra- cabeça artístico - Guignard Ficha 29: Pintura – Cores complementares e seus contrastes Ficha 30: Decoupage em papel Ficha 31: O folclore Fichas 32/32a: Conhecendo Emiliano di Cavalcanti Fonte: CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 5) 30
  • 31. O caráter racional com conteúdos de matemática, interpretação e produção de textos estão mais presentes neste período, preparando os alunos para as séries futuras que exigirão mais raciocínio lógico em menor tempo e pensamento crítico, que é exigido nos vestibulares e concursos públicos atualmente. Muitas provas são realizadas nas escolas de ensino fundamental da rede municipal para aperfeiçoarem o conhecimento em língua portuguesa e matemática dos alunos. Paralelo ao material de artes, o canto cívico do Hino Nacional Brasileiro, Hino da Independência, Hino a Tambaú, são feitos uma vez por semana antes do início das aulas por todas as turmas de estudantes, onde são hasteadas as bandeiras do Brasil, Estado de São Paulo e do município de Tambaú. Figura 5 - Alunos reunidos no refeitório da escola para cantarem o Hino Nacional Brasileiro.14 No mês de outubro aconteceu o Sarau Municipal, que reuniu todas as escolas da rede municipal, com mostras artísticas de trabalhos de artes visuais realizados pelos alunos. A dança foi muito difundida entre os professores de outras escolas. A única apresentação da escola Djanira Felix Bonfim Bacci contou com a participação de um aluno tocando violão e cantando. Este aluno estuda música com um professor particular. A escola Dr. Alfredo Guedes se apresentou com a música “Vida Colorida”, acompanhada por um violão e tocada com um ritmo simplificado de baião com os instrumentos construídos em sala de aula. 14 Foto retirada do arquivo: E.M.E.F. Dr. Alfredo Guedes. 31
  • 32. 4. CONCLUSÃO O curso de Licenciatura Plena em Música ampliou meu conceito sobre educação musical e suas práticas pedagógicas para compreender a realidade das escolas de ensino regular. A música não deve ser somente uma prática mecânica e técnica, mas acima de tudo deve desenvolver e estimular a expressão natural de quem a pratica, promovendo o desenvolvimento integral do ser humano, além de contribuir com o local e a realidade em que cada pessoa vive. A música não deve ser apenas uma ferramenta de entretenimento e produto final para apresentações em eventos escolares. Os pais e professores devem estimular e fazer com que a prática musical seja mais frequente em casa e no ambiente escolar, orientando para que as crianças desenvolvam uma audição crítica e consciente. Quanto às observações e reflexões sobre o material didático aplicado nas aulas de Artes, notou-se que é muito rico em conteúdos de artes visuais e plásticas. A parte musical ainda está se desenvolvendo nas aulas de artes, estando ainda vinculada com o objetivo de fazer apresentações em eventos gerais propostos pela escola, e não como ferramenta de desenvolvimento expressivo e cognitivo que deveria priorizar a criatividade e a espontaneidade dos alunos. Através da análise dos materiais didáticos utilizados pelos professores e a sua aplicação frente à realidade da educação musical nesta escola, conseguimos concluir que a música não é trabalhada como disciplina independente, estando vinculada a outros tópicos relacionados às atividades artísticas e educacionais. A parte tecnológica não é utilizada pelo professor de arte para promover a apreciação musical ou mesmo de outras áreas da parte artística, prevalecendo a prática tradicional do ensino. A criatividade das professoras é um pouco limitada aos conteúdos das apostilas. Não trabalhamos atividades de improvisação e criação na parte musical justamente por causa do tempo que era destinado às atividades que envolviam música. O canto é uma ferramenta muito eficaz na educação musical, pois permite que as pessoas se expressem de maneira natural, além de não exigir muitos recursos estruturais do local onde é realizado. Aliado à educação, facilita a assimilação de conteúdos e torna a aula mais interessante e menos cansativa para os alunos, trabalhando a interdisciplinaridade. A prática do canto foi observada nas aulas dos professores generalistas até o terceiro ano, com funções de memorização de conteúdos. 32
  • 33. Com a inserção do violão como instrumento de acompanhamento, pudemos perceber uma sensível melhora da afinação das crianças ao cantar, assim como ficou claro que as mesmas, juntamente com os professores, conseguiram distinguir a transição de uma frase para outra, o que não ocorria quando as canções eram entoadas a cappella15. No início do estágio os alunos acharam diferente a proposta de trabalhar canções acompanhadas por um violão. Os professores também gostaram da iniciativa e colaboraram para que algumas atividades fossem desenvolvidas. Muitos dos alunos criaram um vínculo afetivo muito grande, e após o primeiro mês estagiando nesta escola, quatro alunos vieram a frequentar aulas de violão para crianças na escola E.E. Padre Donizetti Tavares de Lima, na qual leciono violão, saxofone e viola caipira no Programa Escola da Família aos sábados e domingos. 15 Segundo o website MELOTECA, “a cappella” é um termo usado para definir uma música vocal sem acompanhamento instrumental. 33
  • 34. REFERÊNCIAS CABRAL, J. F. P. Conceito de Indústria Cultural em Adorno e Horkheimer. 2012. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/cultura/industria-cultural.htm>. Acesso em: 14 set. 2012. CANTELE, A. A.; CANTELE. B. R. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 1) CHAMARELLI, R. Lei torna ensino de música obrigatório nas escolas. 2008. Disponível em: < http://portaldoprofessor.mec.gov.br/conteudoJornal.html?idConteudo=326>. Acesso em: 28 set. 2012. _________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 2) _________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 3) _________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 4) _________. Arte e Habilidade. São Paulo: IBEP, 2009. (Arte e Habilidade, v. 5) GHIZZO, P. M. F. S. As letras de músicas como auxílio na alfabetização. Campinas, 2005. HIRSCH, Isabel B. A presença da música nas séries finais do ensino fundamental e do ensino médio: um estudo com professores de arte/música da Rede Municipal de Ensino de Pelotas – RS. 2008. Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/LA /LA_00669.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2012. IBGE. Tambaú: dados básicos. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/ painel.php?codmun=355330>. Acesso em: 22 set. 2012. JORDÃO, G. et al. A música na escola. São Paulo: Allucci & Associados Comunicações, 2012. Disponível em: <http://www.amusicanaescola.com.br/pdf/AMUSICANAESCOLA .pdf>. Acesso em: 20 nov. 2012. 34
  • 35. MARTINELLI, J. E. C. Escola Dr. Alfredo Guedes completa 96 anos. 2010. Disponível em: <http://www.jornalotambau.com.br/noticias_ver.asp?id=959>. Acesso em: 22 set. 2012. MELOTECA. Termos e expressões musicais. Disponível em: <http://www.meloteca.com/ dicionario-musica.htm>. Acesso em: 28 out. 2012. NADAL, P. Violeta Hemsy de Gainza fala sobre Educação musical. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/violeta-hemsy-gainza-fala- educacao-musical-627226.shtml>. Acesso em: 18 set. 2012. PENNA, M. Apre(e)ndendo músicas: na vida e nas escolas. 2003. Disponível em: <http://www.abemeducacaomusical.org.br/Masters/revista9/revista9_artigo7.pdf>. Acesso em 15 set. 2012 PENNA, M. É este o ensino de arte que queremos? Uma análise das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais. 2001. Disponível em: <http://www.ccta.ufpb. br/pesquisarte/Masters/e_este_o_ensino.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2012. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/ pdf/livro06.pdf>. Acesso em: 18 out. 2012. 35